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  1.  # 21

    Colocado por: antonylemosmas, havendo diferenças nos valores de construção o que tem isso a ver com os seus honorários?

    Uma das metodologias de calculo de honorários incide sobre a percentagem que se retira sobre o valor Estimativo da Obra, certo?
  2.  # 22

    Colocado por: André CordeiroUma das metodologias de calculo de honorários incide sobre a percentagem que se retira sobre o valor Estimativo da Obra, certo?
    se quer ir por essa via e nao pelo (valor/hora) X (numero de horas que vai demorar no projecto) pergunte antes ao seu cliente quanto vai/quer gastar na obra. o valor da obra é o dinheiro que o cliente tem para gastar.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: André Cordeiro
  3.  # 23

    Colocado por: André CordeiroUma das metodologias de calculo de honorários incide sobre a percentagem que se retira sobre o valor Estimativo da Obra, certo?

    Errado!
    Essa metodologia só é usada por quem não faz a mininha ideia de como calcular o valor correto de um trabalho.
    Um exemplo
    Projeto para a construção de uma moradia. Estimativa 250.0000. Honorários 250.000 x 5% = 12.5000€
    Projeto para a legalização da mesma moradia mas sem qualquer obra. Honorários 0,00€ x 5% = BORLA?

    Temos que ser coerentes.
    Não se podem alterar as regras de acordo com os nossos interesses
  4.  # 24

    Eu só tou a tentar perceber qual será o mais preciso, valor/hora é sempre mais subjectivo. Porque realmente cada projecto é diferente só por si. Eu sou especializado em 3D´s de arquitectura (foi a via que enveredei nos últimos 15 anos), mas como estou a reentrar agora na vertente de projecto, queria saber como proceder a nível de honorários de arquitectura. E sei que há diferentes metodologias de calculo, cada uma com os seus pro´s e contras, a da estimativa do custo de obra, poderá ser a mais razoável, ou a por valor de €/m2 que cada técnico atribui a si mesmo.
  5.  # 25

    Todos os métodos têm o seu mérito ou, melhor dizendo, nenhum deles tem significado só por si.
    São apenas formas para se chegar a um valor para determinado trabalho/serviço. Não há formas certas e erradas.

    No entanto, a parte mais importante é a que ninguém referiu: independentemente da forma como calcula os valores, a única obrigação/necessidade é que estes estejam em linha com o mercado para que este consiga absorver.

    Ao contrário do que dizem, não é o técnico que determina o valor do seu trabalho, mas sim os clientes que estão (ou não) dispostos a pagar. É o mercado que determina o valor.
    E isto, claro, está relacionado com o tipo de trabalho, performance, tipo de cliente, zona de actuação, referências, concorrência, etc, etc.

    Colocado por: André Cordeirovalor de €/m2

    Esta ideia é muito sensata, pois dá-lhe indicadores de gestão quantificáveis.
    No entanto não se esqueça que isto serve apenas para uma referência interna da sua actividade, para que possa apurar porque propõe um valor para uma obra e outro valor para outra. Para o cliente, é completamente indiferente o que cobrou num outro projeto seu; apenas está interessado na sua proposta de valor face ao seu concorrente.

    No final, se está completamente perdido quanto ao mercado, a única forma é fazer uma prospecção para que se possa enquadrar.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, André Cordeiro
  6.  # 26

    Colocado por: André CordeiroEu só tou a tentar perceber qual será o mais preciso, valor/hora é sempre mais subjectivo
    valor hora nao é nada subjectivo.. é o valor do teu tempo. ou você valoriza o seu tempo ou nao.

    vou-lhe propor um exercício.. quanto tempo demora a fazer um projecto? desde o início até à sua aprovação? quanto tempo demora a fazer o estudo prévio? depois de entregar quanto prevê para correções e respostas a ofícios? quantas reuniões ou visitas à obra prevê fazer? a que distância ficará a obra? (gasóleo, tempo, desgaste e portagens??).. vc cobra deslocações? cobra consultadoria? work=time, time=money.

    o calculo de honorários é um exercício pessoal. nao será nada igual para cada profissional face à sua experiência, localização e principalmente e auto valorização.
    Concordam com este comentário: André Cordeiro
  7.  # 27

    Colocado por: André Cordeiroou a por valor de €/m2 que cada técnico atribui a si mesmo.
    esse ainda faz menos sentido que a anterior... visto que os projectos com áreas mais contidas dão muito mais trabalho que os com áreas à boss.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  8.  # 28

    Colocado por: pguilhermeNo final, se está completamente perdido quanto ao mercado, a única forma é fazer uma prospecção para que se possa enquadrar.
    correto
  9.  # 29

    Colocado por: André CordeiroUma das metodologias de calculo de honorários incide sobre a percentagem que se retira sobre o valor Estimativo da Obra, certo?


    Olá. Esqueça isso. Cada um tem o seu modo. Existem muitos outros factores que podem ser mais ou menos importantes.

    Por exemplo, acho que fazer uma casa contida, barata, pode ser mais desafiante pois implica maior responsabilidade em cada solução apresentada, cada m2 vale mais, é preciso não desperdiçar, ponderar, procurar alternativas.
    Uma casa barata pode até levar a um projecto mais caro, precisamente por isso.

    Agora deve você cobrar menos e trabalhar/batalhar mais para enquadrar um projecto num orçamento? Apresentar alternativas, etc?

    E esse orçamento? Que muda em função da inflação, do modo como o dono de obra lida e negoceia com os empreiteiros, se mudar, em principio para cima, você ajusta os honorários depois? Sem ter feito nada por isso?

    Se pensar ao m2 idem... desenhar pequeno pode custar-lhe mais tempo que desenhar grande.

    Se a obra está a 5kms ou a 500, cobraria o mesmo?

    Se você quer mesmo ganhar o concurso porque acha o desafio interessante, se calhar desce o preço....

    Se calcula tudo à hora num primeiro projecto... e é o mais objectivo possivel, se calhar vai estimar um valor muito alto também... pois em principio, um primeiro projecto demorar-lhe-á mais tempo que um vigésimo... em que já tem tudo mecanizado.

    Depende do desafio, depende da distância à obra, depende se você quer mesmo fazê-lo... e depende do cliente, do mercado, do concurso.

    Não há uma regra, e ainda bem.
    Quanto à portaria dos IMI, esqueça, não tem valor nenhum isso... se a obra é uma zona mais cara, foque-se na distância, nos parquimetros, no transito, e não tanto se são ricos ou pobres nesse municipio. Ainda que até isso ajuda a definir um valor.

    E as especialidades? Incluirá? E levantamento topográfico? Mapa de quantidades? Execução?... tem partes a legalizar, vermelhos e amarelos? precisa de pensar também no que vai entregar e que não depende de si... pois isso influencia e muito.

    Dou-lhe um exemplo pessoal, estimamos as cotações com base em projectos anteriores parecidos, no que será necessário fazer (câmara), na localização (distância ao terreno) e no entusiasmo perante aquele desafio (se calhar o factor mais decisivo, e subjectivo). Isso interessa para o próximo cliente? Não. Então não há formula nenhuma a apresentar. Serve só internamente. É por isso que salvo erro cada cotação tem tido um valor diferente... porque cada projecto é diferente. Nada mais normal. Área e Orçamento não são factores determinantes para chegar a um valor na nossa opinião. Fazer um pavilhão industrial e uma casa não são a mesma coisa.

    Para obras publicas tem uma portaria (de 72), onde pode estimar um valor em função da estimativa orçamental. Dará uns 5 ou 6% talvez... no caso de uma casa. Muitos gabinetes usavam essa equação para chegar a um valor... mas depois metiam um "desconto comercial" para serem mais competitivos (barato). Mas acho que para uma casa é complicar o que é simples. Num primeiro projecto menos ainda. O que irá cobrar nem para o software lhe alcança.

    Boa sorte colega. Seja bem-vindo.
    Concordam com este comentário: pguilherme
    Estas pessoas agradeceram este comentário: André Cordeiro
  10.  # 30

    Colocado por: antonylemosesse ainda faz menos sentido que a anterior... visto que os projectos com áreas mais contidas dão muito mais trabalho que os com áreas à boss.

    Pela razão que apresenta, faz perfeitamente sentido. Repare:
    Uma pequena dá mais trabalho, aplica o valor base de x€/m2.
    Uma casa maior, parte do mesmo valor base de x€/m2, ao qual aplica um desconto de volume e/ou um desconto por ser mais fácil.

    Uma casa maior pode ser proporcionalmente mais simples, mas provavelmente terá um maior volume de trabalho... ou não, depende do caso.
    Por isso digo que nenhuma formula é infalível, é apenas uma regra para o profissional se conseguir situar. Até pode dar preços consoante o humor, a simpatia do cliente ou o alinhamento dos astros.
    No final, a única coisa que conta é que o valor que satisfaça o profissional seja compatível com o que os clientes estejam dispostos a pagar.

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe você quer mesmo ganhar o concurso porque acha o desafio interessante, se calhar desce o preço....

    Nem mais. E se é um primeiro projecto, muito maior necessidade tem de ter pelo menos algo no portfolio :)

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe calcula tudo à hora num primeiro projecto... e é o mais objectivo possivel, se calhar vai estimar um valor muito alto também... pois em principio, um primeiro projecto demorar-lhe-á mais tempo que um vigésimo... em que já tem tudo mecanizado.

    Certíssimo. Lá está, não há formulas infalíveis.
    Um profissional experiente é mais rápido. Então, deve pagar-se mais caro ou mais barato, por ser mais rápido?

    Se pagar por hora, estará privilegiar um amador, que demora mais tempo, do que um veterano, que é mais rápido.
    Se paga pelo resultado, estará a privilegiar a performance e poderá ser mais caro um projecto muito mais rápido, que criará no preço/hora uma disparidade tão grande que torna difícil apurar o valor por esse método.

    Colocado por: N Miguel OliveiraFazer um pavilhão industrial e uma casa não são a mesma coisa.

    Seja como for, só faria sentido comparar imóveis da mesma natureza.
  11.  # 31

    Colocado por: pguilhermeCertíssimo. Lá está, não há formulas infalíveis.


    Acho que as formulas são o que menos importa. O que importa é o preço final. Depois de feito toca analizar se correu bem, se correu mal, se foi muito, se foi pouco, etc. Um Arquitecto até pode fazer um projecto de borla e no final receber um prémio que paga os gastos do gabinete dum ano. Ou esse prémio pode não ser liquido, mas conseguir 10 novos clientes que gostaram daquele projecto... sabe-se lá.

    O importante é fazer a coisa com brio, seja uma mansão ou a casota do cão.

    Depois há gastos que não dão para escapar, pois é preciso comer e pagar as contas, pagar a outros intervenientes, deslocações, etc. E essas contas são mais objectivas de calcular, é só somar. Obviamente a cotação que fazemos para uma obra no nosso distrito tem outros valores do que quando é no distrito ao lado, ou na França, nos EUA, se é cidade, se é rural, se é facil de aceder, de estacionar, etc. Idem se houver uma construção existente por exemplo... mesmo que seja para demolir, gera logo uma data de documentos e desenhos chatos de fazer... (o numero de páginas vai logo para o dobro). Idem para as câmaras... há concelhos onde já sabemos que vamos ter que perder mais tempo a ligar para lá, que teremos mais reuniões, etc... pelo modo como escrevem o regulamento municipal, pelo modo como funcionam, pelos artistas que têm como funcionários, etc...

    O desafio e o entusiamo em si é que deveria moldar o preço acho eu, e não se custa 100 ou 1 milhão, se tem 50 ou 300m².

    Aliás, creio que na Alemanha salvo erro, até era comum o gabinete ganhar uma % se se conseguisse uma poupança em relação à estimativa original*. Ainda que não sei se concordo muito com isso... Ainda assim faz bastante mais sentido que ajustar os honorários para cima porque a obra ficou mais cara que o previsto.

    *era o gabinete que adjudicava as empreitadas, e não o supernegociador DO.
    Concordam com este comentário: gil.alves, Pedro Barradas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: André Cordeiro
  12.  # 32

    Colocado por: N Miguel OliveiraAcho que as formulas são o que menos importa. O que importa é o preço final. Depois de feito toca analizar se correu bem, se correu mal, se foi muito, se foi pouco, etc. Um Arquitecto até pode fazer um projecto de borla e no final receber um prémio que paga os gastos do gabinete dum ano. Ou esse prémio pode não ser liquido, mas conseguir 10 novos clientes que gostaram daquele projecto... sabe-se lá.

    O importante é fazer a coisa com brio, seja uma mansão ou a casota do cão.

    Depois há gastos que não dão para escapar, pois é preciso comer e pagar as contas, pagar a outros intervenientes, deslocações, etc. E essas contas são mais objectivas de calcular, é só somar. Obviamente a cotação que fazemos para uma obra no nosso distrito tem outros valores do que quando é no distrito ao lado, ou na França, nos EUA, se é cidade, se é rural, se é facil de aceder, de estacionar, etc. Idem se houver uma construção existente por exemplo... mesmo que seja para demolir, gera logo uma data de documentos e desenhos chatos de fazer... (o numero de páginas vai logo para o dobro). Idem para as câmaras... há concelhos onde já sabemos que vamos ter que perder mais tempo a ligar para lá, que teremos mais reuniões, etc... pelo modo como escrevem o regulamento municipal, pelo modo como funcionam, pelos artistas que têm como funcionários, etc...

    O desafio e o entusiamo em si é que deveria moldar o preço acho eu, e não se custa 100 ou 1 milhão, se tem 50 ou 300m².




    CONCORDO EM ABSOLUTO.
  13.  # 33

    Colocado por: N Miguel OliveiraAcho que as formulas são o que menos importa. O que importa é o preço final. Depois de feito toca analizar se correu bem, se correu mal, se foi muito, se foi pouco, etc. Um Arquitecto até pode fazer um projecto de borla e no final receber um prémio que paga os gastos do gabinete dum ano. Ou esse prémio pode não ser liquido, mas conseguir 10 novos clientes que gostaram daquele projecto... sabe-se lá.

    Nem mais. Era precisamente isso que estava a explicar antes :)

    Embora do ponto de vista processual do negócio, etc, não ache descabido relacionar o preço com o esforço, para se balizar no mercado, o que importa é que este absorva o preço proposto... e que o profissional esteja contente com esse numero.

    No entanto é preciso reconhecer que, para deixar o desafio e entusiasmo decidir preços, é preciso estar num determinado patamar, tanto de reconhecimento como de autonomia financeira.

    Colocado por: N Miguel Oliveirao gabinete ganhar uma % se se conseguisse uma poupança em relação à estimativa original*

    Curioso. Eu propus e tenho actualmente este entendimento com a gestão de obras.
    Não faço consultas nem negoceio, mas oiço as avaliações finais e sou eu que decido a quem adjudicar. Em muitos casos, os prós e contras, sejam objectivos ou subjectivos, têm de ficar à consideração do DO e nem sempre o mais barato é o desejável.

    Lá está, tem que haver equilibrio.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  14.  # 34

    Colocado por: pguilhermetêm de ficar à consideração do DO


    Isso sempre. A ultima palavra é sempre de quem paga. Expliquei-me mal, no caso dos alemães (entre outros) são os gabinetes que gerem o concurso. E apresentam as diferentes propostas ao DO, assim como uma sugestão ou opinião sobre cada um, tipo prós e contras. Agora a decisão final é sempre do DO. Este não tem porque estar a negociar uma coisa que eventualmente não percebe. Delega esse serviço.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  15.  # 35

    Colocado por: André CordeiroBom dia, alguém sabe indicar-me se existe algum site que indique o preço médio por metro quadrado de construção, que seja por região do país, ou se vou ter por base a portaria publicada para o efeito, para fins de estimativa de custo de obra.
    Obrigado


    Bom dia André,
    Não sei se ainda fará sentido, ainda assim deixo o link para a base de dados que permite aferir os valores médios de construção, sendo que ela se destina a profissionais (construção e do imobiliário, incluindo promotores imobiliários, empresas de construção, instituições financeiras, avaliadores imobiliários, projetistas e arquitectos.). Ainda assim, se conseguir que alguma pessoa destas áreas lhe dê o relatório ficará com a lista que pretende:

    https://www.confidencialimobiliario.com/base-de-dados/sicc-sistema-informacao-custos-construcao/

    https://sicc.confidencialimobiliario.com/

    Espero que ajude.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas
  16.  # 36

    Tem a aqui a brochura com o resumo de valores...
    https://www.confidencialimobiliario.com/media/uploads/db/sicc/sicc_pdf_download.pdf

    Isto vale o que vale...
 
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