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  1.  # 21

    Uma vez mais obrigado pelos vossos comentários e ajuda!

    Já entrámos em contacto com a BIU, estamos à espera de uma resposta.

    Vamos apostar no uso do reboco de cal. Tambem é nosso objectivo manter tudo em madeira. Segundo o carpinteiro que entretanto foi ver a casa as portadas sao aproveitaveis porque a madeira é de boa qualidade mas o piso ja está muito danificado. As escadas estão infestadas ... O telhado tambem será todo renovado como previsto.
    Em relação às divisorias estamos realmente a pensar no pladur, mas temos de arranjar forma de resolver a questão acústica...
  2.  # 22

    Reforço o agradecimento pelos contributos muito válidos.
    Agora…
    Precisamos de ajuda para “validação” da seguinte sequência inicial e genérica de trabalhos:
    1- Desmontagem a cobertura
    2- Composição do coroamento das paredes, com assentamento de 30 cms de alvenaria de tijolo e lintel em betão armado de reforço em toda a volta
    3- Cobertura nova
    4- Desmontagem do pavimento, paredes de tabique e vigamento do piso intermédio
    5- Colocação de 2 tirantes em inox “de fora a fora” no sentido mais curto do edifício
    6- Picagem das paredes interiores
    7- Colocação de uma viga metálica em “H” “de fora a fora” no sentido mais comprido do edifício e subsequente colocação do vigamento em madeira
    8- Reboco com cal hidráulica do interior do edifício
    9- Colocação de pavimento em madeira
    10- Início da construção da escada de acesso ao piso superior em madeira
    11- Construção de paredes interiores em pladur no piso superior
    12- Picagem das paredes exteriores e reboco com cal hidráulica.
    13- Repavimentação do piso inferior
    14- Conclusão da escada de acesso

    Sugestões / correcções?
  3.  # 23

    Em relação às divisorias estamos realmente a pensar no pladur, mas temos de arranjar forma de resolver a questão acústica...



    a acustica nas paredes interiores em pladur resolve ve com lã de rocha. quanto ao que foi dito aqui concordo o que o pedro disse. Vejo muita gente a usar os tais "rebocos fortes" em que lhe aumentam a dose de cimento e é ve los a estalar e saltar fora num instante. Quanto á madeira e Estruturas leves concordo plenamente. nao se deve sobrecarregar uma coisa para a qual nao esta dimensionada. e quanto menos cargas melhor.
    Cumprimentos
  4.  # 24

    Quanto às minhas observações «de fugir» :-)
    Aparentemente, não fui o único (ver a primeira mensagem do Rui).
    Constato que temos uma casa com paredes grossíssimas e vamos reconstruí-la toda por dentro com uma estrutura «leve», que arde que nem um fósforo e abana por todos os lados, não é? Ok. Fica o património defendido.
    Mas, enfim... também depende da utilização que se vai dar à casa.

    No entanto, o plano de trabalhos - que me parece globalmente bem - inclui lintel em betão armado, tirantes em aço (inox?) e vigas H metálicas. Vai tudo no sentido de reforçar a estrutura.

    Só mais uma coisa (se é que ainda não fugiram às minhas observações) :-)
    os tirantes servem para evitar que as paredes se afastem com o peso da cobertura. Portanto não se deve colocar a cobertura (§3.) enquanto lá não estiverem os tirantes (§5.).

    Uma pergunta: a que nível está previsto colocar os tirantes e os H? Do pavimento do 1.º? E como está previsto chumbá-las à parede de alvenaria?

    Luis K W
    Lisboa-Portugal
  5.  # 25

    ... pelo que depreendo os tirantes irão ser colocados ao nivel da transição para o piso 1... já que teremos, na cobertura o lintel em BA, a fazer o travamento. No entanto, das fotos apresentadas.. não me parece ser necessário essa intervenção.. mas também não estive no local da obra.

    Também estranho, a incorporação dos H, para suporte da laje em madeira do piso... eu coliocaria um frechal novo em madeira, para suporte da laje... ou mais um frechal/ lintel em BA... depende do estado e tipo de abordagem ao imóvel.

    PS: Uma estrutra em madeira não arde, que nem um fósforo...
  6.  # 26

    Caro Pedro,
    Suponho que os tirantes num sentido e as vigas H no outro servirão para «reforçar» a «estrutura» (as paredes de alvenaria) ao sismo.

    Habitualmente a madeira dentro de casa (neste caso em pavimentos, vigamentos, escadas, janelas, portadas, aros-e-portas, estrutura da cobertura... só sobram as paredes!) acaba por ser pintada a tinta de esmalte, e/ou envernizada.
    Você que certamente está mais actualizado que eu, diga-nos qual a classificação de resistência ao fogo desses materiais.

    Não é que eu ache que não se possa construir em madeira. Eu até já passei férias em casas de plástico (em parque de campismo, claro)!
    E até me parece que vai ficar acolhedor.
    Mas se fosse uma casa para habitar em permanência, eu recomendaria a solução pura e dura (estrutura em betão armado).
    Luís
  7.  # 27

    Colocado por: Luis K. W.Você que certamente está mais actualizado que eu, diga-nos qual a classificação de resistência ao fogo desses materiais.

    Em caso de incêndio, prefiro uma casa de madeira, que uma tradicional, porque o que segura aquilo tudo, é o ferro do betão e sse rapidamente entra em colapso, com o aumento da temperatura.

    Adicionalmente, um tecto falso me pladur com 2 placas corta fogo de 15mm têm homologação para 30min ou 60min, não tenho a certeza.

    Colocado por: Luis K. W.Masse fosseuma casa para habitar em permanência, eu recomendaria a solução pura e dura (estrutura em betão armado).

    Nesse caso fazia-se uma nova, comprava-se uma nova ou mandava-se abaixo e fazia-se de novo. Estar a meter betão e rebocos fortes numa cada daquelas é um crime, porque são materiais muito diferentes, com comportamentos muito diferentes e o resultado final é mau, muito mau.

    Existe nos alvarás uma categoria de empreiteiro geral de reabilitação de edifícios e outra para empreiteiro geral de construção de edifícios tradicionais. tais são as diferenças entre ambos. Misturar ambos, dá os crimes que se vêem por esse pais no património edificado.
  8.  # 28

    Paulo,
    Às vezes temos mesmo de manter a fachada (IPPAR oblige), o que não nos impede de - o.k... com os devidos cuidados - mudar completamente o interior.

    Eu ainda prefiro a polivalência à estreiteza da micro-hiper-especialização. Sou dos que é absolutamente contra, por exemplo, os "engenheiros especialistas em parafusos". Por isso a minha empresa tem ambos os alvarás (o que não quer dizer que seja hiper-especialista em nada, só que tenho de saber um bocadinho de tudo, e estar sempre a aprender /i.e. a trocar experiências).

    No caso vertente, vamos ter vigas metálicas e tirantes em inox a sustentar o piso do 1.º andar e a reter as paredes.
    Em caso de incêndido, duvido que o ferro ou as paredes exteriores colapsem antes de as madeiras (sobretudo se estiverem muito bem sequinhas e com uma bela de uma camada de verniz em cima) arderem que nem uma tocha.

    Luis
  9.  # 29

    Boa Tarde e Bom Ano a todos!

    Rui Costa, não deite abaixo a casa, como sugerem e ainda bem que discorda!A facilidade com que se diz isto, e, infelizmente, se faz..uma casa destas é uma pedaço de história, são casas que ao deitar abaixo, desaparecem para sempre, sem possibilidade de construir igual - não se constrói assim hoje em dia. Estime-a,recupere-a e preserve-a, ela merece!
    Eu comprei e vivo numa casa assim, em Manique, Cascais, é de cerca de 1900, garanto-lhe que estava em muito pior estado do que a sua, estava em ruínas. Quem a recuperou, que não fui eu, soube fazer um trabalho notável, do qual temos (eu e a minha família) a sorte de usufruir, fê-lo usando materiais de origem, ficou fantástica e ganhou um prémio de restauro de arquitectura pouplar. Viver ou ter uma casa assim não é para todos, e saber apreciá-la, é só para quem sabe.Espero não estar a ofender nninguém, não é essa a intenção mas há que dar valor ao que tem valor, e estas casas são inestimáveis!E restauradas ficam lindas, únicas!
    Um abraço.
  10.  # 30

    CMartin,
    Acho piada ao seu apego a casas velhas.
    Faz-me lembrar as pessoas que achavam criminoso demolir para reconstruir alguns prédios na zona da Av Almirante Reis, em Lisboa.... É que quando foram construídos, há uns 100 anos, houve manifestações de rua contra a péssima qualidade da construção e até dos loteamentos.

    É como se daqui por 50 anos houvesse alguém que tivesse a lata de defender as «velhas» casas da 1.ª fase de Telheiras (arquitectura do pior, de bairro social, construção cheia de problemas a começar pelas fundações, etc.), ou o bairro social, os prédios azul claros(*), do Sisa Vieira ao pé das Olaias, em Lisboa. Para mim, esta última, construída pelos anos 70, já devia ter sido implodida!

    Eu sou a favor da renovação urbana. Coisas com mais de 80 ou 100 anos, só com muito boas razões deveriam ser mantidas. Para mim, em princípio, só se deveriam manter as fachadas e só se valessem mesmo a pena.

    Como disse antes, estou agora a recuperar uma casa em que o interior estava completamente podre, com cerca de 11x6m, 2 pisos, e em que viviam QUATRO famílias(!). Dá menos de 30m2 úteis por família. Tinha 3 entradas, uma delas directamente para uma escada que dava para os 2 apErtamentos do piso superior, 4
    «cozinhas» com zona de «despejo», um intricado de divisões minúsculas, etc.
    Uma casa destas, mesmo quando foi construída, era pouco mais que um pardieiro, quanto mais hoje!
    Está - é claro - a ser transformada numa moradia unifamiliar.
    O IPPAR obriga a que não se mexa na porcaria (desculpem o desabafo) da fachada.
    Neste caso, não tive qualquer voto na matéria. Os projectos de Arquitectura e de Estrutura não deixam qualquer dúvida sobre o que é pretendido.
    A parte engraçada foi descobrirmos, ao abrir fundações para a nova estrutura, moedas com 250 anos.

    Luis
    (*) nada contra a cor. Eu até sou sócio do Belenenses. :-)
  11.  # 31

    Agradeço muito os comentários de todos.
    É esta mesma a função de um fórum: discutir.
    Aceito os pontos de vista divergentes. É na diversidade que assenta a riqueza do mundo :)
    Ainda assim.. eu sou dos que prefere a recuperação desde que a coisa nos diga algo. Para mim isso basta.
    Aceito a sua opinião Luís. Até compreendo mas não concordo.
    Já agora.. o IPPAR já não existe. É IGESPAR ou DRC, consoante o caso.
    Um abraço e muito obrigado novamente. Em breve vou-vos dar a conhecer uma sequência de trabalhos mais faseada.
  12.  # 32

    Luis,
    Tenho que ser sincera e dizer-lhe que se há coisa que me põe o sangue a ferver é as pessoas não conseguirem apreciar uma casa com história. É mais forte do que eu.
    A casa que está a recuperar se albergava quatro famílias, não seria certamente por ser uma casa antiga, talvez haja construções novas a fazerem precisamente o mesmo. Não é por aí.
    Repare no entanto que percebo perfeitamente o que diz, porque a maioria pensa assim. Não se dá valor à arquitectura ou à construção antiga, em detrimento de "novidades vistosas" como se fazem hoje (algumas de gosto muito discutível). Todos preferimos, para não dizer "fugimos" do antigamente e é pena porque há coisas belíssimas. Dizemos, nós próprios, os portugueses, que só os estrangeiros apreciam, talvez eles saibam qualquer coisa que nós não.
    Não digo que não se fizeram coisas bonitas apenas antigamente (particularmente e por acaso não conheço nenhuma que não tenha potencial para uma belíssima recuperação, mas, como vê, sou suspeita neste assunto!) e que hoje se façam aberrações. Nada disso. Penso é que vale a pena ver com outros olhos estas construções antigas portuguesas, elas merecem.
    Fala nas moedas com 250 anos que achou, é precisamente isso, na minha forma de ver: Uma casa antiga comparativamente a uma casa nova é como uma moeda antiga face a uma vulgar nova !Percebe?
    Obviamente há gostos e sensibilidades e nem todos podem gostar do mesmo, mas, desculpe, faz-me pena não se gostar da arquitectura antiga, claro, está porque eu vejo-a com outros olhos!Mas isto sou eu, e mais alguns felizmente.
    Carla Martin
  13.  # 33

    E desejo muitas felicidades ao Rui Costa Marques na recuperação da casa!
    Esta discussão dava pano para mangas do antigo versus contemporâneo!
    Com cumprimentos a todos.
    •  
      FD
    • 7 janeiro 2009 editado

     # 34

    Colocado por: Luis K. W.ou o bairro social, os prédios azul claros(*), do Sisa Vieira ao pé das Olaias, em Lisboa. Para mim, esta última, construída pelos anos 70, já devia ter sido implodida!

    Aquilo é do Siza? Os outros ao lado, do Taveira, também seguiam o mesmo caminho... :P
    Aliás, aquelas encostas das Olaias e de Chelas são os São Marcos do Cacém da elite lisboeta. :D
  14.  # 35

    Olá a todos novamente.
    Renovo o agradecimento pelos contributos e pela força.
    Já agora, para preservação das madeiras das portadas vou precisar de utilizar um produto específico. Alguém tem sugestões?
    Fazendo um parentesis às questões de construção, quero perguntar-vos o que acham dos termoacumuladores Vs. esquentadores. Alguém tem experiências para contar neste campo?
    Obrigado e cumprimentos a todos.
    •  
      FD
    • 8 janeiro 2009

     # 36

    Colocado por: Rui Costa MarquesJá agora, para preservação das madeiras das portadas vou precisar de utilizar um produto específico. Alguém tem sugestões?

    Veja aqui: https://forumdacasa.com/discussion/2255/toda-a-verdade-sobre-a-recuperacao-de-janelas-antigas-em-madeira/
  15.  # 37

    Colocado por: Rui Costa MarquesOlá a todos novamente.

    Fazendo um parentesis às questões de construção, quero perguntar-vos o que acham dos termoacumuladores Vs. esquentadores. Alguém tem experiências para contar neste campo?
    Obrigado e cumprimentos a todos.

    Boa Tarde
    Ja equacionou o esquentador electrico? , ha quem lhe chame duche brasileiro , aquilo nao são bem esquentadores , serao talvez aquecedores de agua instantanea , sao pequenos , faceis de esconder , so tem consumo quando se abre a torneira , evitam muitas duplicaçoes de canalizaçoes de agua quente quando montados perto das torneiras, evitam ter local para gaz de garrafa e o incomodo de faltar o gaz ou ter mais um contrato e canalizaçoes para gaz canalizado.
    Eu tenho uma coisa dessas , todos os dias tomo duche com ele e nao tenho problemas , aquece a agua suficientemente para o banho e nao tenho que estar preocupado que esta a acabar a agua quente do termoacomulador ou que ele esta o dia todo a ligar e desligar para manter a agua quente consumindo energia.
    Cumprimentos virtuais
  16.  # 38

    Caro Rui Costa
    Estou a seguir esta discussão e dou-lhe o meu apoio , porque eu tambem estou numa fase de recuperação de uma casa (duas juntas e unidas). Essa sera uma casa de fim de semana, nem ando com stress de timings de terminar, vou tentar por tudo manter a traça e os materiais da epoca e da regiao , tornando-a habitavel como 2ª habitação.
    Neste momento vivo numa pequena casa centenaria em frente ao mar em Sesimbra , foi durante muitos anos armazem de peixe do meu avô por isso o local so por si tem um valor sentimental grande.
    O imovel estava quase em ruinas , recuperei interiormente de forma a ser a minha habitação permanente e exteriormente consegui que os vizinhos que tenho no imovel nos unisse-mos e recuperar tudo exterior , (madeiras dos beirais, ate ás cores da epoca).
    So lhe posso dizer que é uma felicidade ver fotografias antigas da marginal de Sesimbra e constactar que o predio esta igualzinho .... (tudo passa desde que queiramos apagar da memoria).
    Cumprimentos virtuais
  17.  # 39

    Bom Dia a todos,
    Falando na recuperação de casas antigas quero colocar a seguinte pergunta:
    Fala-se muito na recuperação das madeiras, o que acho bem porque penso que a ideia, o mais possível, é manter os materiais originais que estejam em condições que o permitam. Por outro lado, no caso da minha casa, que tem 3 portas para a rua, em madeira, em que duas delas estão em óptimas condições, uma, apresenta fendas e rachas em baixo, e aconselham-me a substituir.
    Ora, a outra solução para mim seria substituir a porta por uma em PVC (uma vez que também vou substituir a caixilharia das janelas por pvc), e se substituir uma porta, parece-me coerente que substitua as 3 portas.
    Estamos a falar de portas com postigo, em madeira maciça, que já não se fazem hoje em dia, e, lá está, não gosto de "deitar fora" este tipo de coisas quando têm "salvamento".
    Embora reconheça que o pvc é um bom material para o efeito, a minha preferência é que se restaure a porta de madeira, o que aliás já aconteceu com o portão do jardim que estava em muito pior estado, ficou como novo e foi tão em conta que nem me lembro em quanto ficou. Qual a vossa opinião, restaurar ou substituir?

    Obrigada.
    Com cumprimentos,
    Carla Martin
  18.  # 40

    Bom dia
    A minha opiniao é restaurar se possivel.
    Ainda por cima ja teve uma experiencia com o portao do jardim que correu bem.
    cumprimentos virtuais
 
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