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  1.  # 1

    Olá a todos,

    Ando metido em trabalhos, mas pelo menos dos bons... Como sou muito teimoso e forreta, decidi que seria eu que trataria de recuperar as janelas de uma casa antiga que comprei e que está em restauros. Isto porque, para além do preço exorbitante pelo qual me orçamentaram o trabalho, também sei que é muito difícil arranjar quem efectivamente saiba verdadeiramente do assunto para que o serviço fique bem feito e por um bom tempo (pelo menos 5-7 anos, dependendo do tratamento).

    A coisa é a seguinte. Já li muita coisa sobre a teoria dos restauros de janelas em madeira mas existem algumas contradições que gostaria de esclarecer com quem já efectivamente restaurou e verificou o bom resultado do seu esforço. Isto porque o que há mais é exemplos de janelas de madeira pintadas que passado pouco mais de 1 ano já estão com o esmalte empolado.

    A minha primeira dúvida é qual o tipo de produto a aplicar nas janelas. Se esmalte ou se algo do tipo do Lasur da Cin que embora seja menos resistente, a sua reaplicação é mais fácil. Para mim, o que interessa é fundamentalmente, para além do custo, é a durabilidade e a facilidade de reaplicação para a manutenção periódica.

    No caso de seguir para o esmalte, quantas demãos são realmente aconselhadas? Pergunto isto porque um suposto especialista disse-me que no exterior a janela não devia levar mais do que uma demão de primário e uma de esmalte, pois quanto mais espessa essa camada fosse, mais rapidamente iria "partir" e empolar. Por dentro deveria levar uma demão de primário e duas de esmalte.

    Por fim, como devo colocar vidros novos em todas as janelas pois os originais têm 2,5-3 mm de espessura e embora um único vidro de 5 mm não faça as vezes de um vidro duplo, creio que sempre será melhor. A minha dúvida é se deva aplicar massa tradicional de vidreiro para suporte ou se opto antes por aplicar silicone próprio.

    Fico a aguardar pelas vossas opiniões.

    Abraço
  2.  # 2

    Cada um têm a sua mania, só que algumas são mais caras e trabalhosas que outras. Mas se quer mesmo gastar assim tanto dinheiro e tempo sem garantia de resultados, aqui o pouquíssimo que sei:

    1º - Madeira
    Ou a madeira base está boa e é boa (nada de madeiras que inchem muito) ou pode aplicar aquilo que quiser, nada o salvará. No verão irá bater e no Inverno não fechará.

    2º - Preparação
    Se quer fazer isso bem feito, terá de queimar a maçarico e raspar toda a superfície. Senão vai estar a aplicar tinta nova sobre velhas, o que geralmente não dá bom resultado

    3º - Pinturas
    O problema das pinturas, não é verdadeiramente, a qualidade do esmalte que aplicar (importante, mas não critico). São as subcapas e os primários que aplicar. A questão das demãos é muito simples: è seguir as indicações do fabricante. Se for uma marca conceituada, as fichas técnicas deles, são muito boas. Esse especialista nunca ouviu falar de sub-capas?

    4º - Custos
    Excepto por mania ou por valor artístico / arquitectónico, não é financeiramente viável recuperar caixilharia em madeira. Fica sempre com um caixilho com madeira velha que já sofreu muitos ciclos de humidificação/secagem e existem hoje empresas a vender caixilharia de madeira com vidro duplos de grande qualidade.

    Quando tenho em orçamento, trabalhos de recuperações de caixilharia, proponho sempre a sua substituição. Para ter uma ideia, o meu valor m2 de recuperação de caixilharia em madeira em mau estado (c/ substituição de ferragens) é de 250€/m2 por face. Se pensar que se arranja caixilharia de madeira nova com vidro duplo por 400/450€m2, faça as contas.
  3.  # 3

    Olá Paulo Correia,

    Obrigado pelos seus comentários.

    Neste caso a madeira é de muito boa qualidade. Pelo menos já têm uns 80 anos e tirando alguns empenos em uma ou duas janelas (são 8 no total), não muito significativos, estão em bom estado, também com ajuda protectora das portadas exteriores que, essas sim, vão ser uma dor de cabeça maior porque o trabalho de restauro vai ser maior.

    Como são 8 janelas e uma porta de varanda, o custo da substituição iria ser muito elevado. Não digo que não pudesse valer a pena, mas não consegui arranjar coragem para justificar essa saída de dinheiro.

    Como tenho alguma habilidade acho que vou arriscar e avançar para a recuperação.

    Em termos de durabilidade, acha que se o serviço for bem feito, as janelas não necessitarão de manutenção por uns 6-7 anos?

    Que produtos é que aconselha?

    SIlicone ou massa de vidreiro?

    Obrigado
    • AnaT
    • 23 novembro 2008

     # 4

    Bom dia pauloms.

    Sendo eu própria adepta confessa das recuperações e dos restauros (muitas vezes pela portuguesíssima razão da escassez de euros) dou-lhe os meus parabéns pelo projecto e vou seguir atentamente os conselhos dados pelos experientes foristas.
    Em relação ao que o Paulo Correia disse, e uma vez que vai mudar os vidros, só tenho a acrescentar uma coisa:
    Se lhe for possível, use a pistola de ar quente para decapar a tinta antiga (em vez do maçarico). Levanta a tinta antiga que é uma beleza, não faz tanta porcaria com o decapante e não queima a madeira tanto como o maçarico.
    Mas cuidado com as temperaturas porque pode queimar.

    Em relação às tinta é que não o posso ajudar. As minha janelas ainda estão em "lista de espera".

    Bons trabalhos e vá postando fotos que o pessoal gosta...
  4.  # 5

    mas existem algumas contradições que gostaria de esclarecer com quem já efectivamente restaurou e verificou o bom resultado do seu esforço. Isto porque o que há mais é exemplos de janelas de madeira pintadas que passado pouco mais de 1 ano já estão com o esmalte empolado.


    Bom dia. Por experiência da empresa (uma das nossas vertentes é o restauro de antiguidades, mobiliário,casas etc..)e fizemos já o restauro de várias janelas, algumas com mais de 70 anos. Tal como diz o Paulo Correia um restauro fica caro, mas o valor que ele apresenta é porque deve ser praticado por grandes empresas com essa possibilidade, nós um restauro por face não sai por menos de 350,00€; e as recuperações efectuadas são de grande durabilidade desde que respeitadas determinadas regras de manutenção(por ex.todos os anos aplicar uma passagem de óleo de teka ou linhaça com cera de abelhas). Não aplicamos tintas com base em quimicos, o menos possível.Os resultados são excelentes.

    A minha primeira dúvida é qual o tipo de produto a aplicar nas janelas. Se esmalte ou se algo do tipo do Lasur da Cin que embora seja menos resistente, a sua reaplicação é mais fácil. Para mim, o que interessa é fundamentalmente, para além do custo, é a durabilidade e a facilidade de reaplicação para a manutenção periódica.


    Use produtos à base de óleo de linhaça com secante adequado e com um pigmento para dar uma cor se pretender. Pessoalmente, e sendo madeiras antigas, aconselhamos a que não aplique esmalte.

    A minha dúvida é se deva aplicar massa tradicional de vidreiro para suporte ou se opto antes por aplicar silicone próprio.


    Sem dúvida, pessoalmente, porque ainda apreciamos o trabalho à moda antiga(e é o caso,80 anos é muito ano)utilize massa de vidraceiro tradicional.
    Quanto a todo o processo de reparação e recuperação, são segredos antigos de familía(o meu avô era um marceneiro daqueles que hoje já não existem)e ossos do oficío no trabalho e conhecimento das madeira, sempre são mais de 25 anos, mas como não somos uma empresa completamente fechada, poderei dar algumas dicas particulares para o seu mail. Não gostaria de as ver posteriormente reproduzidas, é que o segredo ainda em alguns casos é a alma do negócio.
    Atentamente
  5.  # 6

    Colocado por: empatiasTal como diz o Paulo Correia um restauro fica caro, mas o valor que ele apresenta é porque deve ser praticado por grandes empresas com essa possibilidade, nós um restauro por face não sai por menos de 350,00€;

    O seu valor é correcto, mas não o posso usar, senão chamam-me nomes, dos quais, ladrão, será o mais simpático. O que faço é colocar o resto no dinheiro noutros artigos e na margem geral do orçamento.

    Colocado por: empatiasNão gostaria de as ver posteriormente reproduzidas, é que o segredo ainda em alguns casos é a alma do negócio.

    Embora compreenda, a melhor maneira de esconder informação é mostrá-la, porque a informação apenas têm valor se for usada. Para isso, é necessário ter pessoas que estejam dispostas a estudá-la e a trabalhar com ela, e neste país, isso é o mais difícil de encontrar, porque todos querem é soluções fast-food.
  6.  # 7

    Colocado por: empatiasUse produtos à base de óleo de linhaça com secante adequado e com um pigmento para dar uma cor se pretender. Pessoalmente, e sendo madeiras antigas, aconselhamos a que não aplique esmalte.


    Obrigado pelo seu contributo.

    Nas minhas pesquisas, já tinha encontrado essas referências como sendo os componentes das antigas tintas para madeira e que duravam muito tempo. Também soube que o actual óleo de linhaça já não é o mesmo do de antigamente. O actual creio que é sintético mas não sei se isso tem implicações nos resultados.

    Pelo que percebo, o ideal então seria, com base nesses componentes, fabricar a própria tinta a ser aplicada nas janelas e que protege e dura mais do que qualquer outro produto comercial da actualidade, mesmo sem ser esmalte, desde que se cumpra as aplicações periódicas de protecção?

    Como devo decapar integralmente as janelas para garantir um melhor e mais duradouro resultado (trabalho do caraças...) há a necessidade de aplicar algum primário específico ou é o mesmo produto um pouco mais diluído? E qual a receita dessa tinta?

    Verifiquei também que, principalmente nas portadas exteriores (venezianas), embora a madeira seja extremamente rija e seca, apresentam nas ligações entre as partes espaçamentos significativos. Estes espaçamentos devem ser preenchidos com alguma massa especial ou devem-se manter e não os tapar com tinta para mais tarde as camadas de tinta não fissurarem com as eventuais movimentações destas juntas?

    TOda a informação adicional que me possa passar, para além daquela que colocar aqui no fórum, agradeço-lhe e muito o envio para o meu mail ( omitido por razões de privacidade ).

    Obrigado
  7.  # 8

    Pelo que percebo, o ideal então seria, com base nesses componentes, fabricar a própria tinta a ser aplicada nas janelas e que protege e dura mais do que qualquer outro produto comercial da actualidade, mesmo sem ser esmalte, desde que se cumpra as aplicações periódicas de protecção?


    Exactamente, já que sai mais barato que adquirir já preparadas nos mercado. Pode fazer uma mistura de tinta de óleo de linhaça da seguinte forma:
    70%de pigmento e 30% de verniz de óleo de linhaça(70 gr pigmento e 30gr verniz)
    A aplicação deve ser gradual e em várias demãos(5,6 ou mais, depende da madeira), começa com camadas mais finas(mais diluídas)e vai aumentando a gradualmente a quantidade de óleo até ter aquilo que pretende.Nunca adicione diluentes ou aguarrás.
    Pode em alternativa adquirir produtos naturais e ecológicos que são excelentes e que nós usamos em algumas manutenções de continuidade. Visite www.biofa.de ou www.icoloridellaterra.net

    há a necessidade de aplicar algum primário específico ou é o mesmo produto um pouco mais diluído? E qual a receita dessa tinta?


    O mesmo produto preparado mas mais diluído.

    Estes espaçamentos devem ser preenchidos com alguma massa especial ou devem-se manter e não os tapar com tinta para mais tarde as camadas de tinta não fissurarem com as eventuais movimentações destas juntas?


    Pode preparar uma massa à base de óleo de linhaça misturado com pó de cré(o vulgar giz dos quadros de escola) e pode juntar um pouco de cola de celulose para melhor aderência. Se tiver uma máquina de picar carne das antigas(dos nossos avós) é fácil de preparar.
    Esperamos ter sido úteis
    Atentamente
  8.  # 9

    Embora compreenda, a melhor maneira de esconder informação é mostrá-la, porque a informação apenas têm valor se for usada. Para isso, é necessário ter pessoas que estejam dispostas a estudá-la e a trabalhar com ela, e neste país, isso é o mais difícil de encontrar, porque todos querem é soluções fast-food


    Boa tarde. Ainda bem que compreende. Temos sido uma empresa sempre aberta e receptiva a prestar esclarecimentos, prestar ajuda em diversas vertentes, até com segredos de "familía" e infelizmente apesar da nossa "tenra idade" como empresa, já quase fomos comidos vivos por outros menos escrupulosos que se aproveitam(ram) da nossa abertura e frontalidade. Não seremos mais nenhuma vez ingénuos a esse ponto. Dou-lhe um pequeno exemplo: estivemos a negociar um trabalho de manutenção de uma casa em madeira com outros concorrentes, que pelos vistos já nos conheciam de outros trabalhos que não pessoalmente; e que não foram nada sérios. No mesmo cliente, sem saberem que estavamos no negócio deram o exemplo de alguns trabalhos que fizeram, só que eram trabalhos nossos(soubemos à posteriori). Até aqui seria o menor dos problemas, a questão é que apresentaram um preço que era cerca de metade do orçamento que nós apresentamos. O cliente disse-nos que tinha visto trabalhos(fotos) da outra empresa e que achava os mesmos muito bons. O cliente aceitou o orçamento da outra empresa com uma solução completamente igual à nossa. Pois, não decorreram ainda 6 meses, e estamos a ser chamados pelo mesmo cliente. Os produtos usados não foram os mesmos que propusemos e muito menos o método. Isto fez-nos desconfiar, pois tinhamos fornecido alguma informação a um suposto cliente. A verdade é que viemos a descobrir que esse cliente era concorrente e se tinha aproveitado das nossas informações para usufruir de negócios, sem escrupúlos, Pelo menos poderiam ter apresentado valores honestos e feito o trabalho com os mesmos produtos que utilizamos. Resumindo, após descoberta a tramóia, 6 meses depois, somos chamados pelo cliente. Não aceitamos o trabalho, não pelo cliente que foi enganado, mas até que a anterior empresa se desloque ao local, o que tem sido impossível; e diga a verdade. Mas não vão aparecer, como o cliente tem um contrato, já o aconselhamos a processar. Vamos aguardar, mas agarrar em trabalhos mal executados, é complicado, pois obriga-nos a apresentar agora preços ainda mais elevados para reparar o mal feito. E há clientes que não compreendem isso.
    Atentamente
  9.  # 10

    .. em relação às tintas antigas... um ingrediente, que faz/fez TODA a diferênça é a utilização de chumbo na sua composição...

    EDIT: anda se utiliza em recuperação de edificios históricos, pela sua compatibilidade com os suportes e autênticidade...
  10.  # 11

    Bom dia, com efeito assim era, e hoje em vez de chumbo utilizam-se outros metais e quimicos, que como deve saber até 2010 e face à norma da UE nesta matéria devem ser retirados do mercado. As tintas a ser utilizadas a partir dessa data devem ser à base de água.A questão é que os produtos que acabamos de descrever não contêm quaisquer tipo de quimicos ou metais.
    Atentamente
  11.  # 12

    Sim hoje em dia, as tintas industriais/ comerciais o chumbo é proibido no seu fabrico... mas utiliza-se em casos especiais... em receitas de fabrico próprio.

    exemplo disso, é a tinta de óleo, cujos ingredientes são: óleo de linhaça, agua rás, secante, pigmento e alvaiade (carbonato de chumbo branco)
    Os traços e modo de preparação variam...
  12.  # 13

    Já agora, o denominado "Bondex" não é um composto com base em óleo de linhaça e secante, sem pigmentos? Acham que tem a mesma qualidade e durabilidade das tintas aqui faladas, desde que se cumpra os planos de manutenção anuais?
  13.  # 14

    Olá a todos.
    Li com atenção as questões colocadas e respostas dadas. Concordo com algumas, discordo por completo de outras. Não me quero fazer passar por "expert" na matéria, muito menos presunçoso, mas efectivamente quando me falam de Portas e Janelas de madeira, a matéria interessa-me, quanto mais não seja pela experiência que tenho vivido ao longo destes anos. Não vale a pena falarmos das vantagens de uma boa caixilharia de madeira, porque o tema é recuperação. Seja recuperação ou produção de raiz, o tratamento/envernizamento tem de ser aquoso. Vamos à base da questão, ou seja, coloquemos a questão desta forma: Como são hoje em dia tratadas as portas e janelas fabricadas diariamente? Que produtos são aplicados na fábrica? Serão os mesmos que à 20 ou 40 anos? Efectivamente não. Hoje em dia, e desde à uns anos a esta parte, a grandes carpintarias de caixilharia (Carp MARAL; GERCIMA; CARPILUX; CAIXIVERCA... etc.) usam produtos de base aquosa. Mais elásticos, maior durabilidade, excelente comportamento aos UV, enfim, um sem número de vantagens. E é esse tipo de produtos que têm de procurar no mercado para recuperar as portas e janelas, mesmo que tenham já 100 anos de idade. Desde que a madeira não se encontre podre, com fungos ou insectos, fissuras relevantes, basta aplicar os produtos correctos e elas irão durar mais 100 anos, mas atenção, não sem uma simples manutenção periódica, que não tem de ser obrigatoriamente anual, mas sim no memento necessário. Obrigado pela atenção, e espero ter contribuído para a discussão.
    J. S.
  14.  # 15

    Colocado por: sim_micOlá a todos.
    Li com atenção as questões colocadas e respostas dadas. Concordo com algumas, discordo por completo de outras. Não me quero fazer passar por "expert" na matéria, muito menos presunçoso, mas efectivamente quando me falam de Portas e Janelas de madeira, a matéria interessa-me, quanto mais não seja pela experiência que tenho vivido ao longo destes anos. Não vale a pena falarmos das vantagens de uma boa caixilharia de madeira, porque o tema é recuperação. Seja recuperação ou produção de raiz, o tratamento/envernizamento tem de ser aquoso. Vamos à base da questão, ou seja, coloquemos a questão desta forma: Como são hoje em dia tratadas as portas e janelas fabricadas diariamente? Que produtos são aplicados na fábrica? Serão os mesmos que à 20 ou 40 anos? Efectivamente não. Hoje em dia, e desde à uns anos a esta parte, a grandes carpintarias de caixilharia (Carp MARAL; GERCIMA; CARPILUX; CAIXIVERCA... etc.) usam produtos de base aquosa. Mais elásticos, maior durabilidade, excelente comportamento aos UV, enfim, um sem número de vantagens. E é esse tipo de produtos que têm de procurar no mercado para recuperar as portas e janelas, mesmo que tenham já 100 anos de idade. Desde que a madeira não se encontre podre, com fungos ou insectos, fissuras relevantes, basta aplicar os produtos correctos e elas irão durar mais 100 anos, mas atenção, não sem uma simples manutenção periódica, que não tem de ser obrigatoriamente anual, mas sim no memento necessário. Obrigado pela atenção, e espero ter contribuído para a discussão.
    J. S.


    VIva,

    Mas esses produtos de base aquosa são esmaltes, vernizes tipo os lasur da Cin ou o Bondex da Dyrup, ou outro tipo de coisas?

    Pelo que tenho lido nos documentos técnicos de estudiosos sobre recuperações de edificios, eles afirmam que uma boa janela de madeira antiga dura em média 100 anos e as novas 40 anos... Também dizem que, se as janelas antigas forem favorecidas com uma boa manutenção podem chegar aos 250 anos!!!

    Estou a considerar usar apenas a antiga fórmula com base no óleo de linhaça mas estou com algum receio já que antigamente acrescentava-se mais algumas coisas, como o chumbo, que para além de serem proibidas são bastante nocivas.

    cums
  15.  # 16

    Olá.
    Produtos como Woodtec (Cin), Bondex (Dyrup), ou outros, não são indicados para tratamento de caixilharia e portas. Pode no entanto usá-los como tal. Assim como o Óleo de que me fala. Mas hoje em dia já não necessita desses produtos. Quando vai a um AKI ou MAX-MAT, o que encontra não se destina a esses fins, mas sim ao tratamento de madeiras exteriores, verticais, em que a penetração de água e o consequente “azulamento” (fungos) não são graves, nomeadamente em "pergolas", vedações, etc. Quando se trata de janelas, há que ter cuidados acrescidos, nomeadamente evitar a penetração de água na madeira, isolamento de topos, evitar silicones (antes do tratamento), tapar todas as fissuras/rachadelas, isolar os "nós" naturais da madeira; enfim, uma trabalheira para o povo português. E, ao contrário do "colega" de debate que afirmava não valer a pena recuperar, a não ser em casos excepcionais, não é verdade. Ou pelo menos tenho opinião contrária, e dependendo de muitos factores que teriam de ser analisados um a um, vale sempre a pena recuperar. O que acontece, é que em Portugal, só agora se começa a verificar o gosto pela "Bricolage". Se quiser mesmo fazer uma recuperação, pode muito bem fazê-la, barata comparando com caixilharia nova. Também é minha opinião que não se deve preocupar em ter uma janela por mais 100 anos, porque aposto que não chega lá para ver. Deve isso sim, preocupar-se em "manter" a sua janela sã, como se da sua viatura se tratasse. Os produtos aquosos, são ecológicos, livres COV's e isentos de metais pesados. São utilizados pelas carpintarias de janelas e portas exteriores. Acontece que não os encontra (ainda) no mercado livre. De qualquer forma, se estiver interessado, posso dar-lhe uma ajuda.
    J.S.
  16.  # 17

    Os produtos aquosos, são ecológicos, livres COV's e isentos de metais pesados. São utilizados pelas carpintarias de janelas e portas exteriores. Acontece que não os encontra (ainda) no mercado livre.

    Boa tarde. Não é correcta a informação de que esses produtos não se encontram no mercado livre. Num post atrás estão referidas 2 das empresas que comercializam esses produtos, que nós usamos nas construções de casas em madeira e manutenção. Existem mais empresas com produtos ecológicos, e são de venda e estão no mercado, livres.
    Atentamente
  17.  # 18

    (Boa tarde. Não é correcta a informação de que esses produtos não se encontram no mercado livre. Num post atrás estão referidas 2 das empresas que comercializam esses produtos, que nós usamos nas construções de casas em madeira e manutenção. Existem mais empresas com produtos ecológicos, e são de venda e estão no mercado, livres.)
    Talvez me tenha expressado mal. Evidentemente não se tratam de produtos "sujeitos a receita médica". Quando me refiro mercado livre, quero dizer acessível em prateleira ao cliente/consumidor final. E naturalmente, hoje em dia por internet, tem-se acesso a tudo e mais alguma coisa. O que eu queria dizer, é que são produtos habitualmente industriais/empresariais, ou como lhe queiramos chamar, habitualmente fora do circuito das superfícies comerciais generalistas.
    Relativamente aos produtos das empresas www.biofa.de e www.icoloridellaterra.net, darei uma vista de olhos para verificar se efectivamente são Aquosos para caixilharia. Se assim for, e estando acessíveis, são seguramente uma alternativa.
    Obrigado.
    J.S.
  18.  # 19

    Contactei a BIOFA.pt e já me enviaram as informações técnicas dos produtos. Ainda não as li.

    Também contactei os departamentos técnicos da Robbialac, Cin e Dyrup e os resultados são muito curiosos:

    Robbialac
    sugeriram a aplicação de um verniz transcolor, com a aplicação prévia de um imunizador e de uma velatura, com a aplicação periódica para manutenção de 2 em 2 anos de um filme fino do verniz após uma leve lixagem.

    Cin
    sugeriram a aplicação de um verniz lasur mate em 3 demãos. Nada mais seria necessário com a aplicação periódica de 2 em 2 anos de um filme fino após uma leve lixagem.

    Em ambas as empresas, a aplicação de um bom esmalte estaria sujeita a uma manutenção também de 2 em 2 anos (ou 3 em 3 no melhor dos casos) mas em que a reaplicação de um outra demão daria mais trabalho, nomeadamente por se tratar de janelas em pisos superiores. Para além disso, o custo da solução esmalte seria mais dispendiosa por levar com vários produtos diferentes. A Cin disse que com o esmalte topo de gama de polioretano, a durabilidade seria maior mas não superior a 7-8 anos.

    Dyrup
    Sugeriram a seguinte fórmula:
    desinfestante
    Primário zarcão (ferro, mas que agarra muito bem em madeira e é mais resistente)
    Massa de madeira
    Impermeabilante dyrup 8510 para encher as juntas e impermeabilizar
    Esmalte acrílico aquoso hitt

    Com esta solução disseram-me que tinha o problema resolvido por 10 anos sem manutenção. Também disseram que a solução com base em verniz (Bondex) duraria cerca de 3 anos sem manutenção, embora a reaplicação fosse mais fácil do que o esmalte. No entanto, também disseram que o esmalte acompanha melhor as dilatações das juntas da madeira.


    Ou seja, interpretações diferentes a não ser que o esmalte proposto pela Dyrup seja equivalente ao que a Cin falou que era topo de gama!
  19.  # 20

    O melhor, mesmo, para pinturas de madeiras novas, para exterior.. é o Poliuretano de base aquosa...
    ( É o tipo de pintura utilizada pela carpintaria MARAL)
 
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