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  1. Colocado por: dmanteigasLa esta... os imigrantes nao foram 'a' causa, mas neste caso especifico foram o fator que mais contribuiu em especifico no arrendamento.


    Sim, no segmento do arrendamento, o peso será certamente maior, pois é praticamente a única hipotese que boa parte dos imigrantes tem. Mas também acho que o mercado de arrendamento tem um historial de problemas que continuam sem se resolver. O que aconteceu é que vieram agora ao de cima, num momento em que a economia está relativamente bem e as pessoas, mal ou bem, conseguem pagar o que pedem, mais impostos e tal. Dá para tudo.

    Quanto aos preços da construção e de imóveis à venda, não creio que tenham esse peso. Aqueles estrangeiros que podem chegar e bater a nota são relativamente poucos pelo que me apercebo.

    E num país de proprietários, a falta de habitação, apesar de estar relacionada com o mercado de arrendamento também, foca-se sobretudo na construção e compra e venda, a meu ver.

    Seria interessante de ver o que subiu mais, se o preço da construção nova, ou o valor das rendas, por região, e cidade vs campo...
    Porque se o impacto dos imigrantes é maior no aumento do valor das rendas... a % desse aumento deveria ser maior que a % de aumento do valor dos imóveis novos à venda, e da construção. O que parece não estar a acontecer (imagem, sobre a EU)... pelo que talvez tenhamos que encontrar a justificação nos outros factores.
      EU.jpg
  2. Colocado por: Zé Meirinho

    https://dicionario.priberam.org/sobrerrepresentados


    https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/sobrerrepresentar

    representar (grupo, categoria, etc.) de forma excessiva; promover ou gerar desproporcionalidade, por inclusão exagerada de determinado grupo, categoria, etc.
    • AMG1
    • 22 novembro 2024
    Colocado por: dmanteigas

    Certamente nao era boa ideia, mas pelo simples facto de que em Portugal isso era impossivel pelos mais variados motivos (a comecar pela CNPD). Isto nao sao os US onde ate dados de saude se podem vender.
    ...
    Vou deixar aqui a resposta que da a si proprio. Concorda com tudo, mas depois nega a conclusao 'evidente'.
    E digo mais... a percepcao de criminalidade ate pode nem estar diretamente relacionada com a criminalidade geral. Por exemplo, se todos os outros crimes permanecerem estaveis e existir um aumento de 300% no crime de violencia domestica, vamos ter um aumento da percepcao de criminalidade na populacao? Agora se a criminalidade no global diminuir, enquanto sobe por exemplo trafico de estupefacientes, homicidios, e roubos (com recurso a violencia) o que acontece? O problema 'atual' e mesmo esse. O aumento da criminalidade que se verifica, e no tipo de criminalidade que gera a percepcao de inseguranca.
    Isto nao se trata de achar que Portugal em 2023 importou 300 mil criminosos. Agora a % de potenciais criminosos nesses 300 mil sera certamente superior a % de potenciais criminosos nos nacionais pelos motivos que referiu (estratos sociais baixos, pessoas desesperadas, sem suporte social ou ate mesmo culturas diferentes), e ao contrario dos nacionais sao criminosos que antes nem sequer estavam ca. Se isto e um enorme problema? Eu pessoalmente nao acho. Ha coisas piores, como a habitacao. Mas quando se esta constantemente a negar as evidencias com um 'falsas percepcoes de inseguranca'... gera revolta em quem sente estas percepcoes no seu dia a dia de forma mais intensa.


    Mas donde é que você foi tirar essa ideia de que não é possivel saber quem são os condenados estrangeiros a cumprir pena em Portugal. O que são esses "mais variados motivos", de que não dá sequer um exemplo?
    O que é que CNPD tem que ver com isso? Uma coisa são as estatisticas oficiais, em que umas são publicas outras não. Mas nada impede que alguém se dê ao trabalho de fazer a sua propria recolha de informação a partir das fontes disponiveis e essas fontes não são SÓ as estatisticas oficiais. Ha muita informação dispersa por muito organismo que é pública e que pode ser utilizada. Assim de imediato e sem pensar muito sobre o tema, digo-lhe ja que p.e. as sentenças que condenaram essas pessoas ou os processos pendentes, no caso dos não condenados, tudo isso é público, salvo algum caso muito especifico, p.e. que envolva a segurança nacional. Agora fazer essa recolha pode ser uma tarefa morosa e complexa, mas é possível. Aliás se a investigação nas ciências sociais, em materia de informação empirica se ficasse pelas estatisticas oficiais, quase não produzia conhecimento, quanto muito faria sociografia, que frequentemente se confunde com a sociologia, mas que não é a mesma coisa. Mas isto sou eu a gastar o meu latim, porque obviamente você sabe que tudo isto patetices.

    Agora a sua firme convicção de que os imigrantes são responsáveis pelo aumento da criminalidade nos últimos três anos.
    Se eu lhe digo que PODE ter razão, é obviamente, porque encontro fundamento para que isso possa ser verdade. Mas como não tenho forma de o comprovar, sou forcado a admitir que também pode não ser assim. Ou seja, também pode acontecer que você não tenha razão, porque o simples facto da população com menos recursos ter aumentado em 500 ou 600 mil pessoas, por si só não garante que tenham sido essas pessoas as responsáveis pelo acrescimo de criminalidade e como eu não digo que os pobres portugueses são criminosos, ou sequer responsáveis pela criminalidade existente, também não digo que os imigrantes são responsaveis pelo aumento dessa criminalidade, sem prejuizo de ser verdade que alguma quota parte desse aumento poder ter essa origem, mas se nem sequer sei que dimensão é essa, porque havia de lançar um anátema sobre 600 mil pessoas que eu não conheço de lado nenhum?
    Depois, em Portugal não há estudos sobre isto, mas existem certamente noutros paises e eu até suspeito que, em geral, a criminalidade nos imigrantes de primeira geração deverá ser relativamente baixa, mas isso teria de ser verificado, mas em França seguramente que isso está estudado.
    Tudo isto pode parecer-lhe pura semântica, mas não é, em especial para os visados.
    Agora você tem razão quanto ao aumento da percepcao de inseguranca, mas como é que não deveria aumentar essa percepção, se temos o terceiro maior partido do Parlamento a fazer disso "cavalo de batalha" diário e ainda por cima em ligação ligação directa com a imigração, não vejo como é que essa percepção não iria aumentar. Aquilo que antes dava uma pagina do CM, agora está por todo o lado incluindo o parlamento e consequentemente em todos os escaparates.
    Resultado, até os idosos da aldeia da Beira Alta (somos quase vizinhos) onde passo alguns meses por ano, que até há meia duzia de anos nunca tinham visto um imigrantes (só conheciam emigrantes) agora também acham que eles "são os culpados desta desgraça toda" (citação do meu vizinho Rogério, que encontra forma de a repetir sempre que a conversa sai das batatas ou das couves).
    Até o governo resolveu colaborar, admito que sem essa intenção, na validação dessa percepção. Para que serviram as mega rusgas com a CS a acompanhar, em particular a da mouraria?
    Claro que o resultado foi um fiasco, em vez de assassinos a soldo ou violadores, encontraram sobretudo bebados a conduzir, outros sem carta de condução e segundo li também um imigrante ilegal. Para quem vê isto com alguma distância só há duas leituras possiveis: ou Portugal é realmente um pais seguro, onde falar de inseguranca é uma mera figura de estilo, ou então as nossas policias são da maior incompetência possivel.
    Como todos os especialistas referem, a percepcao de insegurança combate-se mostrando que as autoridades presentes no quotidiano e deviamente capacitadas para fazer cumprir a lei, ou seja policia proxima e com este espectaculo, tipo operação em favela latino americana, neste caso contra bêbedos.
  3. Colocado por: dmanteigas

    Nao e 'o problema' porque os precos tinham aumentado na mesma com ou sem imigrantes. Agora como disse, numa cidade pequena e principalmente no arrendamento a imigracao teve um impacto absurdo. Tenho um conhecimento relativamente solido do mercado imobiliario local, e posso dizer-lhe que neste momento cada anuncio de apartamento para arrendar, 70% dos interessados sao imigrantes.


    isto é mais do que óbvio para quem precisa, para quem não precisa não há problema nenhum.

    e como é óbvio o mercado de arrendamento afecta o mercado de compra, porque se me fica mais caro arrendar, então vou comprar o que faz com que os preços subam.

    adicione NHRs, IRS jovens especialmente para quem vem de IT de fora e leva com 0%, espetáculo, receba o mesmo que eu tem logo mais 1000+ de rendimento disponível mensal, impossível competir
  4. Colocado por: jg231e como é óbvio o mercado de arrendamento afecta o mercado de compra, porque se me fica mais caro arrendar, então vou comprar o que faz com que os preços subam.


    Sim, mas não será sobretudo ao contrário?
    Que os preços da construção nova ao subir tanto, puxam as rendas para cima?

    Se compro para pôr a alugar*, e agora me custa o dobro que há 10 anos... é normal que peça mais pela renda que pediria há 10 anos.

    * - até diria que o mais comum de quem mete um imóvel no arrendamento, é porque conseguiu comprar casa nova, apartamento maior, ou novo, etc... sem ter necessidade de vender o apartamentozito que tinha anteriormente, metendo-o a alugar. Se viu que tudo subiu, normal que suba os preços do aluguer do seu imóvel. Até porque se a casa nova lhe saiu mais cara, a prestação a pagar ao banco é maior também... Se a renda que recebe de conseguir pagar a prestação da casa nova, maravilha. Acaba por ter uma casa nova paga exclusivamente com a renda do apartamento velho.

    Porque parece que os valores de construção e imóveis para venda subiram mais em % que as rendas... pelo que não é tão óbvio assim, de qual subida influcienciou a outra.

    Mas a "culpa" não é destes esquemas suportados pela banca e pelo governo (IRS jovem, créditos a 100%, etc), mas dos imigrantes, que nem têm a opção de comprar na maioria das vezes. Está bem... Esses sim, não têm modo de competir. O mercado de arrendamento é quase a única hipoteses a que têm acesso. O que leva a mais abusos. Que prejudicam os nativos também, aqueles que não têm capacidade de comprar coisa nenhuma tampouco.
  5. Colocado por: luisvvClarificando: o conceito de construção nova é demasiado rígido e não integra a totalidade dos fogos que efectivamente entraram no mercado.

    Adicionalmente, aplicar o conceito de vago aqui é um bocado overstretched.
    Concordam com este comentário:eu


    Aproveitei um período de acalmia no escritório para ouvir um bocado. Aos 7, 8 minutos já estava a torcer-me todo.

    Achei curioso uma especialista em demografia que deliberadamente prefere dizer que a população está a reduzir (o que é verdade no momento dos CENSOS 2021 mas contrariado pelas estimativas do INE relativas ao trimestre passado) e desvaloriza a profunda alteração nas estruturas familiares que levou a que no período 1991 / 2021 um crescimento de população de 5% se reflicta num aumento de mais de 40% do número de famílias, e consequentemente num aumento de igual grandeza no nº de alojamentos necessários.

    Ignorou estes números e limitou-se a resumir a coisa num "com menos pessoas não precisamos de mais casas".

    Ali pelos 15 minutos, sobre o exemplo do preço pago pela CML para construir 100 e tal habitações, diz-nos que "tirando os custos variáveis, o preço de construir no resto do país é igual a Lisboa". No ****, Sherlock?

    A solução, claro, como não podia deixar de ser, é o Estado ter um papel na provisão de habitação. Enfim..
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  6. Colocado por: ferreiraj125
    O conceito é bastante claro, construção nova é construção nova.


    Eu não disse que não é claro, disse que é rígido e não integra tudo o que entra de novo no mercado.



    O que queres dizer é que a construção nova não é a unica forma de entrarem novos imoveis no mercado. Nomedamente, em Lisboa, há muito mais imoveis a entrar no mercado por recuperação do que por construção nova.


    Sim e não. O importante é que o título bombástico se foca na construção nova strictu sensu. Conjugado com a percepção induzida pelo conceito de "vazio", temos uma ideia passada que é pouco informativa.

  7. Não! Nao é um facto. O facto é que os estrangeiros estão sobrerrepresentados na população prisional.
    Se a ideia é ser factual então há que sê-lo. A diferenca entre estrangeiros e imigrantes existe e eu nao sei qual é e suspeito que o ferreiraj125 também não, por isso quando a ignora, seja por opção ou desconhecimento, também está a fazer desinformação.
    O pensamento ideologico é tramado, está a atraiçoar-nos a cada passo, por mais que não queiramos. Ou seja o Ferreiraj125 acha que os imigrantes têm uma maior propensão para o crime e vê nesse estatistica a confirmação da sua hipotese, só que nem a sua hipotese foi construida com base cientifica, bisto que não passa de senso comum, nem a estatistica em causa a confirma.
    Com isto, nem sequer estou a contradizer que os imigrantes até possam ter maior propensão para o crime, só a afirmar que não é com essa estatistica que valida essa proposição.


    Aí terei que ser eu a corrigir: os estrangeiros estão sobrerrepresentados na população prisional se comparados com a totalidade da população portuguesa, o que não é correcto.

    É sabido que a população prisional é por definição maioritariamente masculina e necessariamente em idade activa. Controlando para a população portuguesa nas mesmas condições (e eventualmente adicionando uma ou outra variável) a sobrerrepresentação desaparece (e há exemplos de países onde até se inverte).
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AMG1
  8. Colocado por: N Miguel Oliveira
    Eu sei bem o que escrevi.
    Porque o fogo, a casa, o apartamento, não quer saber se o utilizador é nacional ou é estrangeiro.
    E no final, no jogo da oferta e da procura, o que contam são os numeros de um e de outro. A proveniência do morador é um adorno.
    O que escreve, vem apenas demonstrar o que digo. Que a percepção da proporção do impacto dos estrangeiros é relativamente maior a nivel nacional daquilo que realmente acontece.


    Tenho andado à volta das questões demográficas e há algo que muitas vezes passa por baixo do radar:

    A variação de população nacional liberta poucos imóveis. Quem emigra tende a manter o imóvel, podendo; heranças também tendem a resultar parcialmente em fogos de uso sazonal;

    A compensação do saldo natural pelo saldo migratório resulta num aumento de procura, é para mim claro. Especificamente em grandes centros urbanos, estão a crescer fenómenos de sobrelotação que mitigam os preços elevados por compensação com o aumento de pessoas no mesmo imóvel.


    Se a imigração explodiu, mas a população de grosso modo se mantém, isso a sí parece não dizer-lhe nada.
    Se chegam imigrantes, é um "ai Jesus" com a pressão no imobiliário... ignorando inúmeros factores com a emigração por exemplo.
    Ou seja, parece que a malta que sai e deixa um fogo, casa, apartamento vazio não alivia a pressão do imobiliário. Devem ser muito nabos para continuarem a pagar renda para deixar o espaço vazio.


    A emigração liberta fogos, mas seguramente não na totalidade. E muitos dos que ficam são em zonas menos pressionadas - o Alentejo, por exemplo, perdeu 10% da população nos últimos 30 anos.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, dmanteigas
    • AMG1
    • 22 novembro 2024
    Colocado por: luisvv

    Aí terei que ser eu a corrigir: os estrangeiros estão sobrerrepresentados na população prisional se comparados com a totalidade da população portuguesa, o que não é correcto.

    É sabido que a população prisional é por definição maioritariamente masculina e necessariamente em idade activa. Controlando para a população portuguesa nas mesmas condições (e eventualmente adicionando uma ou outra variável) a sobrerrepresentação desaparece (e há exemplos de países onde até se inverte).


    Ou seja, esta a confirmar a suspeita que já levantei de que o indicador de presos estrangeiros não serve sequer para o fim que lhe querem dar: provar que os imigrantes são a fonte do aumento da criminalidade.
  9. Colocado por: luisvvQuem emigra tende a manter o imóvel


    Precisamente. Mas no caso em que é proprietário do imóvel.

    Quando vive de aluguer, esse espaço passa para outra pessoa.
    E diria, que é mais provavel que alguém que viva de aluguer, esteja mais propenso a emigrar que um proprietário.

    Deixa de pagar renda em Portugal, e passa a pagá-la fora.
    Quem tem casa, geralmente via crédito... e emigra acaba por pagar renda fora e prestação em Portugal. Poderia colmatar esta duplicação de gastos, metendo o imóvel no mercado de arrendamento. Ao menos, o aluguer daria para pagar a prestação.

    Porque quem tem casa, e já não deve nada ao banco... a questão de emigrar por motivos financeiros deve ser pouco comum, diria eu.

    Há muitas variantes em jogo... naturalmente.
    Mas na génese, concordo com o seu comentário.
    • reg
    • 22 novembro 2024
    Colocado por: N Miguel OliveiraPoderia colmatar esta duplicação de gastos, metendo o imóvel no mercado de arrendamento. Ao menos, o aluguer daria para pagar a prestação.


    É. E depois o inquilino deixava de pagar ou estragava a casa toda.
  10. Colocado por: regÉ. E depois o inquilino deixava de pagar ou estragava a casa toda.


    Deduzo que esse seja o medo de todo e qualquer senhorio. Enquanto a lei proteger quem incumpre, de pouco adianta.
    Depois vemos que a renda sobe de preço, também para compensar uma ou outra reparação, além dos requisitos de pagar logo 3 ou 4 meses de caução e afins... Lá está, há inumeros factores que influenciam o aumento do preço das coisas... mas só sabemos falar dos imigrantes, como que se tivessem por natureza uma maior propensão para destruir as casas alugadas onde vivem.

    Diria que quem é proprietário sentirá um apego maior à casa, à região, aos móveis, etc etc... e que estará menos aberto à ideia de emigrar.
    • reg
    • 23 novembro 2024
    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Deduzo que esse seja o medo de todo e qualquer senhorio. Enquanto a lei proteger quem incumpre, de pouco adianta.
    Depois vemos que a renda sobe de preço, também para compensar uma ou outra reparação, além dos requisitos de pagar logo 3 ou 4 meses de caução e afins... Lá está, há inumeros factores que influenciam o aumento do preço das coisas... mas só sabemos falar dos imigrantes, como que se tivessem por natureza uma maior propensão para destruir as casas alugadas onde vivem.

    Diria que quem é proprietário sentirá um apego maior à casa, à região, aos móveis, etc etc... e que estará menos aberto à ideia de emigrar.


    À isso acresce o facto de pessoa estando fora de país não terá como lidar com o problema.
    Infelizmente só teremos o problema das rendas resolvida no dia em que vai ser possível pôr na rua quem não paga no dia seguinte sem qualquer tribunal.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  11. Colocado por: dmanteigasTudo isto foi unica e exclusivamente por causa da imigracao. Principalmente porque no 'desespero', estao dispostos a aceitar outras condicoes como morarem 2 e 3 familias num apartamento por exemplo. Isto foi o reflexo do mercado de 2022, mas principalmente de 2023.


    1)
    entretanto essas 2 e 3 famílias que aceitam viver no mesmo apartamento tiveram a oportunidade de votar nas eleições. e curiosamente não vi este assunto a ser discutido como merece durante a campanha, com datos duros/transparentes e propostas concretas.
    as pessoas gostam de falar com datos duros da Digi VS "cartel das outras operadoras", mas da habitação, é demasiado complexo.


    2)
    a subida dos juros no crédito habitação durante 2020-2023 não arrefeceu grande coisa o mercado de habitação, porque não houve desemprego. agora os juros estão a baixar a pouco e pouco, e eu diría que com crise na Alemanha, o desemprego deveria aumentar assim em cadeia a pouco e pouco. o que será que acontecer? estes temas são muito complexos, com muitas variaveis. e além disso discutimos sem datos duros/transparentes.
  12. Colocado por: palmstrokecuriosamente não vi este assunto a ser discutido como merece durante a campanha

    70% da população Portuguesa têm casa própria.

    Fala-se muito da crise da habitação, mas 70% da população está a beneficiar com isso. E os políticos sabem, por isso é que medidas mais agressivas são difíceis de implementar, a maioria não beneficia.
    Concordam com este comentário: palmstroke
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  13. Colocado por: rod_200070% da população Portuguesa têmcasa própria.


    Interessante a menção ao imobiliário que serve o mercado de arrendamento, 22%.
    É também muito por aqui, que eu acho que é o custo de contrução de compra e venda, que ao subir tanto, acaba por influenciar bastante o valor das rendas e não o contrário. Certamente que os imigrantes, que recorrerão na sua maioria a este mercado de arrendamento, acabam por influenciar também. Porém, quando se discute o tema do custo e da falta de habitação, isto é muito mais do que o mercado de arrendamento apenas.

    De resto, haverá de tudo. Acabo de conhecer um caso duma familiar que irá viver apartir do próximo mês para um apartamento idêntico e na mesma zona do centro do Porto em que eu vivi há 14 anos, cujo preço é "só" 30% mais caro. Ao passo que neste mesmo lapso de tempo, o valor dos imóveis para venda mais do que duplicou ali.
  14. Colocado por: palmstroke2)
    a subida dos juros no crédito habitação durante 2020-2023 não arrefeceu grande coisa o mercado de habitação, porque não houve desemprego.


    Nao foi 2020-2023, foi final de 2022 ate fins de 2023. E arrefeceu sim senhora... em Portugal tivemos uma quebra jeitosa no numero de transacoes. Simplesmente nao tivemos tambem quebra no valor das transacoes, mas o ritmo a que subiu foi substancialmente inferior.

    Colocado por: palmstrokeo que será que acontecer? estes temas são muito complexos, com muitas variaveis.


    Corretissimo. E dificil de perceber o impacto. No entanto, o credito mal parado esta historicamente baixo, existe um desfasamento muito grande entre procura e oferta, uma populacao ativa a aumentar significativamente, juro a baixar significativamente e perspectivas economicas de curto prazo que nao fazem antever uma recessao. Eu diria que a probabilidade de os precos das casas baixaram e perto de 0. O cenario dos proximos anos sera se subidas mais ou menos drasticas, pelo menos em Portugal.

    Colocado por: rod_2000Fala-se muito da crise da habitação, mas 70% da população está a beneficiar com isso.


    Ja o disse dezenas de vezes... nao ha um 'problema de habitacao' em Portugal generalizado. Por isso e que nao se tomam medidas verdadeiramente eficazes. A verdade e que o boom dos ultimos anos permitiu a muita gente aumentar significativamente o seu patrimonio e a muitos outros aumentar a qualidade de vida ao trocar apartamentos velhos por apartamentos novos por uma diferenca de precos nao muito substancial durante um periodo de taxa 0.
    Quando se fala em problema de habitacao, era importante referir que o problema e essencialmente focado nos jovens que estao a procura da 1a habitacao.

    Por isso e que fico parvo quando vejo alguem a criticar as medidas da isencao do IMT ou credito a 100% para jovens, que alem de terem impacto fraquissimo nos precos beneficiam quem realmente sofre com o problema da habitacao.


    Colocado por: N Miguel OliveiraÉ também muito por aqui, que eu acho que é o custo de contrução de compra e venda, que ao subir tanto, acaba por influenciar bastante o valor das rendas e não o contrário.


    E uma relacao quase que circular. Mais uma vez, regresso ao exemplo que conheco bem da minha cidade... o aumenta substancial da procura pelo arrendamento tem duas consequencias imediatas. Uma e o maior investimento em imoveis para arrendamento (que retira tambem recursos da nova construcao) e a outra e puxar mais pessoas do arrendamento para potenciais compradores.

    Ou seja, um fenomeno que impacta essencialmente o arrendamento (volume elevado de imigracao) acaba a ter consequencias indiretas fortes no mercado de compra e venda de imoveis.

    E atencao, como em tudo na vida, algumas consequencias ate sao positivas. Com esta pressao no mercado de arrendamento a reabilitacao urbana disparou nos ultimos anos. Porque aquele predio a cair de pobre que ninguem queria investir para arrendar um T3 a 400e, agora tornou-se substancialmente mais atrativo pois investir na renovacao e arrendar o T3 a 1000e ja e um negocio verdadeiramente rentavel. No entanto quando se coloca na balanca o saldo entre positivo e negativo, para o cidadao comum continua a ser um beneficio liquido negativo...
  15. Colocado por: N Miguel Oliveiracabo de conhecer um caso duma familiar que irá viver apartir do próximo mês para um apartamento idêntico e na mesma zona do centro do Porto em que eu vivi há 14 anos, cujo preço é "só" 30% mais caro.


    Tem sorte.... eu trabalhei no Porto de 2014 a 2016 e pagava 220 por um quarto com todas as despesas incluidas. A minha irma nao conseguiu encontrar nada em condicoes equivalentes por menos de 450e em 2021...
 
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