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  1.  # 481

    Boas

    Não vou discutir qual é a actividade mais importante, ou marcante, ou maior na actividade de projecto. O que não acho é que as especialidades sejam um trabalho menor; aliás nunca me passaria pela cabeça classificar algum trabalho como menor, os executantes é que podem ser "menores".
    Quanto às especialidades sem cálculos é verdade que existe; e (parece-me) os arquitectos podem executa-las. Já no que diz respeito ao cálculo de redes de água só pode achar um trabalho "chapa 5" quem não tem a mínima noção do que está a dizer. E desafio quem diga isto a proceder ao cálculo de uma rede. Só é fácil (e nem sempre) para quem sabe.
    O que está a acontecer aqui é que estão a dar a ideia que quem faz as especialidades é mau profissional, entra porco e sai chouriço e é tudo "chapa 5". Também eu já tive experiências muito más com arquitectos, mas foram uma minoria e não tomo todos por iguais. Ambos os trabalhos (como todos) podem ser bem ou mal feitos, e há bons e maus engenheiros e arquitectos. Assim, se querem fazer comparações façam-nas entre trabalhos do mesmo nível de qualidade: boa arquitectura com boa engenharia e má arquitectura com má engenharia.
    No que diz respeito à relação de custos entre o projecto de arquitectura e os projectos de especialidade, não vejo razão para discutir: quando me pedem um orçamento para executar as especialidades estabeleço um preço e não me preocupa minimamente quanto custou a arquitectura. Não tenho nem quero ter nada a ver com isso.
    Já agora, e sem hilariar (aconselharam-me a ter cuidado), nunca faria as especialidades ao preço a que vejo alguns a anunciar o projecto de arquitectura :-)

    cumps
    José Cardoso
  2.  # 482

    Colocado por: j cardosoBoas

    Não vou discutir qual é a actividade mais importante, ou marcante, ou maior na actividade de projecto. O que não acho é que as especialidades sejam um trabalho menor; aliás nunca me passaria pela cabeça classificar algum trabalho como menor, os executantes é que podem ser "menores".
    Quanto às especialidades sem cálculos é verdade que existe; e (parece-me) os arquitectos podem executa-las. Já no que diz respeito ao cálculo de redes de água só pode achar um trabalho "chapa 5" quem não tem amínimanoção do que está a dizer. E desafio quem diga isto a proceder ao cálculo de uma rede. Só é fácil (e nem sempre) para quem sabe.
    O que está a acontecer aqui é que estão a dar a ideia que quem faz as especialidades é mau profissional, entra porco e sai chouriço e é tudo "chapa 5". Também eu já tive experiências muito más com arquitectos, mas foram uma minoria e não tomo todos por iguais. Ambos os trabalhos (como todos) podem ser bem ou mal feitos, e há bons e maus engenheiros e arquitectos. Assim, se querem fazer comparações façam-nas entre trabalhos do mesmo nível de qualidade: boa arquitectura com boa engenharia e má arquitectura com má engenharia.
    No que diz respeito à relação de custos entre o projecto de arquitectura e os projectos de especialidade, não vejo razão para discutir: quando me pedem um orçamento para executar as especialidades estabeleço um preço e não me preocupa minimamente quanto custou a arquitectura. Não tenho nem quero ter nada a ver com isso.
    Já agora, e sem hilariar (aconselharam-me a ter cuidado), nunca faria as especialidades ao preço a que vejo alguns a anunciar o projecto de arquitectura :-)

    cumps
    José Cardoso


    Eu ao referir-me a projectos menores (já que isso está a gerar tao mau estar) quero apenas dizer que são de menor complexidade, elaboração, tamanho, dificuldade; não que sejam reles, obviamente. Quero dizer que não se pode equiparar um projecto de águas com a arquitectura ou até a estabilidade; parece-me obvio para quem conhece a área da construção. Um projecto de águas não sofre alterações, é sempre entregue por inteiro, e nem sei se tem direito de autor - podem-me esclarecer acerca disso?

    Não posso concordar acerca de muitos projectos de águas não serem "chapa 5". Não me venham dizer que não, pq já me passaram pelas mãos alguns.

    Mas obviamente há bons exemplos, e profissionais que se didacam à "causa".
    Às vezes até nem é má vontade dos técnicos, é que em certos casos nem é defacto preciso muito trabalho para tais projectos (refiro-me a moradias).

    Mas noutras coisas concordo consigo, caro José.
    Um abraço.
  3.  # 483

    Boas


    Não posso concordar acerca de muitos projectos de águas não serem "chapa 5". Não me venham dizer que não, pq já me passaram pelas mãos alguns.

    Se estiver a falar do traçado da rede de uma moradia ou semelhante, até posso aceitar. O pior é o resto, ou seja, calcular os diâmetros das tubagens, isto é, o cálculo hidráulico, e aí gostava de ver. Ou é daqueles que acha que os diâmetros são sempre os mesmos, não dependem dos aparelhos instalados, comprimento das tubagens e nível de conforto pretendido entre outras coisas?
    Quanto à complexidade, das duas uma:
    - confunde complexidade com criatividade (preponderante em arquitectura mas não em engenharia).
    - confunde complexidade com visibilidade: a arquitectura é o que se vê, mostra-se a todos (veja-se a Casa da Música no Porto: todos opinaram, uns gostam outros não, todos sabem quem é o arquitecto mas ninguém conhece os autores do projecto de estabilidade)
    - ou então não faz mesmo a mínima ideia (nem tem de fazer) do que é um projecto de estabilidade ou de comportamento térmico, o que não seria nada de mais se não fizesse as afirmações que faz.

    cumps
    José cardoso
  4.  # 484

    Não queria entrar nesta «discussão», mas lá vai (com o risco de ser apodado de «traidor»)
    :-)
    (oops! Lá estou eu a hilariar!!)

    Já fiz projectos de estabilidade, de abastecimento de gás, de águas, de isolamento acústico, preenchi fichas técnicas de habitação e sei lá o que mais. E tanto estou a falar de prédios com vários pisos (o meu tem 27, incluindo as 4 caves), como de pequenas moradias.

    Tenho, portanto, uma ideia do que "custa" fazer alguns desses projectos.

    E concordo que fazer um projecto com uma Arquitectura original pode não ser mais complexo, nem ter mais responsabilidade que os de Engenharia. Mas envolve mais horas de trabalho do que - provavelmente - a totalidade de todos os outros projectos de Engenharias.

    Não esqueçamos que é ao Arquitecto que cabe dialogar com o cliente, isso envolve tempo (às vezes muito tempo) e tempo é dinheiro.
    Não vou, é claro, ter em conta o facto de alguns Arquitectos levarem muito mais tempo que o necessário para fazerem um projecto (os grandes artistas não são conhecidos por serem cartesianamente organizados). ;-)

    No entanto, não estou a ver um Arquitecto a perder o sono com a responsabilidade de ter desenhado, numa obra concluída há 20 anos, um telhado demasiado clássico, ou uma sala demasiado comprida para uma cozinha demasiado larga...

    Enquanto que vos garanto que o facto de ser o responsavel (para toda a vida!!) pelo projecto de estrutura em betão armado, ou pelo de abastecimento de água de um prédio onde moram dezenas de famílias, ainda hoje me deixa nervoso.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso
  5.  # 485

    Colocado por: PBarataA não ser que a casa seja muito feia e o tipo morra de ataque cardiaco.. LOL

    Grande frase, sim senhor, merecia ir parar ao mandamentos do fórum.

    Colocado por: Luis K. W.Enquanto que vos garanto queo facto de ser o responsavel (para toda a vida!!) pelo projecto de estrutura em betão armado, ou pelo de abastecimento de água de um prédio onde moram dezenas de famílias, ainda hoje me deixa nervoso.

    Porquê? hihihihhi

    Colocado por: Luis K. W.No entanto, não estou a ver um Arquitecto a perder o sono com a responsabilidade de ter desenhado, numa obra concluída há 20 anos, um telhado demasiado clássico, ou uma sala demasiado comprida para uma cozinha demasiado larga...

    Ora, ele dirá apenas, que não errou, apenas desenhou 10000 projectos que não funcionam

    Colocado por: Luis K. W.(os grandes artistas não são conhecidos por serem cartesianamente organizados). ;-)

    Pois se fossem, seriam engenheiros.bem, pensando bem, seriam contabilistas

    Colocado por: Luis K. W.Não esqueçamos que é ao Arquitecto que cabe dialogar com o cliente, isso envolve tempo (às vezes muito tempo) e tempo é dinheiro.

    A sua sala fica bem aqui, o seu quarto fica ali,e a cozinha fica acolá. O quê, não gosta? mas afinal quem é o arquitecto?

    Colocado por: Luis K. W.Não queria entrar nesta «discussão», mas lá vai (com o risco de ser apodado de «traidor»)

    Traidor, amarelo, fura greves, infiel

    Colocado por: j cardoso(veja-se a Casa da Música no Porto: todos opinaram, uns gostam outros não, todos sabem quem é o arquitecto

    E isso é bom? Quem se preocupar com os custos, não o contrata de certeza

    Colocado por: pedroespigaÀs vezes até nem é má vontade dos técnicos,

    Claro que não, é falta dela

    Colocado por: pedroespigacaros amigos, as maiusculas sao apenas para se conseguir distinguir as frases.

    No, na net etiqueta, significa que está a gritar, aos berros, à beira de um ataque de nervos, de um ataque cardíaco
  6.  # 486

    Colocado por: j cardoso(preponderante em arquitectura mas não em engenharia


    Colocado por: j cardosoBoas


    Não posso concordar acerca de muitos projectos de águas não serem "chapa 5". Não me venham dizer que não, pq já me passaram pelas mãos alguns.

    Se estiver a falar do traçado da rede de uma moradia ou semelhante, até posso aceitar. O pior é o resto, ou seja, calcular os diâmetros das tubagens, isto é, o cálculo hidráulico, e aí gostava de ver. Ou é daqueles que acha que os diâmetros são sempre os mesmos, não dependem dos aparelhos instalados, comprimento das tubagens e nível de conforto pretendido entre outras coisas?
    Quanto à complexidade, das duas uma:
    - confunde complexidade com criatividade (preponderante em arquitectura mas não em engenharia).
    - confunde complexidade com visibilidade: a arquitectura é o que se vê, mostra-se a todos (veja-se a Casa da Música no Porto: todos opinaram, uns gostam outros não, todos sabem quem é o arquitecto mas ninguém conhece os autores do projecto de estabilidade)
    - ou então não faz mesmo a mínima ideia (nem tem de fazer) do que é um projecto de estabilidade ou de comportamento térmico, o que não seria nada de mais se não fizesse as afirmações que faz.

    cumps
    José cardoso



    Caro José,

    Já tenho dito diversas vezes nos últimos comentários, que me estou a referir a obras correntes, as tais moradias.
    Refere que gostava de ver!... Como se eu não soubesse o que são projectos hidráulicos e de tubagens. Então envio-lhe precisamente o último trabalho que entreguei, precisamente sobre hidráulica. Tb sei o que são projectos de estabilidade, acredite.

    Os projectos de arquitectura têm a criatividade, visibilidade, mas também a tal complexidade. Umas não são incompatíveis com as outras.
  7.  # 487

    Colocado por: Luis K. W.Não queria entrar nesta «discussão», mas lá vai (com o risco de ser apodado de «traidor»)
    :-)
    (oops! Lá estou eu a hilariar!!)

    Já fiz projectos de estabilidade, de abastecimento de gás, de águas, de isolamento acústico, preenchi fichas técnicas de habitação e sei lá o que mais. E tanto estou a falar de prédios com vários pisos (o meu tem 27, incluindo as 4 caves), como de pequenas moradias.

    Tenho, portanto, uma ideia do que "custa" fazer alguns desses projectos.

    E concordo que fazer um projecto com uma Arquitectura original pode não ser mais complexo, nem ter mais responsabilidade que os de Engenharia. Mas envolve mais horas de trabalho do que - provavelmente - a totalidade de todos os outros projectos de Engenharias.

    Não esqueçamos que é ao Arquitecto que cabe dialogar com o cliente, isso envolve tempo (às vezes muito tempo) e tempo é dinheiro.
    Não vou, é claro, ter em conta o facto de alguns Arquitectos levarem muito mais tempo que o necessário para fazerem um projecto (os grandes artistas não são conhecidos por serem cartesianamente organizados). ;-)

    No entanto, não estou a ver um Arquitecto a perder o sono com a responsabilidade de ter desenhado, numa obra concluída há 20 anos, um telhado demasiado clássico, ou uma sala demasiado comprida para uma cozinha demasiado larga...

    Enquanto que vos garanto queo facto de ser o responsavel (para toda a vida!!) pelo projecto de estrutura em betão armado, ou pelo de abastecimento de água de um prédio onde moram dezenas de famílias, ainda hoje me deixa nervoso.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:j cardoso


    Concordo em parte com o que escreve, mas não quero que passe uma imagem de desresponsabilização dos arquitectos, perante o que até é o mais visível: o edificado. Para estes, não deve ser indiferente o que se constrói; o arquitecto não se congratu-la apenas com um bom projecto, o objectivo final é um bom edifício.

    Um abraço.
  8.  # 488

    Pedro,
    De uma maneira «simplista», acho que O TEMPO passado a fazer um projecto tem de ser pago. A "qualidade do projecto" e o "preço da hora" depende do arquitecto que o cliente contratou.

    (o que quer dizer que se fôr um projecto de gaveta, devia ser pago em conformidade. Isto é, o tempo de alterar as legendas e o custo das cópias)

    Uma familiar minha pagou uns 10 ou 12mil euros pelos projectos (todos) da moradia dela, mas está UM ESPECTÁCULO. Aqui entre nós, até achei barato!

    Abreviando: como os projectos de engenharia são de execução muito mais célere (e não temos de fazer «n» versões para agradar ao cliente), é natural que sejam bem mais baratos que os de Arquitectura - que, geralmente, incluem toda a organização do processo de licenciamento para a Câmara.

    Em contrapartida, os Arquitectos não têm de se preocupar (como os Engenheiros) no que vai acontecer ao que projectaram quando acontecer o próximo sismo, nem têm calafrios sempre que vêem imagens de sismos ou derrocadas de edifícios noutros países.
    E isto, até morrer!
    Que valor é que se deveria atribuir a isto? Eu acho que é incomensurável.
  9.  # 489

    Boas

    Então envio-lhe precisamente o último trabalho que entreguei, precisamente sobre hidráulica.


    Obrigado; este é realmente um bom exemplo de um trabalho "chapa 5".

    cumps

    José Cardoso
  10.  # 490

    Colocado por: Luis K. W.Pedro,
    De uma maneira «simplista», acho que O TEMPO passado a fazer um projecto tem de ser pago. A "qualidade do projecto" e o "preço da hora" depende do arquitecto que o cliente contratou.

    (o que quer dizer que se fôr um projecto de gaveta, devia ser pago em conformidade. Isto é, o tempo de alterar as legendas e o custo das cópias)

    Uma familiar minha pagou uns 10 ou 12mil euros pelos projectos (todos) da moradia dela, mas está UM ESPECTÁCULO. Aqui entre nós, até achei barato!

    Abreviando: como os projectos de engenharia são de execução muito mais célere (e não temos de fazer «n» versões para agradar ao cliente), é natural que sejam bem mais baratos que os de Arquitectura - que, geralmente, incluem toda a organização do processo de licenciamento para a Câmara.

    Em contrapartida, os Arquitectos não têm de se preocupar (como os Engenheiros) no que vai acontecer ao que projectaram quando acontecer o próximo sismo, nem têm calafrios sempre que vêem imagens de sismos ou derrocadas de edifícios noutros países.
    E isto, até morrer!
    Que valor é que se deveria atribuir a isto? Eu acho que é incomensurável.


    Concordo com quase tudo o que diz.
    Esses projectos tinham projecto de execução?
    Os engenheiros tb não têm que se ralar demasiadamente com os sismos, por exemplo.
    É errado que os arquitectos só se preocupem durante a edificação (não digo que seja o seu caso). Tb têm os direitos e deveres de autor durante toda a vida.
  11.  # 491

    Colocado por: j cardosoBoas

    Então envio-lhe precisamente o último trabalho que entreguei, precisamente sobre hidráulica.


    Obrigado; este é realmente um bom exemplo de um trabalho "chapa 5".

    cumps

    José Cardoso


    Eu não usei nenhuma chapa* (falo por mim), e depois, se o considera como tal, o que não dirá dos normais de águas e esgotos convencionais??!!

    Será que tem melhores exemplos de hidrálica? Estou sempre pronto a aprender...

    *Mas é claro que não sou o autor das fórmulas.
  12.  # 492

    Boas

    Eu não usei nenhuma chapa* (falo por mim)

    Para mim um trabalho é "chapa 5" quando a solução é evidente e imediata, e a execução fácil. Não é depreciar, antes constatar que existem trabalhos mais simples e menos trabalhosos que outros. Acho que o trabalho que apresenta se enquadra nessa definição, o que não quer dizer que esteja mal efectuado, longe disso.
    Um trabalho deixa de ser "chapa 5" quando há necessidade de considerar várias opções buscando aquela solução que, sem perder eficácia, seja a que melhor responda ao pretendido.

    Será que tem melhores exemplos de hidráulica?


    Não se trata de bons ou maus exemplos; desde que bem feitos, todos os trabalhos são bons exemplos. Trata-se apenas de haver caos mais ou menos complexos.
    Por exemplo um familiar meu, arquitecto, comprou uma casa existente e resolveu acrescentar uma garagem no fundo do lote. Não sou arquitecto, mas acho que um trabalho desses pode ser considerado "chapa 5": as medidas eram definidas pelos afastamentos e pela área máxima permitida, a configuração foi a possível, não deu trabalho nenhum. Bem diferente de projectar um edifício. Igual para mim que fiz o projecto de estabilidade: "chapa 5, sem problemas e sem complexos.

    cumps
    José Cardoso
  13.  # 493

    Colocado por: j cardosorabalho deixa de ser "chapa 5"


    Colocado por: j cardosoBoas

    Eu não usei nenhuma chapa* (falo por mim)

    Para mim um trabalho é "chapa 5" quando a solução é evidente e imediata, e a execução fácil. Não é depreciar, antes constatar que existem trabalhos mais simples e menos trabalhosos que outros. Acho que o trabalho que apresenta se enquadra nessa definição, o que não quer dizer que esteja mal efectuado, longe disso.
    Um trabalho deixa de ser "chapa 5" quando há necessidade de considerar várias opções buscando aquela solução que, sem perder eficácia, seja a que melhor responda ao pretendido.

    Será que tem melhores exemplos de hidráulica?


    Não se trata de bons ou maus exemplos; desde que bem feitos, todos os trabalhos são bons exemplos. Trata-se apenas de haver caos mais ou menos complexos.
    Por exemplo um familiar meu, arquitecto, comprou uma casa existente e resolveu acrescentar uma garagem no fundo do lote. Não sou arquitecto, mas acho que um trabalho desses pode ser considerado "chapa 5": as medidas eram definidas pelos afastamentos e pela área máxima permitida, a configuração foi a possível, não deu trabalho nenhum. Bem diferente de projectar um edifício. Igual para mim que fiz o projecto de estabilidade: "chapa 5, sem problemas e sem complexos.

    cumps
    José Cardoso


    Caro José,
    Agradeço as suas palavras.
    Para essa definição de "chapa 5", concordo consigo, mas para mim a definição não é bem essa. Para mim "chapa 5" significa mecânico, repetitivo, o que não é o mesmo que simples. O projecto para essa garagem, não é obrigatóriamente "chapa 5".
    Cmps.
  14.  # 494

    Colocado por: pedroespiga
    Colocado por: Luis K. W....Em contrapartida, os Arquitectos não têm de se preocupar (como os Engenheiros) no que vai acontecer ao que projectaram quando acontecer o próximo sismo, nem têm calafrios sempre que vêem imagens de sismos ou derrocadas de edifícios noutros países.
    E isto, até morrer!
    Que valor é que se deveria atribuir a isto? Eu acho que é incomensurável.

    Concordo com quase tudo o que diz.(...)
    Os engenheiros tb não têm que se ralar demasiadamente com os sismos, por exemplo.
    É errado que os arquitectos só se preocupem durante a edificação (não digo que seja o seu caso). Tb têm os direitos e deveres de autor durante toda a vida.

    Não concordo.
    «Os engenheiros tb não têm que se ralar demasiadamente com os sismos, por exemplo». Então quem é que se rala?
    Se uma estrutura ruir, quem é imediatamente chamado para apuramento de responsabilidades? O Engenheiro projectista, o Engenheiro responsável e mais quem?

    Já quanto aos direitos (e - quais? - deveres) de autor dos arquitectos, sou contra.
    Se um dono de obra pretender alterar um edifício que é dele, e cujo projecto ele pagou ao Arquitecto, tem de ir pedir batatinhas ao mesmo Arquitecto.
    Mas se, por acaso (ia escrever "por felicidade", mas soava mal), quando ele chegar ao atelier do Arquitecto lhe comunicarem que ele sofreu uma fatalidade e morreu nessa manhã, o Dono de Obra já não precisará desse Arquitecto para nada. Estou correcto?

    Portanto, enquanto que os Engenheiros são responsáveis pelo que fizeram até morrer (independentemente das asneiras que os proprietários façam ao edifício), os Arquitectos também só têm que se «preocupar» com o$$ direito$$ de autor até morrer.
  15.  # 495

    A questão dos direitos de autor chamemos assim é bastante complexa...

    Em minha opinião se um cliente paga e é proprietário do edificio e pretende fazer alterações (legalmente permitidas claro), não vejo porque não há-de poder. Essa coisa de pagar e mesmo assim não ser dono faz-me confusão (até mesmo no caso do IMI).

    É uma reminescência dum certo feudalismo que mais tarde ou mais cedo será eliminada. É como as farmácias...
  16.  # 496

    Nesta questão dos direitos de autor relativos á arquitectura ainda não conheçi nenhum técnico que tenha ganho uma acção contra qualquer colega que posterirmente lhe tenha "adulterado" o edificio.
    Já na parte da engenharia há técnicos com penalizações por não terem respeitado ou adulterado este ou aquele projecto de um colega.
  17.  # 497

    Colocado por: Luis K. W.
    Colocado por: pedroespiga
    Colocado por: Luis K. W....Em contrapartida, os Arquitectos não têm de se preocupar (como os Engenheiros) no que vai acontecer ao que projectaram quando acontecer o próximo sismo, nem têm calafrios sempre que vêem imagens de sismos ou derrocadas de edifícios noutros países.
    E isto, até morrer!
    Que valor é que se deveria atribuir a isto? Eu acho que é incomensurável.

    Concordo com quase tudo o que diz.(...)
    Os engenheiros tb não têm que se ralar demasiadamente com os sismos, por exemplo.
    É errado que os arquitectos só se preocupem durante a edificação (não digo que seja o seu caso). Tb têm os direitos e deveres de autor durante toda a vida.

    Não concordo.
    «Os engenheiros tb não têm que se ralar demasiadamente com os sismos, por exemplo». Então quem é que se rala?
    Se uma estrutura ruir, quem é imediatamente chamado para apuramento de responsabilidades? O Engenheiro projectista, o Engenheiro responsável e mais quem?

    Já quanto aos direitos (e - quais? - deveres) de autor dos arquitectos, sou contra.
    Se um dono de obra pretender alterar um edifício que é dele, e cujo projecto ele pagou ao Arquitecto, tem de ir pedir batatinhas ao mesmo Arquitecto.
    Mas se, por acaso (ia escrever "por felicidade", mas soava mal), quando ele chegar ao atelier do Arquitecto lhe comunicarem que ele sofreu uma fatalidade e morreu nessa manhã, o Dono de Obra já não precisará desse Arquitecto para nada. Estou correcto?

    Portanto, enquanto que os Engenheiros são responsáveis pelo que fizeram até morrer (independentemente das asneiras que os proprietários façam ao edifício), os Arquitectos também só têm que se «preocupar» com o$$ direito$$ de autor até morrer.


    Bem, você volta a perder a razão com essa linguagem, que afinal parece ser fiel ao seu pensamento.
    E de facto, estamos longe de um entendimento. Não nos podemos entender enquanto pensar dessa forma retrógada e muito tacanha.
    Não deve se limitar a entender a sua posição, tem que tentar compreender os contextos que envolvem os outros profissionais.
    ...Qt aos sismos, a minha frase vem no seguimento da grande preocupação manifestada (já não sei por quem) relacionada com a responsabilização dada aos eng.ros a quando dum sismo, e eu quis esclarecer, que os engenheiros não são responsáveis por todos os danos que um sismo possa causar. Se eu estiver enganado, peço que me avise.
    Fala em engenheiro projectista, e em engenheiro responsável; fique sabendo que ambas as funções, podem ser executadas por arquitectos.
    Qt aos direitos e deveres:
    Para si são só direitos; é inacreditável isso ser escrito por um engenheiro. E da forma como aborda o assunto e coloca sifrões, deve pensar que são direitos (tipo musicais), que até nos dão lucros durante a vida. Ora fique sabendo, que esses direitos são uma forma directa de sermos responsabilizados. E quanto a lucros, creio que os engenheiros estão muito mais bem remoneradosdo que nós.
    A obra é sempre do dono da mesma, mas não pode exigir ao arquitecto que assine contra vontade. Parece-me óbvio. Em caso de incompatibilidade, o dono deve prosseguir sem este arquitecto. Assim como o arquitecto não pode obrigar o cliente, tb este não pode obrigar o arq..
    ...No caso do arquitecto falecer, claro que já não fará falta ao cliente.
    Escreve: “Portanto, enquanto que os Engenheiros são responsáveis pelo que fizeram até morrer (independentemente das asneiras que os proprietários façam ao edifício) (...)” é pura mentira!
    •  
      FD
    • 19 maio 2009

     # 498

    Não se esqueçam que é possível ceder os direitos de qualquer obra... basta que para isso haja uma declaração nesse sentido. :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: pedroespiga
  18.  # 499

    Colocado por: PBarataA questão dos direitos de autor chamemos assim é bastante complexa...

    Em minha opinião se um cliente paga e é proprietário do edificio e pretende fazer alterações (legalmente permitidas claro), não vejo porque não há-de poder. Essa coisa de pagar e mesmo assim não ser dono faz-me confusão (até mesmo no caso do IMI).

    É uma reminescência dum certo feudalismo que mais tarde ou mais cedo será eliminada. É como as farmácias...


    Desculpe, mas está enganado, o cliente pode sempre fazer o que quiser. Não pode é obrigar um determinado arquitecto a ssinar o que não quer.
    Penso que existem muitos equívocos nisto: o dono de obra tem sempre a última palavra.
  19.  # 500

    Desculpe, mas está enganado, o cliente pode sempre fazer o que quiser. Não pode é obrigar um determinado arquitecto a ssinar o que não quer.
    Penso que existem muitos equívocos nisto: o dono de obra tem sempre a última palavra.

    Sim, claro ninguem pode obrigar ninguem a assinar nada.
    A minha "duvida existêncial" é após o termino da obra, quando passado 9/10 anos o proprietário quer fazer alterações e o arq original, entende que não... Mas isto é outro tópico.
 
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