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  1. Colocado por: NLuz

    Vai aumentar o preço das casa, isso é certo.
    Senão aumentar a oferta nunca se vai sair da cepa torta, dê lá por onde der.
    Concordam com este comentário:HAL_9000,eu


    Então é óptimo, não necessariamente para quem necessita. O preço aumenta para os maiores de 35, o que compensa a isenção de IMT para os menores de 35.

    O problema é irresolúvel. Quanto mais depressa se assumir esta condição, melhor. Face ao fraquíssimo capital humano em Portugal, não teria grande esperança nessa consciência colectiva.
  2. Mais uma vez... O problema não se vai resolver com mais oferta. A raiz do problema está nos especuladores (imobiliárias e fundos). É como no peixe... Já viram ao preço que o peixe sai da lota?... E a quanto chega ao consumidor? Mesmo quando há muita sardinha! Segundo alguns estudos: 500%!
    Acabem com as comissões em percentagem das imobiliárias e passem a um valor fixo por transação, e verão que o mercado vai ao sítio.
    Concordam com este comentário: matavelhos
    • eu
    • 17 maio 2024
    Colocado por: WilsoooonMais uma vez... O problema não se vai resolver com mais oferta


    Claro que se resolve com mais oferta.

    O preço depende acima de tudo do equilíbrio entre oferta e procura.
    Concordam com este comentário: NLuz, ferreiraj125, matavelhos
  3. Colocado por: HAL_9000 engraçado que mencionei isso, o que mais existe no país são situações de injustiça em função da idade.


    E perante isso, os governos em vez de resolverem as que existem, optam por criar mais.
    Este tipo de medidas, principalmente a do IRS é um autentico logro. Desde logo pelo alcance devido a exiguidade dos salarios da maioria dos jovens.
    Depois é também um logro para os que ganham um pouco mais, porque lhes da a ideia de que o salário aumentou, quando na verdade o que aconteceu foi a redução da sua participação para o bem comum.
    Se os governos consideram que existe condições orcamentais para reduzir impostos e é essa a sua opção, então devem reduzi-los a todos.
    Ainda estou para ver qual será a sensação de um destes jovens quando passar a pagar o que os outros pagam. Vai lembrar-se que esteve a ser beneficiado, ou achar que passa a ser prejudicado...pois, mas isso só será daqui a uns anos e nessa altura ja será outro a lidar com isso.

    Quanto à questão da rotação das gerações. Eu nunca trabalhei no sector público, onde julgo que este processo será mais rígido, mas nas empresas onde trabalhei, nunca vi despedir ninguém por ser mais velho para dar lugar a um trabalhador mais novo. Era assim quando comecei a trabalhar aos 22 e continuou assim até agora.
    Estive envolvido em multiplos processos de recrutamento e sempre vi escolher as pessoas em função da experiência e da adequação para a função em causa. Claro que em igualdade de circunstâncias, a escolha recaia invariavelmente no mais novo. Mas também vi escolher pessoas em função de outros critérios (a prevalência do sr. Cunha continua uma instituição), mas nesses casos a idade também não tinha qualquer relevância.
    Depois se o problema dos jovens actuais são os lugares estarem ocupados pelos jovens do 25 de Abril, só se forem fantasmas porque até quem só tinha 30 anos em 1985 ou já saiu ou está em vias disso.
    O nosso problema, dos jovens e também dos velhos, é termos uma economia que não cria oportunidades.
  4. Colocado por: NLuz

    Vai aumentar o preço das casa, isso é certo.
    Senão aumentar a oferta nunca se vai sair da cepa torta, dê lá por onde der.
    Concordam com este comentário:HAL_9000,eu,ferreiraj125


    Colocado por: eu

    Óbvio.


    Colocado por: eu

    Claro que se resolve com mais oferta.

    O preço depende acima de tudo do equilíbrio entre oferta e procura.


    Não posso concordar com estas afirmações.
    O problema da habitação não se resolve com mais oferta, por si só.

    Temos de ver o problema de 2 prismas, a falta de oferta e a procura elevada:
    Pelo lado da oferta temos o seguinte
    - Para construir um imóvel, vão ser necessários no mínimo 2 anos (entre projectos, licenciamentos, construção, emissão de licença de habitação, compra/venda do mesmo)
    - Vamos imaginar o seguinte exemplo: mesmo que hoje seja lançado um programa de habitação (seja ela pública, privada, ou público/privada), por exemplo de 500.000 habitações, significa que existirá uma procura crescente de terrenos, materiais, projectos de arquitectura, mão de obra necessária, etc... que vai alterar completamente o custo de construção dos imóveis (que irá quase de certeza crescer em todas estas vertentes).
    - Um imóvel cuja construção seja actualmente de 1500€/m2 (por ex.), irá custar bem mais nos próximos 2 anos. Porque razão haverá um construtor construir mais barato, se todas as condições obrigam a uma evolução crescente do preço?
    - Será extremamente improvável existir uma redução no valor da construção, mesmo com o aumento da oferta.
    - Em economia, chama-se a isto, o deslocamento da curva da oferta (isto é, para obter um maior nível de oferta, os factores alteram completamente, e consequentemente, o preço dessa oferta será superior)

    Pelo lado da procura temos o seguinte:
    - As pessoas que procurem habitações próprias permanentes (e aqui não coloco limites de idades, porque podem ser mais novas ou mais velhas que 35 anos) concorrem ao mesmo nível que outras pessoas que estejam à procura da sua 2ª, 3ª, 4ª,...casa. (existem excepções na isenção do IMI, mas são pouco relevantes)
    - Ou seja, imaginem a seguinte situação: um casal com 30 anos, que tenta adquirir a sua 1ª casa e que só conseguem adquirir até 150.000€. Aparece um imóvel a esse preço. Esse casal vai estar no mesmo nível que outro interessado que procura a sua segunda ou terceira casa, como vai estar ao mesmo nível que um "investidor" imobiliário que procura a décima ou vigésima casa, para colocar no mercado de arrendamento, para revenda (a um preço superior), ou simplesmente para parquear dinheiro.
    - Isto para dizer que, para além da Isenção do IMT para a compra da Habitação Própria Permanente, não existe qualquer limitação ou entrave para a aquisição de imóveis por parte dos interessados. Por isso é que a procura se mantém elevada.

    Isto é o nosso mercado habitacional actualmente.
    Não há oferta disponível para a procura elevada e que se vai manter elevada.
    Não existe qualquer restrição para a procura (Podem ser nacionais, estrangeiros, particulares, empresas, fundos imobiliários, etc...)
    Todos concorrem ao mesmo nível (salvo algumas excepções, que pouco interferem no nível da procura).
    Mesmo que se aumente a oferta e se a procura se mantiver ao mesmo nível, o preço dos imóveis não vai baixar (pelo contrário, até pode aumentar).
    Esse aumento de preço será suportado até ao ponto que não exista mais capacidade financeira para absorver a oferta.
    Concordam com este comentário: Wilsoooon
  5. Agora vamos imaginar o seguinte cenário simples e hipotético:

    - O Governo lança um programa de habitação pública, para a construção de 500.000 casas.
    - Essas 500.000 casas são destinadas a habitação própria permanente e não podem ser vendidas durante um prazo mínimo, ou então apenas podem ser vendidas ao Estado (que por sua vez volta a revender para habitação própria permanente dos interessados)
    - Quem comprar estes imóveis, não pode ter outro imóvel em seu nome.

    Ou seja, ao mesmo tempo que aumenta a oferta, restringe a procura a um determinado sector da população.

    Aí sim, poderá haver efectivamente uma redução dos valores médios dos imóveis, assim como reduzir a procura elevada dos imóveis...
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  6. Colocado por: WilsoooonÉ como no peixe... Já viram ao preço que o peixe sai da lota?... E a quanto chega ao consumidor? Mesmo quando há muita sardinha! Segundo alguns estudos: 500%!

    Quando crescer talvez abra a pestana, a sua mãe já alguma vez o levou ao mercado? De certeza que não, porque quem frequenta mercados sabe muito bem que quanto maior é a oferta, mais baixo é o preço, seja a sardinha os legumes ou outra coisa qualquer. Cresça e apareça.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  7. Colocado por: MLopes_Agora vamos imaginar o seguinte cenário simples e hipotético:

    - O Governo lança um programa de habitação pública, para a construção de 500.000 casas.
    - Essas 500.000 casas são destinadas a habitação própria permanente e não podem ser vendidas durante um prazo mínimo, ou então apenas podem ser vendidas ao Estado (que por sua vez volta a revender para habitação própria permanente dos interessados)
    - Quem comprar estes imóveis, não pode ter outro imóvel em seu nome.

    Ou seja, ao mesmo tempo que aumenta a oferta, restringe a procura a um determinado sector da população.

    Aí sim, poderá haver efectivamente uma redução dos valores médios dos imóveis, assim como reduzir a procura elevada dos imóveis...

    Quer que diga como as pessoas com capital iam contornar isso?
    Davam dinheiro aos filhos e os mesmos adquiriram as casas baratas, mesmo sendo os pais ricos...
    Ou tinham o património na empresa e a nível pessoal 0...
  8. Uma vergonha, quem não precisa aproveitar-se.
  9. Colocado por: MLopes_Agora vamos imaginar o seguinte cenário simples e hipotético:

    - O Governo lança um programa de habitação pública, para a construção de 500.000 casas.
    - Essas 500.000 casas são destinadas a habitação própria permanente e não podem ser vendidas durante um prazo mínimo, ou então apenas podem ser vendidas ao Estado (que por sua vez volta a revender para habitação própria permanente dos interessados)
    - Quem comprar estes imóveis, não pode ter outro imóvel em seu nome.

    Ou seja, ao mesmo tempo que aumenta a oferta, restringe a procura a um determinado sector da população.

    Aí sim, poderá haver efectivamente uma redução dos valores médios dos imóveis, assim como reduzir a procura elevada dos imóveis...


    Isso é que era bonito de ver, um programa que valia quase metade do PIB português. O contribuinte ainda acabava por vender o seu património para sustentar o programa social. E como convence a população com casa de que é bom desvalorizar o seu património? E a cereja em cima do bolo: a banca. Lá se iam as hipotecas, mas o crédito só termina daqui a 40 anos. Um fiasco.
  10. Colocado por: MLopes_O Governo lança um programa de habitação pública, para a construção de 500.000 casas.
    - Essas 500.000 casas são destinadas a habitação própria permanente e não podem ser vendidas durante um prazo mínimo, ou então apenas podem ser vendidas ao Estado
    Qualquer programa de habitação pública que o estado lance, se for pago com dinheiro público, jamais se deve destinar a venda. Devem sim destinam-se a arrendamento.

    De resto o que diz, faz de facto algum sentido
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  11. Colocado por: nunomp

    Isso é que era bonito de ver, um programa que valia quase metade do PIB português. O contribuinte ainda acabava por vender o seu património para sustentar o programa social. E como convence a população com casa de que é bom desvalorizar o seu património? E a cereja em cima do bolo: a banca. Lá se iam as hipotecas, mas o crédito só termina daqui a 40 anos. Um fiasco.


    Colocado por: HAL_9000Qualquer programa de habitação pública que o estado lance, se for pago com dinheiro público, jamais se deve destinar a venda. Devem sim destinam-se a arrendamento.

    De resto o que diz, faz de facto algum sentido


    Habitação Pública não significa entregar casas a custo zero.
    Significa aumentar a oferta de imóveis a preços mais baixos que o nível de mercado.
    Seja o Estado a vender ou a arrendar, não é dinheiro a fundo perdido.

    Agora, não vamos ser inocentes, o Estado (e consequentemente todos nós) teria de assumir alguns custos.
    Mas na realidade, não vejo como sair do problema sem custos...
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  12. Colocado por: spvale
    Quer que diga como as pessoas com capital iam contornar isso?
    Davam dinheiro aos filhos e os mesmos adquiriram as casas baratas, mesmo sendo os pais ricos...
    Ou tinham o património na empresa e a nível pessoal 0...


    Infelizmente, é um risco.
    O Português é pródigo a pensar em esquemas para contornar os programas...
  13. Colocado por: HAL_9000Devem sim destinam-se a arrendamento.

    E proibir o subarrendamento, quer de quartos, quer do total da fração.
  14. Colocado por: MLopes_Habitação Pública não significa entregar casas a custo zero.
    Significa aumentar a oferta de imóveis a preços mais baixos que o nível de mercado.
    Seja o Estado a vender ou a arrendar, não é dinheiro a fundo perdido.

    Sabe quantos milhões de euros, existem em rendas por pagar ao estado e municípios? pode pesquisar que a notícia é recente.
  15. Colocado por: PickaxeDe certeza que não, porque quem frequenta mercados sabe muito bem que quanto maior é a oferta, mais baixo é o preço, seja a sardinha os legumes ou outra coisa qualquer.

    Não sei se já percebeu, mas a lei da oferta/procura já virou um mito há muito tempo. O comerciante já percebeu que quer tenha muita oferta ou não, ele pode por o preço do produto que ele quiser (o mais alto possível)... sempre irá aparecer alguém que irá comprar. Ele bufa por todos os lados, mas paga na mesma. Quando chegar o São João e pagar 5€ por uma sardinha no pão diga-me alguma coisa. A concertação de preços nos mercados é prática corrente. Só não vê quem não quer. Se há concertação de preço nas grandes superfícies, acha que não há nos mercados?! Mas enfim, se quer continuar com essa conversa de oferta/procura, os especuladores e afins agradecem. ;)
  16. Colocado por: Pickaxe
    Sabe quantos milhões de euros, existem em rendas por pagar ao estado e municípios? pode pesquisar que a notícia é recente.


    Pickaxe,
    Sei dessa situação, porque até vivo num concelho que está a combater esse flagelo...

    Estamos a falar de coisas diferentes:
    - Uma situação é a oferta de Habitação Pública, que volto a referir foi um cenário simples e hipotético, e este problema não se resolve de forma simples, ou seja, não basta o aumento de oferta, como já alegaram anteriormente.
    - Outra situação é o controlo da Habitação Pública. Se o nosso Estado não consegue controlar o seu próprio parque Habitacional, seja por incompetência, falta de recursos ou por ideologia política, então temos de ser mais exigentes com o nosso Estado.
    • eu
    • 17 maio 2024 editado
    Colocado por: MLopes_Pelo lado da oferta temos o seguinte
    - Para construir um imóvel, vão ser necessários no mínimo 2 anos (entre projectos, licenciamentos, construção, emissão de licença de habitação, compra/venda do mesmo)
    - Vamos imaginar o seguinte exemplo: mesmo que hoje seja lançado um programa de habitação (seja ela pública, privada, ou público/privada), por exemplo de 500.000 habitações, significa que existirá uma procura crescente de terrenos, materiais, projectos de arquitectura, mão de obra necessária, etc... que vai alterar completamente o custo de construção dos imóveis (que irá quase de certeza crescer em todas estas vertentes).
    - Um imóvel cuja construção seja actualmente de 1500€/m2 (por ex.), irá custar bem mais nos próximos 2 anos. Porque razão haverá um construtor construir mais barato, se todas as condições obrigam a uma evolução crescente do preço?
    - Será extremamente improvável existir uma redução no valor da construção, mesmo com o aumento da oferta.
    - Em economia, chama-se a isto, o deslocamento da curva da oferta (isto é, para obter um maior nível de oferta, os factores alteram completamente, e consequentemente, o preço dessa oferta será superior)


    A construção nova é cara? Claro que sim. Mas a descida de impostos até pode contribuir para reduzir um pouco os custos da construção nova.

    Contudo, mesmo que seja cara, havendo mais oferta, a tendência é que os preços baixem, nem que seja apenas nos usados. É uma lei universal!

    Qual é a situação mais favorável para a descida de preços? Haver 10000 apartamentos à venda ou haver 20000 ? A resposta é óbvia, não ?

    Qual é a situação mais favorável? Não aumentar a oferta ? É essa a resposta para a baixa de preços?

    Por outro lado, imaginem que o Estado abria concurso internacional para construção de 500,000 casas, para arrendamento a custo controlado ? Este aumento de oferta de arrendamento não iria pressionar os preços para baixo?

    A influência da oferta e procura nos preços está mais que provada e estabelecida, nem sei como é possível pensar que o aumento da oferta não pressionaria os preços para baixo.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  17. Colocado por: eu

    A construção nova é cara? Claro que sim. Mas a descida de impostos até pode contribuir para reduzir um pouco os custos da construção nova.

    Contudo, mesmo que seja cara, havendo mais oferta, a tendência é que os preços baixem, nem que seja apenas nos usados. É uma lei universal! Qual é a situação mais favorável para a descida de preços? Haver 10000 apartamentos à venda ou haver 20000 ? A resposta é óbvia, nem admite qualquer discussão.

    Por outro lado, imaginem que o Estado abria concurso internacional para construção de 500,000 casas, para arrendamento a custo controlado ? Este aumento de oferta de arrendamento não iria pressionar os preços para baixo?

    A influência da oferta e procura nos preços está mais que provada e estabelecida, nem sei como é possível pensar que o aumento da oferta não pressionaria os preços para baixo.


    O problema é que na curva da oferta e procura não está a considerar a procura internacional que não é pequena. Entre imigrantes, emigrantes, expats e turistas, o que sobra para os portugueses?

    Ainda sobre o mega plano de habitação, mesmo recebendo rendas, o estado tem de pagar o serviço da dívida. O estado não faz magia. Colocar o povo ainda mais pobre para ser inquilino num galinheiro do estado, como na defunta URSS, é má ideia. Quem for esperto raspa-se do país.
  18. Colocado por: eu

    A construção nova é cara? Claro que sim. Mas a descida de impostos até pode contribuir para reduzir um pouco os custos da construção nova.

    Contudo, mesmo que seja cara, havendo mais oferta, a tendência é que os preços baixem, nem que seja apenas nos usados. É uma lei universal!

    Qual é a situação mais favorável para a descida de preços? Haver 10000 apartamentos à venda ou haver 20000 ? A resposta é óbvia, não ?

    Qual é a situação mais favorável? Não aumentar a oferta ? É essa a resposta para a baixa de preços?

    Por outro lado, imaginem que o Estado abria concurso internacional para construção de 500,000 casas, para arrendamento a custo controlado ? Este aumento de oferta de arrendamento não iria pressionar os preços para baixo?

    A influência da oferta e procura nos preços está mais que provada e estabelecida, nem sei como é possível pensar que o aumento da oferta não pressionaria os preços para baixo.


    Eu,

    Aconselho-o a estudar a curva da oferta e da procura em toda a sua extensão, e os vários cenários possíveis.

    Em economia, existe algo que se chama deslocamento na curva da oferta e deslocamento da curva da oferta.
    Parecem iguais mas não são.

    Um aumento da oferta, não significa uma redução de preço por si só.

    Se a oferta aumenta porque tem capacidade de produzir mais, considerando que os custos dos seus factores de produção mantém-se ou diminuem por algo que se chama economias de escala, então tem toda a razão, o preço da quantidade oferecida será menor quanto maior for a quantidade.
    Isto é o deslocamento na curva da oferta.

    Agora se a oferta aumenta, e o custo dos seus factores aumentam todos (e pode ter a certeza que na construção, querer construir mais vai implicar um custo superior nos factores de produção / construção), não estou a ver como pode dizer que a oferta será mais barata.

    Vou dar-lhe um exemplo (simples e hipotético):
    Imagine que ganhou um concurso para construir 10.000 apartamentos (Não interessa onde, quando nem em quanto tempo).
    Vai precisar de terrenos, de arquitectos, projectistas, engenheiros, serventes, máquinas, materiais, licenças, etc...
    Acha que o seu custo para construir os 10.000 apartamentos vai diminuir consideravelmente?
    Quanto mais precisa, maior será o seu custo.
    Ou seja, enquanto construtor, se a sua procura de factores de produção for superior, significa que cada vez terá de pagar mais para construir.
    É isto que está a acontecer em Portugal desde há 10 anos para cá.
    A oferta da construção está a sofrer o mesmo problema de quem procura custos mais baixos.
    Não há oferta de factores de produção em quantidade suficiente que permitam baixar os custos.
    Isto é o chamado deslocamento da curva da oferta.

    Há 10 anos, conseguia construir casas abaixo de 1000€/m2. Actualmente, já dificilmente consegue construir abaixo de 2000€/m2.

    Agora imagine que está previsto um aeroporto, uma terceira travessia sobre o Tejo, Plano Ferroviário Nacional + TGV, e ainda quer incluir um programa de Habitação Pública.

    Acha que os preços para construir vão ficar mais baratos nos próximos anos?
    Não se iluda.
 
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