Colocado por: N Miguel OliveiraO nosso problema é o ensino e a mentalidade. Desenvolver o ensino profissional neste sector, qualificar a malta, para que seja mais eficiente, limpa e responsável. E dar-lhe condições laborais, WC nas obras, pausas, em vez de encher os "profissionais de roupa limpa" com subsidicios, vauchers, layoffs, férias 30 dias, ou semanas de 35h...
Na Suíça tem um sistema de ensino diferente do nosso (baseado no "não podemos ser todos doutores, todas as profissões são importantes") lá via um ambiente em obra brutal, às 9h e 15h havia uma pausa pa café, mas o tempo em trabalho rendia. O fulano que andasse a encher chouriços no dia seguinte já não ia. E a remuneração era a condizer com o desgaste físico provocado... Aqui ainda pisam mais no desgraçado que anda a vergar a mola e ninguém quer um filho nas obras como que se isso fosse alguma vergonha.
Colocado por: N Miguel OliveiraSó não percebo é que sendo um sector aparentemente tão rentável, não vejo novas empresas de construção a abrir
Colocado por: pguilhermePor fim, repare que a semente deste tema partiu de DR1981 (presumo que trabalhe nas obras), quando referiu que os trabalhadores das obras, se deixados sem supervisão, terão "dia santo".O que eu quiz dizer com isso é que em portugal, na realidade que eu conheço o projeto de execuçao é o empreiteiro é ele que decide na hora como se faz, o mapa da ordem de trabalhos é o empreiteiro , ele é que decide de manha o que vai fazer, por isso é normal que se o empreiteiro nao esta em obra o pessoal ande perdido, em portugal nao ha o habito de trabalhar a seguir papéis, é a seguir o que diz o empreiteiro é o faz e desfaz.
Depreendemos que seja provável que não executem o trabalho com a mesma qualidade, não tenham o mesmo rendimento, aproveitem para tapar alguma asneirada ou, quem sabe, até levar material para outras obras, como alguém também referiu (roubar!)
Colocado por: pguilhermeNão tratatei de forma depreciativa nem inferiorizada.
Colocado por: N Miguel OliveiraE isso não acontece só por culpa própria (dos empreiteiros), mas também da sociedade, do ensino, da mentalidade geral, que restringe a admissão de profissionais com vontade e formação para um sector que é tal como diz: "uma pescadinha de rabo na boca".
Colocado por: DR1982O que eu quiz dizer com isso é que em portugal, na realidade que eu conheço o projeto de execuçao é o empreiteiro é ele que decide na hora como se faz, o mapa da ordem de trabalhos é o empreiteiro , ele é que decide de manha o que vai fazer, por isso é normal que se o empreiteiro nao esta em obra o pessoal ande perdido, em portugal nao ha o habito de trabalhar a seguir papéis, é a seguir o que diz o empreiteiro é o faz e desfaz.
Colocado por: pguilhermeé preciso um miliagre para encontrar um empreiteiro honesto
Colocado por: pguilhermeEpá, “patrao fora, dia santo na loja” não é nada disso que descreveu,
Colocado por: DR1982Mas claro também ha quem leve uns sacos de cimento para casa , entao tambem nao ha banqueiros que levam notas?Entao o que é? É isto? Sim patrão fora dia santo na loja é tambem tal Como disse folgar as costas, sobretudo os mais novos que chegam as obras para levar o dinheiro ao fim do mes nao é para trabalhar.
Ha tambem quem aproveite para aldrabar ou folgar as costas, afinal daquilo que eu me lembro em Portugal a diferenca entre ser bom e muito bom não era muita, e bom nao era o que fazia bem mas sim o que fazia muito.
Colocado por: pguilhermeHá empreiteiros simples, mas bons e honestos?
Colocado por: N Miguel OliveiraMas pelo que vou lendo, acham que gerir é fazer telefonemas e emails, encomendas como quem ordena uma Telepizza?
Colocado por: DR1982Entao o que é? É isto? Sim patrão fora dia santo na loja é tambem tal Como disse folgar as costas, sobretudo os mais novos que chegam as obras para levar o dinheiro ao fim do mes nao é para trabalhar.
Colocado por: N Miguel OliveiraDonos de Obra, projectistas, empreiteiros, fornecedores e fiscais são jogadores duma mesma equipa, em que todos deviam remar para o mesmo lado, alimentando o mercado e repartindo interesses e benefícios. Se logo na base decidimos que uns são os bons e outros são os maus... começamos logo mal. Cada player pode ser bom e mau a jogar em equipa.
Colocado por: pguilhermeTalvez um dia se mude o status quo, a formação e comportamentos da generalidade dos profissionais e por consequente, a percepção por parte da população em geral, pelo menos da mais jovem.
Colocado por: pguilhermeComo DO, não me passa pela cabeça fazer uma especialidade ou tentar "fiscalizar" o quer que seja, porque obviamente ia dar mau resultado, mas as mais valias do DO não passam necessariamente por aí.
Colocado por: DR1982Então explique-me la uma coisa, a ideia daqui de ser o DO a negociar os materiais todos é ?
Ou seja bater as portas a pedir o preço dos tijolos, do isolamento, dos tubos?
Vocês têm quem vos ature a dar preço para isso tudo?
Colocado por: pguilhermetodos felizes num kumbaya?
Colocado por: pguilhermeNada contra, a minha pergunta é mesmo se ha quem ature tanto pedido de orçamento?
Cada um aprofunda a sua intervenção da forma que conseguir e achar melhor.
Colocado por: DR1982Então explique-me la uma coisa, a ideia daqui de ser o DO a negociar os materiais todos é ?
Ou seja bater as portas a pedir o preço dos tijolos, do isolamento, dos tubos?
Vocês têm quem vos ature a dar preço para isso tudo?
Colocado por: N Miguel OliveiraOra aí está, em comparação com o que vi dos helvéticos, a coisa lá funciona como um "reloginho".
Não há autodidatas. Cada macaco no seu galho. A gestão é feita por profissionais e não pelos DO sem experiência.
Aqui o empreiteiro faz uma obra para um cliente privado e a coisa fica por ali (afinal a maioria dos DO apenas constrói uma casa ou duas na vida).
Colocado por: N Miguel Oliveiraquem gere de forma independente fá-lo com um distanciamento prático e pragmático, mais ágil e em muitos casos mais barato.
Colocado por: N Miguel OliveiraPorque o diz?
É que boa parte das gentes daquí são das obras, ou que pelo menos têm alguma luz... ou que trabalhavam nas obras nas férias escolares por exemplo, etc... Era relativamente comum nas aldeias há uns anos. Depois apareceram os telemóveis e youtubes desta vida... e todos passam a ser experts sem nunca terem entrado num estaleiro.
Colocado por: pguilhermeEsta noção é, no mínimo, incompleta.
Cada entidade tem os seus próprios interesses, tal como já falámos à exaustão no caso dos arquitectos. Mas os interesses dos projectistas estão desde logo muito alinhados com os do DO. É pacífico. Do fiscal, idem.
Já os interesses do empreiteiro não estão muito alinhados com o DO, particularmente aqui, onde ninguém se conhece e ninguém fica arredado.