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  1.  # 1

    Na sequência de pedido de licenciamento de instalação de pequena casa pré-fabricada em madeira (60m2, paredes de 180mm em vigas maciças de pinho laminado com secção quadrangular, janelas de vidro triplo, …) junto dos serviços municipais, foi-me comunicado um deferimento condicionado à “apresentação de parecer por parte do Laboratório Nacional de Engenharia Civil sobre a homologação do sistema de construção.” (sic). Para além desta coisinha de nada, foram-me solicitados todos os projectos de especialidades que são exigidos para qualquer outra construção:
    Projecto de estabilidade;
    Projecto de alimentação e distribuição de energia eléctrica, ou ficha;
    Projecto de instalação de gás, quando exigível, nos termos da lei;
    Projecto de redes prediais de águas e esgotos;
    Projecto de águas pluviais;
    Projecto de instalações telefónicas e de telecomunicações;
    Estudo do comportamento térmico;
    Projecto acústico.

    Eu até acharia todas estas coisas normais não fossem algumas contrariedades (enfim, se me é solicitado parecer sobre homologação de sistema de construção por que diabos me solicitam um projecto de estabilidade? Porque é que me solicitam um projecto de comportamento térmico se apresento para apreciação o projecto de uma casa com paredes de 18cm de madeira maciça laminada [K= 0,643 W/m² !] precisamente porque não tenho dinheiro para pagar energia de aquecimento? Porque é que me solicitam um projecto acústico se apresento para apreciação uma casa com caixilhame em madeira maciça laminada com 68mm de espessura e vidros triplos [4 + 4 + 4, c=18 mm; k=1,1 W/m²] ?, … ).

    Quando, ainda a frio, li aquela parte da “apresentação de parecer por parte do Laboratório Nacional de Engenharia Civil sobre a homologação do sistema de construção” pensei imediatamente que os tipos estavam a gozar comigo.
    Não estavam. Fui ao site do LNEC e depois de algumas voltas lá cheguei a um pdf em que a rapaziada menciona um tal Decreto-Lei n.º 50/2008 de 19 de Março. “Googlei” pelo tal decreto e li: “Artigo 17.º […] 5 — Nos casos em que os produtos de construção não preencham nenhuma das condições previstas no n.º 3 e sempre que a sua utilização em edificações novas ou intervenções possa comportar risco para a satisfação das exigências essenciais indicadas no n.º 1, fica a mesma condicionada à respectiva homologação pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, devendo este dispensá-la se tais produtos possuírem certificados de conformidade emitidos por entidade aprovada em Estado membro da União Europeia, na Turquia ou em Estado subscritor do acordo do espaço económico europeu que atestem suficientemente a satisfação das referidas exigências.
    Resumidamente, os serviços procedem assim: não é em tijolo e betão, logo deve ser uma coisa que “comporta risco” para a saúde e bem-estar da humanidade… Neste assunto aguardo envio de certificado entretanto solicitado junto do fabricante.

    O pior mesmo são os supra-mencionados “projectos de especialidades”. Já vou em cinco (5) consultas de gabinetes de engenharia que, sob os mais variados pretextos, parecem nunca estar disponíveis para os realizar. Não quero ser deselegante mas parece-me que também os engenheiros civis não estão á vontade com qualquer coisa que não seja betão e tijolo; mais ou menos explicitamente num deles admitiram que isso era uma coisa levada da breca e “tinham que estudar o assunto” (ou seja, o software só tem “caixinhas” para tijolo e betão…)

    Alguém conhece / está preparado /disponível para fazer este trabalho?
  2.  # 2

    Caro dutilleulhá,

    Vim cá ao fórum colocar uma questão, e tropeçei no seu post.

    Das duas uma,

      ou está definitivamente mal servida quanto à consultoria técnica em questão,



      ou estamos todos definitivamente mal servidos quanto ao Estado,



    Pra quem já teve oportunidade de viajar, e mesmo não o tendo feito, as técnicas de contrução pelo mundo fora são das mais variadas. Vejam no conforto de casa pequeno vídeo sobre as habitações nas terras do Obama - http://www.youtube.com/watch?v=yzEbkj0_Ph8

    Ando curioso com as técnicas Light Steel Framing ou casas de madeira, principalmente por estar "esganado" com uma situação de contrato antigo de aluguer e procurar a bom preço desenvolver uma pequena habitação.

    Nesta europa, onde por exemplo os estonianos têm forte tradição na construção de casas de madeira, nesta europa onde é possível contratar empresas dentro do espaço europeu para prestação do serviço de construção, tenho muitas dificuldades em perceber como, ao fim de 5 consultas não tenha resposta pronta.

    Não duvido que alguém no fórum irá dar uma chega á questão, mas entre o "muito Estado, mau Estado" e os gabinetes que não resolvem, pergunto-me se o lobbying do betão não deixa a livre concorência actuar livremente.


    Em suma, Escandaloso !! a situação que apresenta.

    Queira por favor manter a situação actualizada, sempre que se justique
    Melhores cumprimentos,
    Paulo Dinis
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  3.  # 3

    se me permite, além do projecto acústico ( obrigatório segundo sei na instrução do pedido de licenciamento ) pós edificação ainda vai ter de evidenciar o comportamento acústico por força do RRAE :

    Foi publicado o novo Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE) - DL 96/2008, de 9 de Junho.
    Este novo diploma, altera o o DL 129/2002 que regula a vertente do conforto acústico no âmbito do regime da edificação. pretende-se uma melhor articulação com o Decreto -Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, que aprova o Regulamento Geral do Ruído (RGR).
    São actualizados os parâmetros de desempenho acústico dos edifícios e os indicadores do ruído de equipamentos e instalações, e estabelecem explicitamente procedimentos de avaliação de conformidade com as normas definidas no RRAE, visando a melhoria da qualidade habitacional no País, tanto para edifícios novos como para os edifícios existentes que venham a ser objecto de reconstrução, ampliação, ou alteração.


    As câmaras fazem uma leitura cega do diploma,e em casos com edificações anteriores a 1951 [ com certidão emitida ] estão a incluir este critério no caso de pequenas ampliações ou mesmo operações de venda !

    Tenho fortes dificuldades ainda, em compreender a necessidade de fazer prova da homologação do método constructivo no caso que pareçe ser mais ou menos comum, a madeira. Porventura alguma técnica de montagem atípica ?


    Cumprimentos, Paulo Pereira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  4.  # 4

    Caro dutilleu,
    Relativamente aos Projectos de especialidades que tem dificuldade em arranjar:
    -Acústico
    -Termico

    Temos possibilidade de os realizar, se realmente tiver interessado, mas só para Outubro.
    Por aqui não fazemos projectos de especialidades com recurso a softwares "automáticos" e com bases de dados limitadas.

    Quanto à homologação do sistema de construção, para casa de madeira, já tivemos um caso parecido, de um fabricante alemão, veio o dito (copia autenticada e traduzido oficialmente), da Alemanha emitido pelo Laboratório de referência homologo ao LNEC- quem tratou deste documento foi o importador/ instalador.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  5.  # 5

    Boas

    se me é solicitado parecer sobre homologação de sistema de construção por que diabos me solicitam um projecto de estabilidade?

    Pelo mesmo motivo que é exigido um projecto de estabilidade às construções em betão armado, ainda que os materiais - lajes pré-esforçadas, por exemplo - estejam devidamente homologados. A homologação de materiais ou métodos construtivos não tem a ver com a verificação da estabilidade da estrutura!

    Porque é que me solicitam um projecto de comportamento térmico se apresento para apreciação o projecto de uma casa com paredes de 18cm de madeira maciça laminada [K= 0,643 W/m² !]

    Por que a verificação do comportamento térmico de uma construção vai muito além dos coeficientes de transmissão térmica das paredes!

    Porque é que me solicitam um projecto acústico se apresento para apreciação uma casa com caixilhame em madeira maciça laminada com 68mm de espessura e vidros triplos [4 + 4 + 4, c=18 mm; k=1,1 W/m²] ?, … )

    Porque a verificação das características acústicas da construção vai muito além das características dos vãos envidraçados!

    E agora pergunto eu: então quem lhe forneceu esses dados sobre as características dessa construção em madeira não o alertou para a necessidade dessa homologação e desses projectos de especialidade? É que eles sabem que são necessários, deixo a seu cargo a dedução do motivo porque não falaram nisso.

    Resumidamente, os serviços procedem assim: não é em tijolo e betão, logo deve ser uma coisa que “comporta risco” para a saúde e bem-estar da humanidade

    Resumindo é assim: o que diz não é verdade, as construções em betão armado têm de ser executadas com materiais homologados e necessita, igualmente de todos os projectos de especialidade.

    Não quero ser deselegante mas parece-me que também os engenheiros civis não estão á vontade com qualquer coisa que não seja betão e tijolo; mais ou menos explicitamente num deles admitiram que isso era uma coisa levada da breca e “tinham que estudar o assunto” (ou seja, o software só tem “caixinhas” para tijolo e betão…)

    É evidente que tudo que não esteja nas "caixinhas" do software (seja lá o que isso for) sai fora dos conhecimentos dos engenheiros que, como toda a gente sabe, se limitam a premir as teclas para que todo o trabalho apareça feito, como que por magia. É essa a razão porque, antes do aparecimento dos computadores, os engenheiros não faziam cálculos de estabilidade. Haja paciência para aturar afirmações destas.

    Não duvido que alguém no fórum irá dar uma chega á questão, mas entre o "muito Estado, mau Estado" e os gabinetes que não resolvem, pergunto-me se o lobbying do betão não deixa a livre concorência actuar livremente.

    Até que enfim aparece alguém que compreende a verdadeira questão: então o pessoal não sabe que sempre que é elaborado um projecto de estabilidade em betão armado, a Cimpor imediatamente contacta os técnicos para lhes pagar comissão sobre o betão vendido? Falando por mim, as férias que gozo duas vezes por ano são pagas pela Cimpor, pela Secil e pela Siderurgia Nacional. Ando entretanto em guerra com os areeiros aqui da zona, que não aumentam a comissão sobre a areia há muitos anos, motivo pelo qual vou proibir a utilização de areia nas obras que projectar ou dirigir.

    PS: sabe que há software de cálculo para estruturas em madeira? com "janelinhas" e tudo?
    Faço questão de não angariar trabalho aqui no fórum; no seu caso, porém, estou disposto a abrir uma excepção: estou disponível para fazer os projectos de especialidade nas condições que lhe proponho:
    1 - Não farei uso de software, todos os cálculos serão efectuados "à unha", sem "janelinhas".
    2 - O preço será estabelecido de acordo com esse factor, que estimo irá provocar um agravamento no custo na ordem dos 250% a 300%. Caro? Também, acho, mas como sabe tempo é dinheiro, neste caso, o meu tempo e o seu dinheiro, que embolsarei de bom grado.

    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  6.  # 6

    Boa tarde.

    Defacto este pais não vai para a frente ,pois qualquer coisa que se faça tem problemas ,isto não é suportavel tanta brucraçia para dificultar a vida ao cidadão,apenas para dar trabalho a uns quantos e dificultar a vida a muitos mais !!!!!!!!!!
    Assim sera muito complicado fazer-se algo????
    Este é o sistema que temos e que só mudara com uma crise ainda maior !!!!
    ISTO É APENAS UM DESABAFO E DESEJO FORÇA PARA QUEM OS EMFRENTA !!!
    Cumprimentos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  7.  # 7

    Colocado por: paulo_pereirase me permite, além do projecto acústico ( obrigatório segundo sei na instrução do pedido de licenciamento ) pós edificação ainda vai ter de evidenciar o comportamento acústico por força do RRAE :

    Foi publicado o novo Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE) - DL 96/2008, de 9 de Junho.
    Este novo diploma, altera o o DL 129/2002 que regula a vertente do conforto acústico no âmbito do regime da edificação. pretende-se uma melhor articulação com o Decreto -Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, que aprova o Regulamento Geral do Ruído (RGR).
    São actualizados os parâmetros de desempenho acústico dos edifícios e os indicadores do ruído de equipamentos e instalações, e estabelecem explicitamente procedimentos de avaliação de conformidade com as normas definidas no RRAE, visando a melhoria da qualidade habitacional no País, tanto para edifícios novos como para os edifícios existentes que venham a ser objecto de reconstrução, ampliação, ou alteração.


    As câmaras fazem uma leitura cega do diploma,e em casos com edificações anteriores a 1951 [ com certidão emitida ] estão a incluir este critério no caso de pequenas ampliações ou mesmo operações de venda !

    Tenho fortes dificuldades ainda, em compreender a necessidade de fazer prova da homologação do método constructivo no caso que pareçe ser mais ou menos comum, a madeira. Porventura alguma técnica de montagem atípica ?


    Cumprimentos, Paulo Pereira




    Tem o Paulo e tenho eu. O método de construção da casa (sobreposição de vigas maciças providas de encaixes em T nas intersecções de planos a 90º) é um dos mais antigos na história da arquitectura e é usado em inúmeros países europeus há muitas centenas de anos… Mais: a exigência dos serviços técnicos municipais, tanto quanto percebi da leitura da informação disponível no site do LNEC, é abusiva e não tem qualquer fundamento jurídico. Em conformidade com o supra-mencionado dec. Lei nº 50/2008, é o próprio LNEC a informar que “… são abrangidos pela homologação do LNEC os produtos e sistemas de construção utilizados em edificações urbanas – quando relevantes para a satisfação das exigências essenciais referidas no seu art.º 1.º, n.º 1 –, desde que:

    • não sejam cobertos por Normas Portuguesas ou por Normas Europeias adoptadas em Portugal;
    • não sejam objecto de uma Aprovação Técnica Europeia;
    • não sejam objecto de certificação obrigatória, como é o caso, presentemente, do aço para
    armaduras para betão armado (Decreto-Lei n.º n.º 390/2007) e para armaduras de betão préesforçado (Decreto-Lei n.º n.º 28/2007);

    sendo a homologação dispensada quando se verificarem os pressupostos referidos no n.º 5, do art.º 1.º do já referido Decreto-Lei n.º 50/2008.”

    Ora, o que os serviços técnicos municipais me pedem não é uma homologação mas uma “apresentação de parecer por parte do LNEC sobre a homologação do sistema de construção.”

    Mas repare-se que até a simples ponderação deste assunto só acontece porque dou aos serviços o benefício da assunção tácita da dúvida de que os materiais a utilizar na construção (pinho nórdico e telhas comuns…) e a técnica construtiva não garantem “…a satisfação das exigências essenciais de resistência mecânica e estabilidade, de segurança na sua utilização e em caso de incêndio, de higiene, saúde e protecção do ambiente, de protecção contra o ruído, de economia de energia, de isolamento térmico e das demais exigências estabelecidas no presente
    Regulamento ou em legislação específica, nomeadamente de funcionalidade, de durabilidade e outras.” (nº1, art.º 17º, dec.-lei 50/2008) sendo que estas são precisamente as razões porque concluí pelas incomparáveis vantagens da madeira (mesmo no caso menos óbvio mas experimentalmente confirmado de situações de incêndio…).

    Caro Paulo, a situação é tão absurda que ainda não decidi o que vou fazer em relação a isto. Para já, pedi certificação ao fabricante na Estónia (este fim-de-semana). Ao mesmo tempo solicitei junto do LNEC (para três departamentos diferentes, por causa dos extravios…) a informação das diligências a adoptar para dar cumprimento à exigência dos serviços municipais e… vou ficar à espera.

    Cumprimentos
  8.  # 8

    Colocado por: j cardosoBoas

    se me é solicitado parecer sobre homologação de sistema de construção por que diabos me solicitam um projecto de estabilidade?

    Pelo mesmo motivo que é exigido um projecto de estabilidade às construções em betão armado, ainda que os materiais - lajes pré-esforçadas, por exemplo - estejam devidamente homologados.A homologação de materiais ou métodos construtivos não tem a ver com a verificação da estabilidade da estrutura!

    Porque é que me solicitam um projecto de comportamento térmico se apresento para apreciação o projecto de uma casa com paredes de 18cm de madeira maciça laminada [K= 0,643 W/m² !]

    Por que a verificação do comportamento térmico de uma construção vai muito além dos coeficientes de transmissão térmica das paredes!

    Porque é que me solicitam um projecto acústico se apresento para apreciação uma casa com caixilhame em madeira maciça laminada com 68mm de espessura e vidros triplos [4 + 4 + 4, c=18 mm; k=1,1 W/m²] ?, … )

    Porque a verificação das características acústicas da construção vai muito além das características dos vãos envidraçados!

    E agora pergunto eu: então quem lhe forneceu esses dados sobre as características dessa construção em madeira não o alertou para a necessidade dessa homologação e desses projectos de especialidade? É que eles sabem que são necessários, deixo a seu cargo a dedução do motivo porque não falaram nisso.

    Resumidamente, os serviços procedem assim: não é em tijolo e betão, logo deve ser uma coisa que “comporta risco” para a saúde e bem-estar da humanidade

    Resumindo é assim: o que diz não é verdade, as construções em betão armado têm de ser executadas com materiais homologados e necessita, igualmente de todos os projectos de especialidade.

    Não quero ser deselegante mas parece-me que também os engenheiros civis não estão á vontade com qualquer coisa que não seja betão e tijolo; mais ou menos explicitamente num deles admitiram que isso era uma coisa levada da breca e “tinham que estudar o assunto” (ou seja, o software só tem “caixinhas” para tijolo e betão…)

    É evidente que tudo que não esteja nas "caixinhas" do software (seja lá o que isso for) sai fora dos conhecimentos dos engenheiros que, como toda a gente sabe, se limitam a premir as teclas para que todo o trabalho apareça feito, como que por magia. É essa a razão porque, antes do aparecimento dos computadores, os engenheiros não faziam cálculos de estabilidade. Haja paciência para aturar afirmações destas.

    Não duvido que alguém no fórum irá dar uma chega á questão, mas entre o "muito Estado, mau Estado" e os gabinetes que não resolvem, pergunto-me se o lobbying do betão não deixa a livre concorência actuar livremente.

    Até que enfim aparece alguém que compreende a verdadeira questão: então o pessoal não sabe que sempre que é elaborado um projecto de estabilidade em betão armado, a Cimpor imediatamente contacta os técnicos para lhes pagar comissão sobre o betão vendido? Falando por mim, as férias que gozo duas vezes por ano são pagas pela Cimpor, pela Secil e pela Siderurgia Nacional. Ando entretanto em guerra com os areeiros aqui da zona, que não aumentam a comissão sobre a areia há muitos anos, motivo pelo qual vou proibir a utilização de areia nas obras que projectar ou dirigir.

    PS: sabe que há software de cálculo para estruturas em madeira? com "janelinhas" e tudo?
    Faço questão de não angariar trabalho aqui no fórum; no seu caso, porém, estou disposto a abrir uma excepção: estou disponível para fazer os projectos de especialidade nas condições que lhe proponho:
    1 - Não farei uso de software, todos os cálculos serão efectuados "à unha", sem "janelinhas".
    2 - O preço será estabelecido de acordo com esse factor, que estimo irá provocar um agravamento no custo na ordem dos 250% a 300%. Caro? Também, acho, mas como sabe tempo é dinheiro, neste caso, o meu tempo e o seu dinheiro, que embolsarei de bom grado.

    cumps
    José Cardoso

    Estas pessoas agradeceram este comentário:dutilleul




    A homologação de materiais ou métodos construtivos não tem a ver com a verificação da estabilidade da estrutura!

    Sucede que não me pedem a homologação de materiais. Pedem-me parecer sobre sistema construtivo (pelo LNEC!!!!!!)


    Por que a verificação do comportamento térmico de uma construção vai muito além dos coeficientes de transmissão térmica das paredes!

    Certo, mas a memória descritiva que acompanhava o projecto de arquitectura explicitava valores e materiais a utilizar que excedem MUITO SIGNIFICATIVAMENTE a eficiência térmica e acústica dos edifícios comuns
    Mas tudo bem, neste caso apenas me faz confusão que a construção em Portugal seja tão má, apesar de todos esses estudos e “projectos” tão pressurosamente exigidos…

    E agora pergunto eu: então quem lhe forneceu esses dados sobre as características dessa construção em madeira não o alertou para a necessidade dessa homologação e desses projectos de especialidade? É que eles sabem que são necessários, deixo a seu cargo a dedução do motivo porque não falaram nisso.

    O fabricante - excluídas por diferentes e várias razões outras possibilidades em vários países e depois da troca de muitas mensagens - é da Estónia e tem respondido a todas as minhas dúvidas. Não tenho razões para acreditar que o fabricante conheça a legislação portuguesa do mesmo modo com a familiaridade evidenciada pelo J. Cardoso mas não tenho até agora quaisquer razões para duvidar da sua boa-fé.

    Resumindo é assim: o que diz não é verdade, as construções em betão armado têm de ser executadas com materiais homologados e necessita, igualmente de todos os projectos de especialidade.

    Respeitosamente, estou em crer que não percebeu que estava a ironizar… Culpa minha, rogo-lhe desculpas pelo mal-entendido.

    Haja paciência para aturar afirmações destas.

    Embora tenha manifestado o desejo de não querer parecer deselegante ou menos correcto, peço-lhe encarecidamente que não entenda das minhas palavras nenhum tipo de desconsideração por qualquer classe profissional.


    Não duvido que alguém no fórum irá dar uma chega á questão, mas entre o "muito Estado, mau Estado" e os gabinetes que não resolvem, pergunto-me se o lobbying do betão não deixa a livre concorência actuar livremente.

    Enfim, as palavras não são minhas mas também estou convencido que não foram escritas com a intenção de ofender ou desconsiderar quem quer que seja. As pessoas de um modo geral – eu e o Sr., certamente - ficam perplexas com algumas coisas e teorizam acerca delas.
    Creio que é apenas isso.

    Finalmente, não sei de onde é que deduz da minha parte qualquer espécie de preconceito em relação a qualquer tipo de software usado em engenharia.


    Agradeço todos os seus comentários, lamento ficar com a impressão de que entendeu alguma espécie de desconsideração nas minhas palavras e reitero-lhe o meu pedido de desculpas por não ter sido capaz de me expressar de maneira menos equivoca.
  9.  # 9

    Colocado por: paulo_pereiraCaro dutilleulhá,

    Vim cá ao fórum colocar uma questão, e tropeçei no seu post.

    Das duas uma,

      ou está definitivamente mal servida quanto à consultoria técnica em questão,



      ou estamos todos definitivamente mal servidos quanto ao Estado,



    Pra quem já teve oportunidade de viajar, e mesmo não o tendo feito, as técnicas de contrução pelo mundo fora são das mais variadas. Vejam no conforto de casa pequeno vídeo sobre as habitações nas terras do Obama -http://www.youtube.com/watch?v=yzEbkj0_Ph8

    Ando curioso com as técnicas Light Steel Framing ou casas de madeira, principalmente por estar "esganado" com uma situação de contrato antigo de aluguer e procurar a bom preço desenvolver uma pequena habitação.

    Nesta europa, onde por exemplo os estonianos têm forte tradição na construção de casas de madeira, nesta europa onde é possível contratar empresas dentro do espaço europeu para prestação do serviço de construção, tenho muitas dificuldades em perceber como, ao fim de 5 consultas não tenha resposta pronta.

    Não duvido que alguém no fórum irá dar uma chega á questão, mas entre o "muito Estado, mau Estado" e os gabinetes que não resolvem, pergunto-me se o lobbying do betão não deixa a livre concorência actuar livremente.


    Em suma, Escandaloso !! a situação que apresenta.

    Queira por favor manter a situação actualizada, sempre que se justique
    Melhores cumprimentos,
    Paulo Dinis

    Estas pessoas agradeceram este comentário:dutilleul





    Caro Paulo Dinis,
    Obrigado pelas suas palavras. Tenciono respeitar as regras do fórum e, sempre que se justifique, irei dando notícia da minha “odisseia”.

    Quanto ao seu problema, se procura uma solução de baixo custo, desista das soluções “Light Steel Framing” ou em madeira (“log”ou “timber frame”)
    A solução “Light Steel Framing” não oferece realmente as vantagens da construção em madeira e - do que percebi do pouco que inquiri acerca dessa tecnologia - afigura-se-me ainda mais cara que a solução em madeira.
  10.  # 10

    Boas

    Começo pelas questões laterais:

    lamento ficar com a impressão de que entendeu alguma espécie de desconsideração nas minhas palavras e reitero-lhe o meu pedido de desculpas por não ter sido capaz de me expressar de maneira menos equivoca.


    O lobby do betão (eu sei que não foi o dutilleul que escreveu sobre isso):
    Se existe não sei, não afirmo nem nego a sua existência, apenas posso dizer que nunca exerceu pressão sobre mim e nunca ouvi que tivesse exercido sobra algum técnico. A sua possível existência será então a outro nível, talvez o legislativo? (e também na mentalidade das pessoas, mas aqui é só um palpite meu).

    Em relação ao software. É lógico que o software na engenharia veio facilitar o trabalho. Como na economia, na saúde, no ensino, ...etc. Mas, no caso presente, não me parece ser a questão. O verdadeiro motivo porque terá alguma dificuldade em encontrar quem lhe faça isso terá a ver, na minha opinião, com o simples facto de a esmagadora maioria das construções serem feitas com outros métodos construtivos e os técnicos de projecto estarão, logicamente, mais vocacionados para isso. Em mais ou menos 25 anos de profissão, apenas por uma ou duas dúzias de vezes tive de elaborar cálculos de estruturas em madeira, e quase sempre (excepto em dois casos) relacionados com recuperações de edifícios antigos com estrutura da cobertura em madeira. Mal comparado, é como comprar peças para um automóvel antigo, de colecção: as empresas de distribuição de sobressalentes estão vocacionadas para a "fatia grande do bolo", só têm peças para os carros actuais. Terá então de procurar um fornecedor mais específico.

    O que realmente importa:

    Certo, mas a memória descritiva que acompanhava o projecto de arquitectura explicitava valores e materiais a utilizar que excedem MUITO SIGNIFICATIVAMENTE a eficiência térmica e acústica dos edifícios comuns

    Como acontece a qualquer habitação que se pretenda construir, seja em que sistema for, terá de apresentar um estudo que demonstre quantitativamente que cumpre as limitações impostas no que diz respeito aos gastos de energia nas suas várias vertentes, e que não se limitam à capacidade de transmissão de calor entre as superfícies (aquecimento / arrefecimento do ambiente). É o vulgarmente chamado projecto de comportamento térmico, e acredite que em nenhum caso é admitida a sua substituição por uma memória descritiva com a apresentação das respectivas características.

    Mas tudo bem, neste caso apenas me faz confusão que a construção em Portugal seja tão má, apesar de todos esses estudos e “projectos” tão pressurosamente exigidos…

    Em relação ao comportamento térmico das habitações, ainda é cedo para tirar conclusões: a legislação é de 2006, é cedo para avaliar os seus resultados.

    O fabricante - excluídas por diferentes e várias razões outras possibilidades em vários países e depois da troca de muitas mensagens - é da Estónia e tem respondido a todas as minhas dúvidas. Não tenho razões para acreditar que o fabricante conheça a legislação portuguesa do mesmo modo com a familiaridade evidenciada pelo J. Cardoso mas não tenho até agora quaisquer razões para duvidar da sua boa-fé.

    Aqui sou eu que tenho de pedir desculpa, não sabia que o fabricantes era estrangeiro e que - como parece ser o caso - não tem representante em Portugal. Assim sendo, a responsabilidade em relação passa para o dutilleul que terá de certificar-se previamente da possibilidade de utilização desse produto no nosso país.
    Ficam, mais uma vez, o meu pedido de desculpas ao fabricante.

    Embora tenha manifestado o desejo de não querer parecer deselegante ou menos correcto, peço-lhe encarecidamente que não entenda das minhas palavras nenhum tipo de desconsideração por qualquer classe profissional.


    as palavras não são minhas mas também estou convencido que não foram escritas com a intenção de ofender ou desconsiderar quem quer que seja.


    Não fiquei ofendido e não me pareceu caso para isso. Não estou é de acordo com algumas coisas que foram ditas, mas posso bem com isso. Nada me obriga a estar de acordo com tudo o que dizem, e vice versa. Reservo-me o direito de responder com a minha opinião e, evidentemente, reconheço esse direito a qualquer um. É para isso que estamos o fórum.

    cumps
    José cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: dutilleul
  11.  # 11

    Colocado por: j cardosoBoas

    Começo pelas questões laterais:

    lamento ficar com a impressão de que entendeu alguma espécie de desconsideração nas minhas palavras e reitero-lhe o meu pedido de desculpas por não ter sido capaz de me expressar de maneira menos equivoca.


    O lobby do betão (eu sei que não foi o dutilleul que escreveu sobre isso):
    Se existe não sei, não afirmo nem nego a sua existência, apenas posso dizer que nunca exerceu pressão sobre mim e nunca ouvi que tivesse exercido sobra algum técnico. A sua possível existência será então a outro nível, talvez o legislativo? (e também na mentalidade das pessoas, mas aqui é só um palpite meu).

    Em relação ao software. É lógico que o software na engenharia veio facilitar o trabalho. Como na economia, na saúde, no ensino, ...etc. Mas, no caso presente, não me parece ser a questão. O verdadeiro motivo porque terá alguma dificuldade em encontrar quem lhe faça isso terá a ver, na minha opinião, com o simples facto de a esmagadora maioria das construções serem feitas com outros métodos construtivos e os técnicos de projecto estarão, logicamente, mais vocacionados para isso. Em mais ou menos 25 anos de profissão, apenas por uma ou duas dúzias de vezes tive de elaborar cálculos de estruturas em madeira, e quase sempre (excepto em dois casos) relacionados com recuperações de edifícios antigos com estrutura da cobertura em madeira. Mal comparado, é como comprar peças para um automóvel antigo, de colecção: as empresas de distribuição de sobressalentes estão vocacionadas para a "fatia grande do bolo", só têm peças para os carros actuais. Terá então de procurar um fornecedor mais específico.

    O que realmente importa:

    Certo, mas a memória descritiva que acompanhava o projecto de arquitectura explicitava valores e materiais a utilizar que excedem MUITO SIGNIFICATIVAMENTE a eficiência térmica e acústica dos edifícios comuns

    Como acontece a qualquer habitação que se pretenda construir, seja em que sistema for, terá de apresentar um estudo que demonstre quantitativamente que cumpre as limitações impostas no que diz respeito aos gastos de energia nas suas várias vertentes, e que não se limitam à capacidade de transmissão de calor entre as superfícies (aquecimento / arrefecimento do ambiente). É o vulgarmente chamado projecto de comportamento térmico, e acredite que em nenhum caso é admitida a sua substituição por uma memória descritiva com a apresentação das respectivas características.

    Mas tudo bem, neste caso apenas me faz confusão que a construção em Portugal seja tão má, apesar de todos esses estudos e “projectos” tão pressurosamente exigidos…

    Em relação ao comportamento térmico das habitações, ainda é cedo para tirar conclusões: a legislação é de 2006, é cedo para avaliar os seus resultados.

    O fabricante - excluídas por diferentes e várias razões outras possibilidades em vários países e depois da troca de muitas mensagens - é da Estónia e tem respondido a todas as minhas dúvidas. Não tenho razões para acreditar que o fabricante conheça a legislação portuguesa do mesmo modo com a familiaridade evidenciada pelo J. Cardoso mas não tenho até agora quaisquer razões para duvidar da sua boa-fé.

    Aqui sou eu que tenho de pedir desculpa, não sabia que o fabricantes era estrangeiro e que - como parece ser o caso - não tem representante em Portugal. Assim sendo, a responsabilidade em relação passa para o dutilleul que terá de certificar-se previamente da possibilidade de utilização desse produto no nosso país.
    Ficam, mais uma vez, o meu pedido de desculpas ao fabricante.

    Embora tenha manifestado o desejo de não querer parecer deselegante ou menos correcto, peço-lhe encarecidamente que não entenda das minhas palavras nenhum tipo de desconsideração por qualquer classe profissional.


    as palavras não são minhas mas também estou convencido que não foram escritas com a intenção de ofender ou desconsiderar quem quer que seja.


    Não fiquei ofendido e não me pareceu caso para isso. Não estou é de acordo com algumas coisas que foram ditas, mas posso bem com isso. Nada me obriga a estar de acordo com tudo o que dizem, e vice versa. Reservo-me o direito de responder com a minha opinião e, evidentemente, reconheço esse direito a qualquer um. É para isso que estamos o fórum.

    cumps
    José cardoso

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    Talvez lhe pareça pateta, mas fico feliz por saber que não pretendi ser indelicado.
    Como já disse, talvez não tenha sido muito feliz na maneira como me expressei.
    Estou furioso com tudo isto, já andei a investigar sobre o assunto das homologações (ETAG), já sei que custam centenas de milhares de euros aos fabricantes, tanto quanto consegui perceber só duas grandes empresas os possuem a esta data, e estou absolutamente convencido que isto não contribui para o bem-estar ou felicidade de quem quer que seja…
    Vou tentar desenrascar-me… (os tipos em Bruxelas também hão-de aprender as várias pessoas do verbo)
  12.  # 12

    “…terá de certificar-se previamente da possibilidade de utilização desse produto no nosso país.”

    Caro José Cardoso,

    O único problema é que, antes de realizar despesas consideráveis para efeitos de licenciamento, eu não sabia dessa necessidade, tratando-se de um produto fabricado num estado membro da EU.
    Não sabia eu e, estou convencido, não o sabem a maioria das pessoas que pensam em adquirir uma casa em madeira.
    Não acha que as câmaras fariam bem em (por sistema) informar previamente os seus munícipes desta espécie de constrangimentos sempre que a ela se dirigem para processos de licenciamento deste tipo de edifícios?
  13.  # 13

    Boas

    Aquilo que vou dizer é apenas uma opinião e, como é evidente, não está alicerçada em qualquer análise jurídica, campo no qual eu não tenho a mínima autoridade. Pode até ser uma grande asneira, mas é a forma como vejo a questão:
    Se apresentar para apreciação um "sistema construtivo", parece-me que terá de ser homologado pelas entidades competentes. Se apresentar para apreciação uma construção em que, por acaso ou não, o material a usar seja a madeira (isto é, não apresenta um sistema, apresenta um material) não vejo razão para que a homologação seja exigida - trata-se de um material que é utilizado na construção e nunca me pediram para certificar os elementos de madeira que até hoje projectei. O que certamente não será dispensado são os projectos de especialidade, ou seja, nesse aspecto em nada o processo se distinguirá de outro qualquer (por muitas e bonitas memórias descritivas que apresente, nunca substituirão os projectos de especialidade).

    cumps
    José Cardoso
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  14.  # 14

    Colocado por: Pedro BarradasCaro dutilleu,


    Temos possibilidade de os realizar, se realmente tiver interessado,mas só para Outubro.
    Por aquinão fazemos projectos de especialidades com recurso a softwares "automáticos" e com bases de dados limitadas.

    .

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    Caro Pedro Barradas,

    Obrigado pela sua disponibilidade.

    De momento, depois de ter contratado os serviços de um topógrafo, de um arquitecto, das despesas de instrução de licenciamento, etc. etc., estou “pendurado” da diligência do fabricante no que se refere ao envio do(s) certificado(s) CE…
    Quanto às minhas dificuldades com alguns dos gabinetes a que me dirigi, elas estão parcialmente relacionadas com a natureza disponibilidade...
    O Pedro ao menos informa inequivocamente que pode fazê-lo “só para Outubro”.
    Em dois gabinetes disseram (em Março) quanto tempo demoraria a fazer mas, querendo eu iniciar a montagem no próximo mês de Agosto, não foram capazes de me dar a mínima ideia de quando é que os poderiam fazer (nem tão pouco “mais ou menos quando”)…
    Nos outros três gabinetes as razões parecem-me ter sido as que foram bem explicitadas pelo José Cardoso aqui mais em baixo.
  15.  # 15

    Colocado por: j cardosoBoas

    Aquilo que vou dizer é apenas uma opinião e, como é evidente, não está alicerçada em qualquer análise jurídica, campo no qual eu não tenho a mínima autoridade. Pode até ser uma grande asneira, mas é a forma como vejo a questão:
    Se apresentar para apreciação um "sistema construtivo", parece-me que terá de ser homologado pelas entidades competentes. Se apresentar para apreciação uma construção em que, por acaso ou não, o material a usar seja a madeira (isto é, não apresenta um sistema, apresenta um material) não vejo razão para que a homologação seja exigida - trata-se de um material que é utilizado na construção e nunca me pediram para certificar os elementos de madeira que até hoje projectei. O que certamente não será dispensado são os projectos de especialidade, ou seja, nesse aspecto em nada o processo se distinguirá de outro qualquer (por muitas e bonitas memórias descritivas que apresente, nunca substituirão os projectos de especialidade).

    cumps
    José Cardoso

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    Caro José Cardoso,
    Eu apresentei um projecto de arquitectura de uma casa pré-fabricada, com desenhos e plantas em conformidade com o modelo do fabricante e com o RGEU e como determina a lei (independentemente de, neste caso, ela determinar um “plágio”, um desenho de um desenho…). Obviamente, a arquitecta referiu na memória descritiva (também exigida por lei :) ) que se tratava de um edifico pré-fabricado.
  16.  # 16

    Boas

    Obviamente, a arquitecta referiu na memória descritiva (também exigida por lei :) )que se tratava de um edifico pré-fabricado.

    Provavelmente está aqui o busílis da questão: edifício pré-fabricado = sistema construtivo, implica homologação. Sem essa referência, talvez não tivessem exigido a homologação.

    cumps
    José Cardoso
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  17.  # 17

    Colocado por: j cardosoBoas

    Obviamente, a arquitecta referiu na memória descritiva (também exigida por lei :) )que se tratava deum edifico pré-fabricado.

    Provavelmente está aqui o busílis da questão: edifício pré-fabricado = sistema construtivo, implica homologação. Sem essa referência, talvez não tivessem exigido a homologação.

    cumps
    José Cardoso


    É possível que sim. :(
    O José (espero que não se importe que o nomeie assim), com a experiência profissional que evidência, o que é que sugere que eu faça, se houver alguma coisa que eu possa fazer além do que já fiz?
  18.  # 18

    Cordiais saudações,

    "Posso não concordar consigo, mas irei debater-me até à morte para que se possa expressar" dizia um famoso político aquando de um flamejante debate.

    Por um lado, o cidadão que consulta leis para tentar perceber porque um processo " instruído" com o devido "legis artis" , e com o apoio dos profissionais que a lei por regulação determina, emperra, adia o "projecto de vida" a habitação ( e muito menos dinamiza a economia, apesar do simplex ).
    Por outro lado, um motivo que fundamenta a apreciação e respectivo pedido de esclarecimentos adicionais solicitando elementos enunciados acima.

    A reter-se, porventura :
    Efectuar-se um averbamento adicional ao processo para contornar este pedido ( caso aplícável );
    Accionar seguro de responsabilidade civil dos técnicos envolvidos por eventual má prática na alegada forma de instrução do processo;
    Re-equacionar cronograma de acção, porque sem autorização [licença de construção] será melhor não arriscar;
    Pensar seriamente na contratação do J Cardoso, porque me pareçe que irão analisar 2 ( vezes ) as alterações que irá fazer ao projecto apresentado, logo apoio técnico à decisão torna-se imperativo.


    Restos de bom domingo a todos,
    Paulo Pereira
    http://www.paulodinis.com/LettreARES279534.pdf

    P.S. Recolher mais informações sobre LSF, tema para outras discussões.
  19.  # 19

    Não sei se respondi a todos os que tiveram a gentileza de comentar este assunto. O meu muito obrigado a todos. Amanhã chegarei tarde e cansado pelo que não prometo voltar ao assunto mas irei dando notícias quando as houver e são bem-vindos os comentários e sugestões que entretanto entenderem fazer.
  20.  # 20

    Porque é apenas o segundo dia que utilizo este local, não dinstingui à primeira as mensagens de índole privada e "on-topic".

    Domesticados esses aspectos, além do enunciado, e além do fornecedor do [ principal ] material de construção ser da Estónia, recordo que na próprio instrução do processo e para efeitos de levantamento das licenças de construção, será necessário indicar/identificar o constructor [ com alvará passado pelo INCI ] e quiça proçeder à elaboração do livro de obra não ? De que outra forma poderá obter o "Oscar" licença de habitabilidade ( agora alvará de utilização ? )

    Pelo exposto, ainda está a meio caminho, mas dotado de mais informação.

    Cumprimentos, Paulo Pereira
 
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