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  1.  # 1

    Boa noite,
    Possuo umas arvores de grande porte e gostava de saber se existe alguma legislação a esse respeito. Encontram-se junto a uma estrada movimentada, em caso de queda durante mau tempo serei sempre o responsavel? Precisava que alguem mostrasse a legislação a esse respeito.
    Existe algum tipo de seguros que possa abranger 'arvores'?
  2.  # 2

    Não é preciso haver uma legislação a abranger "árvores" especificamente. É um objecto como outro qualquer. É seu, provoca danos, é você o responsável, mesmo que seja por acção do mau tempo. Não percebo a dúvida?!?
  3.  # 3

    Você é responsável não tenha a mínima dúvida. Há casos q.b por aí onde os donos foram responsabilizados.

    Há seguros para tudo! É uma questão de falar com uma seguradora, eles vão avaliar os riscos e fazer proposta, depois você vê se "vale a pena". Muito sinceramente duvido que goste do valor que vão apresentar, mas tem bom remédio, mande isso a baixo enquanto é tempo! E mande a baixo em segurança, se correr mal também vai ser responsabilizando, o melhor é sempre falar com a proteção civil para o ajudar a fazer o serviço, até lhe pode ficar bem mais barato assim, acredite.
    Concordam com este comentário: Anonimo16062021
  4.  # 4

    Há anos, no Minho, era comum as oliveiras atingiam vários metros de altura.
    Para a colheita da azeitona, era necessário subir... subir... quais trapezistas sem rede, muitas vezes com medo. Muitas vezes sem seguro.
    Numa quinta, o proprietário disse ao jornaleiro: "pode subir à vontade e sem medo, pois eu tenho seguro". Até que um caiu e ficou paraplégico.
    No caso das suas árvores, o seguro, que é de responsabilidade civil, pode cobrir danos patrimoniais. Mas se causa morte ou incapacidade de pessoas? Paga o sofrimento dessas e/ou de familiares?
  5.  # 5

    (...) mande isso a baixo enquanto é tempo (...)

    E se as podar convenientemente, todos os anos? Será mais barato do que o seguro? Talvez... Aproveita a lenha caso precise, ou pode vendê-la, para revenda. As árvores embelezam e dão sombra, para além da sua importante função clorofilina. Demais a mais "junto a uma estrada movimentada". O provérbio também se aplica às árvores: Quanto mais alto se sobe, maior é a queda . Caso possa optar, mande-as podar. É um favor que faz ao ambiente e a si próprio!
    •  
      damned
    • 20 setembro 2014 editado

     # 6

    Colocado por: maria rodrigues
    E se as podar convenientemente, todos os anos? Será mais barato do que o seguro? Talvez... Aproveita a lenha caso precise, ou pode vendê-la, para revenda. As árvores embelezam e dão sombra, para além da sua importante função clorofilina. Demais a mais "junto a uma estrada movimentada". O provérbio também se aplica às árvores:Quanto mais alto se sobe, maior é a queda. Caso possa optar, mande-as podar. É um favor que faz ao ambiente e a si próprio!


    Concordava consigo se não tivesse a tal via com bastante movimento. Sendo que a tem, de cada vez que fosse lá podar tê-lo-ia que fazer com cuidados acrescidos (custos, todos os anos) que um privado raramente esta disposto a pagar, por muita lenha que desse, não ia pagar tal "empreitada".

    E, por muito bem podada que esteja, com os ventos que se viram em anos passados, o perigo permanece e certamente o dono não ia ficar completamente descansado, como já não está.

    Não vamos por o bem estar públicos em causa pela questão ambiental, mas se for o caso de consciência ambiental pode sempre plantar umas quantas em local próprio, para fazer o offset ao abate.

    Tudo tem o seu lugar e o lugar para arvores de grande porte não é junto a qualquer via de movimento substancial, lamento!

    Esteticamente até gosto, acredite, vivo rodeado delas, mas com distâncias de segurança. Na minha zona há plantação de eucaliptos, para a Portucel, são hectares a perder de ver.... :)
    Concordam com este comentário: CLOROFILUS
  6.  # 7

    (...) Concordava consigo se não tivesse a tal via com bastante movimento. (...) Tudo tem o seu lugar e o lugar para arvores de grande porte não é junto a qualquer via de movimento substancial (...) Na minha zona há plantação de eucaliptos, para a Portucel, são hectares a perder de ver.... :)

    Fico consternada quando leio que o lugar para árvores de grande porte não é junto a qualquer via de movimento substancial. Porque não comentar (contestar) que uma via de movimento substancial, não deveria ter lugar junto a árvores de grande porte? Quem chegou primeiro? As árvores de grande porte ou a movimentada via? Porque se sacrifica o meio ambiente em nome do progresso? Ou será que é em nome de interesses escondidos? Porque temos de abater árvores, em muitos casos centenárias, porque certos traçados (quantas vezes aos ziguezagues) têm forçosamente de passar por determinada região (com grande prejuízo no impacte ambiental), e não por outra, cujos custos ambientais seriam reduzidos ao mínimo? Já ninguém se lembra dos custos brutais associados aos estudos de impacte ambiental (que estamos a pagar com os nossos impostos) que originou a peregrina ideia (ou inconfessados interesses) da construção de um novo aeroporto para Lisboa? Começou pela Ota, passou por Alcochete, Rio Frio, Montijo e terminou no Poceirão para voltar quase à estaca zero!
    É de lamentar que o ministério da agricultura não trave o plantio desordenado de eucaliptos, em Portugal, preterindo a vegetação ibérica, nomeadamente a floresta natural e a vegetação autóctone. Uma política séria da floresta, precisa-se! Como nos entristece ver Portugal transformado numa coutada da Portucel. Coitados dos nossos vindouros!
    Concordam com este comentário: Tyrande
    •  
      damned
    • 21 setembro 2014 editado

     # 8

    Colocado por: maria rodrigues
    Fico consternada quando leio queo lugar para árvores de grande porte não é junto a qualquer via de movimento substancial.Porque não comentar (contestar) que uma via de movimento substancial, não deveria ter lugar junto a árvores de grande porte? Quem chegou primeiro? As árvores de grande porte ou a movimentada via? Porque se sacrifica o meio ambiente em nome do progresso? Ou será que é em nome de interesses escondidos? Porque temos de abater árvores, em muitos casos centenárias, porque certos traçados (quantas vezes aos ziguezagues) têm forçosamente de passar por determinada região (com grande prejuízo no impacte ambiental), e não por outra, cujos custos ambientais seriam reduzidos ao mínimo? Já ninguém se lembra dos custos brutais associados aos estudos de impacte ambiental (que estamos a pagar com os nossos impostos) que originou a peregrina ideia (ou inconfessados interesses) da construção de um novo aeroporto para Lisboa? Começou pela Ota, passou por Alcochete, Rio Frio, Montijo e terminou no Poceirão para voltar quase à estaca zero!
    É de lamentar que o ministério da agricultura não trave o plantio desordenado de eucaliptos, em Portugal, preterindo a vegetação ibérica, nomeadamente a floresta natural e a vegetação autóctone. Uma política séria da floresta, precisa-se! Como nos entristece ver Portugal transformado numa coutada da Portucel. Coitados dos nossos vindouros!


    Pronto, esqueça lá o que eu disse.
    .

    ---------

    Hellregni, boa sorte :)
  7.  # 9

    Caríssima Maria Rodrigues.
    Devo referir que descobri este forum há alguns meses e que sigo alguns tópicos diariamente, à cata de coisas novas.
    Devo também referir que um dos foristas que gosto de ler é a senhora, pela forma como argumenta e fundamenta o que escreve.
    No entanto, no que se refere ao que acima escreveu, tenho que mostrar a minha parcial discordância.

    Porque não comentar (contestar) que uma via de movimento substancial, não deveria ter lugar junto a árvores de grande porte? Quem chegou primeiro? As árvores de grande porte ou a movimentada via?

    É sabido que por vezes se constroem estradas destruido áreas florestais. No entanto é também sabido que as Estradas Nacionais construidas há décadas estão ladeadas de árvores de grande porte que, obviamente, foram plantadas aquando da sua construção.
    No entanto, basta ver, ler ou ouvir as notícias em dias de temporal, para sabermos que uma ou outra cai por cima de viaturas que, por azar, circulavam no momento da sua queda, por vezes matando e ferindo os ocupantes.
    Eu próprio já vi alguns casos desses, sendo que alguns até eram eucalíptos.

    É de lamentar que o ministério da agricultura não trave o plantio desordenado de eucaliptos, em Portugal, preterindo a vegetação ibérica, nomeadamente a floresta natural e a vegetação autóctone. Uma política séria da floresta, precisa-se! Como nos entristece ver Portugal transformado numa coutada da Portucel. Coitados dos nossos vindouros!

    Inteiramente de acordo. Vejo pequenos proprietário scom uma tal febre da plantação de eucalípto, na ânsia do rápido, que até me dá a volta ao estômago.
    Provavelmente até estão enganados, porque com tal intensidade de plantação, daqui por dez anos o preço da madeira, se calhar, não paga o custo do corte.
    Para já, quem ganha, são os viveiristas, pois até quem vendia plantas ornamentais agora vende eucalíptos.
    Concordam com este comentário: Sabrina, damned
  8.  # 10

    Observação:
    Por ignorância da minha parte, as citações não foram bem inseridas
    Peço desculpa pelo facto.
  9.  # 11

    Colocado por: CLOROFILUSCaríssima Maria Rodrigues.
    Devo referir que descobri este forum há alguns meses e que sigo alguns tópicos diariamente, à cata de coisas novas.
    Devo também referir que um dos foristas que gosto de ler é a senhora, pela forma como argumenta e fundamenta o que escreve.
    No entanto, no que se refere ao que acima escreveu, tenho que mostrar a minha parcial discordância.

    Porque não comentar (contestar) que uma via de movimento substancial, não deveria ter lugar junto a árvores de grande porte? Quem chegou primeiro? As árvores de grande porte ou a movimentada via?

    É sabido que por vezes se constroem estradas destruido áreas florestais. No entanto é também sabido que as Estradas Nacionais construidas há décadas estão ladeadas de árvores de grande porte que, obviamente, foram plantadas aquando da sua construção.
    No entanto, basta ver, ler ou ouvir as notícias em dias de temporal, para sabermos que uma ou outra cai por cima de viaturas que, por azar, circulavam no momento da sua queda, por vezes matando e ferindo os ocupantes.
    Eu próprio já vi alguns casos desses, sendo que alguns até eram eucalíptos.

    É de lamentar que o ministério da agricultura não trave o plantio desordenado de eucaliptos, em Portugal, preterindo a vegetação ibérica, nomeadamente a floresta natural e a vegetação autóctone. Uma política séria da floresta, precisa-se! Como nos entristece ver Portugal transformado numa coutada da Portucel. Coitados dos nossos vindouros!

    Inteiramente de acordo. Vejo pequenos proprietário scom uma tal febre da plantação de eucalípto, na ânsia do rápido, que até me dá a volta ao estômago.
    Provavelmente até estão enganados, porque com tal intensidade de plantação, daqui por dez anos o preço da madeira, se calhar, não paga o custo do corte.
    Para já, quem ganha, são os viveiristas, pois até quem vendia plantas ornamentais agora vende eucalíptos.

    Caro CLOROFILUS (o seu nikename leva-me à suposição de que defende um Planeta menos poluído, mais limpo...), agrada-me que me leia (é recíproca a minha simpatia pela leitura dos seus comentários) e admito, sem constrangimentos, que não se concorde comigo, total ou parcialmente. O que me levou a intervir foi ter lido que:
    (...) mas tem bom remédio, mande isso a baixo enquanto é tempo (...).
    Vejamos: há um membro do fórum que pede uma informação sobre um hipotético seguro para "árvores de grande porte", alegando os motivos da sua preocupação. Todas as sugestões (conselhos) foram no mesmo sentido, como se não houvesse outra(s) alternativa(s). O cenário que descreve sobre a queda de árvores, infelizmente, é uma realidade cada vez mais frequente (fruto das alterações climáticas no nosso país?... Então temos aqui uma pescadinha de rabo na boca, nem preciso de dizer porquê!...) Voltando um pouco atrás, sabemos que os seguros são incomportáveis, tratando-se de árvores... pior, pareceu-me que a poda não seria de desprezar; pelos motivos que invoquei (aproveitamento da lenha, etc.) e porque feita a poda, fazendo as copas mais próximas do tronco, a partir daí era só manter as árvores com o mesmo tamanho, mais ou menos. Claro que, muito fala quem é vivo, diz o povo, a realidade pode ser muito diferente. O principal interessado não se pronunciou, e a poda pode não ser viável. Quis demonstrar que o abate de árvores (refiro-me à floresta ibérica, particularmente), deve ser o último recurso. E pegando nas suas palavras a propósito das estradas nacionais compete, muitas vezes, aos próprios municípios a obrigação de cuidar convenientemente das árvores que ladeiam essas estradas, ou da Junta Autónoma de Estradas (hoje chamar-se-á uma coisa parecida). Porém, aí, a culpa morrerá solteira e cada entidade vai empurrar a responsabilidade para outro! O que sabemos é que em caso de acidente, se o dono for um particular, tudo se complica.

    Quanto ao plantio do eucalipto, no nosso país, abomino essa prática e lamento sinceramente a falta de sensibilidade do ministério da agricultura e, não só!
    Não termino sem dizer que depois da família e dos animais de estimação, "vivo" a natureza com o maior desvelo. E agradeço à mãe-natureza todos os benefícios que dela recolhemos: a começar pelo desfrute de uma desejável sombra num tórrido dia de verão.
    Cumprimentos,
    maria rodrigues
  10.  # 12

    Faz-me lembrar as reportagens de caçadas a animais selvagens (normalmente ursos ou lobos) que se fazem em alguns países... porque estão a invadir cidades à procura de comida...
    Pudera! Nós destruímos o habitat deles!!!
    mas no final quem paga são os bichos!
    Concordam com este comentário: treker666, rei do alcatrão, maria rodrigues
  11.  # 13

    Cara Maria Rodrigues
    De facto não se enganou ao pensar que defendo um planeta mais limpo, menos poluído.
    Mas custa-me menos ver cortar uma árvore, ou várias, junto de vias, jardim públicos ou habitações, se elas põem em perigo a integridade física de outrem, ou até o património, do que, por exemplo, o abandono de resíduos nas florestas, a poluição dos solos e da água, etc. Porquê? Porque as consequências destas situações são muitas vezes irreversíveis, causando danos que se refletirão por muitas décadas, ou séculos.
    Imaginemos, por exemplo, um carvalhal onde as pessoas gostam de passear, usufruindo da sombra, mas que vão abandonando os resíduos por si produzidos no local. Ou descarga propositadas de resíduos de construção nessas matas. Ou alguém, nesses locais, para facilitar a caça furtiva, que se lembra de pôr óleo queimado no solo para atraírem javalis, que por norma também gostam destas matas.
    Acredite que há muitas situações deste gênero, e piores.
    Cumprimentos.
  12.  # 14

    (...) o abandono de resíduos nas florestas, a poluição dos solos e da água, etc. Porquê? Porque as consequências destas situações são muitas vezes irreversíveis, causando danos que se refletirão por muitas décadas, ou séculos. (...)

    Não me creia fundamentalista por estar contra o abate da nossa floresta. Partilho da sua opinião e maldigo a falta de responsabilidade de muitos portugueses, que não respeitam nada (mesmo nada) o meio ambiente. Aflige-me, justamente, tudo quanto comentou, a propósito dos danos irreversíveis e suas consequências. Lembro-me, ainda criança, dos meus avós e outros anciãos mostrarem grande preocupação pelo aparecimento dos aviões comerciais; naquele tempo deixavam, na atmosfera, um largo rasto (parecia uma nuvem muito comprida) de fumo branco. Diziam que "aquilo ia dar cabo da Terra" e exclamavam: Adeus mundo, cada vez pior! . Pena que não se tenha dado ouvidos aos cientistas que, há mais de 50 anos, alertavam para os perigos da poluição. Lamenta-se que os maiores poluidores do planeta, a Europa não é muito melhor, não respeitem os protocolos de Montreal e Quioto. Repito: coitados dos nossos vindouros!
 
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