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  1.  # 1

    Olá,

    Partilho aqui o caso que se está a passar comigo, que neste momento já não sei bem que passo tomar.
    Vivo num apartamento próprio, 3º andar, que à cerca de dez dias tem uma infiltração no tecto do WC. Originalmente pensei que seria da vizinha de cima (uma senhora bastante idosa e sem qualquer seguro). Sempre foi muito prestável e de imediato deixou de usar muito o WC e teria alguém que iria começar a verificar os canos do seu WC.

    No entanto, durante todo este tempo e apesar da sua pouca utilização do WC, eu fui reparando que o pingar no tecto tinha "routinas". Começava de manhã e ia pingando todo o dia (estou em teletrabalho, por isso consegui perceber isso). Vai perdendo algum volume (sem nunca parar realmente) e muitas vezes ao final do dia volta a aumentar o volume. Pará por volta das duas da manhã mais ou menos e de manhã até por volta das 8 está sem pingar.

    Isto fez-me pensar que com a utilização que a vizinha de cima (4º e último andar) não seria possível ter este volume de água a cair. Infelizmente a água pinga e escorre pelas paredes com algum volume e chegou ao vizinho do 2º Andar. Obviamente acionei o meu seguro e que apesar do técnico ser muito prestável, remeteu para o facto da água ser oriunda do andar de cima e estar apenas a chegar ao 2º Andar devido ao volume em que eu sou "apenas" uma passagem. Testou-se a pressão dos meus canos e da vizinha de cima e nunca perdem pressão. Como a água também não é constante, quase que elimina o facto de ser um cano de água limpa, mas sim de esgoto.

    Eu comecei também a perceber que devido às várias pingas que tenho no tecto (são neste momento 6), elas começam a surgir em primeiro lugar de manhã junto à parede onde está o Poliban e vão alastrando pelo tecto(disposição similar tem a vizinha do 4º Andar). Segundo sei a senhora não tem usado o mesmo já à mais de uma semana por não querer piorar a situação e o volume de água (e as vezes também as horas) que cai todos os dias não justifica a utilização por uma senhora só da idade dela.

    Como a água começa a pingar primeiro junto à parede partilhada, eu comecei a pensar no prédio do lado, que está colado ao meu WC e tem uma disposição em espelho. São ambos prédios dos anos 60 e similares. Desloquei-me ao 4 ESQ (sendo que eu sou o 3 DRT) e após explicar a minha situação, o morador da casa, muito simpaticamente me explicou que todos os andares desse prédio do lado ESQ estão com problemas no esgoto do WC. Entrei na casa e vi que eles usam o WC mas não me pareceu entupir, apesar de ele dizer que entope com muita frequência.
    Com esta informação pensei, que se no meu WC pinga com bastante força, para a água passar dum prédio para o outro, o morador do 3 ESQ deve ter o WC num estado de miséria. Fui até a casa dele, bati, e uma vez mais, muito simpaticamente me explicaram que à mais de um mês que tem água a escorrer pelas paredes e a pingar do tecto. Que inclusive tem plásticos no tecto e que nem pode ter um candeeiro, tendo de utilizar um candeeiro de tipo mesa de cabeçeira para ir ao WC. Eu não entrei nesta casa, porque não me convidaram, nem eu me quis fazer de convidado, mas não tendo motivos para duvidar da história, está encontrada a fonte da infiltração.

    Problema: Do que eu percebi o prédio pertence todo a um senhorio que aluga as casas. Não tem condómino e apesar de ambos os moradores do 4º e do 3º me terem dito que já tentaram por várias vezes ligar e enviar emails, que o senhorio simplesmente ignora os seus contactos.

    Eles deram-me o nr de telefone do mesmo (que eu tentei ligar mas que até agora ninguém responde).

    Neste momento não sei bem que passo tomar porque apenas tenho a história de ambos os moradores, não tenho um nome do senhorio do prédio do lado a não ser o primeiro nome e o nr de telefone e não consigo parar a infiltração no meu tecto.

    Agradecia se alguém tivesse tido um caso similar, ou que mesmo me soubesse indicar que passo eu posso tomar agora.

    Cumprimentos
    Carlos
  2.  # 2

    Tente saber onde reside o dono do prédio (poderá tentar no Registo Predial) e envie-lhe carta registada com AR informando-o dos factos e exigindo a rápida solução caso contrário terá de lhe imputar também as renovação das zonas onde tem as infiltrações.
    Concordam com este comentário: Damiana Maria
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Carlos R.E
  3.  # 3

    Para além de ir ao registo predial, pode ir à camara e faz uma exposição descrevendo o contexto e pede uma vistoria.
    Concordam com este comentário: Damiana Maria
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Carlos R.E
  4.  # 4

    Problema: Do que eu percebi o prédio pertence todo a um senhorio que aluga as casas. Não tem condómino e apesar de ambos os moradores do 4º e do 3º me terem dito que já tentaram por várias vezes ligar e enviar emails, que o senhorio simplesmente ignora os seus contactos.


    O seu único interluctor, por enquanto, é o dono do prédio.
    Tudo o resto já lhe colocaram os foristas acima.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Carlos R.E
  5.  # 5

    Para deixar um update sobre este caso, estou neste momento a tentar ir ao registo predial para conseguir perceber quem é o dono do prédio.

    Entretanto entrei em contacto com a Câmara, e o departamento de urbanismo, que após ouvir o contexto, no espaço de dois minutos me disseram que era um assunto do foro privado, em que a Câmara pouco pode fazer, que o pedido de uma vistoria servia apenas para eu gastar dinheiro e para avançar para um advogado. Foi-me dito inclusive pela senhora que me atendeu o telefone, que se eu não sabia quem era o dono do prédio, a própria Câmara não teria capacidade de notificar o proprietário caso se verificasse uma situação em que a água vem mesmo do prédio do lado.

    Acredito que se eu não pagar o IMI, a câmara tem capacidade de saber quem eu sou, onde eu estou e como é que eu vou pagar. Mas para este tipo de casos, já não tem capacidade para tal.
  6.  # 6

    Colocado por: Carlos R.E
    Acredito que se eu não pagar o IMI, a câmara tem capacidade de saber quem eu sou, onde eu estou e como é que eu vou pagar. Mas para este tipo de casos, já não tem capacidade para tal.



    Uma nota:
    A Câmara não se preocupará com esse "pormenor". Quem cita os cidadãos para este imposto - o IMI -, e não só, é a AT e não a Câmara.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Carlos R.E
  7.  # 7

    Boa noite,

    Por acaso tenho uma situação parecida.
    Iniciei obras este ano num edifício que estava devoluto há já algum tempo.

    Quando chegaram ao piso 0, os pedreiros viram que a parede que casava com o prédio do vizinho estava podre (construção antiga, suportada por vigas de madeira, e só detetamos nessa altura porque a zona ficava por baixo das escadas onde tinha um género de uma arrecadação). Chamamos o vizinho que na altura reconheceu e disse que ia arranjar.

    Como o tempo passava e não aparecia nada arranjado, voltamos a ligar e este disse que foi a vibração dos martelos que originou a fuga e para sermos nós a arranjar do nosso lado que nos ficava muito mais barato. Para não arranjar mais problemas e como era uma situação fácil de resolver, tratámos do problema. Agora verificamos que existe uma outra fuga, desta vez devido a uma sanita do piso 0 estar mal encaixada. Situação esta comprovada por um amigo canalizador do vizinho que eu chamei para provar que o problema nunca era do nosso lado, nem foi causado pelos martelos.

    Há 3 meses que o problema se arrasta... Há forma de resolver isto? É que o vizinho já ameaçou que embarga a obra, não conseguindo eu perceber o porquê. É assim tão fácil acionar este mecanismo e ser eu no final disto tudo o prejudicado?
  8.  # 8

    Para deixar aqui um update sobre a minha situação, faz hoje quase 3 semanas que começou o pingar no tecto do meu WC.
    Já consegui encontrar toda a informação sobre o proprietário do prédio do lado e enviar uma carta registada com toda a informação. Segundo o site dos CTT, a carta ainda não foi levantada.
    A vistoria à Câmara já foi solicitada e paga, apenas esperando que seja efetuada.
    Infelizmente o proprietário bloqueou o meu número de telefone (que me foi facultado por um dos inquilinos do prédio do lado) e simplesmente não reage.

    Devido ao volume de água que me corre pelo tecto, é me quase impossível viver no apartamento (no passado havia noites em que ele parava, agora simplesmente vai pingando non-stop em 5 ou 6 lugares do tecto com maior ou menor intensidade ao longo do dia.

    Entretanto consegui ver um pouco melhor do apartamento da pessoa que mora ao meu lado, inquilino desse prédio, que deve ser quem tem o maior volume de água possivelmente, visto que eu estou de lado por baixo, enquanto eles estão diretamente por baixo....e confesso que o estado em como tem a casa é quase criminoso, com fotos e informação passada ao senhorio à meses, sem que faça nada.

    Confesso já não saber muito bem o que fazer mais. Vou contactar a associação de proprietários de Lisboa (não sei se funciona apenas no concelho de Lisboa, se no distrito de Lisboa) enquanto espero pela realização da vistoria e possível recolha da carta registada pelo senhorio.

    Já me começo a mentalizar que viver aqui por agora vai ser muito complicado de o fazer (usar o WC é virtualmente impossível) e como estou em teletrabalho a concentração no trabalho é mais difícil porque estou sempre a tentar limpar e perceber onde posso colocar baldes para apanhar os pingos. Outra coisa que terei de aceitar é que ou muito me engano ou este caso só se resolve em tribunal infelizmente...

    Se alguém tiver mais alguma ideia do que eu posso tentar, ficava agradecido, para pelo menos ter a sensação que estou a tomar passos no sentido da resolução do problema.

    Cumprimentos
  9.  # 9


    Outra coisa que terei de aceitar é que ou muito me engano ou este caso só se resolve em tribunal infelizmente...


    Com o bloqueamento do seu Tm parece evidente que ele não quererá resolver o problema a bem. Aposto que a carta registada irá ser-lhe devolvida. Se assim for, não a abra para poder servir de prova, em tribunal, em como o contactou.
    Por isso prepare-se para ir pela via judicial. Um advogado poderá confirmar que poderá exigir uma indemnização pelos danos causados incluindo, por exemplo, a alteração temporal da sua residência para um hotel.
    Concordam com este comentário: Damiana Maria
  10.  # 10

    Advogado, agora. Cartinha registada com as letras todas - denúncias à Câmara, obras coercivas no prédio dele, obras restitutivas no seu apartamento, no apartamento debaixo do seu e nas áreas comuns/estrutura do prédio. Indemnizações por danos de saúde mental, possíveis problemas físicos e danos laborais. Entre a pés juntos com um advogado filho da mãe e ameace 300K em prejuízos se o problema não for resolvido imediatamente. Tipos como esse só respondem à força bruta.
    Concordam com este comentário: BoraBora
 
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