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  1. Colocado por: AMG1

    Ou seja, esta a confirmar a suspeita que já levantei de que o indicador de presos estrangeiros não serve sequer para o fim que lhe querem dar: provar que os imigrantes são a fonte do aumento da criminalidade.


    Do meu ponto de vista isso é óbvio.
  2. Voltanto ao custo da habitação. Acho que há um fator pouco considerado (nõo sei se já falaram aqui - não li tudo):

    DIVÓRCIOS

    Na maioria dos casos de divórcio, uma família que habitava um fogo, passsa a habitar dois.
    Claro que é um fator que já tem bastantes anos mas certamente influencia a pressão sobre o mercado.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • eu
    • 25 novembro 2024
    E muitas pessoas a viver sozinhas.

    A matriz social mudou muito.
  3. Quando recoloquei o meu apartamento em arrendamento, de fato a maior parte de contatos foi de pessoas divorciadas que queriam um teto ASAP e por período de 6 a 12 meses. Depois emigrantes já a morar cá ou a querer trazer familiares para cá e muito poucos casais nacionais.
  4. Sim, é brutal a variação, entre 2011 e 2021 os agregados domésticos com 1 e 2 membros aumentaram 250.000, enquanto os agregados com 3 ou mais diminuiram cerca de 150.000
    Concordam com este comentário: eu, N Miguel Oliveira
  5. Colocado por: dmanteigasNo entanto quando se coloca na balanca o saldo entre positivo e negativo, para o cidadao comum continua a ser um beneficio liquido negativo...


    É aqui que se centram as minhas dúvidas.
    Sobretudo ao ver que não é tão comum assim construir para alugar, e por saber que a mão de obra estrangeira, além de representar cerca de 20-25% do sector... e mais ainda nos trabalhos de maior esforço físico e desgaste... auferem salários relativamente mais baixos. Sem eles, não estou a ver como a construção nova e remodelações poderiam ser mais baratas. E no fundo, é aqui que reside a maior lacuna no sector imobiliário. Há pouco para comprar e o que há, está muito mais caro que antes. No arredamento, essa diferença não está na mesma escala, pelo menos, pelo que apontam os numeros.
  6. Colocado por: dmanteigasTem sorte....


    Sim, eu também acho que teve sorte e não é tão comum assim. Até porque pagará menos do que paguei eu entre 2016-2022 em Matosinhos, por exemplo. Mas pronto, aí como não é a mesma zona, não dá para comparar de modo tão literal. Já agora, a zona no Porto é a Trindade, bem no centro, não é nenhum Cascos de Rolha.

    Já o preço para compra e venda, disparou... um pouco por todo o lado.
  7. Colocado por: nunogouveiaAcho que há um fator pouco considerado (nõo sei se já falaram aqui - não li tudo):


    Precisamente, eu acho que há inúmeros factores... mas só sabemos discutir aquele que é visivel pelo tom de pele e audivel pelo sotaque.

    Por exemplo, em Espanha, há outro factor considerável, a proliferação de universidades privadas nas grandes cidades. Diziam que a última uni pública foi criada há 26 anos. Nestes anos surgiram 27 unis privadas. Uma por ano sensivelmente. Estas unis instalam-se em edificios de escritórios, em menos espaço no centro. Fazem com que dum momento para outro se gerem mais uns milhares de estudantes, professores, auxiliares, etc que
    precisam de alojamento naquela zona.
    Não sei qual será o panorama português neste assunto...

    Já, nos States, o problema comum tem sido quando se instala dum dia para o outro uma mega empresa, que empregará duma assentada centenas de pessoas, que não encontarão casa nas imediações do seu local de trabalho...

    Convém lembrar que o aumento da imigração, ou de portugueses que rumam às grandes cidades se deve sobretudo ao relativo bom momento da economia... e ainda bem que assim é. Pode ser que com jeito, muitos expatriados regressem e tragam know-how, apesar de serem mais uns quantos a pressionar o mercado imobiliário quando regressarem... seja pelo arrendamento, seja ao querer construir o barraco com o guito que juntaram em meia dúzia de anos lá fora...
  8. Isto para terminar dizendo que... a do beneficio liquido para o cidadão ser negativo ou positivo tem muito que se lhe diga... Dizer que estamos piores agora quanto à habitação mas temos trabalho e sectores que prosperam... "só" é pior para os que procuram comprar ou construir casa basicamente. Curiosamente, os imigrantes têm um maior contributo nos sectores que mais têm crescido... apesar de não ser a economia ideal, o facto de que o Turismo, Restauração e afins tenham crescido exponencialmente traz também muito guito de fora, que entra na economia e nos cofres do Estado... Como em tudo, trará desvantagens... Agora dizermos que o "beneficio liquido para o cidadão comum é negativo" ao passo que a economia mal ou bem vai florescendo... é meio um contrasenso a meu ver.
  9. Colocado por: dmanteigas

    Nao foi 2020-2023, foi final de 2022 ate fins de 2023. E arrefeceu sim senhora... em Portugal tivemos uma quebra jeitosa no numero de transacoes. Simplesmente nao tivemos tambem quebra no valor das transacoes, mas o ritmo a que subiu foi substancialmente inferior.


    exato, o número de transações baixou imenso, mas o PSD, e etc, parece interessado em que isso não aconteça... já voltou a subir com as medidas que colocaram, continuará a subir com todo este desemprego a aumentar?

    Por isso e que fico parvo quando vejo alguem a criticar as medidas da isencao do IMT ou credito a 100% para jovens, que alem de terem impacto fraquissimo nos precos beneficiam quem realmente sofre com o problema da habitacao.


    as medidas de isencao do IMT ou credito a 100% para jovens são completamente discriminatórias, e eu posso usufruir, está mau? então faz-se isenção para toda a gente que nunca teve casa, não é só para uns

    o crédito a 100% leva ao aumento dos preços, ainda no outro dia me disseram que a filha com o namorado queria ver se conseguia comprar um T1 com o crédito a 100%, se tiver um problema qualquer está o caldo entornado. Claro que percebo que é melhor mete-lo ali, que paga aí 2x menos de crédito do que de renda, e ainda pode contar com a valorização do imóvel
  10. se estivesse mesmo interessado em baixar os preços das casas então podiam baixar o iva, por exemplo, incentivos à construção

    pessoalmente acho que é o que vou fazer, comprar terreno 40k, casa que nem que seja 100-120m2 T3, 160k-200k devem chegar não?

    assim não me meto em créditos alguns e fico com algo recente, o resto está completamente inflacionado, o único imóvel que tenho interesse está a 380k T4 sem aquecimento, sem isolamento, etc, ok que tem 200m2 mas para que quero uma sala de 50m2?
  11. Colocado por: N Miguel OliveiraIsto para terminar dizendo que... a do beneficio liquido para o cidadão ser negativo ou positivo tem muito que se lhe diga... Dizer que estamos piores agora quanto à habitação mas temos trabalho e sectores que prosperam... "só" é pior para os que procuram comprar ou construir casa basicamente.


    Tem toda a razao... quando se discute o problema da habitacao e normal generalizar.
    Na realidade, nao ha um problema de habitacao em Portugal. Tudo o que relatei importa mas para quem esta na mesma situacao que eu. Cidadaos sem casa propria, essencialmente jovens. Para os 70% de proprietarios nao ha crise da habitacao. Ha uma valorizacao significativa do patrimonio. E para muitos, ate permitiu fazer um upgrade de habitacao a preco contido.

    Se calhar, e um dos motivos pelos quais pouco se tem feito na habitacao... num pais onde para a esmagadora maioria das pessoas o seu 'patrimonio' e a casa, a valorizacao do imobiliario e uma mais valia.
  12. Colocado por: jg231o crédito a 100% leva ao aumento dos preços, ainda no outro dia me disseram que a filha com o namorado queria ver se conseguia comprar um T1 com o crédito a 100%, se tiver um problema qualquer está o caldo entornado. Claro que percebo que é melhor mete-lo ali, que paga aí 2x menos de crédito do que de renda, e ainda pode contar com a valorização do imóvel


    O credito a 100% tem um impacto limitadissimo nos precos. Creio que ja o expliquei por aqui algures... o maior problema no acesso a habitacao para jovens que recorrem a credito bancario nao e a casa. E a taxa de esforco. 80% dos jovens nao consegue suportar um credito de 300 mil euros. E os 20% que conseguem, e porque tb tem rendimentos que lhes permite rapidamente juntar para a entrada pelo que no limite, pode antecipar algumas compras mas nao trazer 'nova procura liquida' para o mercado. O credito a 100% e a isencao do IMT ate acabam a ser medidas de enorme justica social, porque ao contrario do que a esquerda radical papagueia, quem beneficia essencialmente e quem mais precisa. Os jovens de classe media baixa. Aqueles pobres coitados onde um casal ganha 2000/2500e liquidos em conjunto que serve para pagar renda de casa e pagar despesas, mas nao permite juntar o suficiente para dar entrada por uma casa em tempo util. A esses sim, faz muita diferenca porque de repente consegue comprar imoveis ali na casa dos 150 a 200 mil euros e ficar a pagar um credito a 40 anos ao inves de uma renda de casa. Mas nao sao estes pobres coitados que fazem aumentar os precos. Ate porque isto e procura sem elasticidade. E malta que trabalha com orcamentos limitados. Uma casa de 200 mil se for aumentada para 240 mil 'porque agora ha credito jovem' deixa de ter apelo para aquela procura especifica.

    A formacao de precos no imobiliario e bem mais complexa do que o efeito de 2 medidas especificas. E tem muito mais impacto a euribor que qq medida de apoio aos jovens.
  13. Colocado por: dmanteigasTudo o que relatei importa mas para quem esta na mesma situacao que eu. Cidadaos sem casa propria, essencialmente jovens. Para os 70% de proprietarios nao ha crise da habitacao. Ha uma valorizacao significativa do patrimonio. E para muitos, ate permitiu fazer um upgrade de habitacao a preco contido.


    Basicamente é isso. A maioria é proprietário e viu sem nada fazer por isso, o valor do seu imóvel aumentar consideravelmente.
    Por outro lado, nem tudo se resume ao equilibrio "procura vs oferta". O modo como se encara a habitação própria pouco ou nada mudou nas últimas décadas na minha opinião. O dmanteigas assim como uma boa parte da população na mesma situação (sem casa), senão mesmo a maioria, vislumbra como opção mais viável comprar um terreno e construir uma moradia isolada... tal como fizeram os ascendentes.

    Ora, do mesmo modo que fomos deixando de ir ao alfaiate para toda e qualquer peça de roupa... passando a consumir quase tudo duma qualquer Zara desta vida (prêt-à-porter), e do mesmo modo que fomos deixando de construir bancos, edificios públicos, etc, com a eloquência de outrora, com mármore e obra escrava, para passarmos a abrir sucursais bancárias com a qualidade constructiva dum Burguer King... A actitude sobre a construção de habitação própria, pouco ou nada mudou. Terreno, casa isolada, feito! Em que o limite é aquilo que o banco empresta. Por ordem de ideias, e face à evolução das coisas, onde hoje o dmanteigas planeia erguer a casa, cabiam facilemente 4 ou 5 moradias, que permitiam diluir o custo do terreno, assim como beneficiar duma economia de escala (embora parca) por construir 5 moradias duma vez, 5 cozinhas duma vez, vãos todos idênticos, portas à quantidade, um só projecto, uma só baixada de luz, água, saneamento, cooperação nos gastos de manutenção de jardins, estacionamentos, etc etc...

    No final, tudo isso conta.
    Porque sim, é um tema complexo.
  14. Lei dos solos vai ser mudada para permitir construção de habitação em terrenos rústicos
    O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros um diploma que flexibiliza a lei dos Solos no sentido de permitir aos municípios libertar terrenos, nomeadamente rústicos, para construção de habitação pública ou a “preços moderados”.

    https://www.jornaldenegocios.pt/economia/habitacao/detalhe/lei-dos-solos-vai-ser-mudada-para-permitir-construcao-de-habitacao-em-terrenos-rusticos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, N Miguel Oliveira
    • eu
    • 28 novembro 2024
    Muito boa medida, mas convém que os municípios tenham algum critério na avaliação.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • AMG1
    • 29 novembro 2024
    O que será habitação a "preços moderados"?
    Como é que será operacionalizado um conceito destes?
  15. Colocado por: AMG1O que será habitação a "preços moderados"?
    Como é que será operacionalizado um conceito destes?


    Mudar solos rústicos para urbanos fica só nas mãos das câmaras

    Os preços de venda da construção nova terão limites em função da mediana nacional. Lisboa e Cascais, com preços mais elevados, não poderão ir além dos 3.337 euros por m2. Já se for arrendamento, não haverá limite de valores.
    https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/mudar-solos-rusticos-para-urbanos-fica-so-nas-maos-das-camaras
  16. Deve ter passado ao lado de muita gente, mas o Expresso esta semana tinha uma pequena noticia de rodape acerca do volume de credito a habitacao concedido a estrangeiros (imigrantes).
    Em 2023 e primeiro semestre de 2024, 18% dos creditos a habitacao foram concedidos a estrangeiros. Sensivelmente 1 em cada 5 CH.
    Para aqueles que gostam de tapar os olhos e os ouvidos e dizer 'lalalalala' quando se diz que a imigracao descontrolada contribui para agravar o problema da habitacao... Em apenas 1 ano e meio o stock de CH a estrangeiros passou de 6.9 para 8.2 do total com tendencia a aumentar substancialmente.

    Nao foi por acaso que o mercado imobiliario abrandou ou contraiu ligeiramente em muitos paises da Europa quando subiram os juros e o mesmo nao se observou em Portugal. Porque nos ultimos 2 anos e meio a procura aumentou brutalmente
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ferreiraj125
    • jg231
    • 2 dezembro 2024 editado
    Colocado por: dmanteigasDeve ter passado ao lado de muita gente, mas o Expresso esta semana tinha uma pequena noticia de rodape acerca do volume de credito a habitacao concedido a estrangeiros (imigrantes).
    Em 2023 e primeiro semestre de 2024, 18% dos creditos a habitacao foram concedidos a estrangeiros. Sensivelmente 1 em cada 5 CH.
    Para aqueles que gostam de tapar os olhos e os ouvidos e dizer 'lalalalala' quando se diz que a imigracao descontrolada contribui para agravar o problema da habitacao... Em apenas 1 ano e meio o stock de CH a estrangeiros passou de 6.9 para 8.2 do total com tendencia a aumentar substancialmente.

    Nao foi por acaso que o mercado imobiliario abrandou ou contraiu ligeiramente em muitos paises da Europa quando subiram os juros e o mesmo nao se observou em Portugal. Porque nos ultimos 2 anos e meio a procura aumentou brutalmente


    e só vai aumentar mais, basta andar no twitter para perceber a tendência

    e ainda pagam menos IRS que eu 😅 e então se tiverem menos < 35 a diferença são só ai uns 8k
 
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