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  1.  # 61

    Sim Marco, esbarra na lei.
  2.  # 62

    Colocado por: marco1joanax

    fiquei curioso, onde esbarra a sua pretensão? é nos regulamentos nacionais?


    .. deve começar logo na questão dos pés-direitos dos contentores (tem por fora, no máximo, os over height =2.59m), portanto, depois de serem devidamente forrados e isolados pelo interior, ficarão bem abaixo do regulamentar...

    A obrigatoriedade de o "edificio", ser ligado aos serviços públicos - estou a falar claro no abastecimento de água e de esgotos - em ZONAS Urbanizadas.
    A estrutura metálica, tem de ser "certificada" e verificada para cumprir com os eurocoódigos.
    Os contentores têm de cumprir com os requisitos do RCCTE e de acústica.

    O projecto tem de ser elaborado por uma equipa pluridisciplinar composta por arquitecto e Engenheiros.
    ...

    Fora o que escrevi, não vejo grandes inconvenientes... é possivel colocar a sua ideia em prática.. agora não pode comparar com os requisitos de paises como Haiti, Guatemala, Chile, India, etc... ( ou a falta destes)
    Concordam com este comentário: marco1, ArqCastro, joanax
  3.  # 63

    Não esquecer que provavelmente muitas câmaras aquando do levantamento da licença vão argumentar que um empreiteiro Geral ou Construtor de edifícios de construção tradicional não é a empresa habilitada para este tipo de construção.
    • joanax
    • 22 fevereiro 2012 editado

     # 64

    Caro Pedro

    Acertou na mouche em muitos dos problemas que tenho encontrado e não ficam por aí...

    Eu não esperava que a burocracia em Portugal me facilitasse a vida, bom, eu nasci aqui e sei o que a casa gasta. Espera mais cooperação no sentido da concretização do que é de facto um projecto interessante (e não sou eu que o defino assim), mas o que encontro é uma enorme vontade de me barrar o caminho, nem que seja de formas mesquinhas.

    A sustentabilidade é o único rumo a seguir e quanto mais cedo percebermos isso melhor e nem se trata aqui de ecologias e movimentos afins (que muito respeito diga-se). É mesmo a questão de utilização inteligente de recursos que está em causa.
  4.  # 65

    Colocado por: joanaxEu estou a travar a minha e só descansarei enqusto tiver os meus contentores no terreno (já agora urbano para que saibam) e com tudo o que uma habitação dita "normal" tem, mas 100% independente da rede (e aqui é que os governos se torcem todos e detestam este tipo de projectos).


    Está giro. Como é que consegue uma casa 100% independente da rede? Como vai fazer para tratar os esgotos? E para ter electricidade?

    Por um lado entendo as câmaras, repare que ao estar independente da rede também está a dar cabo da sustentabilidade. Só é sustentável haver redes de esgotos, luz, etc, se o seu uso for generalizado... Por outro lado é pena as câmaras e a lei não deixarem projectos como estes, deste que bem estruturados, andarem para a frente. Só temos a ganhar com a experiência.
  5.  # 66

    Por outro lado, e vendo o outro lado da questão, a verdade é que o facilitismo legal neste campo poderia levar, à proliferação de barracas e a "abarracar " o país inteiro. Nem 8 (como hoje acontece) nem 80.


    Colocado por: danobrega

    Está giro. Como é que consegue uma casa 100% independente da rede? Como vai fazer para tratar os esgotos? E para ter electricidade?

    Por um lado entendo as câmaras, repare que ao estar independente da rede também está a dar cabo da sustentabilidade. Só é sustentável haver redes de esgotos, luz, etc, se o seu uso for generalizado... Por outro lado é pena as câmaras e a lei não deixarem projectos como estes, deste que bem estruturados, andarem para a frente. Só temos a ganhar com a experiência.
    Concordam com este comentário: joanax
  6.  # 67

    há muitas soluções para casas off-the-grid, sem qualquer ligação à rede.
    e muitas soluções oriundas de portugal.
    veja o caso da ecodepur, que fabrica mini etars, cuja água pode ser aproveitada para rega.
    alimentação eléctrica através de eólico ou fotovoltaico.
    abastecimento de água por furo ou aproveitamento de águas da chuva.
    -
    cá temos memória curta. antes do 25 de abril como e vivia? sem rede nenhuma, em muitos sítios.
    hoje é possível ter o conforto moderno e viver sem serviços de terceiros.
    agora, sem serviços de terceiros, como se pagam investimentos doidos que foram sendo feitos -e bem- em redes de abastecimento e de saneamento?
    mal está na obrigatoriedade de os usar, em detrimento de soluções próprias. isso sim, está mal.
  7.  # 68

    Colocado por: noves foraveja o caso da ecodepur, que fabrica mini etars, cuja água pode ser aproveitada para rega.
    alimentação eléctrica através de eólico ou fotovoltaico.
    abastecimento de água por furo ou aproveitamento de águas da chuva.


    Certo certo... mas:

    O preço e dimensão das "mini" etars faz com que, do ponto de vista ecológico e da sustentabilidade, sejam partilhadas por algumas famílias. As ETARs das câmaras, devido à sua escala, serão sempre mais ecológicas e sustentáveis que uma mini etar por habitação. Para além disso precisa de as alimentar com energia, que não estando ligado à rede vai precisar de uma instalação complexa. Idem para a energia que quiser usar na casa...

    Colocado por: noves foracá temos memória curta. antes do 25 de abril como e vivia? sem rede nenhuma, em muitos sítios.


    A casa da minha avó tinha uma fossa em betão, permeável portanto, muito má para o ambiente. A água do poço não se podia usar para alimentação. Hoje ainda menos.

    Colocado por: noves foramal está na obrigatoriedade de os usar, em detrimento de soluções próprias. isso sim, está mal.


    Discordo se usar o jargão sustentabilidade. Se quiser torrar dinheiro, ou tentar criar um projecto auto sustentável por sua ambição, ok penso que poderia não haver obrigatoriedade. Mas não concordo que por estar desligado da rede é mais ecológico ou sustentável... pode ser ou não.

    Repare, eu vou ter de instalar uma fossa biológica ou ETAR por não ter rede de esgotos. Os recursos (dinheiro) que vou gastar a adquirir, instalar e manter o equipamento fizeram com que eu rapidamente passasse a olhar para a conta da água, que agora tem 90% do consumo da água em taxas relacionadas com esgotos, de uma forma completamente diferente. Quem me dera poder continuar a pagar 20€ todos os meses para mandar os cag$%#$s para outro lado. :)
    • joanax
    • 23 fevereiro 2012 editado

     # 69

    Bom vamos por partes:


    • não há aqui a intenção de abarracar o país. Percebo e concordo com o seu ponto de vista. Mas, tal como disse ocaro Carlos, nem 8 nem 80. O que há é ma vontade da tutela, que procura tudo o que for entrave para bloquear algo que desconhece, que nunca viu e tudo que envolva um palavrão que mete medo a muita gente - sustentabilidade.

    • sr Danobrega, uma casa pode ser independente em termos de esgotos e electricidade e sem poluir o ambiente, mas penso que isso já terá ficado claro para si. Aliás é tão simples que nem vejo porque me alongar mais sobre o tema

    • "ao estar independente da rede também está a dar cabo da sustentabilidade" - ora aqui estão duas questões distintas que convém esclarecer. O Estado está, ou deveria estar ao serviço das populações e não o contrário. Mas, na cabeça das pessoas, este paradigma dificilmente se destrói. Além disso, é uma verdadeira barbaridade dizer que estar desligado da rede é dar cabo da sustentabilidade. De quem? Do Estado, das câmaras, dos muitos srs do privado que se servem do Estado para enriquecer? Não é essa a sustentabilidade de que falo. Ambiente meu caro, é do ambiente que falo. Se investigar um pouco ficará assustado com o que é necessário destruir para poder manter toda a gente confortavelmente ligada à rede. Mas, nem quero ir por aqui que nem sou nenhuma ecologista.

    • "Se quiser torrar dinheiro, ou tentar criar um projecto auto sustentável por sua ambição, ok penso que poderia não haver obrigatoriedade. Mas não concordo que por estar desligado da rede é mais ecológico ou sustentável... pode ser ou não." Ora nem mais, se me apetecer criar uma solução sustentável, que me sai mais cara que viver numa casa convencional (aqui ignore-se a questão dos contentores, falo do preço de viver "100% fora da rede"), deveria estar no meu direito certo? Errado, o Estado precisa de "dependentes" e não facilita a vida a quem não o queira ser. E estar totalmente desligado da rede senhor Danobrega é de facto muito mais ecológico e sustentável, isso é absolutamente irrefutável. Mas, deixo-lhe esse trabalho de casa para si, eu já o fiz há anos e baseio o que digo em factos não em divagações do pode ser ou não.

    • se o senhor quer estar ligado à rede, ótimo para si. Agora deixem quem não quer estar seguir com a sua vidinha e ficar desligado. Isso é que era. Mas, não, Portugal não funciona assim, nem que apresentemos soluções credíveis para podermos estar desligados da rede sem que isso nos torne barraqueiros ou desprovidos de condições de vida decentes. Impostos e interesses instalados, tudo se resume a isto.



    Bom, tenho pena de ter inclinado o thread um pouco para a sustentabilidade, para a vida fora da rede e esquecendo o primordial: que interessa criar melhores condições burocráticas a quem apresente projectos credíveis de habitabilidade não convencional, estejam eles fora da rede ou não. Esse foi o proprósito com que registei no fórum, o de tentar sensibilizar mais algumas pessoas, para os benefícios de algumas soluções de habitação e dando o meu conhecimento pessoal acerca da matéria. Peço que me desculpem um pouco o tom que pode ser mal entendido, mas este é um assunto para mim demasiado apaixonante para ser tratado com leviandade e leveza de palavras e posturas.

    O meu obrigado a todos os que têm participado nesta conversa informal.
    Concordam com este comentário: AnaT
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AnaT
  8.  # 70

    Colocado por: joanaxdeveria estar no meu direito certo?


    Certo, concordo que devia ser o seu direito!

    Colocado por: joanaxE estar totalmente desligado da rede senhor Danobrega é de facto muito mais ecológico e sustentável


    Não concordo. :)

    Colocado por: joanaxeu já o fiz há anos e baseio o que digo em factos não em divagações do pode ser ou não


    Pena não partilhar. :(
  9.  # 71

    Joana, espero que consigas o que pretendes. Digo isto sem qualquer tipo de cinismos ou de mensagens entre-linhas.
    Concordam com este comentário: marco1, raulschone, danobrega, noves fora, joanax
  10.  # 72

    a construção de uma casa off-the-grid é, sobretudo, uma questão filosófica de quem a faz. digo-o pq partilho essa visão.
    acho que o custo, quer financeiro, quer ambiental, quer de retorno, de infra-estruturar um país inteiro não tem retorno a nenhum nível, criando um emaranhado confuso de interesses, taxas, tarifas e obrigatoriedades, que apenas têm justificação nas necessidades de tesouraria das entidades que gerem e exploram cada uma das redes.
    aliás, a meu ver a legislação, de braço dado com os avanços tecnológicos e com uma maior consciencialização ambiental, caminha a grande velocidade neste sentido.
    de resto, como na maior parte das coisas da vida, opiniões há-as para todos os gostos. e a minha é uma delas. :)
    Concordam com este comentário: joanax
  11.  # 73

    Colocado por: branco.valterJoana, espero que consigas o que pretendes. Digo isto sem qualquer tipo de cinismos ou de mensagens entre-linhas.


    Agradeço a simpatia. Vou conseguir, é uma questão de tempo e paciência. E espero com isso ajudar quem vier a seguir tentar fazer o mesmo.

    Colocado por: noves foraa construção de uma casa off-the-grid é, sobretudo, uma questão filosófica de quem a faz. digo-o pq partilho essa visão.
    acho que o custo, quer financeiro, quer ambiental, quer de retorno, de infra-estruturar um país inteiro não tem retorno a nenhum nível, criando um emaranhado confuso de interesses, taxas, tarifas e obrigatoriedades, que apenas têm justificação nas necessidades de tesouraria das entidades que gerem e exploram cada uma das redes.
    aliás, a meu ver a legislação, de braço dado com os avanços tecnológicos e com uma maior consciencialização ambiental, caminha a grande velocidade neste sentido.
    de resto, como na maior parte das coisas da vida, opiniões há-as para todos os gostos. e a minha é uma delas. :)

    Ora nem mais.
  12.  # 74

    Então depois dá noticias porque este tipo de informações devem ser conhecidas. Tu não és a única pessoa que tem este tipo de idéia (muito pelo contrário).
    Concordam com este comentário: noves fora, joanax
  13.  # 75

    exactly!
    •  
      bcool
    • 24 fevereiro 2012

     # 76

  14.  # 77

    SE for construido...
  15.  # 78

    ...e se for licenciaável ( como habitação)... o que dúvido. ;)
    também duvido que possa vir custar 1000€... metam lá mais 4000€ + transporte + Montagem ;)
  16.  # 79

    Apoio este tipo de iniciativas e sou apologista de mudanças na lei, que acho demasiado rígida. Ainda assim acho que alguns casos, como este, vão longe demais. Um exemplo:

    A única subdivisão é mesmo a casa-de-banho, onde o lavatório, que “é maior que o normal”, serve também de lava-louça.
  17.  # 80

    Alguns ciganos usam habitações ainda mais baratas, e com um estilo de vida ainda mais sustentável. Usam muito menos água e muito menos energia que "a média". É tudo uma questão de perspectiva.

    Mas sinceramente o crescimento da população e principalmente da densidade populacional assusta-me um bocado: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/19104/imagens+denunciam+aumento+de+gaiolas+humanas+em+hong+kong+.shtml.

    Não me parece que essa casa de 1000€ seja de louvar, muito pelo contrário. Indicia que a sociedade caminha numa direcção horrível.
 
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