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  1.  # 181

    Colocado por: branco.valterReforço do papel dos militares? Vê-se logo que em Portugal isso deu frutos, epá 150 vagas para todo o anos de 2015 para a minha tropa é do melhor que há (só na minha incorporação eramos mais de 200 e várias naquele ano).


    150 que entram (fora aqueles que vão ficar pelo caminho)... uns 300 que saem.. tá bom tá...
  2.  # 182

    Se metade ficar pelo caminho como é que vão ter páras para os 2 biparas, para o boat e toda uma série de sub-unidades?

    Afinal um certo oficial pq que ao apresentar uma certa companhia referiu-se a eles como "cargas de porta" não estava longe da verdade!...
  3.  # 183

    Também se pode por a questão de outra forma . para que raio precisamos nós de umas FA???
  4.  # 184

    Olhe pergunte aos Portugueses e Espanhóis que a FAP resgatou de um certo país no norte de áfrica à não muito tempo, pergunte aos Portugueses e outros estrangeiros que foram resgatados da Guiné-Bissau pela Armada à uns quantos anos atrás, pergunte aos Timorenses que viram o contingente Português a fazer um trabalho que os outros não queriam fazer que foi dar caça às milicias (constituido fundamentalmente por Páras e Fuzos), pergunte aos...
  5.  # 185

    Já não para não falar das missões de defesa da soberania nacional como a que estamos a discutir. Quem mais ia controlar os nossos céus, o nosso mar?
    •  
      jccp
    • 4 novembro 2014 editado

     # 186

    Colocado por: euBreedlove? Estes americanos têm jeito para os nomes...

    Só de pensar que há uns anos atrás, o País era governado porBusheDick(Cheney).


    esqueceu-se desta --Condoleezza Rice
  6.  # 187

    O historial das FA nos últimos 100 anos (após a 1ª guerra mundial) não é famosa. Durante a 2ª guerra deixaram-se estar quietinhos a proteger o ditador que impuseram em 1926. Nem um pelotãozinho se mexeu para defender a Europa. Na India renderam-se sem dar um tiro com o argumento que eles eram muitos. Depois em Africa ao fim de 12 anos ficaram cansados de uma guerra onde apenas na Guiné não estava perfeitamente controlada e abandonar 1 milhão de portugueses não foi preocupação de maior.
    Agora desde que paguem umas ajudas de custo jeitosas até vamos defender Donetz dos terroristas locais.
    Concordam com este comentário: treker666
  7.  # 188

    Colocado por: branco.valterpergunte aos Timorenses que viram o contingente Português a fazer um trabalho que os outros não queriam fazer que foi dar caça às milicias (constituido fundamentalmente por Páras e Fuzos)


    Mas que grande caça!!! Na praia da areia branca de papo ao sol!!!! A comprar alcool às professoras e andar à pancada!
    Mas quais milicias?! Quando as tropas Tugas entraram já eles tinham passado a fronteira e era mais que conhecida a posição de Xanana de não lhes dar caça em nome da reconciliação!

    Para tudo o que diz, cheira-me que umas forças armadas de 200 homens tomavam conta dos assuntos e ainda tinham férias! Uma acção "humanitária" a cada década.
    O resto.... criar bichos papões, servir o dono NATO e bombardear inocentes.

    Já agora, as tropas Australianas faziam exactamente o mesmo. E em 2006 lá criaram mais um bicho papão com uma marioneta treinada por eles, para dar caça ao Alkatiri e tirar do caminho as petroliferas Chinesas, para que as Australianas entreguem 10% das receitas a Timor (em forma de "ajuda humanitária").
    É para isso essencialmente que servem as "tropas".
    • eu
    • 4 novembro 2014 editado

     # 189

    Colocado por: jccpesqueceu-se desta --Condoleezza Rice

    Para mediar Dick e Bush, se calhar deveria chamar-se condomleeza ;)
    • eu
    • 4 novembro 2014

     # 190

    Colocado por: branco.valterReforço do papel dos militares? Vê-se logo que em Portugal isso deu frutos, epá 150 vagas para todo o anos de 2015 para a minha tropa é do melhor que há (só na minha incorporação eramos mais de 200 e várias naquele ano).

    Portugal? Portugal é um país falido, que, obviamente, não pode brincar às guerras...
    •  
      jccp
    • 4 novembro 2014

     # 191

    Colocado por: euPara mediar Dick e Bush, se calhar deveria chamar-se condomleeza ;)


    acho que o Bill Clinton é que usava disso...ou talvez não ;)
  8.  # 192

    E o que é que os separatistas pensam á cerca desta palhaçada toda do ocidente ?
    https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ww7aUyl6TJ0
  9.  # 193

    Colocado por: CarvaiO historial das FA nos últimos 100 anos (após a 1ª guerra mundial) não é famosa. Durante a 2ª guerra deixaram-se estar quietinhos a proteger o ditador que impuseram em 1926. Nem um pelotãozinho se mexeu para defender a Europa. Na India renderam-se sem dar um tiro com o argumento que eles eram muitos. Depois em Africa ao fim de 12 anos ficaram cansados de uma guerra onde apenas na Guiné não estava perfeitamente controlada e abandonar 1 milhão de portugueses não foi preocupação de maior.


    Então espera aí, se mexem-se é porque se mexem, se não se mexem é porque não se mexem?! Que eu saiba não são os militares que decidem se vão ou não para a guerra, há um governo que decide isso por ele. Depois da revolução foi o caos e as Forças Armadas como sempre são o reflexo da sociedade em que estão inseridas.

    Agora desde que paguem umas ajudas de custo jeitosas até vamos defender Donetz dos terroristas locais.
    Concordam com este comentário:treker666


    Muitas das missões que fazemos lá fora têm ajudas, por isso...
  10.  # 194

    eu sempre achei as tropas tugas algo dispensavel , principalmente quando vejo o salario daqueles que nunca os vi no comando de nada cheio de medalhas ... daqueles que ganham umas boas milenias ...
  11.  # 195

    Colocado por: branco.valter

    Então espera aí, se mexem-se é porque se mexem, se não se mexem é porque não se mexem?! Que eu saiba não são os militares que decidem se vão ou não para a guerra, há um governo que decide isso por ele. Depois da revolução foi o caos e as Forças Armadas como sempre são o reflexo da sociedade em que estão inseridas.



    Muitas das missões que fazemos lá fora têm ajudas, por isso...
    tiveste em Timor ? tiveste com gente dos Açores ?
  12.  # 196

    Colocado por: adias

    Mas que grande caça!!! Na praia da areia branca de papo ao sol!!!! A comprar alcool às professoras e andar à pancada!
    Mas quais milicias?! Quando as tropas Tugas entraram já eles tinham passado a fronteira e era mais que conhecida a posição de Xanana de não lhes dar caça em nome da reconciliação!

    Para tudo o que diz, cheira-me que umas forças armadas de 200 homens tomavam conta dos assuntos e ainda tinham férias! Uma acção "humanitária" a cada década.
    O resto.... criar bichos papões, servir o dono NATO e bombardear inocentes.

    Já agora, as tropas Australianas faziam exactamente o mesmo. E em 2006 lá criaram mais um bicho papão com uma marioneta treinada por eles, para dar caça ao Alkatiri e tirar do caminho as petroliferas Chinesas, para que as Australianas entreguem 10% das receitas a Timor (em forma de "ajuda humanitária").
    É para isso essencialmente que servem as "tropas".


    Santa ignorância!!! Agora não houve caça às milícias?! Então andamos a gastar munição à parva... só pode!

    Já agora, houve dois militares (Para-quedistas que morreram em Timor), vá-la à campa deles e diga às famílias que eles morreram porque andavam na praia a comprar álcool às professoras! Já agora, eles morreram num acidente durante a Operação que você diz que não houve!!!

    Dia 3de Outubro de 2000 – São duas horas da manhã de 04OUT. Estou extenuado, mas não posso deixar para mais tarde esta obrigação a que me propus no início da missão, a de tentar descrever neste diário os factos importantes e marcantes deste período.
    Infelizmente este acidente jamais esquecerei. Será necessário descreve-lo?
    Estou de serviço ao Estado-Maior/2ºBatalhão de Infantaria Pára-quedista juntamente com o CAP Gonçalves. Recebo uma chamada via NERA (Telf Satélite) do CAP Ribeiro que se encontra no Posto de Comando avançado do Batalhão em Same. Quando atendo, ele diz-me: “Rodrigues tome atenção ao que lhe vou dizer…”- entretanto pede-me para aguardar pois foi chamado ao rádio. Fico alerta e deduzo que algo de grave se passou. Logo que retoma a comunicação informa-me que caiu um helicóptero, para mandar cortar todas as comunicações com o exterior, excepto VHF e NERA, restringir a informação ao pessoal do Estado-Maior, mandar regressar ao aquartelamento todo o pessoal que se encontrava no exterior assim como proibir as saídas. Estas informações são passadas ao CAP Gonçalves e inicia-se um conjunto de acções tendentes a concretizar as directivas recebidas.
    Eram 17H35 quando recebi a notícia sendo difícil descrever o ambiente de angústia que se abateu sobre as pessoas que tomaram conhecimento da situação face ao desconhecimento de pormenores que permitissem avaliar a gravidade do acidente. Havia feridos? Mortos? Quantos? Quem? O helicóptero caiu ou foi abatido?
    As informações foram chegando e cerca das 18H30 sabe-se a identidade dos militares envolvidos no acidente, mas continua a alimentar-se a esperança de que sejam apenas feridos. Contudo, essa esperança rapidamente se desvanece e somos confrontados com a terrível notícia de que o 1SAR VITORINO FERNANDES e o SOLD JOSÉ LOPES faleceram no acidente ficando ainda ferido sem gravidade o SOLD FONSECA. O piloto do helicóptero sai ileso. Relativamente às causas são desconhecidas até este momento, estando fora de questão que a aeronave tenha sido abatida como inicialmente se pensou que tivesse acontecido.
    As horas que se seguiram foram frenéticas, tinha chegado a hora da Secção de Pessoal e principalmente do CAP Ferreira que, juntamente com o CAP Costa do Comando de Sector iniciaram numa hercúlea tarefa para ultrapassar a normal burocracia da ONU.
    Sensivelmente pelas 20H30 foram repostas as comunicações com o exterior, no entanto, mais tarde, quando liguei de novo telemóvel já lá tinha uma mensagem vinda de Portugal a perguntar o que se tinha passado.

    Este foi um dia que infelizmente não será fácil esquecer, apesar de ter sido um interveniente de retaguarda, pois aqueles que tiveram de lidar directamente com os factos estarão sem duvida alguma muito mais sofridos que eu. É previsível que as emoções mais intensas ainda estejam para ser vividas nos próximos dias



    Dia 5 de Outubro de 2000 – Mais uma data marcante na minha vida
    … Aquele silêncio jamais se apagará da minha memória…
    Decorreram ao longo da manhã as cerimónias fúnebres dos nossos camaradas.
    Foi celebrada missa pelas suas almas na Sé Catedral de Díli. Além dos militares das diversas Nações presentes no território, a catedral, que não é pequena, estava completamente cheia com Timorenses, gente anónima que denotava uma grande fé nos rostos carregados de sofrimento, fruto, sem dúvida, das recordações dos trágicos acontecimentos vividos há um ano atrás por este povo martirizado e tão profusamente relatados ao mundo através dos meios de comunicação e que levaram à intervenção internacional com a inclusão de tropas portuguesas.
    Junto ao Altar-mor sobre dois cavaletes de madeiras foram colocadas duas fotografias dos nossos camaradas. É impossível não nos sentirmos olhados pelo Fernandes e pelo Lopes, não conseguia desviar o olhar. Eles estavam lá, no entanto, aquela dor que interiormente me sufoca obriga-me a olhar o céu para que as lágrimas mal contidas não rolem pelas faces. O sofrimento, espelhado nos rostos dos presentes, torna-se mais evidente durante a homilia proferida pelo Capelão Constâncio Gusmão, que de forma simples mas emotiva estabeleceu um paralelismo de sofrimento entre os Timorenses, na sequência dos acontecimentos em 1999 e o sofrimento e angustia que este acidente veio causar aos militares do Batalhão, ao País e principalmente aos familiares dos falecidos. Muitos rostos ficaram molhados, muitos rostos se inclinaram em vão, na tentativa de esconder o sofrimento indisfarçável.
    No final das cerimónias religiosas e após intervenções dos responsáveis civil e militar da UNTAET e Comandante do Sector Central, os quais, falando em inglês e descrevendo as difíceis condições de actuação na Operação Cobra, ainda a decorrer, teceram rasgados elogios ao Batalhão Português, foi cantado, em surdina, o Hino dos Pára-quedistas. No bolso do camuflado do Fernandes foi encontrado, na hora da sua …SUBIDA AO CÉU… um papel onde estavam inscritos estes versos que nos dizem tanto a nós Pára-quedistas:

    Lá do Céu com valentia
    Descem sempre de noite ou dia
    São soldados desconhecidos
    Boinas Verdes são destemidos

    Olhem bem sintam respeito
    Eles têm asas ao peito
    Cabeça erguida heróis do mar
    Boinas Verdes vão a passar

    Com orgulho em defender
    a Nação p’ra não morrer
    Lutadores são afinal
    Boinas Verdes de Portugal

    Lá do céu a gente pede
    P’ra na terra morrer de pé
    Dando a vida que Deus nos deu
    Boinas Verdes sobem ao céu.

    Terminadas as cerimónias, algumas pessoas começaram a sair da igreja. O Comandante Marquilhas, permanecendo sentado, inclina-se sobre as costas do banco da frente. A emoção e a dor sobrepõe-se ao esforço para suportar as lágrimas contidas até aquele momento e parece-me soluçar. Fica, por momentos sozinho, destacado, exposto aos olhares dos seus subordinados, dos timorenses e dos estrangeiros, que na sua retaguarda se apercebem de quão difícil será esta fase na vida de alguém que, ainda em Portugal e durante a fase da preparação do Batalhão, respondendo a um jornalista, dizia que, “…a sua maior preocupação era trazer de volta a Portugal, sãos e salvos, todos os seus homens…” Tive pena. Esqueci a minha dor, porque senti que alguém sofria ainda mais do que eu, – o meu Comandante, alguém que eu muito admirava e respeitava, que granjeou da minha parte, desde o primeiro contacto, um enorme respeito não só pela sua conduta profissional mas acima de tudo pelo seu carácter humano. Naquele momento senti que não me tinha enganado relativamente à opinião que dele havia formulado desde o início da preparação do Batalhão.
    O Pires, que continuava a meu lado ainda no interior da igreja, posso garantir que teve a mesma percepção da situação que eu, e propôs que fôssemos para junto do Comandante. Assim fizemos e ficamos junto dele no intuito de lhe dar algum conforto, dizer-lhe com a nossa presença mais próxima, que não estava só, que também nós e todos os que ali se encontravam comungávamos da mesma dor.
    Entretanto e principalmente os timorenses, pessoas anónimas, fazem fila e começam a cumprimentar-nos sentida e comovidamente e, passando depois em frente ao altar onde estão expostas as fotografias dos nossos camaradas, estendem a mão tocam-nas com os dedos e benzem-se. Então, eu e o Pires afastamo-nos para não interferir na manifestação de profunda tristeza que aquela gente anónima quereria enviar aos familiares das vitimas, e ao povo português e da qual o Comandante do 2ºBIPara deveria ser o único e melhor mensageiro.
    Findas as cerimónias religiosas dirigimo-nos para o aeroporto de Díli, em Komoro, onde aguardaríamos a chegada dos corpos dos nossos camaradas que, durante este período permaneceram no hospital da ONU e seriam depois transportados para Darwin na Austrália de onde seguiriam para Londres onde um C-130 da Força Aérea Portuguesa os recuperaria com destino a Portugal.
    Era meio-dia. As tropas presentes, quer portuguesas quer das restantes nações que constituíam as Forças da ONU em Timor, formaram duas alas ao longo da placa de embarque até ao avião que faria o transporte dos corpos até Darwin, enquanto as entidades civis, das quais destaco Xanana Gusmão, se agrupam próximo do avião e do local onde ficariam depositadas, durante alguns momentos antes do embarque, as caixas metálicas que continham os corpos dos nossos camaradas.
    Momento único de conjugação do silêncio profundo que se abateu sobre o aeroporto, com o sentimento geral de consternação e constrangimento. Silêncio esmagador estranhamente quebrado pelo ladrar longínquo dum cão, animais normalmente sossegados e silenciosos mas que naquele momento, talvez estranhando tão insólito silêncio, também ele se tenha apercebido de que algo de dramático se estava a passar.
    O coordenador da cerimónia dá a voz de sentido e de novo o silêncio toma conta do recinto e dos arredores. Ouve-se apenas o cadenciado da marcha dos militares que transportam em ombros as caixas metálicas com os restos mortais dos nossos camaradas. Crispam-se as mãos em continência, cerram-se os dentes, rolam algumas lágrimas incontidas, aperta-se o peito em sufoco. Parece uma eternidade até à colocação das caixas metálicas sobre duas mesas localizadas na retaguarda do avião a fim de que, numa breve cerimónia, sejam rezadas algumas orações, sejam condecorados com a medalha da ONU, depositadas coroas de flores e a boina azul da ONU…
    …Mas há outra boina que o Comandante de batalhão não se esqueceu de depositar, aquela que une todos os Pára-quedistas portugueses e que todos amamos, a BOINA VERDE pertencente a cada um dos nossos colegas. Após este significativo gesto, o Comandante Marquilhas deslocou-se em marcha “Pára-quedista” para um dos lados e voltando-se para os nossos camaradas que ali jaziam, numa atitude de raiva incontida, de iluminação, energia e coragem, em plenos pulmões e perante os incrédulos e atónitos estrangeiros, gritou para resposta dos pára-quedistas portugueses presentes na cerimónia:
    - PÁRA-QUEDISTAS!
    - O QUE SOMOS?
    - AMIGOS
    - O QUE QUEREMOS?
    - ALVORADA.
    - O QUE AMAMOS?
    O PERIGO.
    - O QUE TEMEMOS?
    NADA.
    - EM POSIÇÃO!
    - JÁ.
    Foi o fim do silêncio, do gelo que cada um sentia, apesar do calor sufocante que aquela hora do dia caía sobre o aeroporto. As respostas gritadas pelos pára-quedistas portugueses ali presentes, às perguntas do Comandante Marquilhas, davam corpo ao Grito dos Pára-quedistas que quebrou o silêncio insalubre que se fazia sentir naquelas terras tão longínquas da pátria. Foi o libertar de toda a energia acumulada e contida até aquele momento. Foi o expressar do fim dum pesadelo. Foi o sentir que tudo vale a pena, até, infelizmente a morte. Naquele momento senti que se a minha vez de estar ali deitado sobre aquela mesa de madeira, com a boina verde a cobrir-me a cara, chegasse, este grito de glória aos pára-quedistas seria suficiente para dignificar a minha presença naquele teatro de operações e ter dado a vida por uma causa dignificante. Estou certo que este momento ficou para sempre gravado na memória de todos os que presenciaram esta cerimónia. Não estávamos vencidos, o silêncio esmagador dos momentos anteriores não conseguia calar a nossa força interior, a vontade, o desejo de gritar até ao limite da nossa voz, a rouquidão, que a morte não pode vencer se tivermos amigos que nos acompanhem na despedida, desta forma tão viva e demonstrativa de ser Pára-quedista. É nestes momentos em que os cabelos dos braços se levantam, os músculos ficam tensos e preparados para agir, que nós sentimos que somos capazes de tudo ultrapassar, até a morte…
    Aquele “Grito do Pára-quedista” foi o apaziguar das nossas almas, o regresso à nossa paz interior, à reconciliação, à união entre os sentimentos mais humanos de todos os presentes, o fim da raiva interior que se tinha apoderado da minha mente, o fim dos sentimentos mais egoístas, a resposta para as questões que me consumiam (vale a pena…? Porquê ao Fernandes, que só muito tarde se decidiu a integrar a missão…? Foi acima de tudo uma demonstração da nossa força e vitalidade e foi entendido, por cada um à sua maneira, como a despedida mais digna para qualquer Pára-quedista.
    Pouco tempo depois a rampa do avião fechou-se e este quebrou, num barulho ensurdecedor típico dos Caribus, uma vez mais, o silêncio que se tinha abatido sobre o aeroporto de Komoro em Díli e… mais dois… BOINAS VERDES SOBEM AO CÉU



    http://www.operacional.pt/silencio-em-komoro/
  13.  # 197

    Colocado por: rafaelisidorotiveste em Timor ? tiveste com gente dos Açores ?


    Não, mas tive dois camaradas de São Miguel na minha incorporação, cada um uma máquina de guerra e camarada do seu camarada. Indivíduos 5 estrelas!
  14.  # 198

    Colocado por: rafaelisidoroeu sempre achei as tropas tugas algo dispensavel , principalmente quando vejo o salario daqueles que nunca os vi no comando de nada cheio de medalhas ... daqueles que ganham umas boas milenias ...


    Isso depende de muita coisa, temos Oficiais e Sargentos com carradas de missões em cima e nos quatro cantos do mundo.
  15.  # 199

    Passar as culpas aos políticos é sempre o mais fácil quando as coisas correm mal. Mas quem fez o golpe de estado em 1926 e impuseram uma ditadura que Salazar fez perdurar sempre com o apoio da tropa. Também o 25A foi um golpe militar (chamar revolução fica bem para os filmes) e quem criou o caos não foram os políticos. Eu era oficial miliciano durante o 25A e assisti a tudo no camarote e não gostei do que vi.
    Concordam com este comentário: eu
  16.  # 200

    Colocado por: branco.valter

    Não, mas tive dois camaradas de São Miguel na minha incorporação, cada um uma máquina de guerra e camarada do seu camarada. Indivíduos 5 estrelas!
    e são de são Miguel , tive um cunhado agora um grande amigo meu ( simas ) um maluco que teve em Timor entre outros amigos que tenho que por lá passaram , tudo gente boa !!!!!!!!!!como eu ahahhhahh
 
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