Iniciar uma discussão

1. • pedromdf
   • 26 julho 2017 ^editado

    # 821

   É típico, as pessoas estarem a combater as chamas para defender as casas e começar a arder o sotão porque as faúlhas entraram pelo telhado ...
   Ontem aconteceu em duas moradias no fogo de Setúbal.
2. • pedromdf
   • 26 julho 2017

    # 822

   "Incêndio de Setúbal reacendeu-se Fogo tinha sido dominado já depois da meia noite."
   Como é que terá sido?
3. • luisvv
   • 26 julho 2017

    # 823

   Já foi aqui escrito, com autores citados e links para a informação verificável, mas adiante:
   
   1) Há naturalmente variações de ano para ano, mas dos inquéritos policiais resulta que em média cerca de 40% das ignições têm origem negligente, e cerca de 22% são intencionais. Cerca de 30% são de origem indeterminada.
   
   2) É importante não confundir o nº de ignições com a área ardida. A maioria das ignições resulta em pequenos fogos, e muitas delas são pouco mais que reacendimentos. Estranhamente, e apesar de todas as fantasias de engenhos incendiários e aviões que plantam fogo, 80 ou 90% da área ardida resulta de 1% das ignições e ocorre em 10/12 dias por ano - aqueles em que as condições climatéricas fatais se conjugam (temperatura elevada, vento, e baixa humidade).
   
   3) Dentro das ignições intencionais, gajos que passam o tempo a estudar estas coisas (e não tipos de blogues manhosos, ou jornalistas excitadinhos..) opinam assim:
   "A opinião pública sobrestima fortemente as causas intencionais com objectivos económicos (que são insignificantes) e praticamente ignora as associadas a produção agro-pecuária, as realmente mais comuns", nota Tiago Oliveira, engenheiro florestal, que fez parte da equipa que elaborou a proposta técnica do Plano Nacional de Prevenção e Protecção da Floresta contra Incêndios. M.O.
   
   4) Contrariamente ao que é dito no texto do "apodrece" (o que pode servir como referência para a fidedignidade do resto do texto..) o eucalipto queimado não interessa às celuloses.
   
   Dito isto, não é demais recordar que isto não significa que não haja fogo posto - atrevo-me a dizer que há e haverá, sempre, mas não na escala a que vulgarmente se aceita.
4. • luisvv
   • 26 julho 2017

    # 824

   Colocado por: pedromdf"Incêndio de Setúbal reacendeu-se Fogo tinha sido dominado já depois da meia noite."
   Como é que terá sido?

   
   
   Sim, de facto é estranho: em Setúbal, hoje, estavam só 30 graus, humidade abaixo dos 30% e vento. Huuuuuum, como terá sido ?
5. • pedromdf
   • 26 julho 2017

    # 825

   Há pessoas que até escolhem a casa por estar junto a uma zona arborizada, onde até os preços são mais elevados por isso mesmo, o contacto com a natureza. Enquanto não acontece nada é lindo, o aroma dos pinheiros e até mesmo dos eucaliptos. Uma maravilha.
   Um belo dia tudo é tragédia ...
6. • 21papaleguas
   • 26 julho 2017

    # 826

   Colocado por: luisvvDito isto, não é demais recordar que isto não significa que não haja fogo posto - atrevo-me a dizer que há e haverá, sempre, mas não na escala a que vulgarmente se aceita.

   
   Palavra de especialista...
7. • pedromdf
   • 26 julho 2017

    # 827

   Colocado por: 21papaleguasPalavra de especialista...

   
   Não sou especialista nenhum, mas percebe-se que aquela língua de pinhal só está ali a "estorvar" ...
8. • pedromdf
   • 26 julho 2017

    # 828

   "Lista "é útil", mas Dina lamenta postura dos políticos"
   Fonte: tsf
9. • pedromdf
   • 26 julho 2017

    # 829

   "Fogo de Mação: A23 cortada"
   Fonte: sic notícias
10. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 830

    O reacendimento de Setúbal é tanto mais estranho, pois estavam ainda bombeiros no local a garantir precisamente que não houvessem reacendimentos!
11. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 831

    Nem um asseiro da largura da A23 evitaria que o fogo passasse de um lado para o outro, está neste momento a ver-se na sic notícias em directo. Unicamente está o repórter os carros de bombeiros que passam em grande número nem sequer param.
12. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 832

    Aqui mesmo adjacente à urbanização onde tenho o escritório há uma vasta quinta, com bastante área de pasto ( parecido com mato fácilmente incendiável). Pois também aqui já tivemos as condições teóricas para haver incêndio e nunca houve (nos últimos 10 anos pelo menos). Ele agora lá cedeu uma zona para construção e cedeu também uma parte ao longo de toda a quinta para que seja alargada a estrada de 2 para 4 faixas. Será por isso que não lhe incendeiam tudo?
    Depois há outra situação de uma área fabril de grandes dimensões em que os vários edifícios já não têm coberturas e à volta é capim de grande altura com muito ferro velho retorcido que deve atingir temperaturas elevadas exposto ao sol e da mesma forma nunca ardeu. Até seria bom que um incendiário do norte por aqui passasse. Portanto 2 situações que estranhamente não entram em ignição mesmo com estas condições atmosféricas tão favoráveis ...
13. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 833

    Então a lista até estava certa e a dondoca que tinha uma lista de mais de 100 pessoas, que provocou esta tempestade toda, vai sair impune!
    A dondoca que envolveu governo, oposição e ministério público, com o levantamento de sigilo à lista e sai impune disto tudo, num clima de dúvida com tiques fascistas?
    A dondoca que se recusava a dar a lista dela e que que exigia a lista oficial para ela confrontar com a sua?
    
    Isto é mesmo a república das bananas ...
14. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 834

    Será mesmo isto?
    Tive agora informação que o que estamos a assistir é a um simples controlo da oferta. Uma questão simples de funcionamento dos mercados. O preço do eucalipto face ao exagerado volume de oferta estaria a baixar muito o seu valor de mercado. Esta é a forma de controlo!
    Será possível?
    Será mais uma teoria da conspiração? Dá que pensar.
15. • luisvv
    • 26 julho 2017

     # 835

    Colocado por: 21papaleguas
    Palavra de especialista...

    M
    Os especialistas produzem informação, estatísticas e coisas chatas do género, que dão imenso trabalho a consultar, é preferível mandar bitaites ..
16. • coelhinho78
    • 26 julho 2017

     # 836

    Boa tarde
    
    Haver incêndios é perfeitamente normal, ainda mais com o tempo que temos tido, calor, baixa humidade, vento e combustível com fartura.
    
    O tamanho do fogo é claro está propulsionar ao tamanho da floresta, se podemos acabar com os incêndios, a resposta é não. Se podemos minimizar o número de grandes fogos, sim, podemos.
    
    Entre todas estas variáveis, que contribuem para os grandes incêndios só uma delas podemos controlar e nesse campo temos feito um péssimo trabalho, atrevo-me mesmo a dizer nenhum(nem mesmo está pseudo reforma florestal) ataca a raiz do problema).
    
    Para verdadeiramente percebermos a razão porque a dimensão dos fogos que temos é maior do que devia, temos que primeiro olhar para como a nossa floresta foi construida ao longo de gerações.
    
    Os nossos tri ou bisavós viviam junto às serras, começaram a plantar a floresta de modo a tirar rendimento das terras que tinham herdado. Estas terras eram dispersas, um hectare ali, dez hectares ali. Conheciam a floresta como a palma da mão, em alguns casos até se matava por uma ou duas árvores ou por uma extrema mexida ( para quem não sabe, uma extrema é uma simples pedra com 40 ou 50 centímetros perdida no meio de uma serra).
    
    Os nossos avós na sua juventude, ainda conheciam as serra e tomavam conta da floresta, mas depois vieram para o litoral e deixaram a floresta ao cuidado das cooperativas. Tiravam algum rendimento da floresta, mas a cooperativa apesar de manter a floresta, ficava com uma grande parte.
    
    Os avós deixaram muitos pais e 10 hectares passaram a 2, a cooperativa ficava com uma grande fatia é o avô madeireiro, que ainda conhecia as serras fazia o negócio directamente, o problema é que apenas cortava árvores adultas.
    
    Os país, já não conheciam as serras, o avô madeireiro já tinha morrido, a cooperativa fechou, a floresta ficou ao abandono.
    
    O cadastro florestal apenas pôs as pessoas a pagar imi por um certo número de hectares algures no meio de uma serra que já ninguém sabe onde fica.
    
    Finalmente chegamos aos filhos, aqueles que vão ter que tomar uma decisão que ataca os direitos fundamentais de qualquer sociedade e que pessoalmente penso que seja a única solução possível:
    
    Fazer renascer as cooperativas, impor aos proprietários uma cota proporcional à área de floresta cadastrada em relação à área atribuída a essa cooperativa( deixámos de ser donos de uma propriedade, para sermos donos de uma cooperativa). Quem realmente ainda cuida da sua floresta, tem que fazer o ônus da prova de que realmente cuida dessa floresta para puder ficar com essa propriedade.
    
    Peço desculpa pela extensão deste texto, mas para escrever uma linha, devemos ler pelo menos mil.
    
    Nota: não quero acaba este texto, sem fazer uma referencia aos serviços florestais, que no início ajudaram a criar a riqueza da floresta, depois tentaram manter a ligação dos que partiram e o conhecimento das serras até a sua extinção.
    Nota2: quando discutimos esta questão, por favor não se esqueçam que a floresta portuguesa representa uma percentagem no pib nacional e das exportações , muitas vezes maior que a Autoeruopa.
    
    Por último e talvez o mais importante, um pedido de desculpas a todas as vítimas dos incêndios nos últimos 30 anos pela nossa incapacidade de agir.

    Concordam com este comentário: larkhe
17. • pedromdf
    • 26 julho 2017

     # 837

    Todos os anos há períodos de baixa humidade, altas temperaturas e ventos.
    Será que estes 14 anos em que não houve incêndios em Mação foi porque nunca houve estas condições?
    Ou foi só este ano que eles se esqueceram de roçar o mato?
    Por essas razões deveria haver incêndios todos os anos que devastavam todo o território nacional, já que todo o país terá numa altura ou noutra condições ditas favoráveis para os incêndios ...

    Concordam com este comentário: Doctor Z
18. • coelhinho78
    • 26 julho 2017

     # 838

    Colocado por: pedromdfTodos os anos há períodos de baixa humidade, altas temperaturas e ventos.
    Será que estes 14 anos em que não houve incêndios em Mação foi porque nunca houve estas condições?
    Ou foi só este ano que eles se esqueceram de roçar o mato?
    Por essas razões deveria haver incêndios todos os anos que devastavam todo o território nacional, já que todo o país terá numa altura ou noutra condições ditas favoráveis para os incêndios ...

    
    
    Exactamente foi o tempo necessário para se criar as condições ideais para um grande fogo, por volta dos sete anos ( depois foi esperar que acontecesse), a idade da nossa floresta acima do Alentejo não tem mais que essa idade.
19. • pedromdf
    • 26 julho 2017 ^editado

     # 839

    Então já há 7 anos que anda para haver fogo naquela zona e não houve, só este ano. Qualquer coisa de diferente terá acontecido ...
20. • nmex2
    • 26 julho 2017

     # 840

    Colocado por: pedromdfEntão já há 7 anos que anda para haver fogo naquela zona e não há, só houve este ano. Qualquer coisa de diferente terá acontecido ...

    
    
    provavelmente alguém que frequenta o fórum, e que leu o estarmos a "gabar" o bom (ou nem por isso - admito que alguém lá para tas, já o tivesse referido) trabalho de limpeza que foi feito na zona