Claro que sim. Aqui vão algumas sugestões básicas, agora que está a chegar a Primavera :
1 - Raspe e remova as folhas de relva seca com o ancinho de mão flexível com suporte alto. O produto é igual ao que está no link abaixo. Faça 2x em Março (de 15 em 15 dias). Deverá ser suficiente.
2 - Regue de 1x a 3x por semana dependendo da chuva/humidade e calor que surja a partir de Março até Outubro. Veja se a terra está molhada antes de o fazer. Só nos dias de 40º ou parecido, regue 1x por dia. Eventualmente a folha da relva pode dobrar-se ao meioe ficar com um aspeto fininho. Isso é sinal de calor excessivo e possível desidratação. Geralmente, de Novembro até final de Fevereiro, como está menos calor e existe chuva ou simplesmente humidade, isso é em principio suficiente por si só.
3 - Aplique adubo rico em azoto no início da Primavera. As formulas costumam dizer 12-12-17 ou parecido sendo a sequência referente ao N-P-K (Azoto, Fosfoto e Potássio). Aplique um tipo 22-5-5 ou parecido sendo que essencialmente deverá ser rico em Azoto. Espalhe-o como se estivesse a espalhar arroz e sem concentrar. Tenho usado este na Primavera:
1Kg de adubo deve dá para 100m2. Eu faço o processo em duas vezes, ou seja, metade da embalagem num dia e a outra metade dali a 15 dias ou 1 mês. Por exemplo, metade em Março e metade em Abril. Regue sempre depois de aplicar o adubo.
4 - Não corte a relva muito rente. Cortes baixos reduzem manutenção, mas danificam a relva e a sua produção de folha. Ponha a máquina de corte na altura "alta" (6 a 7cm) e corte todos os 15 dias, ou sempre que necessário. A ideia é cortar a ponta da folha. Isso também torna o pisar mais macio e não tão desagradável. Recolha as daninhas que tiver, se tiver, e so depois faça o corte.
Aquilo que é vendido sob o nome de relva rústica no Aki ou outros sítios, em principio tratar-se-á de uma mistura de sementes de várias espécies, entre elas a Festuca Arundinacea, a Lolium Perenne e a Poa Pratensis.
Também é possível compra-las individualmente e depois misturar no terreno que vai relvar.
Mas isto nada tem a ver com a relva Santo Agostinho que tem plantada.
A vantagem é que cada espécie adaptar-se-á mais ou menos a cada uma das estações! Bem como terá tolerâncias ao pisoteio diferentes, etc. No fundo, complementam-se. Mas há quem use só uma espécie de semente.
É como no vinho tinto. Há os de várias castas com cada uma a dar o seu contributo para o sabor final e há os vinhos mono casta.
Mas o que tem aí no jardim é efetivamente relva São Agostinho. Está espécie é plantada e não semeada, ainda que na primavera produza também semente mas é pouca e por isso, seja uma espécie que se planta. Quando surgirem umas folhas muito grossas com umas "coisinhas" nas laterais dessa folha... sao as sementes da espécie. Corte normalmente. Sao poucas.
Geralmente, o mix é feito entre sementes, não de sementes com relvas que tenham guias, como é o caso da São Agostinho.
No entanto, após 2 anos e depois de ter fechado o relvado, eu misturei sementes de Festuca+Lolium+Poa no meu Sao Agostinho, epalhando por cima, simplesmente. Isto tornou o relvado ainda mais denso e com um pisar mais macio. No tempo quente o São Agostinho cresce bem e nas outras estações as de semente acordam e compensam o hibernar da São Agostinho. Necessita de um pouco mais de água só no tempo quente e de cortes mais frequentes, ou seja, cortar 1x por semana e 1x por mes no inverno. Usei 2kg de mistura de semente.
Como tem poucas guias... O seu relvado fica só com o aspeto de relva de semente, o que é diferente do que tenho. Para ter o que tenho teria que espalhar a semente por cima do seu relvado de São Agostinho, que já está formado.
Uma das fontes, pode ser a sua propria relva de Sao Agostinho.
Procure por isto nos cantos, ao pé das paredes, canteiros, pedras, etc. Arranque, sem medo.
Corte ao meio cada uma e plante no novo jardim com espaço de 20cm uma das outras e em direcções diferentes. É só fazer um "risco" na areia e cobrir as raízes com terra até chegar à folha. Deite água e espere. :-)