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  1. Dito de outra forma:
    Arranjar condições para nos podermos endividar mais ...


    Exactamente. Se não fosse assim, como é que o Estado "investia" para "apoiar" a economia? Sim, porque todos sabemos que isso é que o povo quer. A alternativa seria cobrar mais impostos, mas parece que isso não é bem visto.
  2. Boas,

    Colocado por: luisvvExactamente. Se não fosse assim, como é que o Estado "investia" para "apoiar" a economia? Sim, porque todos sabemos que isso é que o povo quer. A alternativa seria cobrar mais impostos, mas parece que isso não é bem visto.


    Lá está o que estou fazer de dizer: não me venham com tangas que o que estão a fazer é para mudar ou melhorar alguma coisa, mas sim para manter tudo na mesma.
    E estes são iguaizinhos a todos os outros, não tiveram foi as mesmas "condições" de se endividarem.
    E no fundo, no fundo, vão pelo caminho mais errado, mas sobre isso teremos certezas num futuro muito próximo ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  3. Lá está o que estou fazer de dizer: não me venham com tangas que o que estão a fazer é para mudar ou melhorar alguma coisa, mas sim para manter tudo na mesma.


    Não, está enganado: estes são perigosos neo-liberais, extremistas e fascistas, como já estamos fartos de ouvir e ler (neste fórum, por exemplo).

    E estes são iguaizinhos a todos os outros, não tiveram foi as mesmas "condições" de se endividarem. E no fundo, no fundo, vão pelo caminho mais errado, mas sobre isso teremos certezas num futuro muito próximo ...


    Não tenho qualquer dúvida de que grande parte dos ministros concordaria genericamente com a ideia de que o Estado deve intervir, estimular e apoiar seja o que for, desde a apicultura na Serra do Caldeirão à nanotecnobiologia de ponta no Rego de Judas.

    Também não tenho qualquer dúvida de que durante uns tempos o Estado será constrangido por factores externos a não se endividar.
  4. As nossas exportações explicadas em 30 segundos

    Nicolau Santos do Expresso, em 30 segundos, explica onde reside o êxito das nossas exportações: o ouro das famílias famintas, os medicamentos roubados aos nossos doentes e que foram para África e os automóveis em segunda mão que tinham sido importados e, como não se vendem, estão a voltar para a Alemanha

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dFxHrx6QP_I
  5. Boas,

    Colocado por: luisvvNão, está enganado

    Estou enganado porque:
    Colocado por: luisvvcomo já estamos fartos de ouvir e ler (neste fórum, por exemplo).


    Boa!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista

    PS: as opiniões dos outros não me vinculam a nada, mas já agora, nem as minhas opiniões me vinculam a nada ...
  6. Estou enganado porque (..)

    Boa!

    PS: as opiniões dos outros não me vinculam a nada, mas já agora, nem as minhas opiniões me vinculam a nada ...


    Parece impossível. Mas há um, um só, português que não saiba que este governo é neoliberal? (por acaso, há umas variações giras, a minha preferida é ordoliberal)
    • luisvv
    • 26 setembro 2012 editado
    Mas confesso o meu espanto por ninguém se ter chegado à frente com as propostas alternativas da CGTP : afinal, são 6000 milhões, e resolvia-se o problema de uma vez só...

    Cá estão elas:

    1) A CGTP propõe (..) a criação de uma taxa de 0,25% sobre as transacções financeiras, à semelhança do que já foi feito na França, que permitiria encaixar mais de 2038 milhões de euros nos cofres do Estado.

    2) A CGTP propõe a criação de um novo escalão na taxa de IRC, para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros (o que representa uma incidência em menos de 1% das empresas portuguesas). Esta medida representa, de acordo com a CGTP, uma receita adicional de quase 1100 milhões de euros.

    3) (..) Criação de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos, que iria incidir sobre os grandes accionistas, permitindo ao Estado um encaixe financeiro de quase 1665 milhões de euros.

    4) (..) fixação de metas anuais para a redução da economia não registada, no sentido de tornar mais eficaz o combate à fraude e à evasão fiscal, através de um aumento dos meios humanos (inspectores e serviços técnicos especializados) e materiais, da dinamização da inspecção fiscal de forma a identificar o planeamento fiscal abusivo, da alteração do quadro penal de forma a penalizar a fraude e a evasão dos grandes contribuintes, da adopção da factura obrigatória, entre outras. Desta forma a CGTP entende que será possível arrecadar mais cerca de 1162 milhões de euros.

    No total, são quase 6000 milhões de euros que a CGTP acredita que podem entrar nos cofres do Estado, “montante superior ao obtido com a brutal redução do poder de compra das famílias”.


    Nem sei por onde começar...
  7. Boas,

    Colocado por: luisvvMas há um, um só, português que não saiba que este governo é neoliberal?


    Acho que já te disse isto uma vez estou-me a **** para os "ismos" (ops, que por acaso neste caso não bate certo), as minhas preocupações são outras, aliás, para mim, muita da culpa desta coisa todas tem a ver com os "ismos".

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8. Boas,

    Colocado por: luisvvNem sei por onde começar...


    Quase que aposto que o teu argumento é exactamente o mesmo que o que foi utilizado por quem não "acreditava" no Victor Gaspar, e que no entanto nessa altura deves ter recusado o argumento ...
    Enfim ... ismos ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  9. Talvez por aqui:

    3) (..) Criação de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos, que iria incidir sobre os grandes accionistas, permitindo ao Estado um encaixe financeiro de quase 1665 milhões de euros.


    Ora, assim de repente, temos esta notícia do DN, de 1 de Setembro: Resultados caíram para 1,12 mil milhões no primeiro semestre.

    Temos então que, para obter os 1665 milhões que a CGTP sugere, com uma taxa de 10%, teriam que ser distribuídos, só aos grandes accionistas, 16.650 milhões de euros em dividendos, aproximadamente 9,5% do PIB.

    Para termos uma ideia, a soma do valor total das empresas do PSI-20 ronda os 43 mil milhões. O valor de dividendos a distribuir equivale a cerca de dois quintos do valor do PSI-20. Os dividendos das empresas do PSI-20 rondam, por norma 2 a 5% sobre o valor da acção. Admitindo os 5%, se o PSI-20 distribuisse 2150 milhões , 10% renderiam 215 milhões. Só faltam 1415, cobrados às restantes empresas...

    (isto, claro, imaginando que os lucros no 2ºSemestre evoluíam de forma favorável ao cenário da CGTP, e eram distribuídos a accionistas)

    2) A CGTP propõe a criação de um novo escalão na taxa de IRC, para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros (o que representa uma incidência em menos de 1% das empresas portuguesas). Esta medida representa, de acordo com a CGTP, uma receita adicional de quase 1100 milhões de euros.


    Um novo escalão, de valor não especificado. Para uma receita adicional de 1100 milhões, imaginemos que se trata de 50%. Os 1100 milhões acrescem ao resto do IRC, pelo que corresponderiam a, digamos, 25% do lucro. Teríamos portanto no mínimo 4400 milhões de lucro tributável só nessas empresas. Nota mental: fazer cálculos ao valor de lucros necessário para suportar esta taxa adicional, não esquecendo que é necessário distribuir dividendos para poder sacar os 1665 milhões do ponto anterior).


    1) A CGTP propõe (..) a criação de uma taxa de 0,25% sobre as transacções financeiras, à semelhança do que já foi feito na França, que permitiria encaixar mais de 2038 milhões de euros nos cofres do Estado.


    0,25% x Y = 2.038.000.000
    Y = 2.038.000.000 / 0,0025 = 815.200.000.000 .

    (nota mental: confirmar os zeros. 815 mil milhões de euros em transacções financeiras taxáveis, parece muita fruta; embora, tanto quanto sei, não tenha sido dada a definição de transacção financeira, não quero crer que se taxe transferências bancárias ou pagamentos electrónicos, pelo que provavelmente estamos a falar de operações bolsistas e similares - as quais facilmente se deslocam para outras bolsas.. )

    4) (..) fixação de metas anuais para a redução da economia não registada,

    Esta não tem comentário possível....
  10. Boas,

    Colocado por: luisvvTalvez por aqui:


    Espanto!
    O luivv acreditou numa qualquer noticia de um jornal?
    Desta vez não dissecou?
    Não foi à procura do comunicado "oficial"?
    Espanto!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11. Colocado por: luisvvMas quem falou em pagar a dívida? Fala-se em cumprir compromissos, voltar ao mercado, etc.


    Há compromissos de muitas formas. Por exemplo, o estado tinha contratos com trabalhadores que teve de quebrar, não havia outra hipótese. Pode-se usar a mesma racionalidade, a de não haver outra hipótese, para outro tipo de contratos.
  12. Desta vez não dissecou?
    Não foi à procura do comunicado "oficial"?


    Desta vez faltou-me o tempo para ir procurar dados oficiais de cada empresa.
    (e repare que nao introduzi na equação coisas tão relevantes como a distinção entre lucros obtidos em Portugal e lucros obtidos no estrangeiro e portanto nao tributáveis, a dedutibilidade de prejuízos e uma série de outros factores que influenciam o lucro para efeitos fiscais...)
  13. Boas,

    Colocado por: luisvvDesta vez faltou-me o tempo para ir procurar dados oficiais de cada empresa.


    Desculpa, não leste o comunicado da CGTP.
    Para quem aqui há dois ou três dias veio com um discurso moralista que os outros se limitam a ler um titulo sem ouvir TODO o discurso, analisar o meio-ambiente e não sei que mais (só faltou referir a cor das cuecas do tipo), fica muito mal.
    Mas até nem me surpreenderia que apenas tivesses lido as "exigências" da CGTP no site que andou a fazer contas aos metros quadrados da praça xpto para "provar" que na última manifestação em Lisboa no máximo terão estado 10.000 pessoas ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14. Há compromissos de muitas formas. Por exemplo, o estado tinha contratos com trabalhadores que teve de quebrar, não havia outra hipótese. Pode-se usar a mesma racionalidade, a de não haver outra hipótese, para outro tipo de contratos.


    Esse é o raciocínio subjacente à ideia de rasgar contratos das ppp , por exemplo. Há uma diferença de base, importante: o estado age perante os fp na dupla qualidade de empregador e legislador. Faz as regras que tem que cumprir...(aqui podemos derivar para outra discussão: o compromisso é assumido num quadro constitucional que admite a relativizacao e ponderação de direitos e princípios, pelo que temos que levar em conta a arbitrariedade da interpretação)
    Nos contratos com terceiros, a posição de legislador é quase irrelevante. O estado sujeita-se a jurisdição europeia.

    Depois, há questões praticas: as consequencias do incumprimento de credito são percebidas como imediatas e devastadoras . O incumprimento de um contrato de valor relevante pressupõe litígio judicial e um relevante risco.
    A alteração de impostos, salários e similares é a mais fácil e vista como e potencialmente menos onerosa.

    Mas no final, todos são incumprimentos..
  15. Desculpa, não leste o comunicado da CGTP.
    Para quem aqui há dois ou três dias veio com um discurso moralista que os outros se limitam a ler um titulo sem ouvir TODO o discurso, analisar o meio-ambiente e não sei que mais (só faltou referir a cor das cuecas do tipo), fica muito mal.

    Tem razão, nao li o comunicado, só as noticias de jornal e o extracto colocados em blogues (salvo erro o cinco dias ou o arrastão ..)

    Mas vou ler agora e já volto..
  16. Boas,

    Colocado por: luisvvO estado sujeita-se a jurisdição europeia.


    Importante, mas não inteiramente verdadeiro.
    Haveria muito mais a ser dito sobre isto, mas é uma das questões esquecidas ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  17. Boas,

    Colocado por: luisvvsalvo erro o cinco dias ou o arrastão ..


    Ok, esses devem ter dito que seriam mais de 1 milhão ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  18. Colocado por: luisvvHá uma diferença de base, importante: o estado age perante os fp na dupla qualidade de empregador e legislador.


    Não compreendo. No limite parece igual. O estado age como contratante de serviços dos fornecedores privados (PPPs) e como legislador que também afecta esta relação. No limite, como sabemos, um funcionário não é nada mais que um privado que vende os seus serviços ao estado.

    A diferença essencial é a escala.

    Colocado por: luisvvDepois, há questões praticas: as consequencias do incumprimento de credito são percebidas como imediatas e devastadoras . O incumprimento de um contrato de valor relevante pressupõe litígio judicial e um relevante risco.
    A alteração de impostos, salários e similares é a mais fácil e vista como e potencialmente menos onerosa.


    Isto já compreendo, o problema da percepção, e do risco ser diferente. De facto um grupo tem muito mais poder para resistir à alteração contratual que uma pessoa sozinha. Mas isto também se está a alterar, porque a "pessoa sozinha" está a começar a juntar-se em massa. Um exemplo está ai à porta, tentaram, não conseguiram.
  19. ( Ah, não leu, mas gosta de abrir o bico e opinar...lol )LOL

    Colocado por: luisvv
    Tem razão, nao li o comunicado, só as noticias de jornal e o extracto colocados em blogues (salvo erro o cinco dias ou o arrastão ..)

    Mas vou ler agora e já volto..
 
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