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  1.  # 81

    Eu acho que a procura do lucro deve não só ser um direito

    De acordo.

    ... mas uma obrigação de cada um.

    Desde que não me tente impor essa obrigação convivo bem com a opinião, de que discordo profundamente.
  2.  # 82

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Mesmo que o teu lucro implique a miséria de outros?

    Explique lá como é que eu a maximizar o meu lucro, posso provocar miséria nos outros? Não vale considerar actividades que fiquem sob alçada do código penal.
  3.  # 83

    Colocado por: Façabem deixamos de ter participação nas empresas que eram do estado ou detidas por capitais privados Portugueses, EDP, REN, CIMPOR, SECIL, Central de Cervejas, UNICER, Portugal Telecom...etc
    Claro que ainda têm participação portuguesa!
    Quanto mais não seja, no trabalho. :-)

    Mais, o que o Chineses fizeram recentemente foi comprar a maior parte das acções da EDP,
    21% não é a maior parte...

    Depois acho uma enorme piada do alarido que fizeram ao Pingo Doce pois a Jeronimo Martins colocou a sua sede na Holanda recentemente, e o Continente, Max Mat (SONAE) aos anos que a sede social está fora do País, ninguem se lembra disso??
    Jerónimo Martins, Sonae, etc., com sede no estrangeiro? Portanto não são empresas portuguesas!? :-)

    Tal como disse em cima, 19 das 20 empresas do PSI-20 têm sede (fiscal) no estrangeiro, sobretudo na Holanda.

    Façabem. Repare: é (QUASE) indiferente quem é o dono do capital das empresas que estão a trabalhar em Portugal.
    Desde que empreguem portugueses, que paguem cá impostos, e que PRODUZAM!
    E se EXPORTAREM, melhor ainda!

    Imagine, como eu já disse em cima, que TODOS os Audi, BMW, Mercedes, Porsche, e Volkswagen fossem produzidos em Portugal, mesmo que o capital fosse estrangeiro. O nosso maior problema passaria a ser *o que fazer a tanto dinheiro!*.

    ----------------------
    Sim, J Fernandes, maximizar o lucro pode aumentar a miséria (ao mesmo tempo que enriquece uma clique de milionários).
  4.  # 84

    Colocado por: Luis K. W.Sim, J Fernandes, maximizar o lucro pode aumentar a miséria (ao mesmo tempo que enriquece uma clique de milionários).

    Explique como.
  5.  # 85

    Colocado por: J.Fernandes
    Eu acredito que sim, acredito que colectivamente ganhamos mais se comprarmos o leite mais barato, independentemente da sua proveniência. Acredito que a prazo ganhamos mais com a concorrência do que estar a manter empresas pouco competitivas por via do proteccionismo do "compre nacional".
    Discordam deste comentário:marco1,Jorge Rocha,DEEPblue,Façabem

    Também concorre comigo aos disparates?
    Quer que a maioria das empresas abram falência para ficarem só supermercados com a justiça ops... INJUSTIÇA a funcionar?
  6.  # 86

    Colocado por: Luis K. W.Sim, J Fernandes, maximizar o lucro pode aumentar a miséria (ao mesmo tempo que enriquece uma clique de milionários).

    Colocado por: J.Fernandes Explique como.

    Pensei que já tinha explicado ... Eu repito. :-)


    Uma empresa, no intuito de aumentar os lucros, resolve deslocalizar a fábrica que tem num país do sul da Europa, para uma qualquer ditadura africana.

    No país europeu deixou os operários «a arder», os fornecedores pendurados, e o país a necessitar de importar os bens que antes produzia.
    Na ditadura africana, os operários receberão ordenados de fome (ficarão apenas um pouco menos miseráveis), e os principais beneficiários serão a clique de amigos da família do ditador que governa com punho de ferro.

    Por outras palavras, aumentou a pobreza do país europeu, e não diminuiu a miséria no país africano.
    E, entretanto, os ricos (os donos da fábrica e os donos do país) ficam cada vez mais ricos.
  7.  # 87

    Não deixa de ser irónico que o chamado "desenvolvimento" chinês tenha surgido de um sistema nascido da junção do pior do comunismo ao pior do capitalismo. Curiosamente satisfaz ambos, capitalistas e comunistas


    O "desenvolvimento" chinês resulta em parte do comércio mais livre. Satisfaz? A mim não. Mas aos chineses que dele beneficiaram, e que estão melhores do que estavam (e que presumivelmente continuarão a melhorar..), provavelmente sim.
  8.  # 88

    Afinal por cá gostam do comunismo capitalista com empresas de estado dinâmicas...ao contrário das nossas(privadas)
  9.  # 89

    Diga-me onde é que os ricos estão a ficar mais pobres. A mim parece-me que os ricos estão mais ricos e os pobres apenas menos pobres, acho que a distribuição da riqueza é cada vez mais desigual.


    Por outro lado era difícil não haver melhoras, o ponto de partida era demasiado baixo.

    Estranho. Se o ponto de partida era baixo, porque não continuar a piorar? E a verdade é que tem melhorado significativamente.
  10.  # 90

    Uma empresa, no intuito de aumentar os lucros, resolve deslocalizar a fábrica que tem num país do sul da Europa, para uma qualquer ditadura africana.



    No país europeu deixou os operários «a arder», os fornecedores pendurados, e o país a necessitar de importar os bens que antes produzia.


    Na ditadura africana, os operários receberão ordenados de fome (ficarão apenas um pouco menos miseráveis), e os principais beneficiários serão a clique de amigos da família do ditador que governa com punho de ferro.


    Claro. Visto da Alemanha, podemos aplicar a mesma conversa a Portugal, ou à Bulgária. Mas nesse caso é desagradável - lá se vai a lógica que nos permite manter aqui a Autoeuropa...

    Por outras palavras, aumentou a pobreza do país europeu, e não diminuiu a miséria no país africano.
    E, entretanto, os ricos (os donos da fábrica e os donos do país) ficam cada vez mais ricos.


    Esta sua conclusão é mesmo assim incoerente com a sua própria formulação: se emprega mais gente, e produz mais, tem necessariamente que gerar mais riqueza...
  11.  # 91

    Quer que a maioria das empresas abram falência para ficarem só supermercados com a justiça ops... INJUSTIÇA a funcionar?


    Naturalmente, não faz sentido um produtor continuar a produzir algo mais caro e sem qualquer componente diferenciadora em relação a alguém que o faz por uma fracção do preço. Se o Jorge quiser continuar a comprar leite mais caro porque é "nosso", força nisso !!
  12.  # 92

    Mas será verdade que as empresas estão a falir por cá por não conseguirem fazer tão barato como as outras?Claro que não!
    Os impostos estão mais altos e as regras e justiça são avassaladores para as nossas empresas em relação às empresas estrangeiras!
    Temos um estado sem ideias para levar Portugal prá frente!É isso que eu vejo e nada mais,porque a maioria dos profissionais estão a ir todos embora e até as empresas já não querem continuar cá e estão cada vez mais a deslocar-se para o exterior e ficam cá as poucas que t~em o previlégio de poder sugar tudo e todos ao abrigo estatal!
  13.  # 93

    Se o ponto de partida era baixo, porque não continuar a piorar? E a verdade é que tem melhorado significativamente.

    O que eu disse foi que não admira que o "desenvolvimento" seja assinalável quando visto em termos estatísticos, se o ponto de partida é baixo os números são sempre muito apelativos. Para certos indianos o simples aumento de rendimento diário de 1 € pode equivaler a uma subida de 50% ou mais.
  14.  # 94

    Observe o que vê a autoridade prá concorrência nos combustíveis por exemplo...
    todas as bombas que dizem galp por exemplo não são Galp;são pequenas empresas privadas diferentes umas das outras que fazem todas os mesmos preços com uma marca à porta(galp)!

    É como eu ter na minha empresa a dizer Sosoares;e todos os outros meus concorrentes terem escrito Sosoares,e praticarmos todos os mesmos preços em Portugal!
  15.  # 95

    Mas será verdade que as empresas estão a falir por cá por não conseguirem fazer tão barato como as outras?Claro que não! Os impostos estão mais altos e as regras e justiça são avassaladores para as nossas empresas em relação às empresas estrangeiras!

    Admitindo que tal fosse o caso, a solução seria baixar os impostos ou melhorar a justiça - não percebo porque seria "comprar português"...


    Temos um estado sem ideias para levar Portugal prá frente!É isso que eu vejo e nada mais,porque a maioria dos profissionais estão a ir todos embora e até as empresas já não querem continuar cá e estão cada vez mais a deslocar-se para o exterior e ficam cá as poucas que t~em o previlégio de poder sugar tudo e todos ao abrigo estatal!


    O problema é que temos cá cidadãos que pensam que o estado é que tem que "ter ideias para levar isto para a frente"...
  16.  # 96

    O que eu disse foi que não admira que o "desenvolvimento" seja assinalável quando visto em termos estatísticos, se o ponto de partida é baixo os números são sempre muito apelativos. Para certos indianos o simples aumento de rendimento diário de 1 € pode equivaler a uma subida de 50% ou mais.


    Claro. Mas o desenvolvimento é isso: a melhoria das condições de vida. No entanto, a sua asserção também não é exactamente correcta: no período em análise a China cresceu a taxas anuais de 9% e tornou-se a 2ª maior economia mundial (em volume absoluto). O PIB per capita é já de cerca de 1/3 do português, por exemplo (contrariando ideias preconcebidas da malga de arroz, mas isso não interessa nada).

    Os países emergentes cresceram todos significativamente acima da média mundial - tornaram-se efectivamente mais ricos e aproximaram-se dos ocidentais.


    (já agora, não esqueça que não pode comparar apenas rendimentos, há que comparar antes a paridade de poder de compra - 1 euro na Índia, sendo obviamente curto, representa ainda assim mais poder de compra que o mesmo euro na Europa).
  17.  # 97

    Observe o que vê a autoridade prá concorrência nos combustíveis por exemplo... todas as bombas que dizem galp por exemplo não são Galp;são pequenas empresas privadas diferentes umas das outras que fazem todas os mesmos preços com uma marca à porta(galp)!


    Sim, como acontece em inúmeros outros ramos: os agentes têm preços tabelados. E daí??

    É como eu ter na minha empresa a dizer Sosoares;e todos os outros meus concorrentes terem escrito Sosoares,e praticarmos todos os mesmos preços em Portugal!


    Não é assim. É antes assim: o Jorge é distribuidor de uma marca. Vende o produto dessa marca, ao mesmo preço que os restantes vendedores dessa marca.
  18.  # 98

    O PIB per capita é já de cerca de 1/3 do português, por exemplo (contrariando ideias preconcebidas da malga de arroz, mas isso não interessa nada).


    O empresário de sucesso/ex-alto funcionário do partido em Xangai é capaz de lhe dar razão e até se ri desse 1/3, já o mesmo não deve acontecer com o camponês de Yunan para quem esse 1/3 é uma miragem.
  19.  # 99

    Colocado por: luisvvO problema é que temos cá cidadãos que pensam que o estado é que tem que "ter ideias para levar isto para a frente"

    o problema fundamental é que o estado vê as empresas PRIVADAS como eu vejo o multibanco (o sitio onde levanto dinheiro quando preciso) sem dar NADA em troca.
  20.  # 100

    Da crónica de João Quadros no Negócio On-Line:

    "Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."
    Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, e...sta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
    Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.

    Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti... Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.

    Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
    Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras... fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras.
    Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.

    Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.

    Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar."
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