Colocado por: marco1tostex
realmente não sei fazer essas contas, mas lá que se nota nota.
e o que se nota/sente também muito neste pais é que o "legitimo" enriquecimento de parte é feito pelo estrangulamento de uma grande maioria e não pelo efectivo desempenho da produção.
portanto lá vamos cantando e rindo.
Colocado por: CarvaiDurante estes anos todos os custos de transporte subiram SEMPRE. Porque é que nunca descem ????Concordam com este comentário:Bricoleiro
Colocado por: marco1tostex
a questão não está no cálculo mas sim no sentido, ou seja sendo as contas bem feitas devia funcionar quer no valor e no tempo para os dois lados ( subida e descida).
é disso que as pessoas se queixam.
OS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Manuel Sebastião
Audição Parlamentar
Comissão de Economia e Obras Públicas
Assembleia da República
4 abril 2012
Edição revista
A monitorização dos preços dos combustíveis líquidos pela AdC não detetou até à data nenhum desvio significativo dos preços ex-refinaria relativamente aos preços internacionais de referência das gasolinas e gasóleos (Platts NWE) ou qualquer comportamento das margens domésticas suscetível de indiciar e provar em tribunal comportamentos ilícitos. Em particular, a ideia de que os preços dos combustíveis líquidos “sobem como foguetes e descem como plumas” – na medida em que os preços nacionais seguem os preços internacionais – não é suportada pelos dados estatísticos de variações semanais de preços ex-refinaria e preços antes de imposto vis-à-vis os Platts NWE. Acresce que o dispositivo de monitorização da AdC, é regular, detalhado e exaustivo, o que faculta uma segurança adicional
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26. A comparação da evolução dos preços do Brent e dos preços internacionais e nacionais das gasolinas e dos gasóleos permite concluir que a evolução dos preços à saída da refinaria em Portugal segue a evolução dos preços internacionais com um desfasamento, que se situa atualmente numa semana. E a ideia de que os preços dos combustíveis líquidos “sobem como foguetes e descem como plumas” – na medida em que os preços nacionais seguem os preços internacionais – não é suportada pelos dados estatísticos de variações semanais de preços ex-refinaria e
preços antes de imposto vis-à-vis os Platts NWE.
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d. Preços ex-refinaria
121. Os preços à saída da refinaria, em Portugal como em qualquer outra economia de mercado do mundo, dependem diretamente (i) dos preços internacionais da gasolina e do gasóleo, não do preço do petróleo bruto, (ii) dos spreads de localização (das refinarias e infraestruturas de importação) relativamente ao centro de preços relevante, e (iii) da taxa de câmbio dólar/euro.
122. No caso português, os preços ex-refinaria seguem sem desvios os preços internacionais (Platts de Roterdão) acrescidos do spread de localização, o que significa que se Portugal não tivesse refinarias, ou tivesse mais de duas, pagaria o mesmo preço pelas importações de gasolina e gasóleo. Portugal é um pequeno player a nível mundial
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e europeu, pelo que não tem capacidade de influenciar os preços internacionais. Como já referido, é um tomador de preço (price taker).
123. A comparação da evolução dos preços do Brent e dos preços internacionais e nacionais das gasolinas e dos gasóleos permite concluir que a evolução dos preços à saída da refinaria em Portugal segue a evolução dos preços internacionais com um desfasamento, que se situa atualmente numa semana.
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125. Mais recentemente, os preços antes de imposto do gasóleo têm ainda de incorporar uma percentagem de biodiesel estabelecida regulamentarmente pelo Governo, que recentemente se tem traduzido num aumento superior a 3 cêntimos por litro.
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130. A logística e o retalho ou distribuição são as componentes susceptíveis de influenciar a concorrência interna. São as componentes não transacionáveis do negócio. O seu peso na cadeia de valor é reduzido – cerca de 10 a 20 cêntimos ou cerca de 10% a 15% do preço final – como seria de esperar de um negócio de volume com margens reduzidas, como é o caso dos combustíveis líquidos.
131. Tendo em atenção que estas componentes são as únicas que podem afetar a concorrência interna, a AdC monitoriza com particular atenção a sua evolução.
132. Nos quatro anos de 2008 a 2011, em valor nominal e em médias anuais12, a logística e o retalho têm revelado uma grande estabilidade: 13 cêntimos por litro, quer na gasolina, quer no gasóleo, dos quais cerca de 2 cêntimos correspondem à logística apenas.
133. No mesmo período, em percentagem e também em médias anuais, a logística e o retalho têm representado cerca de 9,6 por cento do preço da gasolina e 11,4 por cento do preço do gasóleo.
134. A estabilidade nominal destas componentes significa que em períodos de preços mais elevados o seu peso relativo diminui e vice-versa. Foi concretamente o que aconteceu em 2011, em que a logística e o retalho baixaram para cerca de 9 por cento do preço de venda ao público, quer da gasolina, quer do gasóleo.
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Por outras palavras, o facto de uma componente muito significativa do preço, o ISP, ter um valor nominal fixo, contribui para uma menor diferenciação dos preços de venda ao público.
149. Desfasamentos e assimetrias têm um elemento comum: a relação com os preços internacionais. Mas é essencial ter presente que os preços internacionais relevantes para o efeito são as cotações Platts, não o preço do Brent. É igualmente essencial ter presente que os desfasamentos e assimetrias não são uma infração de concorrência per se.
150. Os desfasamentos dependem essencialmente do facto dos preços ex-refinaria em Portugal serem ajustados uma vez por semana com base na média dos Platts diários da semana anterior.
151. As assimetrias no caso português, tal como medidas através de um modelo econométrico da AdC para o período 2004-2008, são de uma semana a mais nos ajustamentos às descidas de preço do que nos ajustamentos às subidas.
152. As análises das variações semanais desde o início de 2010, que a AdC tem disponibilizadas no seu endereço eletrónico, confirmam que (i) os ajustamentos dos preços ex-refinaria aos Platts NWE CIF (equivalentes aos preços de importação), com o desfasamento de uma semana, não apresentaram qualquer assimetria (os números de subidas e descidas são os mesmos e os montantes de ajustamento praticamente iguais), e (ii) os ajustamentos dos preços médios antes de imposto nacionais (PMAI) aos Platts NWE FOB processaram-se sem assimetrias significativas e de forma semelhante ao que se verifica em Espanha e na média da UE27.
153. Os dados estatísticos semanais não confirmam a ideia de que existem fatores de distorção no ajustamento dos preços nacionais aos preços internacionais ou que as variações de preços que os consumidores portugueses têm pago não são essencialmente motivadas por variações dos preços internacionais e da taxa de câmbio dólar/euro (ou das subidas da taxa de IVA, quando estas tiveram lugar).
154. Consequentemente, a ideia de que os preços dos combustíveis líquidos “sobem como foguetes e descem como plumas”, não é suportada pelos dados estatísticos de variações semanais de preços ex-refinaria e preços antes de imposto.
Colocado por: marco1Neon
ao senso comum fica sempre a "realidade" que mal o petróleo aumenta, passado uns diazitos lá vem aumento, quando é ao contrário é umas semanitas e apenas uns bochechos porque ah....a referencia não é o petróleo....ah ....os impostos....ah os câmbios ....enfim, vida grande para essa gente e para os acionistas que de certeza o sr. luisvv tem uma quotinha, só pode.Concordam com este comentário:carlosj39
Colocado por: carlosj39Isto que o Marco1 diz é comprovável por qualquer pessoa que consulte um arquivo de jornais e que repare que quando há uns meses os preços do barril estavam a subir e logo a seguir o preço do litro ao consumidor aumentava, o argumento usado para o aumento era precisamente porque "o preço por barril tinha aumentado".
O que a Apetro ( e para os papagaios seguidistas como o luisvv, porventura tb. accionista da Galp e parte interessada ) diz para nós consumidores, vale o que vale, isto é vale tanto como ouvir o depoimento da raposa no papel de guradiã do galinheiro...
Se fossem organizações credíveis e imparciais, como a DECO ou mesmo o ACP, ( oujornalistasde investigação ) a emitirem esse tipo de opiniões, aí o caso mudava de figura.
È de estranhar este silêncio por parte destas entidades, supostamente defensoras do consumidor, no entanto não esqueçamos que estamos perante uma industria poderossissima...
Ora pesquizem no Google informação sobre a industria petrolifera e vejam quão escassa e opaca é a informação que se consegue obter...
153. Os dados estatísticos semanais não confirmam a ideia de que existem fatores de distorção no ajustamento dos preços nacionais aos preços internacionais ou que as variações de preços que os consumidores portugueses têm pago não são essencialmente motivadas por variações dos preços internacionais e da taxa de câmbio dólar/euro (ou das subidas da taxa de IVA, quando estas tiveram lugar).
Colocado por: luisvvQuanto ao essencial, a conclusão é de 2012, mas não há motivo para julgar que se tenha alterado:
A AC intervém e pronuncia-se apenas e só no âmbito do limite dos seus poderes.
Já foi reconhecido por gestores (por exemplo da BP) que o custo da gasolina em Portugal se encontra prejudicado por processos de fabrico como por exemplo a introdução de etanol na S/c 95 ou do FAME no gasóleo.
Como tal, insisto que o diferencial de preços não se justifica apenas com impostos mas também com processos produtivos.