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    • LuB
    • 14 janeiro 2010

     # 21

    Colocado por: FD
    Colocado por: LuBartolasincluindo o chupista do restaurante

    Segundo li, posso ter entendido mal mas, se quiser pode denunciar o contrato com um pré-aviso de 5 anos, porque se trata de um arrendamento não habitacional.


    Isso queria eu... Paguei a um advogado para me esclarecer e já estou devidamente desenganada a esse respeito:

    Os contratos anteriores a 1990 (creio que é esta a data fatídica), não se podem denunciar. Nem os comerciais nem os habitacionais. Só por morte, do arrendatário e mesmo assim é preciso que não haja sócios (ou familiares a trabalhar que desejem dar continuidade ao negócio)
  1.  # 22

    Colocado por: lobito
    Colocado por: JacintaBloqueiam as rendas e obrigam os donos das casas a fazer obras. Os inquilinos pagam-lhes rendas de miséria e ainda por cima esperam que se lhes pague indemnizações chorudas para sairem. Falta de decência. Fui criada e vivo no estrangeiro e quando vejo estes exemplos, até tenho vergonha de dizer que sou portuguesa. Quando será que os nossos dirigentes olham mais para baixo e deixam de nos fazer passar por estas vergonhas.


    Pois. Mas a diferença é também que no estrangeiro (pelo menos no estrangeiro que eu conheço) os impostos sobre a propriedade não são brincadeira, portanto não passa pela cabeça de ninguám manter na sua posse um prédio a cair de podre que só dá despesas, e não são pequenas. Enquanto não se mexer nisso, a degradação dos prédios em Portugal não tem solução.

    Estas pessoas agradeceram este comentário:j cardoso


    pois, quem quer propriedade tem de a sustentar, tanta casa a cair e tanta gente a viver em barracas que até se tivessem uma casa decente a estimavam melhor, que os ricos"" proprietários.
  2.  # 23

    Pois. Mas a diferença é também que no estrangeiro (pelo menos no estrangeiro que eu conheço) os impostos sobre a propriedade não são brincadeira, portanto não passa pela cabeça de ninguám manter na sua posse um prédio a cair de podre que só dá despesas, e não são pequenas. Enquanto não se mexer nisso, a degradação dos prédios em Portugal não tem solução.

    Não passa pela cabeça de ninguem?
    Mas acredita que alguem gosta de perder aquilo que tem?
    Porque é que os Senhorios se têm de desfazer dos seus bens, e os outros cidadãos que investiram por exemplo em terrenos, prédios para vender, ou acções da bolsa, por exemplo, nao se têm tambem de desfazer do seu património? O estado, com as suas políticas de habitação, há muitos anos que vem obrigando, descaradamente, os senhorios a tomarem sobre si o papel de suporte social alojando os que, por qualquer motivo, não têm recursos para pagar uma renda de casa decente, forçando-os assim os senhorios a prestar um serviço que cabia a ele estado. Atira esse ónus para os donos dos prédios alugados há mais anos, mas ao mesmo tempo deixa a especulação imobiliária relacionada com os prédios novos, campear por todo o lado.
    E quanto aos senhorios, pagarem mais impostos como fazem no estrangeiro, onde é que está a novidade? Aqui os senhorios adorariam pagar os seus impostos, se recebessem uma renda justa. O problema é que o estado não pode cobrar impostos a senhorios, cujos prédios não dão lucros. Não seria caso para se rever tudo isto?
    Deixar os senhorios receber o rendimento justo a que têm direito, pelo bem que é seu. Cobrar-lhe impostos altos se necessário, como faz nos outros sectores de investimento. Mas com que direito os vêm agora expropriar acabando com o resto que ainda possuem, com o pretexto de que, quem não pode pagar deve abandonar o bem para outros e está o assunto arrumado... E por isso que o seu argumento:
    ^
    quem quer ter propriedade tem de a sustentar

    que pelos vistos é aplaudido por alguns utentes deste forum, chega a ser perverso

    Por outro lado se o estado recebesse impostos do aluguer justo das casas poderisa acudir, com essa verba, aos que não podem pagar a renda.
    Isso sim é que é o caminho da justiça...
    O nosso país é talvez o unico país dito civilizado, onde a legislação que regula o arrendamento habitacional está
    ainda neste caos...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin, oskar
  3.  # 24

    A m..., no caso da LuBartolas, é que do ponto de vista técnico, enquanto os pisos não ruirem, (quase) todos os prédios são recuperáveis...

    É uma situação completamente injusta para os "senhorios" (muitos deles, não por opção mas por herança).
    Houve uma altura em que ter prédios de rendimento era um bom negócio. Mas com o congelamento das rendas em Lisboa e Porto, arruinou-se o negócio do arrendamento e a capacidade dos senhorios de amealharem dinheiro para conservar o património.
    Como tal, considero completamente absurdo o Estado impôr aos senhorios que gastem em «obras coercivas» nos seus prédios o que (por culpa do Estado) NÃO ganharam em rendas.

    Tenho, na família, apartamentos que , com todas as actualizações legais, pagam 264euros/ANO (22eur/mês).
    Diga-se que, apesar de antigos, são belíssimos apartamentos muito bem localizados em Lisboa.
    Para terem uma ideia do que devia ser um valor correcto, os apartamentos no mesmo prédio que têm contratos de arrendamento recentes pagam 10.800euros/ano (900/mês)!

    (antes que comecem a falar «do senhorio nababo», esclareço já que «o senhorio» são muitas pessoas, MUITAS famílias). :-)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuisFigueiredo, oskar
    •  
      FD
    • 15 janeiro 2010

     # 25

    Colocado por: LuBartolas
    Os contratos anteriores a 1990 (creio que é esta a data fatídica), não se podem denunciar. Nem os comerciais nem os habitacionais. Só por morte, do arrendatário e mesmo assim é preciso que não haja sócios (ou familiares a trabalhar que desejem dar continuidade ao negócio)

    Tem razão: fiz confusão. Só no caso de trespasse é que o pode fazer...
  4.  # 26

    "O nosso país é talvez o unico país dito civilizado, onde a legislação que regula o arrendamento habitacional está
    ainda neste caos... "

    Isso não sei. A legislação sobre arrendamentos é da mais variável e, pelo que percebo, extremamente difícil de corrigir (vide a dificuldade que existe na Suécia ou na Holanda para arrendar uma casa para viver, mais uma vez pelo que percebo, resultante de leis excessivamente protectoras dos inquilinos). Penso que a seguir à guerra (já lá vão mais de duas gerações!) vários países produziram legislação que, por isto ou por aquilo, ainda não mudaram completamente.

    "Mas acredita que alguem gosta de perder aquilo que tem?"

    Eu poderia aqui fazer uma longa peroração sobre a relação estranhíssima dos portugueses com a propriedade fundiária (que eu continuo a manter que é altamente incentivada pela estrutura dos impostos), mas acho que tenho de ir trabalhar :-)))
  5.  # 27

    Colocado por: lobitoEu poderia aqui fazer uma longa peroração sobre a relação estranhíssima dos portugueses com a propriedade fundiária (que eu continuo a manter que é altamente incentivada pela estrutura dos impostos), mas acho que tenho de ir trabalhar :-)))

    não só, passa também por inércia e mentalidade da generalidade de proprietários tirando excepções, claro, se existissem leis contra o abandono do nosso parque"" habitacional antigo isso melhorava.
    só para vos dar um exemplo que conheci na semana passada fui ver um palacete enorme antigo junto a uma sé, que está para venda total ou fraccionada, logo ai há vontade de fazer algo de dinamizar, mas a maioria do centro histórico onde está inserido esse palacete está a cair, os imóveis que estão para venda os donos pedem preços irreais no mínimo, para não dizer outra coisa.
    os preços deste palacete estão dentro do valor real, a pequena diferença é que foi um espanhol que comprou o edifício e agora está a rentabilizar da melhor maneira, e vendendo e recuperando aos poucos o que fica.
    eu digo sempre que uma casa é como um relacionamento, há que estima-lo se não nem vale a pena começa-lo, e se um imóvel for adquirido por herança não deixa de ser uma posse física de um imóvel.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: 1348
    •  
      FD
    • 15 janeiro 2010 editado

     # 28

    Bem, só me ocorre uma coisa com o caso da LuBartolas.

    A Câmara Municipal pode exigir mas a única instância que pode mandar são os tribunais. Faça o que os grandes fazem: esquive-se das balas.
    Use a lentidão da justiça em seu benefício mesmo que saiba que dali não tem resultados a seu favor, sempre ganha alguns anitos (até juros porque entretanto vai juntando dinheiro para as obras) e, pode ser que entretanto a coisa caia e receba de volta o que é seu.
    Outra coisa que pode fazer nesse restaurante, é sabotagem. Não é moralmente correcto (eu por exemplo, não me sentiria bem a fazê-lo) mas, como o meu avô costumava dizer, para burro, burro e meio.

    Lembra-me um edifício ali no cruzamento entre a Av. da Torre de Belém e a Av. da Índia no Restelo. Podre e abandonado há anos, quando Santana Lopes chegou à Câmara mandou lá colocar um grande cartaz "Aqui vão ser feitas obras coercivas".
    Passe lá hoje e veja que obras foram feitas...
  6.  # 29

    Colocado por: FDOs contratos anteriores a 1990 (creio que é esta a data fatídica), não se podem denunciar. Nem os comerciais nem os habitacionais. Só por morte, do arrendatário e mesmo assim é preciso que não haja sócios (ou familiares a trabalhar que desejem dar continuidade ao negócio)


    so me ocorre:

    DASS...
  7.  # 30

    Fazenha, acertou em cheio.
    Os senhorios acabam por servir uma poltícia social de habitação e são explorados por um lado pelo Governo porque assim não assume por si essa responsabilidade e muitas vezes pelos inquilinos que pagam misérias de rendas e exigem direitos e compensações, e todos acham muito bem.
    • 1348
    • 15 janeiro 2010

     # 31

    Quando ter prédios era rentével os senhorios amealharam e não fizeram qulquer tipo de manutenção aos prédios. Agora que as rendas quase não dão para pagar as obras os prédios estão a cair de podres. Se calhar deviam ter poupado no Verão para o Inverno (como a cigarra). Já para não falar de que muitos proprietários nem declaram o que recebem de rendas.
    Para além disto, quando querem vender um prédio a cair, querem o valor como se fosse quase novo. Valor esse que provavelmente não davam.

    Felizmente nem todos os proprietários são assim. Pessoalmente, nunca arrendava nenhum imóvel meu. Preferia ter o dinheiro debaixo do colchão.
  8.  # 32

    Colocado por: 1348
    Felizmente nem todos os proprietários são assim. Pessoalmente, nunca arrendava nenhum imóvel meu. Preferia ter o dinheiro debaixo do colchão.


    Na prática, é a mesma coisa na vasta maioria dos casos em Portugal. Só na cabeça das pessoas é que é diferente.
    •  
      FD
    • 15 janeiro 2010

     # 33

    Colocado por: 1348Quando ter prédios era rentével os senhorios amealharam e não fizeram qulquer tipo de manutenção aos prédios. Agora que as rendas quase não dão para pagar as obras os prédios estão a cair de podres. Se calhar deviam ter poupado no Verão para o Inverno (como a cigarra).

    Está-se a esquecer que muitas destas pessoas receberam os prédios por herança.

    Mas, vamos fazer um exercício. Herdou este ano um apartamento arrendado em 1970 em perfeito estado de conservação (novo) por 5.000$00.
    O senhorio ganhou, ao longo dos anos, até 2010, 1.800.000$00 (12.000€) que foi gastando porque desse apartamento dependia parte da sua subsistência. Neste momento o inquilino paga de renda 36€.
    E agora dizem-lhe assim: a casa está podre e é preciso gastar dinheiro com a reparação do prédio (pintura, estrutura, etc.), substituição das canalizações e da estrutura eléctrica.
    Orçamento: 15.000€.
    O que é que faz?
  9.  # 34

    1348,
    Sim nem todos os proprietários são assim, e mesmo que fossem não há que andar aqui no mundo a achar que temos direitos sobre a propriedade alheia, cada um tem responsabilidades : os proprietários, os inquilinos e o Governo. O proprietário de tomar conta do que é seu (e arrendá-lo em condições dignas para outros usufruirem do seu imóvel), os inquilinos de pagarem a tempo e a horas uma renda justa, e o Governo de criar incentivos e leis para que nenhum deles (senhorios e inquiilinos) sejam prejudicados. Afinal os senhorios bem que trabalharam para comprarem aquele imóvel que é propriedade sua e dos seus herdeiros/familiares e não pertença de outros que dele precisaram porque não tiveram possibilidade de comprar uma casa sua, o que não tem mal nenhum nem se tem nada a ver com isso, mas como vê, serve necessidades de ambas as partes.
    Cumprimentos,
  10.  # 35

    LuBartolas

    Salvo melhor opinião, NÃO faça as obras. Alegue que não tem dinheiro, o município que as faça coercivamente...
    Para si tem mais vantagens.
    1- O municipio é obrigado a entregar antes da obra o orçamento e que é o valor máximo pelo qual é responsável. A vantagem é que trabalhos a mais e atrasos não são consigo, o municipio que se desenrrasque.
    2- O municipio é que terá de realojar as pessoas ou proceder ao seu despejo...HEHEHEHE
    3- Quanto ao comércio, também tem vantagens, a câmara que se entenda com ele.

    Deixe correr o barco, daqui a 10 anos ainda ninguem fez nada.....
  11.  # 36

    Colocado por: PBarataSalvo melhor opinião, NÃO faça as obras. Alegue que não tem dinheiro, o município que as faça coercivamente...
    Para si tem mais vantagens.
    1- O municipio é obrigado a entregar antes da obra o orçamento e que é o valor máximo pelo qual é responsável. A vantagem é que trabalhos a mais e atrasos não são consigo, o municipio que se desenrrasque.
    2- O municipio é que terá de realojar as pessoas ou proceder ao seu despejo...HEHEHEHE
    3- Quanto ao comércio, também tem vantagens, a câmara que se entenda com ele.
    Deixe correr o barco, daqui a 10 anos ainda ninguem fez nada.....
    Não me parece que seja a melhor ideia.

    Em primeiro lugar, a Câmara tomará posse administrativa do edifício. O que (para variar) é um acto simples e rápido.
    Em segundo, sabendo que a Câmara paga a 2 ou 3 ANOS de distância, os orçamentos dos empreiteiros consultados, serão multiplicados por 2 ou 2,5 - e, no final, quem os paga, de uma maneira ou de outra, são os proprietários do imóvel.

    Para quem pretende manter o imóvel, valorizado, mais vale manter o controle sobre os acontecimentos, e preparar as coisas de forma a recuperar o dinheiro num prazo razoável, o que no imobiliário anda nos 10+ anos.
    • LuB
    • 15 janeiro 2010 editado

     # 37

    Outra coisa que pode fazer nesse restaurante, é sabotagem. Não é moralmente correcto (eu por exemplo, não me sentiria bem a fazê-lo) mas, como o meu avô costumava dizer, para burro, burro e meio.

    Pois eu tb nunca faria sabotagem. São vidas humanas que estão em risco, quando os senhorios perdem a cabeça e arrancam umas travezitas que suportam a coisa, ou deixam o drogadito entrar, que ele acaba por incendiar aquilo tudo!
    Para quem queira sabotar até não é difícil. Na prática nem deve ser preciso tirar os pregos, basta sobrecarregar nos andares superiores com qq coisa que a geringonça abate... Agora que a nossa lei actual é injusta porque:
    Os inquilinos, pobres ou ricos que sejam, são os verdadeiros senhorios, no caso dos arrendamentos anteriores a 1990. Essa é que é a verdade, nua e crua!
    • LuB
    • 15 janeiro 2010

     # 38

    Quando ter prédios era rentével os senhorios amealharam e não fizeram qulquer tipo de manutenção aos prédios

    Como sabe se fizeram ou não obras de manutenção quando "esses" prédios ainda eram rentáveis? Isso foi há quanto tempo, sabe? É que eles deixaram de ser rentáveis há muitas décadas, e o problema da degradação pôe-se hoje. não quando eles eram rentáveis. Nessa altura provavelmente estariam estimados porque o rendimento dava para assim os mater. È claro como água e só não vê quem não quer!!! Ou será que só não vê quem beneficia do sistema??? :)))
  12.  # 39

    Colocado por: LuBartolasPara os senhorios desses prédios ou fracções mais antigos, que compensação é que o estado prevê para o dono do prédio: Nada!
    Não exagere... houve uma altura em que o "Recria" subsidiava essas obras a sério. Sei de um caso em que foi uns 75%. :-)
    •  
      FD
    • 15 janeiro 2010

     # 40

    Colocado por: LuBartolasSão vidas humanas que estão em risco

    Não estava a falar desse tipo de sabotagem mas daquele tipo que mói... estilo ruptura de canos, falhas eléctricas, etc.
    Sabe como fazem as empresas quando querem despedir alguém e não podem/conseguem? O mesmo tipo de coisa...
    Coisas que não poriam em risco ninguém mas que poderiam colocar as negociações noutro pé.
 
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