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  1.  # 261

    Colocado por: J.FernandesVocê rotula o objetivo dos D.O. de gastarem o mínimo possível, como o "pecado do lucro".
    não, apenas como erro no caminho desse objectivo.
    se o objectivo do DO realmente for gastar o mínimo possível (como de qualquer investidor, seja no campo que for)então deve empenhar-se e investir fortemente no planeamento. só assim consegue ter o controle necessário para gastar o mínimo possível. não lhe basta acender uma vela na igreja e rezar que lhe corra bem.

    vc se quer comer uma boa refeição como faz? o seu objectivo pode ser gastar o minimo mas chega a um ponto abaixo do qual vc não desce, até pode haver mais barato que a refeição que escolhe comer, mas...
    ... é igual.

    Colocado por: J.FernandesE o objetivo das dezenas de projetistas que se têm queixado aqui porque querem ganhar mais, já passa a ser uma virtude?
    o o bjectivo de qq pessoa é ganhar mais. é o sistema capitalista. e a natureza humana. no entanto, em vez de se queixarem e baixar também os preços para competir com quem apenas pretende quer lucros fáceis e rápidos penso que deviam fazer o inverso. Estabelecer uma posição no mercado. tudo abaixo disso são clientes que não interessam. o que é verdade. a mim n me interessa alguem que não valoriza o meu tempo e quer que eu faça muito por pouco. eu trabalho para aquecer indo à pesca ou à caça...
  2.  # 262

    Colocado por: ****Eu já vi projetos low cost , e eram assim para um t3 -2200 € , t4 2800€ e mesmo esses assim ainda os DO acham caros !
    acham isso porque não percebem o valor daquilo. mas pegando na referência á refeição, estariam dispostos a comer comida do chão? é low cost, nao se gastou, em pratos, talheres, mesa, toalha de mesa, copos, luz, ingredientes de qualidade...
  3.  # 263

    Colocado por: paulovalenteOs outros que tentam fazer qualquer coisa decente normalmente não ganham tanto como isso. Agora, se ganhar 1000€/mês é ganhar bem, então aí diria que até há alguns a ganhar bem.

    Eu conheço bem este mercado e sei que no geral se ganha mal.

    A minha pergunta, retórica, na sequência da afirmação do antonylemos a criticar os D.O. que só pensam no dinheiro, era se não acha que passar dias nesta discussão a dizer que se ganha mal, não é também pensar no dinheiro?

    Na minha opinião são ambas posições legítimas e compreensíveis, os D.O. querem pagar o mínimo possível e os projetistas querem ganhar mais.
  4.  # 264

    Colocado por: ADROatelierO exercicio de qualquer profissão não está desligado do contexto socio-cultural.

    Sábias palavras.
    (Tenho alguma fé interior na possibilidade de criação de nichos sustentáveis, digo-o sem desdém aos demais. Talvez seja uma questão de estofo. Ter ou não ter estofo).
  5.  # 265

    Colocado por: J.FernandesO cliente não tem de calcular preço nenhum a pagar ao arquiteto, porque senão então é que estes morriam de fome.

    Como na compra de qualquer outro bem ou serviço, o interessado pede um orçamento aos arqs. X, Y e Z para a realização de determinado projeto e estes na resposta que dão cliente é que estão a estabelecer o preço de mercado para aquele tipo de serviço.

    E diz a lei da oferta e da procura que se houverem 20 arquitetos disponíveis para o meu projeto é expectável que eu consiga um preço mais baixo do que se apenas encontrar 2 arquitetos interessados.

    Outra coisa que não sei bem como se entende e, por coincidência se falou nas notícias hoje. Faltam 70.000 trabalhadores na construção civil, sem previsão de melhoras, de tal forma que se equaciona criar vistos gold para conseguir atrair mão de obra para cá, ok, fair enough, a malta das obras emigrou e entretanto a construção reavivou bastante, cresceu. Fez-se referência também à mão de obra qualificada que faz falta. Isto é uma realidade.
    Agora, os engenheiros e os arquitectos e, desculpem o termo, mas ainda não foram absorvidos, não houve escoamento a par neste mercado em pujança para a tal oferta e procura figurar para o outro lado da balança ? Parece que não. O que me parece um pouco estranho afinal.
  6.  # 266

    A mão de obra especializada que falta é na área da produção não da gestão
    Concordam com este comentário: CMartin
  7.  # 267

    Colocado por: paulovalenteO Bak Gordon desenhou duas "moradias" no logradouro de um quarteirão em Lisboa. O Samuel Torres de Carvalho conseguiu dentro de um quarteirão no centro de Lisboa, meter um hotel de 5 estrelas, ainda por cima com bom aspecto. Coisas que o arquitecto "chapa 5" não consegue.

    https://www.archdaily.com.br/br/01-12707/2-casas-em-santa-isabel-bak-gordon-arquitectos
    https://www.stc-arquitetura.com/project/63-

    Consegui ver o exemplo que refere de Bak Gordon, do hotel apenas o texto. Fico com a ideia de que alguns clientes entendem o suficiente para quererem uma casa assim, quase despudoradamente. É uma casa de extrema elegância. É algo que dificilmente se consegue transmitir, já vem com o cliente. De facto. Talvez sejam coisas diferentes, pois já não tem só a ver com o cliente aceitar ideias do arquitecto ou não, é, parece-me, acima de tudo, um cliente com sensibilidade (sensível à arquitectura). Podemos dizê-lo dessa forma, acho.
  8.  # 268

    Colocado por: zedasilvaA mão de obra especializada que falta é na área da produção não da gestão

    Sim, foi o que entendi. E assim sendo, o mercado, ainda assim como está não escoou o suficiente para aumentar o valor das engenharias e arquitecturas (?) na tal lógica da lei da oferta e da procura que o JFernandes disse e bem. Estranho.
  9.  # 269

    Colocado por: CMartin
    Sim, foi o que entendi. E assim sendo, o mercado, ainda assim como está não escoou o suficiente para aumentar o valor na tal lei da oferta e da procura que o JFernandes disse e bem. Estranho.


    Falta é pessoal para o trabalho duro, eng e arq estão a sobrar por isso o preço dos serviços que prestam tende a baixar, estranho é pensarmos em criar vistos para pessoal vir para portugal quando ainda nos dias de hoje se vê pessoal da construção a emigrar.

    Os únicos mal pagos em toda a construção é o pessoal que suja as mãos.
    Concordam com este comentário: Diogo999, pires1
  10.  # 270

    Colocado por: rsvaluminioOs únicos mal pagos em toda a construção é o pessoal que suja as mãos.

    Estamos aqui a falar que precisamente são os engenheiros e os arquitectos que mais sofrem desse mal, serem mal pagos.
  11.  # 271

    Colocado por: CMartinEstranho.

    Não é estranho se atentarmos nos seguintes valores do peso da indústria da construção (IC) na economia:

    - Em 2000 a IC representava 7,7% do PIB;

    - Em 2011, 5,6% do PIB;

    - Em 2017, 4,2% do PIB.

    Isto é, apesar da recuperação em relação aos anos de 2011-2015, o peso da IC está ainda abaixo do que estava antes da crise e vai-se manter.

    Não esquecer que estes números incluem o sub-sector de obras de engenharia - estradas, pontes, obras hidráulicas, obras geotécnicas - que diminuiu de uma forma brutal, afetando o emprego, nomeadamente, de engenheiros civis.

    Por outro lado, apesar da emigração recente de muitos quadros, já se deu o regresso de muitos deles de mercados em crise como Angola e Brasil e o crescimento via novos licenciados continua, em especial na área de arquitetura.
  12.  # 272

    MERCADO IMOBILIÁRIO
    “Lisboa voltará a ter um milhão de pessoas a viver no centro”, antecipa a consultora JLL
    30/1/2019, 16:31
    Consultora JLL descarta arrefecimento da procura imobiliária, por estrangeiros mas não só. Continua a faltar oferta, mas a nova construção pode criar "impacto" no preço "exagerado" das casas usadas.

    Os centros urbanos de Lisboa e Paris, se tivermos em conta os 100 quilómetros quadrados mais centrais, têm uma diferença: nesses 100 quilómetros quadrados em Lisboa moram cerca de 500 mil pessoas, ao passo que na área equivalente da capital francesa vivem dois milhões. A comparação é feita por Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL, consultora imobiliária que esta quarta-feira apresentou o seu estudo Market 360º sobre as perspetivas para o futuro do imobiliário em Portugal. E uma das previsões basilares que a JLL faz é que o centro da cidade, sobretudo graças à nova oferta “construída de raiz” que vai surgir nos próximos anos, poderá duplicar o número de residentes, voltando a cidade a ser “a casa” de cerca de um milhão de pessoas, como já foi no passado.

    Os recordes de 2018 poderão não se repetir em 2019 (sobretudo porque o ano passado contou com grandes negócios, designadamente na área dos centros comerciais) mas a JLL continua a ver o mercado imobiliário português como tendo “bases muito sólidas” porque “temos tido e acreditamos que vamos continuar a ter uma procura superior à oferta”, afirma Maria Empis, diretora de research da consultora. “No residencial há construção, mas essa construção não tem sido suficiente para suprir as necessidades da procura, nos escritórios também, no comércio de rua há um dinamismo muito grande em cidades de Lisboa e Porto, na promoção e no investimento a procura é muito elevada”, acrescenta.

    “2018 ficará na história como o ano em que se passou a barreira dos 30 mil milhões de euros em transações imobiliárias, mas também como um ano de máximos da última década na ocupação de escritórios e nos preços das casas”, afirma a JLL, acrescentando que, ao olhar para 2019, “o país é um destino de investimento incontornável no panorama europeu e mundial e vai ainda haver muito capital estrangeiro para cá investir”.

    Na reabilitação a dinâmica vai continuar, ao mesmo tempo que existem excelente oportunidades para construção de raiz e há todo um conjunto de possibilidades com as novas tendências de vida, trabalho e investimento. O imobiliário vai ter um papel cada vez mais importante na vida das pessoas, das empresas e dos investidores à medida que os hábitos estão a mudar”.


    Quando alguns intervenientes falam em “bolha” neste setor, a JLL responde com fatores como “diversificação e internacionalização do mercado” que existiu nos últimos anos (a JLL vendeu imóveis a pessoas de 45 nacionalidades no ano passado) e, também, salienta o facto de os negócios que se estão a fazer terem menos financiamento e mais cash, ou seja, os bancos mantêm bastante margem para financiar a compra de casas, com condições mais acessíveis.

    Outra novidade diz respeito às SIGI, as sociedades de investimento e gestão imobiliária (os REIT portugueses), que vão começar a formar-se a partir do início de fevereiro e podem ser “um catalisador por virem trazer mais transparência, dinamismo e liquidez para este mercado”.

    Preços “exagerados” das casas usadas podem “sentir impacto” da nova construção
    Quanto aos preços, na área do residencial, Maria Empis antecipa que “apesar de se estimar que poderá entrar mais stock e que pode equilibrar um pouco mais em relação à procura, o impacto que pode haver nos preços é, principalmente, nos preços das casas usadas — que estavam muito caras devido à falta de oferta de produto novo”. “Os preços das novas vai continuar a crescer, embora não tão exponencialmente como nos anos recentes”, confia.

    “Quando o mercado começou a recuperar, não havia produto. Quem queria comprar ou esperava ou tinha de comprar casas usadas, e por isso o preço destas aumentou muitíssimo”, recorda Maria Empis. “Agora, à medida que o novo stock entra, começa a equilibrar este preço demasiado exagerado das casas usadas por, finalmente, haver oferta”, nota a especialista.

    Escritórios. Oferta muito longe da procura
    Lisboa é, também, segundo a JLL, uma das capitais europeias onde existem menos metros quadrados de escritórios por habitante — “metade do que as grandes cidades europeias têm, temos uma grande escassez de escritórios sobretudo para a procura que existe hoje em dia, por grandes empresas que querem espaços novos e modernos”, comenta Pedro Lancastre, argumentando que “os 400 mil metros quadrados de espaço de escritórios que nós sabemos que virão para o mercado nos próximos quatro anos são pouco para as necessidades que uma cidade como Lisboa tem”.

    Entre os desafios para o próximo ano estão o risco de subida dos taxas de juro, a começar pelos EUA — mas a JLL acredita que “tem de haver alguma cautela por parte dos bancos centrais” a esse respeito, admitindo subidas de taxas de juro “mas de forma muito faseada”. A nível externo, existem riscos como o Brexit — que em alguns aspetos até pode ser positivo para Lisboa, mas introduz um grande grau de incerteza geral no mercado imobiliário, desde logo pelo efeito do câmbio.

    A nível mais interno o que preocupa é a “pressão política” que tem existido no setor: “houve mexidas nas leis da habitação e do arrendamento”, salienta Maria Empis, argumentando que “a lei do direito de preferência [dos inquilinos] pode travar algumas compras de edifícios, sobretudo para reabilitação” e houve “alterações no alojamento local que, para quem estava a investir no centro da cidade agora vê que pode não ter licença para operar no alojamento local”, afirmou a diretora de research da JLL. Ainda assim, apesar de 2019 ser ano de eleições, os estrangeiros olham para Portugal como um país politicamente muito estável.

    Um outro desafio importante é que os “custos de desenvolvimento estão muito mais altos”. Segundo contas da JLL, nos últimos cinco anos os custos de construção terão subido cerca de 30% — “um crescimento que se reflete todo no valor final do imobiliário” — uma consequência, em parte, da falta de mão de obra que existe no setor da construção. Além disso, “as câmaras estão mais lentas, os processos de aprovação estão mais lentos e isso faz atrasar muitos processos”, atira Maria Empis.

    As principais cidades em Portugal — não só Lisboa — vão passar a ter uma predominância cada vez maior dos projetos de construção habitacional de larga escala (e menos pequena reabilitação) e haverá, também, uma tendência para o crescimento de projetos modernos de co–living, que já começa a ser uma tendência em Portugal, além de residências para estudantes com qualidade superior.

    Programas como os Vistos Gold e os benefícios fiscais para não-residentes estão a ter uma importância cada vez menor, mas os estrangeiros vão continuar a olhar com muito apetite para o mercado português — mesmo para viver, desde brasileiros até cidadãos de outros países da Europa (Reino Unido, França), passando por turcos, sul-africanos e, cada vez mais, Médio Oriente.

    O interesse não está a esmorecer e, a par disso, com a reabilitação e nova construção, Pedro Lancastre acredita que dentro de alguns anos o concelho de Lisboa possa duplicar o número de residentes, enchendo os tais 100 quilómetros quadrados com cerca de um milhão de pessoas. “Lisboa dá-se ao luxo de ter terrenos ainda muito grandes que a maior parte das grandes cidades não têm, e tem muita reabilitação para ser feita. Cabe muito mais população do que a que temos hoje”, acrescenta o diretor-geral da JLL, lembrando que há “muito a fazer” nas infraestruturas e nos transportes para acomodar essa duplicação de residentes.

    “Portugal está nas bocas do mundo porque tem condições únicas para viver. A procura é muita e vamos ter de ter produto adequado para esta procura”, comentou Patrícia Barão, diretora da área residencial, não só para os estrangeiros como para o cliente nacional. Nesta matéria, é possível encontrar algum otimismo no facto de haver vários projetos não só no centro da cidade mas, também, em outras zonas como a Alta de Lisboa e o concelho de Oeiras, incluindo Dafundo, Miraflores, Carnaxide e outros.

    Fonte : https://www.google.com/amp/s/observador.pt/2019/01/30/lisboa-voltara-a-ter-um-milhao-de-pessoas-a-viver-no-centro-antecipa-a-consultora-jll/amp/
  13.  # 273

    Colocado por: J.Fernandes
    - Em 2000 a IC representava 7,7% do PIB;

    - Em 2011, 5,6% do PIB;

    - Em 2017, 4,2% do PIB.

    Não fazia ideia que representava tão pouco, esperava bastante mais. O dobro.


    Colocado por: J.FernandesNão esquecer que estes números incluem o sub-sector de obras de engenharia - estradas, pontes, obras hidráulicas, obras geotécnicas - que diminuiu de uma forma brutal, afetando o emprego, nomeadamente, de engenheiros civis.

    Faltam as obras públicas ?
  14.  # 274

    Colocado por: J.Fernandese o crescimento via novos licenciados continua, em especial na área de arquitetura.

    Isto é verdade, apesar de tudo ? Não fazem políticas adequadas então.
  15.  # 275

    Colocado por: CMartinFaltam as obras públicas ?

    Não. Estão incluídas e englobam o sub-sector de obras de engenharia.
  16.  # 276

    Colocado por: rsvaluminioOs únicos mal pagos em toda a construção é o pessoal que suja as mãos.

    Corrijo : Não são os únicos mal pagos, são também mal pagos, talvez por serem maioritariamente trabalhadores precários.
  17.  # 277

    Colocado por: J.FernandesNão. Estão incluídas e englobam o sub-sector de obras de engenharia.

    Não é isso. O que estou a perguntar é se estão a fazer falta obras públicas ? Há menos ?
  18.  # 278

    Colocado por: CMartinNão fazem políticas adequadas então.

    Pelo contrário, o problema é fazerem políticas.
  19.  # 279

    Colocado por: CMartinNão é isso. O que estou a perguntar é se estão a fazer falta obras públicas ? Há menos ?

    Há muitos menos e na minha opinião, bem.
    Concordam com este comentário: rsvaluminio
  20.  # 280

    Colocado por: CMartin
    Estamos aqui a falar que precisamente são os engenheiros e os arquitectos que mais sofrem desse mal, serem mal pagos.


    Depende do que consideram mal pagos, esse mal pago á hora dá quanto?

    Eu conheço algum pessoal que se não fizer horas leva 700 paus para casa e trabalham que se farta, sem falar que ainda há tempos estive a falar com uns calceteiros que vinham quase todos os dias de penafiel para viana do castelo e nem 700 paus ganhavam, eu nem por 1500 o fazia quanto mais por 700, esses sim acho que estão mal pagos.

    Se me preguntar se um eng ou arq tem que ganhar bem á hora? Claro que tem como qualquer profissional, se existem alguns que ganham mal, a isso se chama seleção natural os bons arq e eng ganham muito bem porque tem muito trabalho os fracos tem pouco trabalho ganham menos, quando á muito trabalho e os preços continuam baixos a isso devesse aos maus profissionais que tem que vender barato para terem trabalho.
    Concordam com este comentário: pires1
 
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