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    • PASA
    • 27 maio 2011 editado

     # 21

    Esta discussão suscita-me imenso interesse, visto que brevemente começo a reabilitar um prédio com as mesmas características deste, só que com paredes em pedra. E o que diz o AJCLeitão, tem toda a pertinência, quanto à colocação de vigas novas, a substituir as velhas. Retirá-las deve ser fácil, agora colocar as novas no lugar, deve ser biscate, a não ser que a casa não seja geminada... Por isso, penso que as melhores soluções serão do tipo cantoneira ou "cachorro" (já agora, o que é isso, vende-se em roulotes? :)), e o que são ferragens Simpons?
    Obrigado.
  1.  # 22

    Colocado por: PASARetirá-las deve ser fácil, agora colocar as novas no lugar, deve ser biscate, a não ser que a casa não seja geminada...


    Se necessitar de 10cm de apoio, basta um dos buracos ter 20cm de profundidade. Só no local é que se podem analisar estas questões.
  2.  # 23

    AJCLeitão
    Também tenho.. esse livro (em fotocopias) e mais outros, do século passado e de há dois séculos atrás.

    PASA
    São ferragens metálicas para estruturas de madeira , da marca SImpson ;)
    pode descarregar o catalogo aqui:
    http://www.jular.pt/conteudos.php?lang=pt&id_menu=229
    • PASA
    • 27 maio 2011 editado

     # 24

    Picareta, já "devorei" os excertos do livrinho e concluí (1º pdf) que o encastre tem que ser no mínimo 20cm... o que torna essa operação complicada...

    AJCLeitão, obrigado pelos esclarecimentos, e já estive a ver o site da jular, eles executam as obras, ou só vendem o material?

    Quando iniciar as obras vou tentar fazer um diário aqui no fórum.
  3.  # 25

    Pois os meus são alguns da 2ª edição, outros da 4ª edição. Quase todos em bom estado, pois estamos a falar de livros que foram adquiridos em 6 Dezembro de 1922, este neste caso.
    Tive a sorte de ter um Mestre na família, que era o meu Avô. Nessa altura os mestre eram tudo e tinham que estar aptos para fazer o que uma obra necessitava para ser construída, com muito suor mas amor à mistura, pois em regra geral eram os seus lindos olhos em que se orgulhavam.

    Mas falando do de agora, pode também recorrer a novos processos de vigas, as do tipo Ilevel que são constituidas por 3 tipos, as vigas em I, as vigas LSL e as vigas PSL. Pode fazer uma consulta ao departamento técnico que eles fazem o cálculo estrutural, fornecendo-lhe posteriormente todo o Kit, já pré dimensionado com esquema de montagem e as respectivas ferragens.

    Ases
  4.  # 26

    Colocado por: Pedro Barradas
    PS: É para isso que normalmente me pagam.. faz parte da minhas competências profissionais. ;)


    Das minhas também, senão era um assunto que não opinaria. :)

    spyfi, o piso que estamos a falar é um piso acessível, ou é apenas o piso de esteira da cobertura?
    Eu pensava que era um piso acessível, ou seja, as paredes continuam para cima.
  5.  # 27

    Eu estou assumir que o piso não é transitável, ou mesmo de cobertura... Mas é uma informação pertinente.
  6.  # 28

    Boa noite a todos.

    Peço desculpa por manter este tópico um pouco ao abandono mas estive ausente na passada semana e não pude ir acompanhando a discussão.
    Uma das coisas que adoro neste fórum é que os tópicos tornam-se dinâmicos à medida que cada vez mais pessoas vão dando o seu contributo, o que enriquece bastante a discussão e (normalmente) eleva-a bastante.
    Agradeço a intervenção de todos, foram todas bastante importantes, complementadas até com documentação técnica (AJCLeitao, obrigado pela informação. Estime bem esse livro, é um tesouro!).

    Junto link de fotos da casa e plantas para perceberem bem o problema.
    A casa é de família e a ideia é reabilitá-la, devolver-lhe a vida e dignidade que merece.
    É composta por piso térreo (P0), piso 1 e sótão (P2). O sótão está vazio mas a ideia é torná-lo habitável.
    Vou tentar esclarecer as dúvidas que persistiram e tentar sintetizar a questão nos pontos seguintes.

    1 – Paredes: As paredes exteriores são em alvenaria simples de tijolo furado (dois furos na horizontal no sentido longitudinal do tijolo) aparelhados com espessura a 1 vez com juntas desencontradas. Deduzo que seja a 1 vez e não a 1 vez e meia por causa da espessura: 30cm incluindo rebocos e não 35cm (ver esquemas no link).

    As paredes interiores são em alvenaria simples de tijolo furado aparelhados com espessura a meia vez (veja-se uma das fotos do sótão).

    2 – Vigas de madeira:
    Entre pisos (entre P0 e P1 e entre P1 e sótão/P2) em vigas de secção rectangular com 20x8cm, paralelas entre si e afastadas 50cm ao eixo, encastradas nas paredes. No piso 1, sobre as vigas, estão pranchas de madeira pregadas. A dada altura, os anteriores inquilinos revestiram o pavimento com uma tela a imitar cortiça. Isto deve ter contribuído para a degradação da madeiras. Sob as vigas encontra-se o tecto, em estafe (que numa das divisões, devido às infiltrações na cobertura, se encontrava rachado e parcialmente solto, tendo acabado por desabar neste Inverno).
    Na cobertura, em vigas de secção rectangular, não sei as dimensões (mas parecem ter secção superior a 20x8cm). São apenas 3 encastradas nas paredes: a da cumeeira, uma viga a “meio vão” entre cumeeira e apoio na parede das platibandas. Tem duas vigas escoradas nos “1/4 de vão” com secção mais reduzida que não encastram nas paredes. Não sei se a solução é original mas é com certeza para reduzir os empenos das varas. Sobre estas vigas estão 8 varas de ~10x10cm ao longo da pendente do telhado. Por cima das varas, e disposto perpendicularmente a estas, está o ripado onde apoiam as telhas cerâmicas tipo Marselha.
    O telhado é apenas de duas águas, sendo a água que da frente bastante simples e a água do tardoz recortada por um saguão e uma chaminé. O volume das instalações sanitárias tem uma só água que pende para o pátio das traseiras.


    A ideia para estes dois pisos (piso 1 e piso 2/sótão) seria de substituir as peças de madeira por madeira de casquinha vermelha de 2ª, apoiadas em frechal de madeira/metal tipo Simpson/metal tipo cantoneira ou caso não fosse tecnicamente inviável dadas as condicionantes o mesmo sistema em uso actualmente, vigas encastradas nas paredes exteriores (e apoiadas nas interiores).
    Por cima colocaria painéis OSB, e por cima destes os pavimentos flutuantes em laminado de madeira e nas zonas húmidas pavimento cerâmico (sobre Schluter Ditra para impermeabilização e dessolidarização). Por baixo aplicaria tecto falso contínuo em gesso laminado, com interposição de lã de rocha. Entre o tecto e as vigas passariam as redes, em esteira ou tubo para electricidade e ITED, e em abraçadeiras fixas às paredes para águas e esgotos. Os pés direitos são altos, pelo que poderia baixá-los ligeiramente e fazer passar as redes sem grandes problemas.

    Na cobertura seria fazer um lintel de coroamento onde pudesse apoiar a estrutura da cobertura, painéis OSB por cima, barreira pára-vapor tipo Tyvek, isolamento em XPS, ripa e contra-ripa de madeira e telha lusa a terminar.
    No piso 0, os corredores e zonas húmidas estão pavimentados em mosaicos cerâmicos, os quartos em soalho de madeira em espinha, e a sala em pranchas de madeira. A ideia neste piso era retirar estes pavimentos e fazer um piso sanitário/caixa de ar para minimizar a humidade ascendente, e posteriormente pavimentar com cerâmico. Nas paredes do piso 0 penso sanear as paredes, fazer um salpisco/reboco simples (à base de cal) e revestir as paredes em gesso laminado com ómegas/mestras de 16mm.
    No exterior, substituir caixilharias, sanear as paredes onde necessário com argamassas à base de cal e colocar sistema ETICS.
    Coisa pouca. Lol

    Resumindo:
    A estrutura sobre a qual existiam dúvidas é de uma laje de piso habitável (P1), de uma laje de esteira de um espaço não habitável que quero transformar em habitável (P2/sótão), e de uma cobertura que quero reabilitar.
    Perguntas a quem souber responder:
    a) Lintel de coroamento, qual o preço que poderá custar?
    b) Cobertura com duas águas, ~65m2, na solução descrita, quanto poderá custar, incluindo lintel de coroamento e estrutura de madeira?
    c) Lajes (vigas de madeira+OSB) no P1 e no P2/sótão, quanto poderão custar?

    Estou receptivo a quaisquer sugestões e críticas.
    Agradeço mais uma vez o vosso precioso contributo (espero não me ter alongado demais).
  7.  # 29

    Não passo de um leigo na matéria, mas, em relação ao telhado, se vai substituir a estrutura em madeira, porque não optar pela solução Tectum, da Lusoceram/Uralita? Pela descrição deles, esta solução apresenta pesos menores, o que talvez dispensasse o lintel de coroamento.

    Quanto à lã de rocha, não colocaria, e já que vai ter tectos em gesso cartonado, colocaria placas da Knauf com isolamento acústico incorporado, é 2 em 1...

    Essa casa é igual à que pretendo restaurar, só que com menos dois pavimentos...
  8.  # 30

    Nada? Ninguém tem sugestões ou críticas? :/
  9.  # 31

    .
  10.  # 32

    spyfi, escusa de pontuar para manter a discussão activa, eu mando uns bitaites, enquanto os experts não se pronunciam (podem até nem o fazer), até porque o tema também me interessa.

    Achei muito interessante as soluções em vigas I (no caso Finnforest), conjugadas com os sistemas de ancoragem e fixações Simpson. Utilizados e desenvolvidos nos países que utilizam a madeira como elemento base da construção. Não sei se os preços são equiparados ao sistema de barrotes, mas a nível de peso ficam abaixo, logo permitem estruturas mais leves. Também descobri que se podem fazer linteis e frechais (o tal...) em madeira (Kerto-S). ( no site da Jular)
  11.  # 33

    pontuei por isso mesmo, para manter a discussão no topo e não ficar esquecida. Não sabia se era permitido pelas regras do fórum, mas arrisquei na mesma.

    Pois, as vigas I da Finnforest conjugadas com as fixações simpson também já as tinha ponderado. Pedi uma cotação à Jular já há algum tempo mas indicaram-me os preços para a madeira lamelada. Tenho que voltar à carga e ver se é mais vantajoso (€) com vigas I. O principal contra é que as vigas normalmente apresentam maior altura para a mesma situação.

    Também me propuseram fazer as lajes de piso em paineis xlam apoiados directamente sobre os frechais dado o vão ser relativamente pequeno mas essa deixa-me um pouco de pé atrás... só com cálculos a comprovar a sua exequabilidade é que me convencem...
  12.  # 34

    Caro AJCLeitão, esse livrinho que postou é uma das minha bíblias. Mas porque é que diz pertencer à biblioteca do Mestre Alexandre? Era uma colecção dirigida pelo Thomaz Bordallo Pinheiro, ed. Allaud, Alves & C.ª..
  13.  # 35

    oops, esqueça a minha dúvida...

    ...Tive a sorte de ter um Mestre na família, que era o meu Avô....
    • PASA
    • 8 junho 2011 editado

     # 36

    "Pois, as vigas I da Finnforest conjugadas com as fixações simpson também já as tinha ponderado. Pedi uma cotação à Jular já há algum tempo mas indicaram-me os preços para a madeira lamelada."

    Já agora, que preços... quantidades, secções...
    E porque não os barrotes "normais"? às vezes, o mais simples é o mais eficaz...
    Há pelo menos outra empresa que comercializa vigas I, de outra marca (madeicávado - tecniwood)

    "Também me propuseram fazer as lajes de piso em paineis xlam apoiados directamente sobre os frechais dado o vão ser relativamente pequeno mas essa deixa-me um pouco de pé atrás... só com cálculos a comprovar a sua exequabilidade é que me convencem..."

    tenho que pesquisar isso do xlam...
  14.  # 37

    Esses paineis XLAM ( Estruturas de madeira com painéis maciços de madeira lamelada-colada cruzada). .. que desconhecia.. devem "custar uma pipa".
    deixo aqui um link:
    http://www.tisem.pt/www/?f=produto

    E tem documento de aprovação técnica - ETA:
    http://www.tisem.pt/www/ftp/Documentos%20KLH/05-ETA.06.%200138.pdf
    • PASA
    • 10 junho 2011

     # 38

    Esses painéis também podem ser usados para paredes. Mais uma opção, principalmente quando se pretende aproveitar o máximo de espaço. Quanto ao preço, o site não disponibiliza a tabela...
    • PASA
    • 6 outubro 2011 editado

     # 39

    Como já tinha referido antes, sou proprietário de uma casa com caracteristicas idênticas à que deu origem a este post. Estando agora na fase de reabilitação da mesma, já decidi que a reconstrução da estrutura de alguns pisos será em vigas lameladas coladas de 8x16, para um vão de ~3m, afastadas em 50 cm ao eixo, apoiadas em cachorros metálicos, uma vez que as paredes são em granito.
    Agora só tenho dúvidas quanto ao melhor método para a fixação dos cachorros na parede: Buchas metálicas + parafusos ou grout + vara roscada? Sinceramente, estou mais inclinado para a 2ª opção, visto que terei de efectuar furos de menor diâmetro.


    Obrigado.
  15.  # 40

    Eu não punha cachorros, limita muito os espaçamento.

    Porque não mete uma cantoneira 100x100x10 fixa à parede com buchas químicas (o grout obriga a diâmetros de furação maiores). Têm várias vantagens.

    Permite distribuir as forças pelos vários apoios.
    Pode furar onde der mais jeito
    Permite uma melhor distribuição e apoios das vigas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: PASA
 
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