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  1.  # 241

    Colocado por: PalhavaUm empresário agrícola disse-me que com a mecanização não precisará de mão de obra para as actividades.

    Será?


    Sobre isso eu tenho uma opiniao que ja e relativamente estavel ha varios anos.
    A agricultura nunca avancara para a mecanizacao enquanto lhes permitirem explorar mao de obra barata.
    Ate aqui a imigracao e negativa, perpetuando a ineficiencia de um setor que so tem futuro a longo prazo se investir agora fortemente na mecanizacao e eficiencia.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Palhava
  2.  # 242

    Colocado por: dmanteigasNao leu os meus comentarios? Nada! O Chega e um partido exatamente igual aos outros,


    Eu não lhe perguntei a sí.
    Para mim são como os outros mas com menos pudor. Simples. Daí não perceber em quem os acha diferentes porque se dizem anti-sistema. Para mim isso vale tanto como eu dizer: "e eu sou amarelo às bolinhas". Não tem consequência.

    Quanto ao seu voto, e às ideias que o move na hora de votar. Cada qual terá as suas. Com mais ou menos comichão sobre os podres em quem vota... ou com a qualidade dos quadros de cada partido.

    Se para sí, faz sentido o que o Chega propõe quanto à imigração, e para sí esse é o tema que mais o preocupa, não vejo porque não vota no Chega então, em vez de abster-se ou votar branco. Agora, ao votar ali, vota também para tudo o resto que defendem. E isso é válido para qualquer outro partido também.
  3.  # 243

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe para sí, faz sentido o que o Chega propõe quanto à imigração, e para sí esse é o tema que mais o preocupa, não vejo porque não vota no Chega então, em vez de abster-se ou votar branco. Agora, ao votar ali, vota também para tudo o resto que defendem. E isso é válido para qualquer outro partido também.


    Nao percebeu o meu ponto. O que eu disse foi que para alguem que seja contra esta politica de imigracao, nao ha nenhum partido que ofereca uma solucao. Todos operam perante a maxima de Portugal precisa de imigracao e nao existe nada de negativo com a imigracao. Mesmo partidos como IL e AD, la metem uma ou outra medida mas no fundo operam segundo a mesma logica.

    De forma muito simples para nao prolongar a discussao: o Chega neste momento tem a expressao que tem, porque nenhum dos outros partidos tem coragem de nao operar perante aquela perspectiva de que temos que aceitar a imigracao e viver com ela, e quem nao quer e xenofobo. Obviamente que podem sempre votar em branco ou abster-se. E o que eu farei, por exemplo. Mas para quem quer MESMO medidas fortes contra a atual politica de imigracao, so tem uma opcao: votar Chega.
  4.  # 244

    Colocado por: dmanteigasNao percebeu o meu ponto. O que eu disse foi que para alguem que seja contra esta politica de imigracao, nao ha nenhum partido que ofereca uma solucao. Todos operam perante a maxima de Portugal precisa de imigracao e nao existe nada de negativo com a imigracao. Mesmo partidos como IL e AD, la metem uma ou outra medida mas no fundo operam segundo a mesma logica.

    De forma muito simples para nao prolongar a discussao: o Chega neste momento tem a expressao que tem, porque nenhum dos outros partidos tem coragem de nao operar perante aquela perspectiva de que temos que aceitar a imigracao e viver com ela, e quem nao quer e xenofobo. Obviamente que podem sempre votar em branco ou abster-se. E o que eu farei, por exemplo. Mas para quem quer MESMO medidas fortes contra a atual politica de imigracao, so tem uma opcao: votar Chega.


    Eu isso percebi.
    Só não entendo porque se abstem, se afinal isso é importantíssimo para sí e há quem respalde o que você acha no parlamento.
  5.  # 245

    Colocado por: dmanteigas

    Sobre isso eu tenho uma opiniao que ja e relativamente estavel ha varios anos.
    A agricultura nunca avancara para a mecanizacao enquanto lhes permitirem explorar mao de obra barata.
    Ate aqui a imigracao e negativa, perpetuando a ineficiencia de um setor que so tem futuro a longo prazo se investir agora fortemente na mecanizacao e eficiencia.


    A agricultura na Califórnia é altamente mecanizada e a mão de obra que emprega, que não é assim tão pouca, é praticamente toda imigrante.
    A natureza do trabalho agrícola, sobretudo nalgumas áreas especificas, ainda precisa de muita mão de obra, nem que seja apena de forma sazonal. A questão é que essa necessidade sendo sazonal, mas rotativa e pouco especializada as mesmas pessoas podem trabalhar quase ininterruptamente numa area mais ou menos circunscrita, embora o "circunscrita" tenha de ser visto a escala da california e não da nossa.
    Ao longo do Central Valley existe trabalho na agricultura praticamente todo o ano, talvez com um pequeno interregno nos meses de inverno, que é a altura em que aquela malta vai quase toda a casa.
    Já lá conheci pessoas, mesmo familias inteiras, que há décadas que andam neste vai e vem.
    Claro que também existem americanos, mas mesmo esses são quase sempre ex-imigrantes, ou então ocupam as profissões mais especializadas, que numa agricultura como a que é ali praticada, já existem e até em numero muito considerável.
  6.  # 246

    Colocado por: AMG1é praticamente toda imigrante


    Usar a imigração como arma de propaganda é tudo menos novo.
    Pouco importa se é imigrante ou não, aquele que por ali anda a vergar a mola ao sol para ganhar 30k$/ano.
    A população local almeja sempre mais. E isso é perfeitamente natural. Procuram formar-se ou empreender, e ganhar 100, 200k$/ano.
    É assim na Califórnia, é assim em todo o lado, agora, e no passado.
    Quem trabalha nos empregos pior pagos, almeja ver o filho ou filha noutro tipo de profissão. Não é normal ver a segunda geração repetir o que fizeram os pais e avós ao nível laboral neste tipo de trabalhos.
    Porém, esses trabalhos necessitam de serem feitos na mesma... e acabam invariavelmente por serem realizados por quem não conseguiu sair daquela situação, ou dos que chegam e têm que começar do zero, geralmente os tais Aliens como lhes chamam.

    Ainda assim, devemos remar no sentido de que as coisas sejam mais automatizadas, e que os trabalhadores agricolas sejam Engs, Enólogos, etc... "Um varredor de ruas, varre melhor tendo o 12º ano, que se só tiver feito a primária!"...

    Mas não podemos esperar que isso parta apenas do Estado.
    As empresas, e o próprio consumidor têm uma palavra a dizer também.

    Não podemos é não estar disponiveis para a cavar a terra, ser contra quem o faz, seja imigrante ou não, e no final ainda nos queixarmos pelo preço dos ovos ou da batata, porque o preço da mão de obra subiu...

    Idem para a construção... em que nos habituamos à mão de obra escrava de 2010-2014... e achamos agora um absurdo que um canalizador ganhe mais que um enfermeiro.
  7.  # 247

    Colocado por: AMG1Já lá conheci pessoas, mesmo familias inteiras, que há décadas que andam neste vai e vem


    Aqui em Portugal também há familias que vivem disso, entre França e Espanha andam grande parte do ano. Só que devem ganhar um bocado mais que aqui, não devem de ser explorados como cá, digo eu.
  8.  # 248

    Colocado por: N Miguel OliveiraSó não entendo porque se abstem, se afinal isso é importantíssimo para sí e há quem respalde o que você acha no parlamento.


    Precisamente pelo que falou a bocado.
    Porque para mim em especifico, o Chega esta demasiado distante daquilo que eu defendo em tudo o resto. Por exemplo, aquele desastroso programa economico, por exemplo. E tambem porque acho que ja tem expressao eleitoral suficiente para pelo menos forcar aqueles que vao ganhar as eleicoes a ter que tomar medidas.


    Colocado por: AMG1A agricultura na Califórnia é altamente mecanizada e a mão de obra que emprega, que não é assim tão pouca, é praticamente toda imigrante.


    Eu tambem nao disse que e para eliminar a mao de obra por completo. Mas em Portugal, a agricultura tem um excesso de dependencia por mao de obra desnecessaria.
    E repare noutra coisa - em lado nenhum eu digo que Portugal deve proibir a entrada de imigrantes. O que eu defende e uma regulacao dentro de varios pressupostos: aquilo que a economia efetivamente precisa, que o Pais consegue integrar e que venha apos verificados todos os pressupostos necessarios. Alem de um efetivo controlo de quem esta e as condicoes me que pode permanecer.


    Colocado por: AMG1A natureza do trabalho agrícola, sobretudo nalgumas áreas especificas, ainda precisa de muita mão de obra, nem que seja apena de forma sazonal.


    E ha muito que o estado pode fazer para ajudar nesse aspeto para reduzir a dependencia de mao de obra imigrante semi-escrava.

    Colocado por: N Miguel OliveiraPouco importa se é imigrante ou não, aquele que por ali anda a vergar a mola ao sol para ganhar 30k$/ano.


    Se calhar se a imigracao nao fosse uma ferramenta para permitir isso, nao ganhavam 30k ao ano.
    A questao e muito por ai.

    Em Portugal caimos no ridiculo onde as condicoes que oferecem sao menos atrativas que viver de subsidios aos locais, e entao depois 'precisamos de imigrantes' que aceitem essas condicoes.


    Colocado por: N Miguel OliveiraAs empresas, e o próprio consumidor têm uma palavra a dizer também.


    Como diria um amigo meu... a quanto estas disposto a pagar a alface?
    Eu acho que sai mais barato pagar a alface mais cara, que ter que deixar uma fatura gigante para a geracao seguinte sobre o 'custo' de toda estao mao de obra imigrante sem qualificacao. Mas isto sou eu, que penso no Pais que quero daqui a 20 anos, nao nas consequencias para as eleicoes do ano seguinte.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  9.  # 249

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Usar a imigração como arma de propaganda é tudo menos novo.
    Pouco importa se é imigrante ou não, aquele que por ali anda a vergar a mola ao sol para ganhar 30k$/ano.
    A população local almeja sempre mais. E isso é perfeitamente natural. Procuram formar-se ou empreender, e ganhar 100, 200k$/ano.
    É assim na Califórnia, é assim em todo o lado, agora, e no passado.
    Quem trabalha nos empregos pior pagos, almeja ver o filho ou filha noutro tipo de profissão. Não é normal ver a segunda geração repetir o que fizeram os pais e avós ao nível laboral.
    Porém, esses trabalhos necessitam de serem feitos na mesma... e acabam invariavelmente por serem realizados por quem não conseguiu sair daquela situação, ou dos que chegam e têm que começar do zero, geralmente os tais Aliens como lhes chamam.

    Ainda assim, devemos remar no sentido de que as coisas sejam mais automatizadas, e que os trabalhadores agricolas sejam Engs, Enólogos, etc... "Um varredor de ruas, varre melhor tendo o 12º ano, que se só tiver feito a primária!"...

    Mas não podemos esperar que isso parta apenas do Estado.
    As empresas, e o próprio consumidor têm uma palavra a dizer também.

    Não podemos é não estar disponiveis para a cavar a terra, ser contra quem o faz, seja imigrante ou não, e no final ainda nos queixarmos pelo preço dos ovos ou da batata, porque o preço da mão de obra subiu...


    A questão é que muita da agricultura que se pratica por ali é já uma actividade económica com muito valor acrescentado, fruto de muito investimento, mas também da inclusão de conhecimento e inovação em toda a cadeia produtiva.
    Um dos afazeres da minha filha, na UC Davis, é a participação num consórcio que existe entre a universidade e um grupo de grandes produtores, no âmbito do qual a universidade presta serviços de consultoria em diversas áreas, desde os campos, até ao desenvolvimento de produto. Estamos a falar de um vasto conjunto de pessoas das mais variadas áreas conexas com a actividade agroindustrial que no ambito da universidade prestam esse serviço que é integralmente suportado (principescamente suportado) por esses produtores agrícolas.
    O meu genro p.e. saiu da universidade para ir trabalhar directamente para um dos maiores grupos agroindustriais que, na Califórnia, opera em prativamente todo o Central Valley, mas que, nalguns produtos, é um dos maiores produtores mundiais. Como ele existem outros, em cujas equipas trabalham dezenas de profissionais especializados das mais diversas áreas, desde o campo até aos laboratórios, sem esquecer todo o processo industrial de transformação.
    Pagar tudo isto, só é possivel se houver um enorme acréscimo de valor ao que se tira da terra, ou seja, em vez de agricultores serem mesmo verdadeiros empresarios agrícolas, de facto, e não apenas no título, como acontece por aqui.
    Mesmo os pequenos produtores, conheço bem alguns, a começar pelo meu compadre, praticamente conseguem fazer quase tudo com maquinas, sejam próprias, ou subcontratando a terceiros e a ajuda pontual de alguma mão de obra. Depois entregam a produção aos maiores para a integrarem nas suas cadeias de comercialização. Nalguns casos ficam com uma pequena parte, para venderem ou transformarem directamente, embora isso seja mais para manterem tradições familiares do que para ganhar dinheiro. Ainda assim, em junho/julho lá irei fazer com o meu compadre, fazer a ronda dos mercados dos produtores ali na zona, com a cereja que ele não despachar antes. É já o mealheiro da universidade para os netos!
    Aquele negócio está bem organizado e é razoavelmente eficiente. Existem algumas formas simples de partilha de custos, que permitem p.e. o acesso dos pequenos produtores(*) a maquinaria muito sofisticada que de outra forma seria impossivel aceder-lhes.
    (*) O termo "pequenos" é naturalmente aquela escala.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  10.  # 250

    Colocado por: AMG1Aquele negócio está bem organizado e é razoavelmente eficiente. Existem algumas formas simples de partilha de custos, que permitem p.e. o acesso dos pequenos produtores(*) a maquinaria muito sofisticada que de outra forma seria impossivel aceder-lhes.


    Sim, essa eficiência vem muitas vezes duma coisa tão simples como a partilha e delegar tarefas. É na Agricultura, e na Construção também.
    Em Portugal, o autodidatismo, e mania de fazermos tudo sozinhos, são sindromes maus disfarçados de qualidades.
  11.  # 251

    Colocado por: dmanteigasComo diria um amigo meu..


    No geral concordo com todo o comentário.
    Mudam alguns pontos, mas genericamente é isso.

    Quanto ao seu amigo, podemos trocar a palavra alface por "casa"... e aí chegamos ao tema deste fórum.

    Até quanto está disposto a pagar por uma casa? Sinceramente, hoje em dia isso pouco importa, porque, pelo menos no presente, quem a vai pagar, na maioria das vezes, é o banco.

    Hoje você paga o que fôr preciso pela alface/casa... mas quem sofre a consequência disso são as gerações mais novas.
  12.  # 252

    Colocado por: N Miguel OliveiraAté quanto está disposto a pagar por uma casa? Sinceramente, hoje em dia isso pouco importa, porque, pelo menos no presente, quem a vai pagar, na maioria das vezes, é o banco.


    E quem paga ao banco? :)
  13.  # 253

    Colocado por: ClioIIE quem paga ao banco? :)


    Paga você, mas hoje paga apenas uma fracção disso. O valor da casa no final do empréstimo será maior em principio. Esse é o valor que pagarão as gerações futuras pelas suas casas... é um ciclo vicioso.
 
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