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  1.  # 21

    Boas

    E eis que chega o surdo para estragar o concerto:

    Encamisamentos, injecções de betão e o diabo a quatro … e as fundações? Ou será que acham possível pôr de pé um “gigante com pés de barro”? E o facto de ter uma casa ao lado, não conta? Acho que estão a facilitar (ou se calhar eu é que não passo de um velho chato)

    PS: entretenham-se
    (Ver “Textos” –“Reabilitação e reforço”)

    Cumps
    José Cardoso
  2.  # 22

    Colocado por: Bruno_CA meu ver, das soluções que conheço, o encamisamento das vigas e pilares é a que se adapta melhor a este caso. Provavelmente teria que ser feito em todos os elementos. Comvem antes verificar se a armadura antiga esta em bom estado..
    No caso do «encamisamento» que referi em cima (passar pilares de 20x20 - ou 25x25, não tenho a certeza - para 40x60), a armadura existente é irrelevante. A diferença de dimensões - entre o existente e o que estava no projecto - era tal que fizemos tudo (incluindo armaduras) de novo.

    Colocado por: gnuno.torresPode por aqui alguma foto da execução do seu terceiro caso para poder ver a contenção das paredes para fazerem as sapatas e como ficou a estrutura embebida? nota-se muito a estrutura "nova"? preços de um reforço estrutural desse tipo? quanto tempo leva esse tipo de obra? em termos de execução demorou assim tanto mais que fazer estrutura nova?
    A escavação das sapatas de fundação debaixo dos (futuros) pilares foi, realmente, feita com algum cuidado, sustentando as paredes de alvenaria com pequenas «escoras» em betão - que ficaram perdidas.

    Como as paredes de pedra eram grossíssimas, não houve qualquer problema em embeber completamente os pilares e as vigas em Betão Armado.

    Não lhe sei dizer quanto custou apenas esta parte da obra (era uma pequena moradia, com 2 x 65m2 + um sotão muito utilizavel), mas ficou um pouco mais caro que uma estrutura de B.A. tradicional (o que se poupou em cofragem gastou-se na abertura de roços nas paredes de alvenaria). E, por causa das demolições, demorou um pouco mais de tempo que se fosse uma estrutura nova.

    Mas lembre-se que o meu caso é diferente do que você descreveu. Na minha obra as lages (que eram em madeira) foram feitas de novo (em B.A.).
  3.  # 23

    Luis,

    obrigado,

    compreendo que não tem nada a ver.

    no fundo fizeram uma casa lá dentro com uma pele que já existia.

    E relativamente ao enchimento da estrutura foi fácil estando esta embebida?? falo por exemplo das vigas. como são embebidas as vigas? é como se houvesse um rosso que vai ser cofrado de um dos lados e cheio por cima? ou os pilares estão de certa forma salientes no interior o que dá para que a viga seja feita por cima?

    e em relação à cobertura? descarrega totalmente na nova estrutura interior? é em madeira ou fizeram uma placa?

    fotos pessoal?

    obrigado j cardoso vamos ler isso e já se posta mais qualquer coisa.

    cumps

    gnuno.torres
  4.  # 24

    Boas

    Encamisar pilares e vigas

    Cumps
    José Cardoso
  5.  # 25

    Olá Gnuno.torres. Não me leve a mal, vou ser directo consigo. No seu lugar também gostaria que o fossem comigo.

    É de respeitar a sua curiosidade, e vontade de melhorar a sua habitação. Mas cuidado. O reforço estrutural é uma ciência e parece-me que está numa missão de busca de soluções na Internet.
    Admita que aprende como se faz o encamisamento, e eu apresento-lhe uma empresa que o faça, o que vai acontecer a partir daí? Vai dar seguimento a isso? Ou tem esperança que essa empresa tenha um técnico capaz de lhe estudar e resolver o problema, apresentando uma solução para o caso?

    Você não quer gastar dinheiro, mas pode-se dar o caso de reforçar o que não tem reforço (gastando dinheiro), beneficiar completamente a sua cobertura, adaptando o existente (mais caro do que fazer novo) e corre o risco de, daqui a 5 anos, ter problemas estruturais mais graves.

    Colocado por: gnuno.torres
    imagino uma espécie de malhassol grossa que com varões ou tirantes ajude a fortalecer as alvenarias exteriores e que possa estruturar-se no terreno. Existem coisas deste tipo com resultados comprovados?


    Mas para que quer reforçar as alvenarias?

    Técnicas de injecção no terreno com betão junto às "sapatas" também pode ser uma solução a considerar? ajuda para os casos em que o Luis falou que uma casa tem meia dúzia de pedras e uns ferros a fazer de sapata?


    Injecção de betão junto às sapatas, justifica-se, por exemplo, no caso de fraca de resistência do terreno. Mas depreende-se que a sapata existe e está bem dimensionada, senão não chega.

    Quais são afinal os sintomas da moradia? Porque acha que precisa realmente de reforço? Onde passam as vigas?

    Boa sorte.
  6.  # 26

    Boas Oliveira.

    Isso que diz está tudo certo. Eu sou arquitecto e sei os riscos que corro em reforçar algo que não tem reforço possível. Pode ou não ser o caso. A seu tempo levarei lá um engenheiro para ver a situação.

    O que se pretendo é tentar perceber como fica uma obra destas com o reforço? Esteticamente percebe-se o reforço? Justifica-se em determinados casos o reforço? Em que casos pode compensar o reforço a uma estrutura nova? (é mais por aqui)

    É apenas um tema que eu decidi lançar porque gosto de construção e tenho curiosidade sobre ele. Eu sei que a maioria das pessoas procura aqui soluções a 5 tostões para levar pra casa. Mas eu não quero levar nada para casa.

    Só pretendo que me mostrem exemplos e que tipos de soluções existem no mercado porque nunca tive a oportunidade de fazer uma reabilitação unifamiliar de algo mesmo antigo e gostava de ver soluções. Só isso. Mas obrigado pela sua preocupação.

    Em relação à alvenaria eu não estava a falar de tijolo. Estava a falar da alvenaria de pedra como o Luis falou lá mais em cima (expliquei-me mal o erro foi meu).

    Em relação à moradia, ela não apresenta patologia nenhuma a não ser algumas fissuras nas zonas de transição onde a casa foi acrescentada. Ou seja, onde antes a casa terminava, existe agora um pilar ao lado de outro pilar e nota-se bem a divisão de ambos porque os assentamentos que ocorreram nas sapatas são diferentes de ponto para ponto da casa (casa inicial e acrescentos). Desculpem se o meu vocabulário da parte de estruturas é fraco…
    Eu denoto pequenos problemas nas alvenarias novas que por exemplo não denoto nas velhas ao nível das rachas que apresentam nas uniões com as placas de cada piso. O motivo que me leva a falar do tema é que eu imagino como é que aquelas casas estão ao nível das sapatas. Aquela zona tem quintais e as pessoas passam a vida a regar as hortas e os quintais e eu sei que muitas daquelas sapatas devem estar apodrecidas porque não estão devidamente isoladas nem têm grande sustentação. As vigas é tudo feito com material pré-esforçado e o problema são as uniões entre elas que … são feitas por pessoas há 40 anos numa aldeia. Acho que não preciso explicar mais… eu quando lá preciso de um pedreiro tenho de fazer o seguinte pagamento: 60% em dinheiro e 40% em cervejas… daí que eu imagino que há 40 anos aquelas pessoas daquela rua se tenham juntado para ajudar o meu avô e muito do trabalho ficou mal feito porque apesar da boa vontade não eram profissionais nem seguiam um projecto calculado. Não existe projecto da primeira casa, tão pouco se sabe de que estrutura lá existe. Só começando a picar e a descobrir. Daí a minha curiosidade de perceber se alguém esteve neste tipo de situação e se quer partilhar a sua experiência

    Se quiserem mostrar soluções e trabalhos feitos nesta área e explicar o que valeu a pena aproveitar e o que valeu a pena destruir, mostrar custos de projecto e custos de execução, penso que essas informações eram bem vindas porque acredito que a maioria das pessoas do fórum não deve fazer ideia de que muitas das casas que têm que eram dos pais e dos avós são na verdade castelos de cartas frágeis que precisavam de cuidados.

    Acho importante alertar as pessoas para não modificarem a estrutura de uma cobertura sem perceber se as cargas novas colocadas sobre a antiga estrutura aguentam.

    Alguém tem exemplos de casas onde se mudou a estrutura da cobertura e ela ficou mais leve e melhor isolada e impermeabilizada? Alguém tem exemplos de aproveitamento de soluções tradicionais em pedra ou madeira para reforçar estruturas existentes (como as estruturas dos gaioleiros que eram alvenarias reforçadas com travamentos de madeira?

    o tema é mais esse do que o alerta para a demolição da minha casa.

    Eu garanto que não ponho nenhum engenheiro amigo a assinar de cruz só porque não quero mandar a casa abaixo. Podem estar descansados :)

    Eu só quero ver casos de estudo para se debater.

    já agora obrigado ao J cardoso pelos textos de reabilitação que enviou naquele link (tem lá coisas muito curiosas sobre as patologias dos edifícios e as suas possíveis causas)

    cumps.

    gnuno.torres
  7.  # 27

    gnuno

    que tal imaginar uma solução radical do tipo, imagine fazer toda uma estrutura em perfis de ferro tipo " palitinhos" que vão furando aqui e ali os pisos e paredes existentes ( como é evidente salvaguardando as folgas ) e fazer assentar nesta nova estrutura a cobertura e um segundo piso intermédio em perfis e madeira por cima do piso existente, isto de tal forma que que toda a massa ( paredes e lajes existentes) funcionasse apenas como a pele e massa e a seu tempo devidamente reparadas e consolidadas aqui e ali. No fundo era como que fazer um novo esqueleto dentro do existente.
    outra coisa, que eu possivelmente faria era preservar pelo menos as paredes que confinam com os vizinhos o máximo possivel pois evitaria interferir de alguma forma com as fundações dos mesmos e funcionariam desde logo como um bom isolamento e como que cofragem perdida.
    é que cheira-me um pouco que mesmo com toda a técnica possivel, estará como que a meter fita cola ou pontos de solda aqui e ali.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: gnuno.torres
  8.  # 28

    Para o tipo de construção descrito, qualquer técnica de reforço estrututral vai ser bastante intrusiva, e com custos desproporcionados pelo que não se torna economicamente viável.

    O colega já foi consultar as "sebentas" do cadeira de Estruturas, ou de construções?, também existe bibliografia e estudos sobre o tema (atenção que certas técnicas de reabilitação não saõ apropriadas para a construção corrente, apenas para a tradicional, com soluções de paredes auto-portantes), veja na livraria e/ou biblioteca do LNEC.

    Deixo mais umas achegas:
    Qualquer intervenção de reforço estrutural, carece de analise da situação existente, quer através da execução de sondagens e de ensaios dos elementos constituintes.
    Um Projecto de reforço estrutural é caro, e poucos técnicos tem capacidade técnica e material para o elaborar.

    As tecnicas e materiais utilizados, necessitam de mão de obra especializada e são dispendiosos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: gnuno.torres
  9.  # 29

    Colocado por: Bruno_CHá muitas técnicas de reforço. Podendo variar de peça para peça. Uma que se usa mt é o encamisamento de pilares e vigas de betão armado.

    O maior problema é encontrar mão de obra que saiba fazer e bem os trabalhos, isto leva a recorrer a empresas especializadas... e o preço dos materiais também são elevados!

    Os trabalhos são demorados e dispendiosos.


    Atenção!!! cuidado que não basta reforçar sem pensar na base de suporte.
    Já intervi em casas antigas, em que as fundações tiveram de ser reforçadas porque praticamente eram inexistentes. As paredes estavam apenas pousadas no terreno. Cumpriram a função, mas ao mexer-se nelas, muito cuidado.
    Na minha opinião, é mais um trabalho para o caro colega consultar um especialista em estruturas.
    Não invente
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