Colocado por: happy hippyMeu estimado, sou de agradecer os esclarecimentos por si aportados. Por experiência própria, tenho sérias e fundadas dúvidas que muitos se prestem a ler todo o seu escrito. Versasse o mesmo sobre uns pontapés na bola ou outras frivolidades, com o dobro de tamanho e já teria dezenas de respostas...
Agradeci mas não concordei, há-de ter reparado...
Quanto às causas que indica, há-as para todos os gostos e sensibilidades. Mas acho muita piada quando se usa o recorrente argumento da falta de limpeza. Na verdade só assim pensa quem não conhece o país real. Havia limpeza sim, periférica às povoações, mas entranhando-se na profundeza das florestas, ninguém limpava coisa alguma, nem havia população ou animais em numero bastante para tal!
Quanto à futurologia que preconiza, não é preciso ser-se um Nostradamus para adivinhar a nossa cíclica sina. Quanto à pertinente solução que recomenda, será mais uma entre muitas outras... no entanto, eu, na minha também qualidade de proprietário florestar (que cumpre a lei e não retiro qualquer benefício económico da produção, pelo contrário), continuo a insistir na mesma tecla:
Cumpra-se e faça-se cumprir escrupulosamente a letra da lei (DL nº 28 039 de 14 de Setembro de 1937 e DL nº 124/2006 de 28 de Junho, republicado com algumas alterações pelo DL nº 17/2009 de 14 de Janeiro) e eu garanto-vos que, continuarão a ver incêndios (enquanto houver interesses vários que não importa aqui discorrer), mas as deflagrações havidas não terão em tempo ou lugar algum as consequências actuais.
Confira-me o Sr. Costa - a título de projecto piloto - carta branca e alguma "imunidade" para eu possa gerir a floresta do distrito de Aveiro - sempre dentro dos normativos havidos nos citados diplomas, ao que acresce um punhado de preceitos do nosso código civilista (sublinhe-se) -, e sem gastar um único euro do orçamento do Estado, ter-se-ão debelados, o número e as consequências deste flagelo!
Basta cumprir ou fazer cumprir a lei! Por que é que ninguém o faz?... Apreciava ver um debate televisivo, talvez nos Prós e Contras da estação pública, sobre esta matéria (exigir cumprimento lei) em especial...
Entretanto... Vou continuar a fazer de conta que nada sei... Vou continuar a assistir a este espectáculo... Vou continuar a pagar pontual e integralmente as minhas quotas aos BV de SJM e OAZ... Vou continuar a contribuir anualmente, na época alta, com víveres... Vou continuar a ouvir os lamentos de quem enfrenta de frente as chamas imensas... Vou continuar a falar para "surdos" até que a minha voz se apague ou entretanto outros se queiram juntar por carolice, sensibilidade e solidariedade, a um desiderato maior...
... mas como muitos já me disseram: Toda a razão te seja dada! Mas vamos nós lutar por quem, enquanto primeiro interessado, não quer saber?
Colocado por: damnedeucaliptos, uma raça não nativa e extremamente danosa ao nosso solo (consumo de água e nutrientes excessivos) e completamente contra a biodiversidade, arrasa tudo.
Colocado por: treker666
Especie...nao raca. Mas fora a correccao, o eucalippto como arvore nao e tao destrutiva como se pensa, agora a sua cultura intensiva sim. Seria o mesmo dizer que o trigo e uma especie destrutiva so porque o alentejo foi arrasado na decada de 60 do seculo passado com a sua cultura intensiva e que, em algumas zonas ainda continua.
Colocado por: ptugaDamned, não consigo entender o que em contra o referido Decreto Lei. O DL regula as novas plantações e obriga a que seja elaborado um projeto de execução e gestão. Veio regulamentar novas plantações onde antes havia um vazio legislativo. Penso que não seja devido a este DL em concreto que existem mais ou menos plantações de eucalipto, mas também concordo que para plantações de espécies autóctones o processo devia ser "aligeirado" e incentivado. Assim como se deixou de se fazer casas sem arquitetos, engenheiros e projetos, também se deixou de fazer "floresta" sem esta ser minimamente apreciada pelas entidades competentes
Colocado por: damned
Este artigo é algo esclarecedor quanto a esse DL e vai de encontro com a minha opinião sobre o tema:http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/joaocamargo/o-nome-das-coisas-o-decreto-lei-n-962013-e-a-lei-do-eucalipto-livre=f759210
Colocado por: josexyA única forma de proteger áreas assim vastas é com sistemas de chuveiros, que não só protejam o chão mas também as árvores/ culturas em si, eventualmente com retardantes de fogo (não tóxicos e bio-degradáveis)... mas nem quero imaginar quanto custa montar e manter tal tipo de sistema! Parece-me que não é de todo viável... e ainda teriam de accionar o sistema de forma manual (ou automática) para proteger a propriedade... e se existir mão criminosa não se pode excluir actos de sabotagem... por isso, em última instância, mesmo que alguém gastasse uma fortuna em tal sistema poderia não prevenir os estragos.
Colocado por: carlosj39Era mas era um sistema de chuveiro a cobrir o país inteiro...
Acabaram com a Força Aérea com os seus helicópteros e c-130 nos combates aos fogos e, curiosamente, desde essa altura as áreas ardidas aumentaram, sendo que não consta que as temperaturas sejam muito diferentes de verão para verão Enfim, fico.me por aqui porque isto já parece ser é uma questão de regime e de corrupção e podridão instalada neste desgraçado país...
Colocado por: josexy
Nem acredito que seja possível (financeiramente) implementar isso numa herdade, quanto mais no país inteiro!
Pequenos terrenos ainda vá que não vá, uma ou outra pessoa ainda colocava tal, mas o país todo é praticamente impensável.
Só se os políticos fizeram alguma lei que a isso obrigue... mas deveria ser mais uma daquelas para o pessoal se rir, porque quase de certeza que o próprio estado nunca iria cobrir os terrenos à sua responsabilidade.... quanto mais os privados.