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  1.  # 541

    Colocado por: jg231agora percebo pq os americanos tem em conta a escola quando compram casa

    Se você soubesse...

    Por vezes nem fazemos ideia do que "o distrito escolar" significa na vida dum casal americano que se preocupe minimamente com a educação dum filho.
  2.  # 542

    Colocado por: AMG1não tenho qualquer preconceito ideologico quanto ao estado salvar empresas


    Eu sinceramente também não tenho.
    No final das contas são as empresas que mal ou bem, geram riqueza, e impostos para encher o saco do Estado.
    Mas depois havendo lucros, é preciso regressar "essa ajuda" que o Estado deu.

    Paralelamente, vejo agora o Estado (ou seja, eu e os meus concidadãos), ser fiador de crédito para suprir um gasto na habitação dos jovens até aos 35 anos.
    Bem que podia fazê-lo em tom de investimento, ao ajudar-me a montar um negócio que crie emprego, que crie receita para o Estado. O Estado podia ver em mim um investimento, como já fez durante os anos escolares. Mas não, é fiador para comprar uma casa...

    Acho que a diferença está aí... A uma empresa ajuda a criar riqueza, ao "sem abrigo" ajuda a suprir um gasto.
    E esse gasto é muito subjectivo...

    Não é como a ajuda ao diabético e ao seu medicamento... que é aquele e não outro.
    Quando ajuda sendo fiador duma casa, está a pôr nas mãos do Proprietário as escolhas subjectivas duma construção, que no limite pode "encravar" o Estado, caso o Proprietário deixe de pagar ao banco... Se o Estado quer "participar" assim no mercado imobiliário... talvez fosse mais justo que definisse que casa se vai construir.

    Exemplo... Porque é que o Estado não loteia terrenos municipais, define os projectos... a Arquitectura das casas... o tamanho dos terrenos, etc... Algo racional, repetitivo, estandartizado... e depois lança ao mercado... "Se compras um dos meus terrenos, se constróis uma das minhas casas, podes ir com o banco que te apetecer, se fôr preciso fiador, conta comigo... Até te digo mais, até podes pagar-me pelo terreno no final da obra ou tipo num prazo de 10 anos, pagas 10% ao ano..." Vá, talvez a questão do terreno ser do Estado complique... mas poderiam ser definidos rangos, tamanhos, áreas, tipologias limite, etc etc... ou créditos que incluam a aquisição do terreno...
    Um caso assim, poderia, entre muitas outras coisas mostrar-me a mim, contribuinte, que tipo de casa estou eu a "fiar" ao Manel da esquina. Sabia que casa seria feita... que terreno ele iria ter... em vez o "tiro no escuro" que temos actualmente. Porque hoje o Serafim, de 34 anos, adora o Pinterest e as casas amplas... ele até tem bom emprego hoje... mas sei lá eu o que lhe pode acontecer no futuro, ou que manias terá ele ao escolher materiais e ao projectar a casa, ou se vai ser comido forte e feio pelo constructor... Ele que faça o que quiser, mas sendo eu seu fiador... acho que tenho algum direito de saber e opinar sobre o tamanho do passo que as pernas do Serafim querem dar... visto que a cabeça que está no cepo não é só a dele.
  3.  # 543

    Colocado por: AMG1O que estava em causa era a carga fiscal e tal como eu escrevi e você obviamente não contestou, se diminuir a economia informal aumenta os impostos e aumenta o PIB, logo a carga fiscal (é um racio!) Pode ficar na mesma, aumentar ou reduzir, depende da evolução de cada uma das duas variáveis.


    A carga fiscal aumenta mais precisamente por aquilo que eu falei. Porque a economia paralela existe para nao pagar impostos. Como os impostos sao progressivos, a carga fiscal ia aumentar sempre acima do crescimento do PIB. Se amanha a economia paralela desaparecesse, era provavel que a nossa carga fiscal aumentasse para os valores acima de 40% do PIB.
    Basta pensar na construcao... se eu entregar ao construtor 10 mil euros nao faturados, esses 10 mil euros nao pagam impostos nem sao contabilizados no PIB diretamente. No entanto, esse dinheiro nao fica parado... acaba a servir para pagar outros servicos, ordenados, etc e eventualmente 'entrar' na economia real. O maior efeito de perda e inicialmente ao nao pagar os 23% de IVA, ao nao pagar os 23.75 de TSU + 11% de SS + IRS + IRC quando entrasse na contabilidade da empresa...

    Colocado por: AMG1O que estava em apreço era a dimensão da riqueza que o estado arrecada em impostos, ou seja a carga fiscal e não esforço fiscal.


    Que esta diretamente ligado a riqueza do pais... por isso e que quando se fala de impostos eu odeio quem fala na carga fiscal para comparar Portugal com paises a anos luz do nosso. Porque isso pode dar a falsa sensacao de que 'pagamos poucos impostos'. O que e mentira. Somos dos que mais impostos pagamos... quando os pagamos. O problema e 'excesso de pobres' de certa forma.



    Colocado por: AMG1Ja agora e sobre os Bancos, talvez valha a pena actualizar a informação, o dinheiro que lá foi colocado não foi só para reforço de capitais dos que eram solúveis, nalguns casos, como sabe, foi mesmo para tapar o buraco que alguns banqueiros abriram. Portanto não vale a pena branquear a história.


    Os bancos onde isso aconteceu acabaram por falir, como o BES, o Banif ou o BPP.
    Nos restantes, foi mais o resultado da pressao durante o reinado Socrates para evitar a vinda da troika conjugado com uma politica de credito pouco robusta.


    Colocado por: AMG1Bem quanto ao governo de direita e a INAPA, deixe-me fazer-lhe uma pergunta: o que acha se em vez dos 2000 trabalhadores que ficaram sem emprego serem alemães, fossem portugueses?


    Para mim? Nao mudava a minha opiniao em rigorosamente nada. Se fossem 2000 portugueses era para deixar falir na mesma. O estado nao tem obrigacao de salvar empresas zombie. Pelo contrario. Noutra discussao falava-se na qualidade dos empresarios... este tipo de mentalidade onde achamos que o estado deve ser seguro contra todos os riscos incluindo falencias e tambem uma das razoes pelas quais nao criamos empresarios de jeito.
    As empresas precisam de perceber que quem atua no mercado concorrencial, tem de estar preparado para a concorrencia. Que quando toma decisoes de gestao essas decisoes tem impacto. E que quando corre mal... precisam de arcar com as consequencias.

    Colocado por: AMG1Na verdade, não há só preto e branco, pelo meio existem varios tons de cinzento


    Por isso e que eu disse que a minha opiniao e clara: por principio, o estado nao 'salva' empresas... excepto em circunstancias excepcionais e devidamente justificadas por uma analise adequada custo-beneficio ou custo-utilidade.
    Vamos olhar para o caso da TAP... a TAP foi salva porque era as caravelas portuguesas, a ligacao aos emigrantes e o bla bla bla do costume. Em lado nenhum se apresentou uma analise factual onde se comparavam os varios cenarios, incluindo todos os custos (ate os de oportunidade!). Alias... 5 anos depois ainda estamos a espera de uma analise a este processo objetiva e clara. Por isso e que anda cada um a discutir com base em opinioes e nao em factos. Idem para a Efacec, se bem que essa foi um desastre tao grande que nem e preciso analise para qualquer portugues perceber claramente que nos meteram varios dedos no rabo...


    Colocado por: N Miguel OliveiraAté te digo mais, até podes pagar-me pelo terreno no final da obra ou tipo num prazo de 10 anos, pagas 10% ao ano..."


    Bastava vender em regime de permuta... em vez de 'pagar' pelo terreno, a camara ficava com uma % dos apartamentos.
  4.  # 544

    Colocado por: dmanteigasBastava vender em regime de permuta... em vez de 'pagar' pelo terreno, a camara ficava com uma % dos apartamentos.


    Sinceramente, ser fiador de crédito para a compra de apartamentos não me tira o sono.

    Em teoria, vislumbro um apartamento como sendo um producto minimamente estardartizado, tipificado, que tanto dá para o Zé como para a Antónia, que pelo PDM certamente se localizará perto de serviços e transportes, que foi construído e cuja obra foi gerida por alguém que já geriu ou construiu algo anteriormente e terá algo de experiência pelo menos. Um apartamento, mal ou bem, termina por conseguir-se vender sem grande prejuízo em caso de incumprimento do proprietário perante o banco.

    Já sobre as casas, e mantendo-me no campo teórico, tenho bastantes mais reticências.
    Seja construía de raíz, ou comprada já feita a outro particular... há bastantes detalhes que me deixa na dúvida enquanto fiador.
    A probabilidade da casa poder ser em qualquer sítio na freguesia de Casquinhos de Rolha, com qualquer tamanho, com tiques pessoais e muito subjectivos, com a aplicação de qualquer tipo de material, gerida muito provavelmente por um marinheiro de primeira viagem, que na volta tem uma profissão sem nada que ver com a construção, cuja obra pode estar assente em terrenos com graves condicionantes geológicas... e que em caso de incumprimento do pagamento das prestações ao banco, há o sério risco de ficar-se ali com um mono empatado, que para ser vendido só mesmo em saldos, e quem sabe quanto tempo isso possa tardar...

    Se já acho mal o Estado ser fiador em créditos de habitação, ainda mais comichão me dá fazê-lo quando o crédito servirá para construir ou comprar moradia isolada em vez de apartamento. Acho que o risco não é bem igual.

    Isto nada tem que ver com gostar mais disto ou daquilo enquanto producto, gostar mais desta ou daquela zona, etc... Baseio-me unicamente do ponto de vista enquanto fiador dum crédito. Moradias... acho que só em casos de loteamentos inteiros, com casinhas quase todas iguais, etc.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  5.  # 545

  6.  # 546

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe já acho mal o Estado ser fiador em créditos de habitação, ainda mais comichão me dá fazê-lo quando o crédito servirá para construir ou comprar moradia em vez de apartamento. Acho que o risco não é bem igual.


    Mas isto nao se trata de ser 'fiador'.
    A maioria das camaras municipais tem na sua posse muitos terrenos ou edificios antigos que podiam perfeitamente ser utilizados para construcao. A vocacao da camara nao e construir, portante mais vale deixar para quem sabe. O sistema de permutas e simples, nao implica ser 'fiador' de ninguem nem e necessariamente um risco financeiro para a camara desde que salvaguarde os seus direitos. Se a camara tem terrenos para fazer por exemplo 5 predios, pode 'doar' o terreno em troca de 1 predio que pode utilizar como bem entender (habitacao municipal ou investimento da propria camara). Isto impulsiona a construcao sem obrigar quem quer investir a recorrer a capitais proprios ou credito.

    E o que muito construtor faz quando compra terrenos a privados. Ao inves de se chegar a frente com 1 milhao de euros para comprar o terreno, faz permutas com o proprietario destinando-lhe um x% do edificio concluido. Com sorte, consegue vender alguns apartamentos em planta e consegue construir um predio a pedir menos 30 a 40% menos a banca.
  7.  # 547

    Colocado por: dmanteigasMas isto nao se trata de ser 'fiador'.
    A maioria das camaras municipais tem na sua posse muitos terrenos ou edificios antigos que podiam perfeitamente ser utilizados para construcao. A vocacao da camara nao e construir, portante mais vale deixar para quem sabe. O sistema de permutas e simples, nao implica ser 'fiador' de ninguem nem e necessariamente um risco financeiro para a camara desde que salvaguarde os seus direitos. Se a camara tem terrenos para fazer por exemplo 5 predios, pode 'doar' o terreno em troca de 1 predio que pode utilizar como bem entender (habitacao municipal ou investimento da propria camara). Isto impulsiona a construcao sem obrigar quem quer investir a recorrer a capitais proprios ou credito.

    E o que muito construtor faz quando compra terrenos a privados. Ao inves de se chegar a frente com 1 milhao de euros para comprar o terreno, faz permutas com o proprietario destinando-lhe um x% do edificio concluido. Com sorte, consegue vender alguns apartamentos em planta e consegue construir um predio a pedir menos 30 a 40% menos a banca.


    Sim, eu referia-me exclusivamente à medida do governo, ao ser fiador dos créditos.

    Sobre o que resto, que escreveu das Câmaras concordo. Além dessa, há muitas estratégias que poderiam ser tomadas pelo poder local. Falta vontade. Se muitas Câmaras nem o PDM novo (2024) lançaram ainda e já vamos em Abril de 2025, quanto mais...

    O Poder Central, em vez de inventar estes apoios (que descriminam pela idade) podia era pressionar as Câmaras, seja a lançar os PDM, seja a coordenar a legislação e uniformizar as regras municipais para evitarmos ter 300 e tal pequenos feudos.
  8.  # 548

    Colocado por: dmanteigasa pedir menos 30 a 40% menos a banca.


    Isto é válido também para o cidadão comum, proprietário invididual...
    Isto porque parece que por um lado estamos sempre a exigir menos intervenção do Estado, mas depois esperamos que as soluções venham exclusivamente dali.

    Se o PDM o permite, o dono dum terreno que dê para 4 ou 5 casas pode igualmente fazer esse tipo de negócio. Chega-se à frente com a terra... mas obtém desconto junto do constructor ou da banca... vendo o seu esforço finaceiro ser consideravelmente menor, caso esteja disponivel para partilhar o terreno com outras pessoas.

    Se no meu terreno, aceito que outras pessoas construam, posso ficar com uma fracção por um valor residual... pois já dei o terreno para os outros 4 ou 5 casais poderem construirem também, sem terem que preocupar-se com a questão do terreno, dos projectos, etc. Parece um detalhe, mas não é... pois podem construir casa mais novos, pois só precisam de juntar para a entrada do crédito... sem terem tido necessidade de juntar durante anos para comprar um lote.
  9.  # 549

    Miguel parece simples mas não é, acredite.
  10.  # 550

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Eu sinceramente também não tenho.
    No final das contas são as empresas que mal ou bem, geram riqueza, e impostos para encher o saco do Estado.
    Mas depois havendo lucros, é preciso regressar "essa ajuda" que o Estado deu.

    Paralelamente, vejo agora o Estado (ou seja, eu e os meus concidadãos), ser fiador de crédito para suprir um gasto na habitação dos jovens até aos 35 anos.
    Bem que podia fazê-lo em tom de investimento, ao ajudar-me a montar um negócio que crie emprego, que crie receita para o Estado. O Estado podia ver em mim um investimento, como já fez durante os anos escolares. Mas não, é fiador para comprar uma casa...

    Acho que a diferença está aí... A uma empresa ajuda a criar riqueza, ao "sem abrigo" ajuda a suprir um gasto.
    E esse gasto é muito subjectivo...

    Não é como a ajuda ao diabético e ao seu medicamento... que é aquele e não outro.
    Quando ajuda sendo fiador duma casa, está a pôr nas mãos do Proprietário as escolhas subjectivas duma construção, que no limite pode "encravar" o Estado, caso o Proprietário deixe de pagar ao banco... Se o Estado quer "participar" assim no mercado imobiliário... talvez fosse mais justo que definisse que casa se vai construir.

    Exemplo... Porque é que o Estado não loteia terrenos municipais, define os projectos... a Arquitectura das casas... o tamanho dos terrenos, etc... Algo racional, repetitivo, estandartizado... e depois lança ao mercado... "Se compras um dos meus terrenos, se constróis uma das minhas casas, podes ir com o banco que te apetecer, se fôr preciso fiador, conta comigo... Até te digo mais, até podes pagar-me pelo terreno no final da obra ou tipo num prazo de 10 anos, pagas 10% ao ano..." Vá, talvez a questão do terreno ser do Estado complique... mas poderiam ser definidos rangos, tamanhos, áreas, tipologias limite, etc etc... ou créditos que incluam a aquisição do terreno...
    Um caso assim, poderia, entre muitas outras coisas mostrar-me a mim, contribuinte, que tipo de casa estou eu a "fiar" ao Manel da esquina. Sabia que casa seria feita... que terreno ele iria ter... em vez o "tiro no escuro" que temos actualmente. Porque hoje o Serafim, de 34 anos, adora o Pinterest e as casas amplas... ele até tem bom emprego hoje... mas sei lá eu o que lhe pode acontecer no futuro, ou que manias terá ele ao escolher materiais e ao projectar a casa, ou se vai ser comido forte e feio pelo constructor... Ele que faça o que quiser, mas sendo eu seu fiador... acho que tenho algum direito de saber e opinar sobre o tamanho do passo que as pernas do Serafim querem dar... visto que a cabeça que está no cepo não é só a dele.


    A questão da ajuda as empresas é um tema razoavelmente complexo, para que se tenham posições definitivas sobre o assunto. Podemos considerar que o estado deva ter um papel maior ou menor na economia, mas depois ocorrem situações que desafiam esses princípios e que mesmo assim fazem sentido.
    Veja p.e. o que se vai passar com os desafios que as tarifas do Trump levantam. É absolutamente evidente e creio que consensual que o estado vai ter de ajudar esses exportadores, quer a lidar com a quebra de encomendas, quer a encontrarem novos mercados. Agora isso pode ser feito de forma mais ou meios equilibrada ou ficar aquém das necessidades ou ir muito além do necessario e tornar-se um sorvedouro de dinheiro publico sem retorno. Que o governo o consiga fazer da forma mais eficaz é o que podemos esperar e depois avaliar, mas tendo em conta que a decisão está ser tomada agora, antes de se saber o que vai acontecer e não depois quando ja tudo passou. Por cá, em geral, somos ótimos a fazer prognósticos depois do jogo acabar. Ou seja estamos sempre prontos para a critica e para o julgamento de quem faz do que de quem não faz, esquecendo que só erra quem faz.
    Isto é uma característica que existe em todo o lado, não é só para os politicos. Mesmo nas empresas, é muito vulgar sobrevalorizar-se quem não erra, mesmo que faca pouco, do que quem ocasionalmente erra, masmo que faça imenso.
    Quanto à garantia do estado, muito sinceramente é uma daquelas medida de que discordo completamente. Desde logo porque constitui um incentivo ao endividamento, quando eu acho que deveria haver era incentivos a poupança. Depois o numero de jovens que tira partido disso dificilmente será significativo face aos que precisam de habitação e não a conseguem.
    Depois há algo que me intriga que é o papel dos bancos nisto. Vamos la ver a tx de juro tem basicamente três componentes i) o custo dos fundos, ii) o custo da gestão do empréstimo e iii) o premio de risco, qhe neste caso e relativamente aos 10% garantidos pelo estado é razoavelmente menor ou mesmo nulo. Ora de que modo é que os bancos estão a reflectir esta redução de risco nestes contratos, ou será que estão só a ignorar isto e ninguém os lembra?
    Esse prémio de risco deveria ser nosso, porque o risco também é nosso.
    Apesar de tudo, compreendo que os governos +/- desesperados tentem fazer alguma coisa, porque não acredito que nenhum governante que perceba a gravidade da situação, não tente fazer algo.
    Agora faltam verdadeiras medidas de fundo, como é que vamos providenciar habitação para quem precisa dela?
    Desde logo, deveria haver forma de colocar no mercado as casas que existem e que não estao a ser utilizadas, se não o querem fazer de forma +/- forcada, como estava previsto na primeira versão do + habitação, então facam-no com incentivos ficais ou outros, mas facam-no, porque se estivermos a espera das casas que vão ser construidas, antes disso já teremos as cidades pejadas de barracas por todo o lado.
    Depois construam rápido e sobretudo deixem construir e reconstruir, ja nem digo que ajudem, mas pelo menos não difilcutem a vida a quem o quer fazer, com questões menores e sem relevância em face da urgência.
    Incentivem a criação de cooperativas, com a doação de terrenos (mesmo que não em propriedade plena), ou outra qualquer solução, mas façam qualquer coisa, que não seja ir empurrando o problema com a barriga, com paliativos, à espera que ele se resolva sozinho.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  11.  # 551

    Colocado por: marco1há sempre quem seja do contra
    https://www.sapo.pt/noticias/economia/camara-de-lisboa-atribui-terreno-a_67fe4d5004f26502a0767b13


    o que há de errado nesta iniciativa?
  12.  # 552

    Colocado por: marco1Miguel parece simples mas não é, acredite.


    Eu bem sei, já geri umas quantas obras assim (no estrangeiro, onde construir ou comprar terreno é realmente caro).
    Simples não é... mas até é bastante divertido reunir 5 ou 6 casais.
    Há muitas sinergias que desconhecemos quando construímos individualmente. Ou multi-fogos mas sem conhecer o utilizador final. Ter tanta gente a remar para o mesmo lado é bastante gratificante, em todos os sentidos.

    É precisamente dessa maneira que pretendo construir uma para mim também daqui a uns anitos. 4 ou 5 casas em propriedade horizontal, com equipamentos partilhados... num terreno em que a maioria só vislumbra uma casa só.
  13.  # 553

    Colocado por: marco1o que há de errado nesta iniciativa?

    Nada.
    Mas ainda assim poucos foram os que votaram a favor.
  14.  # 554

    é, lá no fundo tudo se resume para quem ou que empresas vai o pilim ou quem vai capitalizar em termos partidários.
  15.  # 555

    por outro lado ainda basta dar uma voltinha a pé por certas zonas e arrepia ver a quantidade de casas abandonadas, vazias, apartamentos fechados, etc...há muita razões para isso, variadíssimas. desde partilhas paradas no tempo, gente que não precisa desse patrimonio e não mexe um dedo, imbroglios legais, etc...etc...
    há quem diga mesmo que se fosse possivel meter no mercado tanta coisa, até sobravam casas.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    •  
      Mk Pt
    • há 6 dias editado

     # 556

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Se muitas Câmaras nem o PDM novo (2024) lançaram ainda e já vamos em Abril de 2025, quanto mais...

    O Poder Central, em vez de inventar estes apoios (que descriminam pela idade) podia era pressionar as Câmaras, seja a lançar os PDM, seja a coordenar a legislação e uniformizar as regras municipais para evitarmos ter 300 e tal pequenos feudos.

    Há eleições municipais em finais de Setembro ou inicio de Outubro.

    Ou seja: Câmaras Municipais que ainda não lançaram PDM's até agora também não vão lançar PDM's novos antes do ~final do ano na melhor das hipóteses - se o executivo/partido se mantiver, nas CM's que mudarem de cor política é muito provável haver algumas revisões e ser só lá para final de 2026, a correr bem.

    A poucos meses de eleições autárquicas nenhum político local quer lançar PDM novo e o governo - e demais partidos na Assembleia (se não tivesse dissolvida) não pressionam e dão o jeito porque, pronto, são os seus políticos (tachos) locais que estão em causa.

    A palhaçada com o terem suspendido a possibilidade de edificar em áreas urbanizáveis - em CM's com PDM's antigos, como forma de pressionar à publicação dos novos PDM's, em que depois houve alteração à suspensão que já permitia edificar em algumas zonas urbanizáveis e noutras não e que agora recentemente saiu nova legislação a suspender.. a suspensão e afinal já se pode edificar novamente em áreas urbanizáveis deriva também da mesma problemática: políticos a fazer política.. a pensar nas eleições.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  16.  # 557

    Colocado por: marco1por outro lado ainda basta dar uma voltinha a pé por certas zonas e arrepia ver a quantidade de casas abandonadas, vazias, apartamentos fechados, etc...há muita razões para isso, variadíssimas. desde partilhas paradas no tempo, gente que não precisa desse patrimonio e não mexe um dedo, imbroglios legais, etc...etc...
    há quem diga mesmo que se fosse possivel meter no mercado tanta coisa, até sobravam casas.


    eu não vejo nada disso, o que vejo é idosos a viver em "casas" todas degradadas

    ui, quando essas "casas" tiverem livres então é que vai ser
  17.  # 558

    Colocado por: dmanteigas

    A carga fiscal aumenta mais precisamente por aquilo que eu falei. Porque a economia paralela existe para nao pagar impostos. Como os impostos sao progressivos, a carga fiscal ia aumentar sempre acima do crescimento do PIB. Se amanha a economia paralela desaparecesse, era provavel que a nossa carga fiscal aumentasse para os valores acima de 40% do PIB.
    Basta pensar na construcao... se eu entregar ao construtor 10 mil euros nao faturados, esses 10 mil euros nao pagam impostos nem sao contabilizados no PIB diretamente. No entanto, esse dinheiro nao fica parado... acaba a servir para pagar outros servicos, ordenados, etc e eventualmente 'entrar' na economia real. O maior efeito de perda e inicialmente ao nao pagar os 23% de IVA, ao nao pagar os 23.75 de TSU + 11% de SS + IRS + IRC quando entrasse na contabilidade da empresa...
    ...

    Que esta diretamente ligado a riqueza do pais... por isso e que quando se fala de impostos eu odeio quem fala na carga fiscal para comparar Portugal com paises a anos luz do nosso. Porque isso pode dar a falsa sensacao de que 'pagamos poucos impostos'. O que e mentira. Somos dos que mais impostos pagamos... quando os pagamos. O problema e 'excesso de pobres' de certa forma.
    ...

    Os bancos onde isso aconteceu acabaram por falir, como o BES, o Banif ou o BPP.
    Nos restantes, foi mais o resultado da pressao durante o reinado Socrates para evitar a vinda da troika conjugado com uma politica de credito pouco robusta.
    ...

    Para mim? Nao mudava a minha opiniao em rigorosamente nada. Se fossem 2000 portugueses era para deixar falir na mesma. O estado nao tem obrigacao de salvar empresas zombie. Pelo contrario. Noutra discussao falava-se na qualidade dos empresarios... este tipo de mentalidade onde achamos que o estado deve ser seguro contra todos os riscos incluindo falencias e tambem uma das razoes pelas quais nao criamos empresarios de jeito.
    As empresas precisam de perceber que quem atua no mercado concorrencial, tem de estar preparado para a concorrencia. Que quando toma decisoes de gestao essas decisoes tem impacto. E que quando corre mal... precisam de arcar com as consequencias.
    ...

    Por isso e que eu disse que a minha opiniao e clara: por principio, o estado nao 'salva' empresas... excepto em circunstancias excepcionais e devidamente justificadas por uma analise adequada custo-beneficio ou custo-utilidade.
    Vamos olhar para o caso da TAP... a TAP foi salva porque era as caravelas portuguesas, a ligacao aos emigrantes e o bla bla bla do costume. Em lado nenhum se apresentou uma analise factual onde se comparavam os varios cenarios, incluindo todos os custos (ate os de oportunidade!). Alias... 5 anos depois ainda estamos a espera de uma analise a este processo objetiva e clara. Por isso e que anda cada um a discutir com base em opinioes e nao em factos. Idem para a Efacec, se bem que essa foi um desastre tao grande que nem e preciso analise para qualquer portugues perceber claramente que nos meteram varios dedos no rabo


    O dmanteigas, não se vai zangar comigo, mas você ainda consegue ser mais teimoso do que eu. Vamos la ver ver por partes:

    - Carga fiscal vs Esforço Fiscal:
    Como você sabe, são dois conceitos diferentes que embora versem sobre a mesma realidade espelham coisas diversas dentro dessa realidade. O que estava em causa, no meu comentario inicial, em resposta a outro do Carvai, era a dimensão da riqueza arrecadada pelo estado, sob a forma de impostos e contribuições, face a riqueza produzida. Ora, sem qualquer motivo para duvidas estamos perante o conceito de carga fiscal e não do conceito de esforço fiscal, que traduz o esforço que fazemos, os que pagamos impostos, para que o estado possa arrecadar esse valor.
    Voltando aos nórdicos. A Suécia, tem PIB que é sensivelmente o dobro do nosso, uma população idêntica e uma carga fiscal bem maior do que a nossa. Qual é o estado que cobra mais impostos, seja em termos absolutos ou relativos (face ao PIB), ou para usar expressao tão cara ao Carvai, qual é o estado que faz o maior saque?
    Agora se formos ver do lado de quem paga esses impostos, o tal esforço fiscal, obviamente que são os suecos que o fazem com menor esforço do que nós, porque tem muito mais rendimento, são mais a pagar e uma boa parte do que precisam para viver não lhes custa muito mais do que nos custa a nós. Ainda assim, isso não explica tudo, o mix de impostos suecos é muito diferente do nosso. Desde logo o IVA que é mais elevado que o nosso, depois a tributação do património que também é mais elevada e diferenciada do que a nossa. Tudo coisas que servem para dispersar a tal carga fiscal por mais gente do que acontece por cá.
    Também o impacto da economia informal nisto é obviamente diferente. Na carga fiscal, tem impacto quer no PIB quer nos impostos, portanto em termos de racio (carga fiscal), como escrevi, até pode não alterar nada, depende da variação que ocorrer em cada uma das duas variáveis. O seu proprio exemplo espelha isso. Já no esforço fiscal evidentemente que tem impacto, se somos mais a pagar, claro que podemos todos pagar menos e o estado arrecadar o mesmo ou até mais.
    Portanto, você pode odiar quem quiser, mas não pode é assacar aos outros aquilo que eles não disseram. Tx fiscal e esforço fiscal são conceitos diferentes que expressam coisas diversas e se estiverem a ser bem utilizados, quer você goste, ou odeie, isso não muda a realidade.

    - Bancos:
    As "ajudas" aos bancos foram várias, mas no essencial foram de três tipos:
    1. Disponibilidades de tesouraria, que foram empréstimos de curto prazo e que foram integralmente pagos com juros;
    2. Ajudas a capitalização para que os bancos pudessem atingir os rácios de solvabilidade que lhes permitisse manterem-se a operar no sistema e aceder a liquidez necessária para a actividade. Isto foi feito com as chamadas Obrigações de capital contingente, ou seja emprestimos que devetiam ser pagos num dafo periodo de tempo que caso não fossem pagos se convertiam em capital. Estes valores foram todos pagos, nalguns casos antes do vencimento e apenas um esteve mais "tremido", mas depois de um adiamento acabou também por pagar. Estas obrigações até acabaram por dar lucro ao estado, porque entretanto as tx da divica pública comecaram a baixar significativamente.
    3. Constituição do fundo de resolução para onde foram transferidos os resultados das falências. Ease fundo não existia e foi constituido com dinheiros publicos, que os bancos a operar em Portugal estão a pagar ao longo de (creio) 40 anos.
    Em boa verdade, até pode acontecer que o estado e consequentemente os contribuintes nem venham a perder nada, só que no momento em que foi necessario encontrar o capital teve de ser o estado, ou seja, nós todos a fazê-lo e a sofrer as imposições colocadas por quem emprestou, senão a maioria dos bancos teria de fechar e com perdas gigantescas, o que evidentemente teria de ser evitado. Só que neste processo, fomos todos nós, com os nossos impostos e passando por tudo que experimentamos naquele periodo, que salvamos aqueles negócios aos seus acionistas de ficarem sem nada.
    Você fez menção à dívida pública existente nos balanços dos bancos nessa altura e de facto ela era elevada, mas culpar o Socrates disso, não sei se será redutor de mais. Tente consultar a dimensão desses activos a data, a sua origem e sobretudo há quanto tempo serviam para "equilibrar as contas" e fazer "brilharetes" no resultado e talvez acabe a repartir as culpas por muito mais gente.
    Dou-lhe só um exemplo, mas por dever, sem nome. Um dos, talvez mesmo o que era melhor gerido em matéria de risco, tinha de facto no balanço um enorme volume de divida nacional, só que o problema não foi essa, mas a emitida pela Grécia. Escusado será dizer que as perdas foram de 100% de muitos, mas mesmo muitos milhões. Com nomes isto até se tornava bem engraçado, mas não posso.
    Ainda podiamos discutir outras coisas igualmente relevantes para perceber esse periodo, p.e. as obrigações de capitalização para alguns dos nossos bancos que foram significativamente acima do exigido a outros nas mesmas condições, ou mesmo a solução imposta para o BES. Tal como podíamos discutir que tipo de compensação, ou falta dela, é que os acionistas desses bancos deram ao estado, mas isso seria conversa para muitas páginas e horas.

    4. INAPA
    Eu não lhe perguntei o que você faria, mas o que você achava que o governo de direita teria feito.
    Sabe que para nós, que estamos de fora, tudo parece simples e claro, como se estes processos de decisão, não fossem sempre a escolha do mal menor. Claro que alguns "salvamentos" serão mais justificáveis do que outros e por isso concordo consigo, que deveria haver, nem que fosse mais tarde, uma avaliação do sucedido até para aprendermos.
    O curioso é que nem os politicos fazem essa avaliação, nem a sociedade civil, limitamo-nos a culpar ou desculpar acriticamente consoante o autor e a claque a que pertencemos, colo se nada disto tivesse grande importância nas nossas vidas.
  18.  # 559

    Colocado por: Mk PtCâmaras Municipais que ainda não lançaram PDM's até agora também não vão lançar PDM's novos antes do ~final do ano na melhor das hipóteses


    Pois, as Câmaras tiveram 10 anos para preparar esta actualização. O PRR exigia isso actualizado para recermos fundos europeus. O prazo acabou em Dezembro salvo erro. Muitos municipios, nem o rascunho do PDM apresentaram ainda para discussão pública. O poder Central, em vez de apertar com eles, anda a fiar créditos, que anedota. Parece filme isto. Eu sei lá quantos projectos estão em banho Maria por causa disto...

    Agora muda o governo, depois as Câmaras, e nada fazem, e pior, não deixam fazer.
    Se nem o raio do PDM actualizam... imagino o resto.
  19.  # 560

    Colocado por: AMG1Portanto, você pode odiar quem quiser, mas não pode é assacar aos outros aquilo que eles não disseram. Tx fiscal e esforço fiscal são conceitos diferentes que expressam coisas diversas e se estiverem a ser bem utilizados, quer você goste, ou odeie, isso não muda a realidade.


    AMG1, eu nao discordo dos conceitos que sao objetivos. Eu so discordei foi da utilizacao da carga fiscal como metrica para comparar Portugal a Suecia por exemplo e concluir que em portugal se pagam poucos impostos... em portugal pagam-se muitos impostos, distribuidos por poucos. Dai que nao se pode desligar esta discussao do esfoco fiscal.

    Colocado por: AMG1Só que neste processo, fomos todos nós, com os nossos impostos e passando por tudo que experimentamos naquele periodo, que salvamos aqueles negócios aos seus acionistas de ficarem sem nada.


    AMG1, salvar os acionistas de ficar sem nada nao e o mesmo que salvar os acionistas de ficarem sem alguma coisa. Quase todos os acionistas da banca tiveram fortes perdas. Do valor do banco e da perda da rentabilidade (nao pagamento de dividendos).
    Os acionistas foram (e bem) prejudicados.


    Colocado por: AMG1Você fez menção à dívida pública existente nos balanços dos bancos nessa altura e de facto ela era elevada, mas culpar o Socrates disso, não sei se será redutor de mais.


    De certeza que e redutor demais, mas o Socrates foi claramente um dos principais quando quase obrigou os bancos a sustentar o estado para evitar o pedido de divida externa, agravando o seu ja bicudo problema.
    Mas aqui o ponto era mais de clarificar que o papel do Estado nessa altura nao foi meramente meter la dinheiro. O Estado tambem foi agente ativo nos problemas da banca.


    Colocado por: AMG1Eu não lhe perguntei o que você faria, mas o que você achava que o governo de direita teria feito.


    Um governo de direira teria obviamente deixado a empresa falir. Sendo que a falencia nao implica necessariamente o 'fim' da empresa.
    Mas atencao que eu estou a falar num governo de direita, nao necessariamente o governo do Luis Montenegro que de direita tem cada vez menos...

    Colocado por: AMG1Sabe que para nós, que estamos de fora, tudo parece simples e claro, como se estes processos de decisão, não fossem sempre a escolha do mal menor.


    Ninguem esta a dizer que e uma escolha entre uma solucao ma e uma boa.
    Regra geral e entre uma ma ou uma pessima. Em portugal, escolhemos quase sempre a pessima.
    A nossa decisao e quase sempre a mesma de alguem que entra num casino e comeca a perder no poker... e em vez de sair enquanto estamos a perder 10, continuamos a fazer all-in ate perdermos 100.
 
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