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  1.  # 261

    não se contradiga, não é o luisvv que diz que uma empresa quando não apresenta resultados deve fechar portas ou mudar de rumo??


    E em que é que isso contradiz algo que eu tenha aqui apresentado?
  2.  # 262

    nada, nada luisvv
    tásse bem.
  3.  # 263

    demonstra que não se sabe (não se quer saber) quais os objectivos, quais as metas e os prazos. Demonstra que se desenha uma qualquer forma de actuação sem forma de validação de sucesso ou insucesso.


    Hipótese 2: demonstra que a economia é o resultado das escolhas individuais de milhões de agentes e das suas incontáveis interacções, cujo comportamento concreto é imprevisível.

    Claro que não. Aliás acho que estarias completamente de acordo com isto: As pessoas e as empresas deveriam "doar" todos os seus rendimentos dos próximos dois anos ao estado, assim, o estado pagaria toda a sua dívida. Ou será que estaria para além dos teus limites que dizes que não devemos ter?

    Essa conclusão é um non sequitur: em bom rigor, a absorção de todos os nossos rendimentos pelo Estado não seria um limite, porquanto não garantiria sequer que isso acabaria com a "austeridade". A alimentação do monstro apenas garante que ele sobrevive para continuar a alimentar-se.

    Por outro lado, já me sentiria tentado a subscrever uma conclusão do género : "A austeridade que os cidadãos estão dispostos a aceitar pacificamente tem limites, embora muito provavelmente a sua recusa não produzisse qualquer efeito prático. As alternativas, digamos, ordenadas (no sentido de "com alguma ordem", por oposição a "desordenadas"), resultariam necessariamente em restrições iguais, se não piores. Quanto às desordenadas, nem pensar é bom."
  4.  # 264

    Colocado por: luisvvresultariam necessariamente em restrições iguais, se não piores.


    Eu prefiro apanhar dois murros e dar um de volta, a apanhar um murro e não dar nenhum. Os seres humanos não são puramente económicos. Por exemplo: Se me sentir injustiçado no trabalho que faço, não me importo de mudar para outro mesmo que ganhe menos.

    A classificação das restrições de iguais ou piores é subjectiva. A partir de um certo ponto as pessoas preferem ficar pior economicamente desde que alguns "agentes" que considerem culpados da situação (mesmo que não o sejam) sejam enforcados. E se perguntar às pessoas, elas consideram essas alternativas melhores no conjunto de todos os seus parâmetros.
  5.  # 265

    .
    Concordam com este comentário: marco1
    • luisvv
    • 10 outubro 2012 editado

     # 266

    De maneiras que é assim....

    http://blasfemias.net/2012/10/10/austeridade-sera-a-nova-normalidade-ii/
    Um país exportador, com excedente comercial, é um país que abdica do consumo para que os estrangeiros possam consumir. Para que Portugal se possa transformar num país com excedente comercial permanente a produtividade terá que crescer acima do consumo. Um país que reduz as suas dívidas é um país que exporta capitais. Parte do que é poupado internamente não vai nem para consumo nem para investimento. Vai para os credores estrangeiros. Os portugueses já fizeram o seu consumo, agora vão trabalhar para o pagar. É isto que nos espera nos próximos anos.
  6.  # 267

    .
  7.  # 268

    Colocado por: luisvvUm país exportador, com excedente comercial, é um país que abdica do consumo para que os estrangeiros possam consumir.


    Não é implicação. Pode exportar apenas o excedente.

    Colocado por: luisvvPara que Portugal se possa transformar num país com excedente comercial permanente a produtividade terá que crescer acima do consumo.


    Confusão entre produtividade e produção. Confusão da palavra permanente. Se já temos excedente comercial, já temos produção acima do consumo. A permanência nesta situação apenas necessita do excedente de produção e de quem alguém de fora que o consuma até ao infinito temporal.

    Colocado por: luisvvUm país que reduz as suas dívidas é um país que exporta capitais.


    Revela falta de conhecimento do sistema de reserva fracionaria. Um país que reduz as suas dívidas é um país que destrói capital em circulação. O capital não é exportado para lado algum, deixa de existir. Um país exporta capitais quando paga juros de dívidas a investidores estrangeiros.

    Colocado por: luisvvParte do que é poupado internamente não vai nem para consumo nem para investimento. Vai para os credores estrangeiros.


    Ok, vai para pagar juros. Os recetores desses juros, sendo portugueses, podiam investir o dinheiro, logo esta frase não é completamente verdadeira. No limite o estado podia dever o dinheiro a si mesmo. Pode-se resolver este problema passando os credores para dentro, apenas jogando o jogo. Mas ninguém quer falar disso.

    Colocado por: luisvvOs portugueses já fizeram o seu consumo, agora vão trabalhar para o pagar.


    Mentira, continuamo-nos a endividar. Apenas vamos pagando cada vez mais juros até à eternidade.

    Colocado por: luisvvÉ isto que nos espera nos próximos anos.


    Não necessariamente, pode-se fazer outras coisas, mas que não são sem as suas consequências.
  8.  # 269

    supondo que são 10 e que o "futuro" só é para 3 pois 7 tem mesmo de "morrer" ou desaparecer, gostava que o luisvv não fosse tão inevitável, perdão as medidas.
    consequencia: os 10 vão andar á pancada para ficar entre os 3 eleitos? ou pacificamente aceitam a "aleatória" eliminação de 7?
    ou ...não há alternativa, o regulamento mundial tem que ser cumprido, nada de ilegalidades.
    ninguem tenha a ousadia de querer alterar os regulamentos.
  9.  # 270


    Eu prefiro apanhar dois murros e dar um de volta, a apanhar um murro e não dar nenhum. Os seres humanos não são puramente económicos. Por exemplo: Se me sentir injustiçado no trabalho que faço, não me importo de mudar para outro mesmo que ganhe menos.
    A classificação das restrições de iguais ou piores é subjectiva. A partir de um certo ponto as pessoas preferem ficar pior economicamente desde que alguns "agentes" que considerem culpados da situação (mesmo que não o sejam) sejam enforcados. E se perguntar às pessoas, elas consideram essas alternativas melhores no conjunto de todos os seus parâmetros.


    Mas não está em discussão se a alternativa é vista como globalmente melhor ou pior. Como indivíduos, todos temos situações particulares potencialmente diferentes, e poderemos ganhar ou perder (e não só economicamente) com uma ou outra hipótese.

    O ponto é: a austeridade tem limites? Resposta, tão clara como ela pode ser: a "austeridade" (definida como a adequação das despesas do Estado às suas receitas, seja por via do aumento de umas ou da redução de outras) é inevitável.

    Podemos todos chorar baba e ranho, mas a alternativa à austeridade é encontrar quem nos financie o défice. Portanto, a não ser que confiemos na caridade de estranhos, essa porta está fechada.
    Vamos então caminhando pelo corredor: não aceitando "austeridade" nem havendo quem nos financie, a alternativa é.... o Estado gastar apenas o que tem. Austeridade, portanto.
  10.  # 271

    Solução: fazemos e logo se vê ...


    Admira-me como é que alguns, partindo do princípio da tal imprevisibilidade, conseguem tirar conclusões de inevitabilidade, ausência de alternativas ou de que determinados objectivos serão alcançados.

    Solução: a vida não é um livro policial, em que temos a garantia de uma solução no fim do livro. Acções concretas de indivíduos concretos, cujo conhecimento é imperfeito, em momentos concretos ..


    Chavões e mais chavões ...
    Tanto falam em produtividade e nada sabem (pelo que dizem) sobre ela, ou será que não gostam das "causas" da falta de produtividade?

    Atchim ...
    Quem são os portugueses?


    Aqui, a resposta divide-se em duas:
    Os portugueses que já fizeram o seu consumo, são todos os que cá estiveram. Os que vão pagá-lo, são os que cá ficaram.
  11.  # 272

    Colocado por: luisvvResposta, tão clara como ela pode ser: a "austeridade" (definida como a adequação das despesas do Estado às suas receitas, seja por via do aumento de umas ou da redução de outras) é inevitável.


    Certo. Mas pode-se discutir em que moldes ela devia ser feita. E a "adequação das despesas do Estado às suas receitas", ao contrário do que o luisvv vai sugerindo, para também ser feita penalizando alguns não portugueses.

    Já agora: Não se responde a uma pergunta: "X tem limites" com "X é inevitável". Não faz qualquer sentido. Se definir austeridade como "a adequação das despesas do Estado às suas receitas" o limite é o equilíbrio.
  12.  # 273

    Colocado por: luisvvOs que vão pagá-lo, são os que cá ficaram.


    Não necessariamente, mas era preciso... bolas.
  13.  # 274

    Não é implicação. Pode exportar apenas o excedente.

    O "excedente" continua a ser consumo de que abdicam.

    Confusão entre produtividade e produção. Confusão da palavra permanente. Se já temos excedente comercial, já temos produção acima do consumo. A permanência nesta situação apenas necessita do excedente de produção e de quem alguém de fora que o consuma até ao infinito temporal.

    Não há confusão, apenas pressupostos de base: se A é menor que B e ambos crescem, para que a situação se inverta de forma consistente, A tem que crescer a um ritmo superior a B.
    Implícita ainda está a necessidade de produzir mais com os mesmos ou menos recursos.

    Revela falta de conhecimento do sistema de reserva fracionaria. Um país que reduz as suas dívidas é um país que destrói capital em circulação. O capital não é exportado para lado algum, deixa de existir. Um país exporta capitais quando paga juros de dívidas a investidores estrangeiros.

    É uma expressão imprecisa, mas cujo significado é perceptível.

    Ok, vai para pagar juros. Os recetores desses juros, sendo portugueses, podiam investir o dinheiro, logo esta frase não é completamente verdadeira. No limite o estado podia dever o dinheiro a si mesmo. Pode-se resolver este problema passando os credores para dentro, apenas jogando o jogo. Mas ninguém quer falar disso.

    Não resolvia um problema, apenas o transformava noutro.

    Mentira, continuamo-nos a endividar. Apenas vamos pagando cada vez mais juros até à eternidade.

    Isso só será possível na medida em que alguém nos financie (nota: a repugnância que eu tenho em falar de "nós" quando me refiro ao "Estado" é superada pela necessidade de escrever rapidamente).

    Não necessariamente, pode-se fazer outras coisas, mas que não são sem as suas consequências.

    Claro que pode. Mas o autor assume que o incumprimento não é o caminho previsível.
  14.  # 275

    Colocado por: luisvvO "excedente" continua a ser consumo de que abdicam.


    Se é excedente, não faz sentido usar a palavra abdicam.

    Colocado por: luisvvNão há confusão, apenas pressupostos de base: se A é menor que B e ambos crescem, para que a situação se inverta de forma consistente, A tem que crescer a um ritmo superior a B.
    Implícita ainda está a necessidade de produzir mais com os mesmos ou menos recursos.


    O luisvv já devia saber de cor e salteado que produtividade é uma medida de eficiência, não é uma medida de quantidade. Pode aumentar a eficiência a produzir e diminuir a quantidade que produz. Não faz qualquer sentido o que escreve.

    Colocado por: luisvvÉ uma expressão imprecisa, mas cujo significado é perceptível.


    Não porque as duas realidades são completamente diferentes. Uma implica que alguém de fora passa a ter o capital em dívida pago nas mãos, pronto para usar no que quiser. Não é verdade, assim como não é verdade que tenha prescindido dele para consumir, o credor apenas exerceu o seu direito fantástico de criar moeda a partir do nada, e exigir juros de volta.

    Colocado por: luisvvNão resolvia um problema, apenas o transformava noutro.


    Mentira. Eu decidia que os juros eram Zero. Impossível? Não... são as maravilhas do sistema de reserva fracionaria. É saber jogar o jogo.

    Colocado por: luisvvIsso só será possível na medida em que alguém nos financie


    Certo. Mas a chave é entender que mesmo sem défice, precisamos de credores. Ou seja, se deixar de haver quem nos financie, não é que o défice passe a zero, como costuma implicar, é que é o default à dívida imediatamente. Basta chegar o dia de pagar uma tranche de dívida, como não se consegue contratar mais dívida para pagar a velha, está o caldo entornado.

    Colocado por: luisvv(nota: a repugnância que eu tenho em falar de "nós" quando me refiro ao "Estado" é superada pela necessidade de escrever rapidamente).


    :-)

    Colocado por: luisvvClaro que pode. Mas o autor assume que o incumprimento não é o caminho previsível.


    O autor classifica tanta coisa de inevitável e não consegue ver que é inevitável o incumprimento... não entendo.
    • luisvv
    • 10 outubro 2012 editado

     # 276

    Certo. Mas pode-se discutir em que moldes ela devia ser feita. E a "adequação das despesas do Estado às suas receitas", ao contrário do que o luisvv vai sugerindo, para também ser feita penalizando alguns não portugueses.

    A discussão dos moldes não altera o essencial: a austeridade não tem limites, no sentido em que não há um interruptor no qual possamos carregar e dizer: já chega.
    Quanto à penalização de não-portugueses, se está a referir-se a uma renegociação ou um incumprimento declarado das dívidas do Estado, tem inerentes algumas consequências.

    Já agora: Não se responde a uma pergunta: "X tem limites" com "X é inevitável". Não faz qualquer sentido. Se definir austeridade como "a adequação das despesas do Estado às suas receitas" o limite é o equilíbrio.


    Claro que responde (por isso o fiz...). A pergunta implica que há um ponto a partir do qual não é possível continuar a "aplicar austeridade". Ora, isso é wishful thinking.
    Supõe que é possível o Estado financiar-se sem recurso a impostos ou reduzir o que gasta sem afectar os seus cidadãos.
  15.  # 277

    Colocado por: luisvvA pergunta implica que há um ponto a partir do qual não é possível continuar a "aplicar austeridade"


    Ora bem, peguemos na sua definição:

    "A pergunta implica que há um ponto a partir do qual não é possível continuar a aplicar a "adequação das despesas do Estado às suas receitas".

    Sim, a partir do ponto em que as contas estão equilibradas, não faz sentido continuar em falar em aplicar mais "adequação".

    A inevitabilidade de X não tem nada a ver com X ter limites ou não. São duas propriedades distintas. Sim, equilibrar as contas é inevitável. Não, o esforço de equilíbrio das contas não tem capacidade de crescer até ao infinito.
  16.  # 278

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  17.  # 279

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  18.  # 280

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