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  1.  # 381

    Claro que existem muitos dilemas morais, arbitrariedades e injustiças no sistema atual. MAs repare que, atendendo à heterogeneidade das pessoas reais, não há nenhuma organização perfeita da sociedade. Só num mundo utópico é possível criar essas organizações.

    Mas o objectivo é exactamente não haver "organizações" nem "sistemas".

    Como o danobrega assumiu: só quando todas as pessoas partilharem os mesmos ideais é que será possível construir uma sociedade anárquica. Ou seja... NUNCA.

    Não necessariamente. Na verdade, basta atingir uma massa crítica que o permita.
  2.  # 382

    A resposta é óbvia: porque os escravos não tinham a liberdade de o fazer. Mas você tem a liberdade de "fugir" do País e ir para um local mais do seu agrado.

    Mas os escravos não aboliram a escravatura.

    Aliás, todos os dias milhares de pessoas mudam de País. Não sei porque abomina tanto a teoria "se estás mal podes mudar-te para onde achas que estarás melhor".

    Porque usada para legitimar o Estado é aplicável da mesma forma a todos os tipos de regimes. Porque na verdade é apenas uma forma de desviar a conversa, mudando-a do plano moral e da legitimidade para o plano da imposição da vontade de quem manda.
  3.  # 383

    Colocado por: luisvv
    Não necessariamente. Na verdade, basta atingir uma massa crítica que o permita.


    Claro... enfim.
  4.  # 384

    Eu não exijo que ninguém se mude, apenas que quem quer organizar uma comunidade de determinada forma o faça apenas ao conjunto de individuos que voluntariamente se disponha a isso.


    Deixe-se de tretas, esta sociedade já existia quando o Luís cá apareceu e não o contrário pelo que o argumento é ridículo. O mesmo digo do exemplo que propõe mas, para que não fique sem resposta, aqui vai: não, não me sujeitaria a ser tocado por quem qualquer um, trataria de procurar melhores ares. Em todo o caso o exemplo não é semelhante pelo motivo já apontado: uma coisa é eu nascer numa sociedade com essas regras, outra bem diferente é a sociedade pretender mudar as regras quando eu já faço parte dessa sociedade, caso em que tenho uma palavra a dizer. Ainda assim se a sociedade em que eu vivo decidir adoptar regras com que eu não concorde restam-me 2 hipóteses: Acatar as regras ou afastar-me. De uma coisa não seria capaz nem acho curial: exigir que as regras se apliquem a todos não se apliquem a mim- é a isso que eu chamo mimalhice!

    Mas vamos levar ao extremo o seu raciocínio. Se bem entendi defende que qualquer um é livre de viver onde quiser e de acordo com as próprias regras. É fácil demonstrar que isto não é rigorosamente possível e que essa ideia trás implícita o conceito de fronteiras. Imagine que eu e mais 300 pessoas resolvemos deslocar-nos para uma zona inabitada para voluntariamente nos organizarmos de acordo com algumas regras. De acordo com o seu raciocínio o Luís reserva-se o direito de a qualquer momento se mudar para lá e exigir a abolição dessas regras com as quais não concorda. Agora pergunto eu: quem é que está a limitar a liberdade de quem?

    PS: ainda não me explicou o que recomenda para as mudanças que preconiza:

    - Eleições?
    - Golpe de estado?
    - Outro método que não conheço?
  5.  # 385

    As eleições neste momento não são o melhor remédio para a nossa nação .

    Golpe de estado só se for para regressarmos a uma ditadura o que não me parece ser o que se procura .

    o método seria criar um governo em que todos os partidos fizessem parte para serem todos responsabilizados das opções tomadas e acabar com os insultos e gargalhadas la

    Na assembleia da republica ;-)

    PS: esta é uma opinião de quem nada percebe de politica ,e muito menos de leis ;-))))
  6.  # 386

    Colocado por: j cardosoOu seja, para atingir o SEU objectivo o luísvv exige que os outros mudem mas não admite mudar-se. À falta de outra palavra, isso é mimalhice pura


    Há coisas que as pessoas teimam em não entender.
    Eu não sei se sou anarquista ou não, nem quero saber, estou-me a borrifar para definições e teorias, mas aqui vai:

    Quando falo em limitação de liberdades, estou-me a referir a limitações que me são impostas quando as acções só implicam a minha pessoa e não terceiros. Quando as minhas acções implicam a interacção com terceiros, estas interacções devem seguir as regras definidas (voluntariamente) pelos intervenientes. Até aceito que estas regras sejam definidas por grupos (estado ou qualquer coisas semelhante) e que eu para interagir com membros desses grupos tenha de aceitar as regras ou rejeitá-las e não interagir.
    Dois exemplos simples de entender:

    1 - fumar uma ganza: este acto não implica em caso algum com terceiros, logo não me parece lógico que alguém que não tem nada a ver com este acto o possa condicionar.

    2 - conduzir ganzado: aqui sim já implica com terceiros, nem que seja pelo simples facto de utilizar propriedade alheia (pertença do estado, grupo de pessoas...). Neste caso o proprietário da estrada terá todo o direito de impor as regras que quiser a quem circula na sua estrada, e eu tenho a liberdade de as aceitar (circulando nelas) ou de as recusar (e não circulando nelas).

    Ao contrário do que o cardoso diz, a minha "sociedade" cabe perfeitamente dentro da sua, isto é, admite que possam coexistir. No entanto a "sociedade" do cardoso exclui qualquer outro tipo de "sociedade" no seu meio.
  7.  # 387

    a "sociedade" do cardoso exclui qualquer outro tipo de "sociedade" no seu meio.

    Conclusão demasiado apressada ... e errada. Em quais palavras minhas se baseou para chegar a essa conclusão?
  8.  # 388

    Colocado por: j cardosoConclusão demasiado apressada ... e errada. Em quais palavras minhas se baseou para chegar a essa conclusão?


    Colocado por: j cardosocritica o sistema mas não tem coragem de o abandonar e seguir aquele que diz ser o caminho que gostava de seguir
  9.  # 389

    Que parte dessa frase é que lhe permite tirar essa conclusão?

    Aproveito para lhe colocar a questão que coloquei ao Luísvv:

    O que recomenda para as mudanças que preconiza?:

    - Eleições?
    - Golpe de estado?
    - Outro método que não conheço?
  10.  # 390

    Colocado por: j cardosoQue parte dessa frase é que lhe permite tirar essa conclusão?


    O facto de ter de abandonar para seguir o caminho que gostava?
    É sempre repetido o argumento que se não gostas és livre de ir para outro sítio qualquer.
  11.  # 391

    Aproveito para lhe colocar a questão que coloquei ao Luísvv:

    O que recomenda para as mudanças que preconiza?:

    - Eleições?
    - Golpe de estado?
    - Outro método que não conheço?
  12.  # 392

    Mas imaginemos o seguinte:

    Eu compro no Alentejo uns bons hectares.
    1 - construo lá uma casa sem obedecer às 525 regras existentes.
    2 - planto canabis.
    3 - fumo canabis
    4 - vendo/dou canabis a quem quiser (dentro da minha propriedade).
    5 - construo uma pista para quem lá quiser ir, dar umas aceleradelas no seu carro, estando ou não ganzado, obedecendo às minhas regras enquanto proprietário.

    para simplificar admitamos que o vizinho mais próximo está a kilometros e não é afectado pelas actividades na minha propriedade.

    Quais destas actividades dá a liberdade a alguém em entrar na minha propriedade e impedir-me de as fazer ou até encarcerar-me numa qualquer masmorra?
  13.  # 393

    Colocado por: j cardosoAproveito para lhe colocar a questão que coloquei ao Luísvv:

    O que recomenda para as mudanças que preconiza?:

    - Eleições?
    - Golpe de estado?
    - Outro método que não conheço?


    só li parte mt pequena da discussão, mas o caminho na minha opinião seria

    responsabilizar criminalmente quem faz negócios ruinosos para o país! aí sim, isto virava um país decente!! a corrupção é que deixou o país no estado em que está, seja da direita ou esquerda...

    o problema n está nos funcionários públicos apesar de terem regalias q n lembra a ninguém comprado com os privados(está a mudar)
  14.  # 394

    Colocado por: j cardosoO que recomenda para as mudanças que preconiza?:


    Eu não imponho mudanças no relacionamento entre pessoas que não eu, elas são livre de se relacionar da forma que melhor entenderem.
    Agora, o que me parece lógico é que eu possa ter uma palavra a dizer no meu relacionamento com os outros e por outro lado, tudo o que me envolve apenas a mim, os outros não me devem impor seja o que for.
  15.  # 395

    Mas imaginemos o seguinte:


    Pessoalmente acho que deve poder cultivar e consumir a erva que lhe apetecer, mas não acho o exemplo representativo. O que se discute - acho eu - é bem mais vasto e está suficientemente descrito nesta e noutras discussões do mesmo teor que já aqui tiveram lugar e que resumo desta forma, ainda que bastante simplificada: deve a sociedade ser regida por algumas normas extensivas a todos os seus elementos ou deve ser absolutamente isenta deste tipo de regras?
  16.  # 396

    Colocado por: j cardosoPessoalmente acho que deve poder cultivar e consumir a erva que lhe apetecer


    E podemos extrapolar para as outras situações em que o comportamento individual não implica com terceiros?

    Colocado por: j cardosomas não acho o exemplo representativo


    É um começo e tudo se pode começar a desenrolar a partir do exemplo dado.

    Colocado por: j cardosodeve a sociedade ser regida por algumas normas extensivas a todos os seus elementos ou deve ser absolutamente isenta deste tipo de regras?


    A sociedade enquanto grupo de indivíduos pode (o deve é outra questão) ser regida pelas normas que pretender, desde que a pertença de um individuo a essa sociedade seja escolha do próprio.
    A sociedade pode inclusive reger a relação dos seus elementos com elementos externos.
    A sociedade não pode impedir a existência de alternativas a si própria.
    A sociedade não pode tratar uma região, um país, um continente, um planeta como sua propriedade exclusiva.
  17.  # 397

    E podemos extrapolar para as outras situações em que o comportamento individual não implica com terceiros?

    Na minha opinião sim.

    A sociedade enquanto grupo de indivíduos pode (o deve é outra questão) ser regida pelas normas que pretender, desde que a pertença de um individuo a essa sociedade seja escolha do próprio.

    Estamos de acordo neste ponto. O que não concordo é que um indivíduo possa pertencer a uma sociedade mas reclamar regras diferentes para si.
  18.  # 398

    Colocado por: j cardosoNa minha opinião sim.


    Então não está de acordo com um dos "pilares" do sistema que defende. Interessante.

    Colocado por: j cardosoO que não concordo é que um indivíduo possa pertencer a uma sociedade mas reclamar regras diferentes para si.


    Mas isso é um problema da sociedade e não de quem está fora dela.
    Eu não quero pertencer a essa sociedade, deste modo é-me irrelevante as suas regras próprias.
    A única altura em que me interessam as regras dessa sociedade é quando tenho de interagir com ela ou com algum dos seus elementos, e nessa altura eu deverei ter a liberdade de optar por interagir ou não segundo as regras que me são colocadas.
  19.  # 399

    Então não está de acordo com um dos "pilares" do sistema que defende
    .
    Qual?
  20.  # 400

    Colocado por: j cardosoQual?


    Que a sociedade pode reger aspectos que dizem respeito apenas ao individuo.
 
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