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    • PLP
    • 4 setembro 2017 editado

     # 1

    Perguntei ao meu vizinho, com quem tenho boa relação, se estaria interessado em me vender água do furo para rega.

    A ideia seria estabelecer um preço por metro cúbico. Colocaria um contador e pagaria o que consumisse.

    Anualmente precisarei de cerca de 100 a 130 metros cúbicos de água. Nesse preço gostaria de incluir desgaste que lhe poderei causar no material, energia elétrica que a bomba lhe irá consumir e um valor para a água, ele não a paga mas fez o investimento no furo :)

    Resumindo, queria chegar a um valor vantajoso para ambas as partes, o que creio ser possível.

    Tanto eu como ele, não fazemos grande ideia do que a bomba gasta... Sei que se encontra a 40 M de profundidade e que tem um balão de 200L.

    Alguém por aí que tenha passado por situação semelhante ou que perceba o suficiente do assunto para dar uma ajuda?

    Antecipadamente grato.
  1.  # 2

    Tendo em conta que o seu vizinho pode ter avarias nos equipamentos, isso acarreta algum investimento, e você não entraria nessas despesas, então o preço m3 seria o preço que na região vendem o m3 da água excluindo as taxas.
    Que lhe parece?

    Um aparte, isso será um acordo entre bons vizinhos, porque a bem ser verdade, o seu vizinho não lhe pode vender agua.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, JPN761
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    • PLP
    • 4 setembro 2017

     # 3

    O desejo de estabelecer um valor por m3 deve-se ao facto da quantidade de água que pretendo vir a consumir ser residual comparada com a que o proprietário do furo consome. Dessa forma torna-se muito difícil dividir de forma justa alguma reparação que pudesse vir a ser necessária.

    O m3 na minha área de residência custa 0,55€ no primeiro escalão e 0,95€ no segundo. Para mim, algo entre estes valores não seria mau. Seria suficiente para pagar energia e desgaste?

    De referir que o homem estava sossegado no canto dele e eu é que o fui chatear. Quando lhe falei no assunto, prontificou-se a dar a água que eu quisesse. Tal não me parece justo, daí ter sugerido o contador para haver uma noção do que gasto para o poder compensar de forma justa.

    Obrigado
  2.  # 4

    Pague ao valor do 1º escalão.
    • eu
    • 4 setembro 2017 editado

     # 5

    Se as coisas correrem mal, pode perder a amizade do vizinho... e não há nada pior que ter um mau relacionamento com os vizinhos...

    130 m3 não são nada: não pode usar a água da rede ?
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  3.  # 6

    Pode pagar ao nível do escalão 2. não é nada doutro mundo.
    Nao deixa de ter uma responsabilidade moral, no caso de alguma avaria ocorrer, e por acaso o vizinho lhe pedir algo para o ajudar na avaria.
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    • PLP
    • 4 setembro 2017

     # 7

    Sim, pagar ao preço do segundo escalão era o que tinha pensado.

    O problema dos 130 m3 para rega é serem consumidos na sua larga maioria em 3 meses, o que faz a conta disparar para valores absurdos pois atinge o último escalão. Como se não bastasse, pago de saneamento o que pago de água. Portanto 10m3 a mais num determinado mês podem traduzir-se em perto de 50€, valor esse que se poderá multiplicar algumas vezes...

    O objetivo seria deixar tudo bem claro quanto a qualquer responsabilidade que pudesse vir a ter. Afinal o mais importante é preservar o bom relacionamento. A minha ideia era pagar um valor que lhe desse um lucro substancial e que absorvesse o desgaste causado pela minha utilização que será sempre residual comparando com a utilização que ele faz. O meu vizinho utiliza o furo para regar uma horta e relvado de dimensões consideráveis e para consumo doméstico. No meu caso seria apenas para regar uma área correspondente a menos de um vigésimo da dele.

    Seria mesmo importante era perceber quanta eletricidade a bomba gasta. Sabendo quanto teria de compensar pela energia, tornar-se-ia mais fácil chegar a um valor vantajoso para ambos.
    • eu
    • 4 setembro 2017

     # 8

    Colocado por: PedrojorgepintoSeria mesmo importante era perceber quanta eletricidade a bomba gasta

    Uma bomba dessas gastará menos de 1 € por hora de utilização.
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  4.  # 9

    1 euro o m3 paga a luz e sobra.
    O ideal será pagar o que pagaria à "companhia", pois se não pagasse a ele seria o que teria a pagar a companhia.
    Além disso você tem a vantagem de poupar a taxa de resíduos.
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  5.  # 10

    Colocado por: callinas
    Um aparte, isso será um acordo entre bons vizinhos, porque a bem ser verdade, o seu vizinho não lhe pode vender agua.
    Concordam com este comentário:Pedro Barradas,JPN761
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Pedrojorgepinto


    Meu estimado, relativamente a esta sua opinião, permita-me efectuar uma pertinente ressalva havida inclusa no nosso código civilista:

    ARTIGO 1558º
    (Aproveitamento de águas para fins agrícolas)
    1. O proprietário que não tiver nem puder obter, sem excessivo incómodo ou dispêndio, água suficiente para a irrigação do seu prédio, tem a faculdade de aproveitar as águas dos prédios vizinhos, que estejam sem utilização, pagando o seu justo valor.
    2. O disposto no número anterior não é aplicável às águas provenientes de concessão nem faculta a exploração de águas subterrâneas em prédio alheio.

    Colocado por: Pedrojorgepinto
    O objetivo seria deixar tudo bem claro quanto a qualquer responsabilidade que pudesse vir a ter. Afinal o mais importante é preservar o bom relacionamento. A minha ideia era pagar um valor que lhe desse um lucro substancial e que absorvesse o desgaste causado pela minha utilização que será sempre residual comparando com a utilização que ele faz. O meu vizinho utiliza o furo para regar uma horta e relvado de dimensões consideráveis e para consumo doméstico. No meu caso seria apenas para regar uma área correspondente a menos de um vigésimo da dele.


    Meu estimado, pese embora labore com a melhor das intenções, olvide essa ideia do «lucro substancial», porquanto a letra da lei é tem-se perfeitamente inteligível nesse ponto, porquanto do preceito supra mencionado, do seu nº 1 dimana que tem "faculdade de aproveitar as águas dos prédios vizinhos, que estejam sem utilização, pagando o seu justo valor." Logo, no melhor espírito da lei, o valor justo será o preço por m3 relativo ao escalão no qual se enquadre o consumo da água, acrescido das despesas inerentes ao consumo de energia eléctrica (que dependem das características da bomba).

    Quanto às despesas inerentes a potenciais intervenções de manutenção, quer da bomba (a selecção do equipamento de extracção exige especial atenção, pelo que, sendo bem dimensionada, o seu tempo de vida útil aumenta, como aumenta a periodicidade das intervenções, permitindo, assim, uma substancial economia de energia) quer do furo (porque com o passar do tempo, vai-se acumulando, no fundo dos furos, uma quantidade considerável de sedimentos, o que diminui a sua capacidade de produção, pelo que, a limpeza e a recuperação do caudal exigem uma manutenção regular e cuidada) e bem assim, potências avarias, compete a ambas as partes, contratualizar (mesmo verbalmente) de que forma irão comparticipar para as mesmas.

    Destas sortes, caso pretendam um acordo para tanto, podem perfeitamente estabelecer uma regra de proporcionalidade baseada nos consumos de um e outro, tem-se esse cálculo percentual de feitura relativamente simples e pacífica.

    De fora ficariam as despesas inerentes ao tratamento da água para os fins domésticos do vizinho (todo o tipo de filtros, ultra-filtração, desferrizador, descalcificadores, bem como o sistema mais completo de osmose inversa, entre outros).
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  6.  # 11

    Colocado por: eu130 m3 não são nada: não pode usar a água da rede ?


    Esses 130 m3 anuais serão certamente concentrados em 3 meses. 40 m3 por mês de 15 de Junho a 15 de Setembro, dará uma conta de água de 100 euros mensais nesses 3 meses (já incluíndo os gastos de água em casa, com lavagens de roupa/loiça e banhos).

    Eu também usaria a água da rede. Não vale a pena arranjar confusões.
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  7.  # 12

    eu estou a utilizar a luz de um vizinho amigo a 4 anos nao tive nem tenho qualquer problema com isso.
    agora uma coisa faço questao q ele nao fique prejudicado nem num céntimo ,a agua e diferente porque vai ter que usar outros meios para a utilizar e se tem a mala sorte de no primeiros tempos avariar o motor do furo e complicado resolver para os dois um porque vai pensar que foi por o motor ter de trabalhar mais horas que ate ai ,voce vai pensar que tinha sido mais fácil e mais barato ter utilizado a agua da companhia.
    um motor novo nao e tao barato .eu no meu caso o meu amigo tambem me ofereceu gastar agua da dele mas eu preferi fazer o meu propio furo assim so gasto eletrecidade dele.
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  8.  # 13

    Faça o seguinte acordo: paga a água pelo escalão mais baixo. Em caso de avaria do equipamento paga 1/20 da reparação (5%), já que a sua área a regar é 1/20 da do vizinho. Assim também assume parte do risco, e o vizinho ficará mais confortável.
    Concordam com este comentário: aacc
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