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  1.  # 1

    Boa noite,
    Eu estou em vias de comprar casa e tenho 2 questões a colocar.
    Vivo com a minha mãe, a minha mulher (união de facto), e a minha filha. A minha mãe quer-me dar 50 mil euros para a entrada do meu apartamento. Mas eu há uns tempos ouvi falar que qql montante superior a 10 mil euros que fosse doado sofreria impostos. E tenho muito medo da minha mãe me transferir 50 mil euros para a minha conta e depois "comerem-me" uma parte desse valor. Quem me puder clarificar isto, agradecia.

    A minha outra questão é a seguinte: O meu IRS é composto por 2 sujeitos passivos e um dependente (eu, minha mulher e filha), no regime de união de facto.
    A minha mulher não trabalhou no ano referente ao IRS, logo o montante das remunerações são só as minhas, que são de 15 mil euros. Tenho contrato a efectivo na empresa onde trabalho. O apartamento que quero comprar custa 150 mil euros e foi avaliado em 175 mil. E dou entrada de 50 mil que a minha mãe me dá.
    Tendo em conta que tenho IRS de apenas 15 mil euros por a minha mulher não ter trabalhado em 2008 e que tenho 1 dependente, quais acham que são as hipóteses do banco me emprestar 110 mil euros?

    Muito obrigado.
    •  
      FD
    • 2 março 2009 editado

     # 2

    Calcule a taxa de esforço.

    O que o banco faz, entre outros cálculos porventura mais complicados (não sei, nunca trabalhei num), é calcular, face o seu rendimento mensal, quanto pode pagar de prestação por mês. Faça a seguinte conta:

    Rendimento anual / 12 meses = rendimento mensal
    Rendimento mensal / taxa de esforço = valor máximo da prestação

    A taxa de esforço varia muito consoante as condições e diversos factores mas, pelo que sei, pode sempre contar com 1/3. Se for esse o caso, sendo um cenário conservador, isto é, mau para si, a conta será:

    Rendimento anual / 12 meses = rendimento mensal
    Rendimento mensal / 3 = valor máximo da prestação

    Se ganha 15.000€/ano:

    15000 / 12 = 1250
    1250 / 3 = 416€

    Num cenário conservador, a sua taxa de esforço não lhe permite ter uma renda superior a 416€. Agora é uma questão de fazer uma simulação para essa casa e ver quanto ficaria a pagar por mês. Deve no entanto ter em atenção que isto não é assim tão linear, este é apenas um dos factores e a fórmula de cálculo pode variar muito. O valor da entrada, ou seja o rácio avaliação/financiamento, também é muito importante, e se diz que a sua mãe lhe empresta/dá (empréstimos não pagam impostos...? se é que me percebe) 50 mil euros, o risco do banco desce substancialmente, logo, é mais provável uma aprovação.
  2.  # 3

    FD,
    O sr. é um verdadeiro serviço público aqui no fórum, tem de pensar em começar a cobrar pela ajuda que sempre vai dando ao pessoal aqui, eheh.
    Outra questão:
    Os rendimentos sobre os quais o banco se baseia para calcular essa taxa de esforço são os brutos ou os líquidos?
    E mesmo sem contar com isso, eu estou numa situação em que sei que há milhares e milhares de empregados por conta de outrém como eu, que é a de receberem mais do que o que está no contrato de trabalho. No meu caso, no meu contrato recebo 1200. Depois com os descontos de IRS e segurança social e somando o subsidio de almoço, o recibo de vencimento vem sempre com 1000€, 1050€, por aí. Mas o meu patrão paga-me sempre os 1200€. Ou seja recebo uns 150€ a 200€ "por fora".
    Pensando logicamente eu acho que o banco não quer saber disto para nada, pq não é algo "palpável", que se prove (apesar de poder ser comprovado pelos estratos bancários). Mas pensando melhor, e sabendo que isto acontece a milhares e milhares de pessoas, será que os bancos não têm isso em conta?
    •  
      FD
    • 2 março 2009

     # 4

    Normalmente, líquidos. Também têm em conta o saldo média da conta bancária, se for o caso... quanto a remunerações extra, não querem saber disso, até porque essas remunerações tanto podem existir hoje como amanhã já não...

    O que acontece muitas vezes é, apesar de existir dinheiro, não existir suporte factual para calcular essa taxa de esforço. Veja-se por exemplo, o Manuel Damásio (ex-Presidente do S.L. Benfica) que se "orgulhava" de declarar o ordenado mínimo. Como é lógico, se fosse pedir dinheiro ao banco, o banco tanto podia emprestar como não, mas não se fiava nessa declaração do ordenado mínimo... ia buscar informação a outros lados (o saldo médio ou o património, por exemplo).
  3.  # 5

    Colocado por: thisemptyBoa noite,
    Eu estou em vias de comprar casa e tenho 2 questões a colocar.
    Vivo com a minha mãe, a minha mulher (união de facto), e a minha filha. A minha mãe quer-me dar 50 mil euros para a entrada do meu apartamento. Mas eu há uns tempos ouvi falar que qql montante superior a 10 mil euros que fosse doado sofreria impostos. E tenho muito medo da minha mãe me transferir 50 mil euros para a minha conta e depois "comerem-me" uma parte desse valor. Quem me puder clarificar isto, agradecia.

    A minha outra questão é a seguinte: O meu IRS é composto por 2 sujeitos passivos e um dependente (eu, minha mulher e filha), no regime de união de facto.
    A minha mulher não trabalhou no ano referente ao IRS, logo o montante das remunerações são só as minhas, que são de 15 mil euros. Tenho contrato a efectivo na empresa onde trabalho. O apartamento que quero comprar custa 150 mil euros e foi avaliado em 175 mil. E dou entrada de 50 mil que a minha mãe me dá.
    Tendo em conta que tenho IRS de apenas 15 mil euros por a minha mulher não ter trabalhado em 2008 e que tenho 1 dependente, quais acham que são as hipóteses do banco me emprestar 110 mil euros?

    Muito obrigado.


    Ganha 15 mil euros por ano, a sua mulher não trabalha e tem uma filha para alimentar e quer pedir um empréstimo de 110 mil euros, que correspondem a uns 600 euros por mês quando a Euribor voltar para os 4% ????

    Já fez bem as contas? sobram 400 euros para alimentar 3 bocas e pagar agua/luz/gás/telefone/Internet + escola da filha + roupas + alimentção...

    Francamente, se fosse a si (nas suas condições) só comprava uma casa de 150 mil euros se ganhasse 30 mil euros por ano. E mesmo assim não ia ser fácil ter uma vida folgada...

    Porquê uma casa de 150 mil euros? Não lhe chega um T2 de 80 ou 90 mil euros? Depois as pessoas admiram-se quando ficam endividadas e o banco lhes vai hipotecar a casa...
 
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