Gostaria de me acautelar de um possível acto de má-fé do meu senhorio e gostaria de ouvir as vossas opiniões sobre o assunto.
Após vários contactos telefónicos e verbais notei que ao meu senhorio não lhe interessa resolver ou assumir as responsabilidades que lhe são incutidas. São já vários os casos e não vale a pena especificá-los por aqui. Deixo-vos algumas perguntas:
a) Após um contacto verbal assumiu que eu poderia abater na próxima renda o valor de uma obra urgente (canalização) que entretanto efectuei. Qual a melhor forma de me acautelar do não pagamento integral da renda? Carta registada com AR a comunicar a realização da obra e outra posterior a comunicar o valor total a abater na renda?
b) Derivado à repetição de infiltrações no mesmo local e com prejuízo na minha fracção, inquilino e senhorio (o mesmo) do andar de cima não se entendem nem fazem entender quanto à responsabilidade. Como actuo se ninguém atende o telefone? Tiro fotos, pinto e abato o valor na próxima renda descrevendo tudo em carta registada com AR?
c) Li que os termos de responsabilidade (gás e electricidade) são deveres do senhorio. Derivado à falta de comunicação verbal possível pode-se recorrer à apresentação destas despesas via carta e posterior abatimento?
Não é possível mais a comunicação verbal / telefónica com o senhorio e conto acautelar-me dos meus direitos através de uma forma segura de comunicação.
Antecipadamente grata das vossas opiniões e respostas, Raquel
Derivado à repetição de infiltrações no mesmo local e com prejuízo na minha fracção, inquilino e senhorio (o mesmo) do andar de cima não se entendem nem fazem entender quanto à responsabilidade.
O seu senhorio se calhar tem problemas para entrar em contacto com o do andar superior, que segundo entendi, será o responsável pelas infiltrações. Diga ao seu senhorio para chamar a companhia de seguros dele para saberem quem é o responsável e qual a origem das infiltrações. Eu tenho um caso de infiltração num apartamento que foi renovado e a origem está em fissuras nas partes comuns, que os outros, não querem reparar, porque não estão ainda a ser lesados, mas que tive que meter em justiça, para poder algum dia resolver o problema. Neste caso, a culpa não é do senhorio, que todos os anos, depois do inverno, tem que reparar e que lhe está já a ficar muito dispendioso, visto as rendas não compensarem muito, mas sim de factores independentes à sua vontade.
Esta situação acima descrita não se resolveu através do senhorio, foi tratada entre mim e o arrendatário do piso de cima.
Além disso junta-se às constantes faltas de comunicação do senhorio os seguintes factos: - nunca ter disponibilizado recibos; - ter descoberto posteriormente que a canalização está toda em chumbo o que levou à construção de um sistema de canalização exterior que nunca foi eficaz devido à distância do esquentador e wc; - o facto de nunca ter respondido às responsabilidades do condomínio;
A comunicação é inexistente. O senhorio claramente omitiu o facto da canalização deficiente e contava que realizássemos a total substituição de canalização. Aprendemos imenso com este processo mas gostaríamos de denunciar o contrato.
O problema é que não atingimos ainda o 1/3 do contrato. Derivado a isto existe alguma hipotese de denunciar o contrato antes do 1/3 sem pagar o restante?
Atenção que não tenho a certeza das leis suportadas pelo que vou dizer, mas tenho conhecimento de um casal que tinha problemas em casa e o senhorio não queria resolve-los. Foi feito os pedidos para realizar as obras por carta registada e alegou que devido aos problemas relatados, iria deixar de pagar as rendas até ser feito as correcções necessárias para tornar o apartamento habitável.
Mas era do seu melhor interesse contactar um advogado e esclarecer esta situação, pk é bem possível denunciar contrato em qualquer altura se conseguir provar as "deficiências" da casa.
Pode denunciar o contrato avisando (com carta registada) com um prazo de 3 meses. Quanto às obras essas são benfeitorias necessárias e pode abater na renda ou ser indemnizada no final do contrato. Contudo, é preferível contactar um advogado para a defender.