boa tarde, sou mãe solteira, estou desempregada e não tenho como pagar as prestações já a partir do próximo mês. Tenho duas casas em meu nome com empréstimos bancários e as avaliações foram 75000€ onde a dívida é de 69000€ e 100000€ onde a dívida é 90000€ respectivamente. Existe alguma forma de poder entregar as duas casas ao banco? E até que ponto eu fico livre de responsabilidades na banca? obrigada
Caso, (e repare que é opinião geral das pessoas com quem falo que deve ser a solução última) entregue a(s) casa(s) ao banco este apenas as põe em leilão (onde os preços nunca serão os de mercado) e obtem daí uma verba. Ou chega para cobrir a sua dívida ou não.
No melhor cenário (ALTAMENTE IMPROVÀVEL) a venda é superior ao valor da dívida, o banco fica com o que lhe cabe e devolve-lhe o remanescente; No pior cenário, (muito mais provavel) a casa é vendida e a "molina" fica com o remanescente do crédito às costa e sem casa...
Soluções: Aumentar os prazos dos empréstimos (a 50 anos no máximo) Ponderar o arrendamento de uma das casas (noutro tópico já dei a sugestão de irem às escolas da área oferecendo os imóveis para os (muitos) professores deslocados) Pedir carência de capiltal durante um ano (paga só juros)
A DECO tem aconselhamento para estas situações, e no seu caso (grave) sugiro-lhe que os contacte quanto antes.
fale com o banco, mas aviso já que nenhum banco aceita a casa como pagamento da divida (a minha esposa é gestora clientes num banco), nem é esse o negócio deles (comercialização de casas). O que lhe vão dizer é para vender e pagar a divida, mas como é óbvio não se vende de um dia para o outro e como é o entretanto? isso eles não querem saber. uma questão: tem direito a subsidio de desemprego? se sim já começou a receber o subsidio de desemprego? se sim dá para pagar a prestação completa de umas das 2 casas? Isto é muito importanto pois a partir do momento que entre em incumprimento deixa de conseguir empréstimos (não digo que seja essa a solução mas poderá ser uma das hipoteses).
Tive uma das casas alugada a um casal que me destruiu a casa toda, para voltar a arrendar terei que fazer bastantes obras, não consigo porque não tenho dinheiro. Tenho as duas casas á venda já á alguns meses mas o mercado não está fácil, e os clientes que aparecem fazem ofertas muito abaixo do valor das dívidas. Não tenho direito a subsídio de desemprego porque tinha um negócio por conta própria.
Concordo com a sugestão de arrendamento que foi dada em cima, para o imediato, parece ser a solução mais viável de pelo menos uma das casas ter a sua despesa paga. Pense se compensa arrandar ao quarto, a professores e estudantes (se tiver alguma faculdade por perto, imprima anuncios e cole na associação de estudantes, ou na cantina, por exemplo...). E convém realmente contactar assim que possivel com o banco para expor a situação actual, e saber se eles têm alguma alternativa para si! E, não sabendo onde se encontra, já experimentou contactar com empresas de recursos humanos, para arranjar emprego? Por experiencia propria, podem analisar a sua experiencia, e como costumam ter vários clientes, pode arranjar emprego com mais facilidade... Boa sorte, e vá dando noticias!
Pode sempre tentar arrendar a um preço mais baixo do que o mercado normal nas redondezas, expondo ao seu futuro inquilino a sua situação... Mesmo assim, não deixe nunca de ter tudo legal, para poder mais tarde responsabilizar se houver problemas! O casal que lhe destruiu a casa, n se responsabilizou pelos danos?
a única solução que vejo é pedir ajuda a familiares , pois mesmo com carência de capital têm sempre que pagar os juros a não ser que tenha algum dinheiro para os ir pagando, com aumento do prazo também não resolve o imediato. Caso seja possivel tente-se candidatar a subsidios de reenserção social ou algo do género. Não sei que mais lhe possa dizer. Independentemente de ter ajuda ou não recorra sempre À deco
espero que consiga resolver a situação o mais depressa possível Cumprimentos
FIcam localizadas em que cidade/vila? Quantas assoalhadas são? Quanto está a pedir pelas casas? Estas e outras informações, poderão contribuir para uma possível venda.
Já agora acrescento uma dica, puxando a brasa à minha sardinha...
há algumas (várias) paróquias onde pode pedir ajuda, sejam conselhos de assistentes sociais, sejam caritas que tem (algum) aconselhamento a sobreendividados. Sobretudo a parte dos assistentes sociais (que sabem mexer-se no mundo da burocracia social) parace-me sempre uma mais-valia...
molina. Como é que uma mãe solteira consegue DOIS emprestimos para adquirir duas casas e mantém um negócio por conta própria? Você deve ser uma mulher de armas!
Assim, por alto, (e supondo um empréstimo a 35 anos) se os empréstimos iniciais tivessem sido de 100% da avaliação, você já teria pago aos bancos um valor de cerca de ( 175 - 159 = ) 16mil euros de capital e uns 24mil euros de juros. Teria pago, portanto, quase 700€/mês num total de uns 40mil euros!
Se assim for (ou mais ou menos isto) você é uma excelente cliente! Assuma-se como tal perante o banco. Sobretudo, não vire as costas ao problema, nem faça de conta que ele não existe. E o Banco pode ser parte da solução.
Ao vir aqui, mostrou que quer estar informada para tomar as decisões com fundamento. Continue à procura!
As recomendações que por aqui vejo, mais frequentes, são: - entregar uma casa ao banco é a última coisa a fazer (as consequencias podem ser nefastas, continuar tão entalada como antes... e sem casa); - tente, por todos os meios, reduzir a prestação (há um programa do Governo para reduzir temporáriamente as prestações para as famílias em apuros), aumentar o prazo, etc.; - trata de arranjar rendimentos (rendas de casa, aluguer de quartos, rendimento mínino, etc.) que lhe permitam manter, pelo menos, um dos empréstimos em dia.
Manter 1 empréstimo pode ser inútil, se o valor da outra casa não for suficiente para cobrir a dívida+penalizações+despesas judiciais. É até provável que a hipoteca do 2º empréstimo venha a ser executada.
MAS SE for em bancos diferentes, não estou a ver como é que a hipoteca do 2º empréstimo (SE estiver em dia) venha a ser executada.
Os bancos não são como eu e você, que pegamos no jornal, retiramos os classificados, consultamos a secção "Relax" e deitamos fora. Eles pagam a pessoas só para consultarem os editais para poderem reclamar créditos em eventuais processos contra clientes...
Não havia uma coisa qualquer em que a pessoa passava a "inquilino" do banco pagando só juros durante o tempo de se virar, ou será que foi uma daquelas promessas que nunca chegaram a arrancar? (estou a partir do princípio que a molina vive numa das casas)