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  1. Colocado por: TyrandeLer mais em:http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/ocde-gurria-manifesta-preocupacao-com-divida-privada-portuguesa


    Outras conclusões da OCDE (só para ver se passou de credível a desprezível):

    - O ajustamento foi um sucesso.
    - Deve-se continuar neste caminho (ajustamento).
    - A economia portuguesa parece estar a virar uma página

    - O ricos contribuíram mais para o programa de ajustamento
    - Passamos pelo processo de ajustamento sem assistir a um significativo aumento da desigualdade ou da pobreza relativa
    - A coesão social foi protegida.

    - A maior flexibilidade nos mercados de trabalho tem contribuído para a contratação neste momento
    - Aumento do salário mínimo condicionado pelo aumento de produtividade

    (não li o relatório, apenas notícias por ai)

    Já agora, para alguém em particular:
    Cortes efectuados no rendimento mínimo devem ser repostos, diz a OCDE
    Concordam com este comentário: two-rok
  2. Bom dia

    Relativamente à questão de divida privada assumida pelo estado, lanço uma questão - Negociata, salvo erro em 2009, entre a CGD e a investifino com as acções da Cimpor!


    Ainda que leigo, sei que existem várias maneiras de esfolar um coelho, pelo que na minha opinião este é um flagrante exemplo de absorção da divida pela entidade estado.

    Imagino que poderão surgir 1001 pontos de vista e justificações muito racionais...venham elas, gostaria de "ouvir" a vossa opinião

  3. Relativamente à questão de divida privada assumida pelo estado, lanço uma questão - Negociata, salvo erro em 2009, entre a CGD e a investifino com as acções da Cimpor!

    Sem discutir o mérito da decisão, parece-me abusivo sugerir que accionar a garantia de um empréstimo ficando com determinados bens possa ser englobada na "assunção de dívida privada pelo Estado" (no contexto do aumento da dita dívida pública), para mais quando a participação em causa foi vendida acima do preço de aquisição (digamos que no caso em apreço correu bem).

    http://expresso.sapo.pt/cgd-compra-96-da-cimpor-a-investifino-para-liquidar-emprestimo=f498170
    Segundo o Jornal de Negócios, o acordo pressupõe que os 10% da Cimpor sejam avaliados, para efeitos desta cedência de titularidade, acima do actual valor de mercado que ronda os 250 milhões de euros.
    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cgd-compra-96-da-cimpor-a-investifino-para-liquidar-emprestimo=f498170#ixzz36y0cC4AQ


    CGD encaixou 354,6 milhões de euros com Cimpor
    por Ilídia Pinto
    A Caixa Geral de Depósitos encaixou hoje 354,6 milhões de euros com a venda de um lote de 64,436 milhões de euros que correspondem à quase totalidade da sua participação na Cimpor. Dos 9,64% que o banco detinha na cimenteira portuguesa, restam ainda por alienar - e pressupondo que não o tenha feito antes - 329.385 ações.
    Recorde-se que termina às 15 horas de amanhã o prazo para venda de títulos da Cimpor na Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelos brasileiros da Camargo Corrêa a 30 de março. O preço oferecido é de 5,50 euros por ação.
    A Caixa Geral de Depósitos havia anunciado a sua disponibilidade para vender a sua participação logo no mesmo dia em que a OPA foi lançada.



    Imagino que poderão surgir 1001 pontos de vista e justificações muito racionais...venham elas, gostaria de "ouvir" a vossa opinião

    Se quiser, pode pensar: um banco privado faria o mesmo tipo de negócio com um grande devedor/cliente?
    Essa é a chave para analisar o negócio.
  4. Só para deixar claro o ponto acima:

    Isto é falso:
    Já anteriormente havia postado que a dívida pública cresceu monstruosamente desde 2008, porque o Estado teve de assumir dívida das privados.


    e se o exemplo dado é um negócio da CGD que até deu lucro e por essa via indirectamente contribuiu para reduzir a dívida, é melhor encontrar outros.
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Luis

    A mim não me interessa (quer dizer, interessar até interessa mas no âmbito de outras questões e considerações) para efeitos daquilo que pretendo vincar, se o resultado desta iniciativa é ou não positivo.

    Relembrando

    Colocado por: TyrandeA dívida pública cresceu sim, em grande parte, pela absorção que tivemos de fazer de dívidas de entidades privadas!


    Independentemente de eu poder concordar ou não parcialmente com esta frase, porque para mim a resposta é.... não só mas também, ou seja, o que esta ali a mais é "em grande parte"; Cristalinamente a questão é "O estado assume ou não, a divida de privados?"

    Volto a frisar que sou totalmente leigo, mas repare lá no seguinte cenário:
    - Eu tenho uma divida à CGD de 80.000 euros referente a crédito a habitação
    - Tenho 5.000 acções da GALP que estão neste momento a cotar a sensivelmente a 12.94 ( 5000x 12.94 = 64700€), porem o banco para saldar a minha divida compra-me as acções acima do valor comercial e diz-me ...para o sr conseguir honrar os seus compromissos a sua divida agora é só de 2000 euros.
    - Além disto, a CGD celebra uma acordo comigo em que não se pode alienar destas acções durante 3 anos, e nesse prazo eu tenho a absoluta possibilidade de recomprar essas acções caso me interesse.
    - Que garantias existiam para uma evolução positiva da cotação? de quem é o risco? o que poderia ter acontecido nesses 3 anos? o que é que os "acionistas" tem a dizer sobre isto?

    Correu bem, fixe, muito bom, excelente. E se correr mal? Podemos afirmar que o estado só assumiu a divida na eventualidade de não a ter conseguido recuperar?


    O encaminhamento de capitais para a recapitalização da banca, gera ou não um aumento da divida publica, independentemente de os bancos virem a honrar ou não os seus compromissos?
    Para efeitos das entidades que nos regulam, esse dinheiro é ou não divida publica? Estou a perguntar porque não sei!


    E já agora, presumo que estará por dentro (salvo seja) do caso do Europarque em Santa Maria da Feira.
    Pelo que ouvi dizer a banca (mais uma vez a banca) executou as garantias bancárias prestada pelo estado, uma vez que a AEP deixou de pagar dividas (podiam ter executado as garantias com um bóus ao estado tal como o estado fez ao Sr. Manuel Fino).
    Por sua vez a AEP, entidade gestora ou exploradora, ou comproprietária (não sei), intitula-se como credora pois emprestou dinheiro para pagar dividas inerentes ao funcionamento!!!!
    O luis sabe se isto é mesmo assim?

    Abraço
  6. Colocado por: luisvvSe quiser, pode pensar: um banco privado faria o mesmo tipo de negócio com um grande devedor/cliente?
    Essa é a chave para analisar o negócio.


    irrelevante
  7. Em grande parte, em questões porcentuais.
    Os 8bilhões que só um caso que veio a público, o famoso BPN, sugaram aos cofres do estado (e que ainda sugarão mais), pesam muito mais do que os 800 milhões que o Governo tem poupado ao ano com os cortes à FP.

    Ou seja, só com um caso (insisto que é dos poucos que vieram a conhecimento público, mas que certamente existem muitos mais) o Estado conseguiu gastar tanto quanto gastaria a pagar mais 10 anos os salários completos e pensões e afins.

    A EDP é privada, mas volta e meia sai uma reportagem a dizer que o estado tem de pagar uns milhõeszinhos à EDP...porque?
    Temos ou não uma empresa pública criada para absorver também activos tóxicos de empresas privadas também?
    O barco que foi encomendado aos ENVC e que foram rejeitados pelos Açores porque não atingiam os 18 nós contratuais...o prejuízo foi assumido pelo Estado.. mas quem meteu as patas com o desenho do barco em primeiro lugar foi uma empresa privada a quem se entregou o projecto. E agora responsabilidades? O barquinho foi vendido ao desbarato e o Estado paga o resto...

  8. A mim não me interessa (quer dizer, interessar até interessa mas no âmbito de outras questões e considerações) para efeitos daquilo que pretendo vincar, se o resultado desta iniciativa é ou não positivo.

    Para o efeito desta discussão, a mim também não.



    Independentemente de eu poder concordar ou não parcialmente com esta frase, porque para mim a resposta é.... não só mas também, ou seja, o que esta ali a mais é "em grande parte"; Cristalinamente a questão é "O estado assume ou não, a divida de privados?"

    Se pergunta assim, a resposta tem que ser: "Não". Uma entidade empresarial do Estado, em concorrência no mercado, accionou um mecanismo de garantia de um crédito que tinha concedido. Seguramente que na sua actividade diária a CGD perde dinheiro numa infinitude de operações, das mais diversas dimensões - faz parte do seu negócio, é natural que assim aconteça.
    Se por cada crédito da CGD que acaba mal-parado quiser ser preciosista e dizer que a CGD assumiu uma dívida de privados, não estará no entanto a dizê-lo com o sentido da frase citada. Não assumiu: ganhou ou perdeu dinheiro com uma operação de crédito.
    Repare que pode ir atrás e saber se faz sentido a CGD ter feito a operação de crédito inicial que gerou a garantia e posteriormente deu origem a esta - e creio que sabe a minha opinião sobre isso :-) , mas não é sequer isso que está em causa.


    Volto a frisar que sou totalmente leigo, mas repare lá no seguinte cenário:
    - Eu tenho uma divida à CGD de 80.000 euros referente a crédito a habitação
    - Tenho 5.000 acções da GALP que estão neste momento a cotar a sensivelmente a 12.94 ( 5000x 12.94 = 64700€), porem o banco para saldar a minha divida compra-me as acções acima do valor comercial e diz-me ...para o sr conseguir honrar os seus compromissos a sua divida agora é só de 2000 euros.
    - Além disto, a CGD celebra uma acordo comigo em que não se pode alienar destas acções durante 3 anos, e nesse prazo eu tenho a absoluta possibilidade de recomprar essas acções caso me interesse.
    - Que garantias existiam para uma evolução positiva da cotação? de quem é o risco? o que poderia ter acontecido nesses 3 anos? o que é que os "acionistas" tem a dizer sobre isto?

    Não existe garantia nenhuma, como não existe para nenhum activo.
    Dito isto, o teste do algodão: esta operação seria ou não feita se a CGD fosse privada?


    O encaminhamento de capitais para a recapitalização da banca, gera ou não um aumento da divida publica, independentemente de os bancos virem a honrar ou não os seus compromissos?
    Para efeitos das entidades que nos regulam, esse dinheiro é ou não divida publica? Estou a perguntar porque não sei!

    Não gera aumento de dívida líquida. É como o Neon olhar para o seu património total (crédito vs poupanças) ou olhar só para os créditos.
    Pegando no seu exemplo do crédito de 80.000 e na aplicação de 64.000, imaginemos que pede mais 5.000 e os aplica num reforço da aplicação.
    Passa a ter um crédito de 85.000 (e portanto aumentou a sua dívida em 5.000) mas a sua aplicação também aumentou para 69.000 - a sua dívida ao banco na prática manteve-se (esqueçamos os juros).



    E já agora, presumo que estará por dentro (salvo seja) do caso do Europarque em Santa Maria da Feira.
    Pelo queouvi dizera banca (mais uma vez a banca) executou as garantias bancárias prestada pelo estado, uma vez que a AEP deixou de pagar dividas (podiam ter executado as garantias com um bóus ao estado tal como o estado fez ao Sr. Manuel Fino).
    Por sua vez a AEP, entidade gestora ou exploradora, ou comproprietária (não sei), intitula-se como credora pois emprestou dinheiro para pagar dividas inerentes ao funcionamento!!!!
    O luis sabe se isto é mesmo assim?

    Já não me recordo dos pormenores, mas era algo de escabroso.
  9. Tyrande esse navio encomendado aos ENVC é algo muito mais complexo do que pensa.

    1 - os ENVC tinham uma longa tradição de desenho de navios semelhantes que até ganharam prémios internacionais;
    2 - Foi o governo central que deu ordem para que fosse uma empresa russa sem qualquer experiência no desenho deste tipo de navios a desenhá-los;
    3 - O governo da RAA pediu um verdadeiro paquete de luxo;
    4 - O mesmo podia exigir tal coisa porque o dito navio era fortemente subsidiado pela UE;
    5 - A UE disse que não andava para aqui a alimentar porcos e que fosse o governo da RAA a pagar o dito cujo;
    6 - A partir daí tudo o que saiu para a imprensa foram os ataques/desculpas da RAA para escapar ao negócio com o avale do governo central;
    7 - O navio atingiu a velocidade contratualizada na sua viagem de Viana do castelo para Lisboa;
    8 - A RAA vai provavelmente comprar outros dois navios para fazer o trabalho deste que já se sabe não seria apoiado pela UE;
    9 - Os ditos navios vão gastar o dobro do combustivel e não faram o mesmo serviço;
    10 - Os únicos aspecto positivo é que os ENVC fecharam e a empresa que tomou conta do espaço fisico é privada e como tal os "boys" ficaram sem emprego!
    11 - Os Gregos compraram o dito navio por um preço que não paga a sala das máquinas!

  10. Independentemente de eu poder concordar ou não parcialmente com esta frase, porque para mim a resposta é.... não só mas também, ou seja, o que esta ali a mais é "em grande parte"; Cristalinamente a questão é "O estado assume ou não, a divida de privados?"


    Há-de convir que é uma diferença de todo o tamanho, sugerir que de um aumento de 60 e poucos por cento do PIB para 130 (brutos, porque faz mais "efeito" mencionar o maior valor possível) uma "grande parte" (concedo até uma redução do exagero para "parte significativa") se deve à assunção de dívida privada...
  11. Se eu contrato um arquiteto para me desenhar uma casa e depois a casa não está como foi pedido inicialmente, a culpa é de quem?
    Os empreiteiros (ENVC) limitaram-se a construir o que o arquiteto projectou!!
    Mas quem paga o pato são os empreiteiros (e por inerência o Estado, que é o patrão dos empreiteiros).

    Se o navio atingiu a velocidade contratada, como é que a RAA rejeitou a compra do navio, baseada na informação que não a atingia? Tem de haver provas documentais, testes efectuados, para se provar que o raio do navio só atingiu 17.5 n´so e não os 18... (e depois eu penso: mas que raio de desculpa.. será que na prática fará assim TANTA diferença o raio do barco atingir 17.5 ou 18 nós? Vai andar a navegar sempre à velocidade máxima é? )
    Para mim foi apenas um belo pretexto que eles arranjaram para se livrarem daquilo...
    Concordam com este comentário: two-rok

  12. Em grande parte, em questões porcentuais.
    Os 8bilhões que só um caso que veio a público, o famoso BPN, sugaram aos cofres do estado (e que ainda sugarão mais),

    8 mil milhões é um valor máximo teórico, que nem sequer foi desembolsado pelo Estado - o qual aliás ficou com créditos e activos do BPN para recuperar. Não recuperará tudo, nem nada que se pareça, obviamente, mas ainda está longe de estar apurado.

    Mas surpreendentemente, ou não, o PeSilva já tinha previsto que iria ser esse o exemplo.
    Para ajudar nas suas contas, vamos lá colocar as coisas em perspectiva:

    A dívida pública (directa) em 2007 era de 112.804.000.000 de euros. Em 2010 era de mais de 150.000.000.000. Em 2013, 204.000.000.000.
    Pode subtrair os 8 mil milhões do BPN e ainda sobram 196 mil milhões. São mais 84 mil milhões do que em 2007. Se quiser, são mais de 10 BPN, em apenas 7 anos.
    Para lhe facilitar a vida, podemos lembrar que este ano o défice previsto ronda os 7 mil milhões - quase um BPN.


    pesam muito mais do que os 800 milhões que o Governo tem poupado ao ano com os cortes à FP.




    Ou seja, só com um caso (insisto que é dos poucos que vieram a conhecimento público, mas que certamente existem muitos mais) o Estado conseguiu gastar tanto quanto gastaria a pagar mais 10 anos os salários completos e pensões e afins.

    Não insista: todos os anos o Estado gasta a mais do que recebe, mais de 10 vezes isso..
    (e o seu "certamente que existem todos mais" é apenas uma forma de negar a realidade - os números são públicos, é ir vê-los...)


    A EDP é privada, mas volta e meia sai uma reportagem a dizer que o estado tem de pagar uns milhõeszinhos à EDP...porque?

    Creio que tem lido mal. O Estado decidiu fazer flores com o seu dinheiro, e vai daí impede o estabelecimento dos preços de venda de energia de acordo com os custos de produção (e acumula o famoso défice tarifário, que há-de ser pago por si ou pelos seus filhos); ou também porque decidiu incentivar as fontes de energia renovável, e vai daí resolveu criar uma série de outras fontes de custos, que acabam por ser pagos pelo consumidor.

    Temos ou não uma empresa pública criada para absorver também activos tóxicos de empresas privadas também?

    ??

    O barco que foi encomendado aos ENVC e que foram rejeitados pelos Açores porque não atingiam os 18 nós contratuais...o prejuízo foi assumido pelo Estado.. mas quem meteu as patas com o desenho do barco em primeiro lugar foi uma empresa privada a quem se entregou o projecto. E agora responsabilidades? O barquinho foi vendido ao desbarato e o Estado paga o resto...

    Outra história mal contada ou mal percebida.
    Concordam com este comentário: two-rok
  13. Luis

    Discordo em absoluto do que diz

    O emprestimo inicial sim também será questionavel.
    Mas a questão é...no momento em que se configura dificuldades em o devedor honrar as suas obrigações...que a CGD pegasse nas acções e as vendesse de imediato imputando todos os custos ao devedor e fosse abater os ganhos na divida....ok perfeito, estaria muito bem.

    Agora o que a CGD fez, foi ficar com as acções no colo durante um período de 3 anos, deu a garantia ao Sr. Fino que as poderia recomprar caso fosse vantajoso para ele, e ainda por cima atribuiu um valor de 25% acima do valor comercial que elas tinham.
    Luis, provavelmente nesta fase vai estar a achar que sou casmurro, ou pouco inteligente. Eu percebo tudo aquilo que me disse, mas aos meus olhos o que fizeram foi DELIBERADAMENTE emprestar-lhe mais dinheiro do que a garantia valia e que resultou na diminuição da divida. O que por sua vez, dada a volatilidade do ACTIVO E A FORMA COMO FOI NEGOCIADO, consubstancia um potencial ou hipotético (como lhe queira chamar) perdão da divida, e consequentemente um DELIBERADO assumir da divida daquele Sr.



    Colocado por: luisvvNão existe garantia nenhuma, como não existe para nenhum activo.


    Obviamente
    Mas o problema é que já se borrou o pé até ao joelho e depois se decide vamos em frente e já agora vamo-nos borrar até ao pescoço.



    Colocado por: luisvvesta operação seria ou não feita se a CGD fosse privada?


    Continuo sem entender a relevância disso para a discussão elucide-me?


    Colocado por: luisvvNão gera aumento de dívida líquida. É como o Neon olhar para o seu património total (crédito vs poupanças) ou olhar só para os créditos.
    Pegando no seu exemplo do crédito de 80.000 e na aplicação de 64.000, imaginemos que pede mais 5.000 e os aplica num reforço da aplicação.
    Passa a ter um crédito de 85.000 (e portanto aumentou a sua dívida em 5.000) mas a sua aplicação também aumentou para 69.000 - a sua dívida ao banco na prática manteve-se (esqueçamos os juros).


    Luis, se os aumentos de capital do Banif/BCP tivesse corrido mal/vier a correr mal? que garantia tem o estado que vai reaver o que lá meteu? e mesmo correndo bem, que garantias existem?
    Vamos colocar a hipotese de o moribundo que teima em não descolar do centimo entra em insolvência? o que se vai passar?

    Colocado por: luisvvJá não me recordo dos pormenores, mas era algo de escabroso.


    Pois, mas será ou não uma divida privada que esta a ser assumida pelo estado?
  14. Colocado por: luisvv
    Há-de convir que é uma diferença de todo o tamanho, sugerir que de um aumento de 60 e poucos por cento do PIB para 130 (brutos, porque faz mais "efeito" mencionar o maior valor possível) uma "grande parte" (concedo até uma redução do exagero para "parte significativa") se deve à assunção de dívida privada...


    Já disse que concordo que não será a grande parte....dai que referi "não só mas também"

    Quanto à continuidade da "altercação", e uma vez que eram pedidos exemplos de dividas assumidas pelo estado, limitei-me a dar alguns exemplos que na minha opinião o são.

    Ainda vamos ver o que o GES nos vai trazer também, pois ou muito me engano ou as bruxas ainda não saíram todas do armário.
  15. luisvv: não adianta usar números e factos quando as pessoas já têm o mindset definido. É perder tempo.
    Concordam com este comentário: eu

  16. Discordo em absoluto do que diz
    O emprestimo inicial sim também será questionavel.
    Mas a questão é...no momento em que se configura dificuldades em o devedor honrar as suas obrigações...que a CGD pegasse nas acções e as vendesse de imediato imputando todos os custos ao devedor e fosse abater os ganhos na divida....ok perfeito, estaria muito bem.



    Agora o que a CGD fez, foi ficar com as acções no colo durante um período de 3 anos, deu a garantia ao Sr. Fino que as poderia recomprar caso fosse vantajoso para ele, e ainda por cima atribuiu um valor de 25% acima do valor comercial que elas tinham.

    O que a CGD fez (e é questionável, claro, e por isso o meu critério "um privado faria isto"? ) foi:
    Pegou na garantia, avaliou-a tendo em conta o preço médio dos últimos 6 (?) meses, e com um prémio de controlo (trata-se de um bloco de acções que dá uma posição relevante e lugar na administração). Pelo meio, "limpou" umas coisas chatas do balanço.
    Podia ter vendido logo? 10% de uma empresa como a Cimpor não se vendem assim, mas claro que podia ter desencadeado o processo de venda. Na altura tinha havido circunstâncias anormais nas bolsas de todo o mundo, pelo que com a moldura mental vigente não era de todo irrazoável a opção tomada.


    Luis, provavelmente nesta fase vai estar a achar que sou casmurro, ou pouco inteligente. Eu percebo tudo aquilo que me disse, mas aos meus olhos o que fizeram foi DELIBERADAMENTE emprestar-lhe mais dinheiro do que a garantia valia e que resultou na diminuição da divida. O que por sua vez, dada a volatilidade do ACTIVO E A FORMA COMO FOI NEGOCIADO, consubstancia um potencial ou hipotético (como lhe queira chamar) perdão da divida, e consequentemente um DELIBERADO assumir da divida daquele Sr.

    Não, acho que está a avaliar a posteriori um negócio que como tantos outros em determinada altura estava a corre mal (apesar de ter acabado por corrigir).
    Aliás, o negócio foi um pouco mais complexo que isso, implicou subida das taxas da dívida remanescente, entrega de dividendos à CGD, etc.
    http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/compra_da_posiccedilatildeo_da_cimpor_a_manuel_fino_em_linha_com_quotpraacuteticas_bancaacuterias_normaisquot.html


    Obviamente
    Mas o problema é que já se borrou o pé até ao joelho e depois se decide vamos em frente e já agora vamo-nos borrar até ao pescoço.

    O negócio da CGD é gerir risco. Umas vezes bem, outras mal.



    Continuo sem entender a relevância disso para a discussão elucide-me?

    É relevante porque indica se se trataria de uma operação "normal" ou se foi determinada pela natureza pública da CGD.


    Luis, se os aumentos de capital do Banif/BCP tivesse corrido mal/vier a correr mal? que garantia tem o estado que vai reaver o que lá meteu? e mesmo correndo bem, que garantias existem?

    As mesmas que tem em empresas onde detem capital.


    Vamos colocar a hipotese de o moribundo que teima em não descolar do centimo entra em insolvência? o que se vai passar?

    Já não me recordo dos pormenores, mas o Estado é credor preferencial. O moribundo tem activos (e boa parte deles é dívida pública) pelo que parte será recuperada.


    Pois, mas será ou não uma divida privada que esta a ser assumida pelo estado?


    Tanto quanto me recordo, sim, mais ou menos - o Estado deu um aval ao empréstimo, mas tem a garantia do bem.

  17. Mas surpreendentemente, ou não, o PeSilva já tinha previsto que iria ser esse o exemplo.


    Mania que têm de citar partes de um post que lhes interessa.
    O BPN é o caso mais famoso e mediático que temos conhecimento através da comunicação social! O único detalhe é que não vieram a público, tal como o BPN veio!
    Ou é assim tão ingénuo a ponto de pensar que não existem inúmeras outras falcatruas por ai? Que não existem dezenas de empresas do "cumpadre" que estão a mamar à custa do erário público?
    É como diz o outro na reportagem, e como podemos constatar diariamente nas notícias, cada vez que há uma nomeação de um cargo importante no governo/empresa importante. é uma mão lava a outra.
    Hj ou ajudo-te no privado, quando foi corrido do governo, tu arranjas-me emprego ai na tua empresa.
    Olhe o novo administrador do BES.
    Concordam com este comentário: jpvng

  18. Mania que têm de citar partes de um post que lhes interessa.
    O BPN é o caso mais famoso e mediático que temos conhecimento através da comunicação social! O único detalhe é que não vieram a público, tal como o BPN veio!

    Vamos lá a ver se nos entendemos: apesar das teorias da conspiração que possa ter, a evolução da dívida pública é do conhecimento geral. Em €€€, o seu aumento resulta essencialmente da diferença entre o que o Estado gasta e o que recebe.
    O que o Estado gasta também é do conhecimento geral. Toda e qualquer teoria de "casos" que "não vieram a público" é portanto mero pensamento mágico. Sim, evidentemente que há desperdício - mas o desperdício é inevitável numa grande organização, e mais ainda numa organização com as limitações de um Estado. Mas daqui não resulta nada que lhe permita afirmar (e insistir ..) que "a maior parte do aumento da dívida pública foi por termos assumido dívida privada".


    Ou é assim tão ingénuo a ponto de pensar que não existem inúmeras outras falcatruas por ai? Que não existem dezenas de empresas do "cumpadre" que estão a mamar à custa do erário público?

    Estou longe de ser ingénuo. Mas não confundo desperdício, corrupção e/ou outros vícios inerentes a qualquer organização de determinada dimensão com isto: "pela absorção que tivemos de fazer de dívidas de entidades privadas!". Também não alinho na identificação do tal desperdício com a causa dos males da dívida pública...


    Hj ou ajudo-te no privado, quando foi corrido do governo, tu arranjas-me emprego ai na tua empresa.
    Olhe o novo administrador do BES.


    O que tem o novo administrador do BES? (Qual?)
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  19. Para acompanhar.
  20. Que? O facto de o sr. Rato ter vindo diretamente do IGCP não lhe diz nada?
    Concordam com este comentário: jpvng
 
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