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  1.  # 21

    Na conjuntura nacional e na conjectura.
    Criaram-se silos, tachos, burocracias e toda uma máquina que deixa pouco espaço para navegação.
    Junta-se a isso salários miseráveis num mercado Europeu que tudo fornece a preços médios para poder de compra Europeu e está a burra nas couves.
    Resta-nos pagar os tachos as burocracias os silos e comer qualidade que “serve” em função meramente da carteira porque a conjectura não deixa os DO fazer mais pequeno que o vizinho nem aos técnicos interesse em pesquisar e fazer melhor pq o DO vê com a carteira e não recebe/percepciona qualidade.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, Contratempo
  2.  # 22

    Colocado por: MariaseveraEstão aqui duas ideias que são diametralmente opostas.

    Não vale a pena lutar, não se pode fugir àquilo que nos está reservado?


    Claro que vale. O que não adianta é achar que vai ser diferente, fazendo exactamente o mesmo que o vizinho. Daí ter escrito aquilo. Há aqueles que copiam tal qual, porque se o vizinho conseguiu, eu também consigo. E também os há que acham que vão ser diferentes do vizinho, mas terminam a fazer as mesmíssimas asneiras, começando pelo autodidactismo crónico.
  3.  # 23

    Colocado por: MariaseveraPorquê o foco no DO?

    O problema está a montante!

    No construtor.

    No fornecedor de materiais.

    Na conjuntura nacional.

    Na conjuntura internacional.


    Outro sintoma típico, "a culpa é sempre dos outros".
  4.  # 24

    Colocado por: gil.alvesporque a conjectura não deixa os DO fazer mais pequeno que o vizinho

    Certo.
    Mas mesmo quando deixa, não o fazem.
  5.  # 25

    Colocado por: MariaseveraNos EUA, vemos nos filmes que uma família arrenda a cave ou o apartamento por cima da garagem para habitação. Ou vivem em roulotes.É verdade!


    Claro. Têm problemas graves.
    Precisamente por isso, devemos estar atentos às soluções que têm tentado implementar e os resultados disso. A ver se aprendemos alguma coisa.

    Mas por PT é comum o discurso: "oh, mas eles não são exemplo porque X e Y"... Podemos aprender de todos os países, seja ele rico, pobre, etc... os povos não são massas homogéneas... e se têm problemas, também terão soluções, umas que resultam, outras nem por isso.
  6.  # 26

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Outro sintoma típico, "a culpa é sempre dos outros".


    O DO é um dos mais interessados em que o preço baixe ou que o valor a pagar não estoure com o orçamento.

    A maior parte dos que querem casa, não constrói como DO.
  7.  # 27

    Colocado por: EntrecamposO DO é um dos mais interessados em que o preço baixe ou que o valor a pagar não estoure com o orçamento.

    A maior parte dos que querem casa, não constrói como DO.


    O Dono de Obra não é apenas um, é mesmo o maior interessado em que o custo baixe.
    Daí eu ter escrito, que muitos Dono de Obra, não entendem sequer o poder que têm.

    Quando perceberem isso, o fiel da balança volta a equilibrar-se.

    Mas não podem achar que o mundo é o mesmo de há 10, 15 anos. Quanto mais cedo saltarem a fase de negação ou de ignorar os sinais, mais rápido isso estabiliza.

    Já agora, isto não é um combate Dono de Obra versus os outros todos. Eu por exemplo, como Arquitecto, tenho todo o interesse em que os preços baixem. Porque não cobro em função do valor da obra, mas em função do trabalho que me dá fazer as coisas. Pelo que, construção mais barata, mais gente constrói, mais clientes temos!

    Mas acho que a questão da crise da habitação está muito para além disso. Hoje, em 2025, creio não ter dúvidas quando afirmo que o maior desastre que temos, e que devemos evitar replicar, é o do suburbio típico do "um terreno, uma família". Para mim, isto não faz muito sentido, na perspectiva do bem comum. Há inumeros bons exemplos urbanisticos.

    Resumindo, para mim as soluções estão aqui:
    -ordenamento do território, urbanismo
    -ensino profissional, especialização
    -decisões individuais do Dono de Obra
    -economia de escala, planeamento
  8.  # 28

    Câmara fala em demolição instigada pela Quercus:
    Este construtor alega que ampliou as instalações do seu estaleiro para responder a encomendas de "casas sociais pré-fabricadas e residências para estudantes(...)Um projecto inovador único em Portugal" .sic

    https://omirante.pt/sociedade/2024-11-10-dono-do-grupo-verdasca-diz-que-construiu-sem-licenca-em-fatima-porque-nao-podia-por-em-causa-investimento-d12c2ed1



    Efectivamente a habitação social e o alojamento estudantil são um problema de habitação a juntar ao alojamento de trabalhadores deslocados: professores, polícias, há mais profissionais deslocados(?). E de toda a outra gente.
  9.  # 29

    Colocado por: Palhavapara responder a encomendas


    É extraordinariamente frustrante um promotor ou dono de obra fazer todo um plano de investimento, custos, créditos, prazos, licenças, respeito pelas leis, e haver ainda assim, uma infinidade de variáveis que não controla. É tudo ao sabor do vento, se o Sr. funcionário publico lhe apetecer, quando lhe apetencer, e em função do mood com que acordou esse dia, leis ambiguas, sem fim de papeis, formulários, regulamentos... enfim. Nada de novo. Estamos entulhados de burocracia.
  10.  # 30

    https://www.jn.pt/1022168477/be-pcp-livre-e-pan-requerem-apreciacao-da-alteracao-da-lei-dos-solos/


    Hoje saiu um artigo de opinião, em que um "entendido" diz que o preço da habitação está caro por causa do preço elevado dos terrenos urbanos .

    Tudo bem.


    Mas as pessoas não querem ir morar para o desterro!

    Além disso quem pensa e consegue em construir ou comprar casa é malta com privilégios, mas que trabalha e tem mérito para os ter.
    Quem não tem possibilidades financeiras tem que explorar outras alternativas, que não passam por construir casa própria!
    Concordam com este comentário: setaevra
  11.  # 31

    Colocado por: PalhavaQuem não tem possibilidades financeiras tem que explorar outras alternativas, que não passam por construir casa própria!

    Tem toda a razão,
    Mas o promotor passa o custo do terreno para os compradores, pelo que acaba por ter impacto no valor das casas.
  12.  # 32

    Sabiam que o Governo tabela o preço dos medicamentos? Não podem subir até determinado valor.

    Por que não faz o mesmo com as casas?

    Colocado por: pguilhermecusto do terreno


    Podia jogar com esta variável. Condicionando o valor final.

    Também poderia seleccionar os compradores dando primazia aos portugueses.

    Também podia exigir uma prova de português escrita e oral para quem quer ter imóveis em Portugal.


    ----
    A nacionalidade concedida aos judeus safarditas é um embuste de todo o tamanho.
    Genealogias postiças dão direitos exacerbados a indivíduos que nada contribuem para Portugal e só sugam o pouco que temos.
  13.  # 33

    1- Porque sendo um negócio lucrativo, ainda assim não há gente suficiente que se aventure com isto das obras... agora imagine, se tirasse a componente do lucro da equação. Aí passaríamos de termos "poucas" casas novas, a nenhumas.

    2- Distinguir entre nacionais e estrangeiros desse modo é meio caminho andado para termos problemas sérios, bairros segregados, e tensões graves entre residentes. Se têm os mesmos deveres, e devem tê-los, têm que ter acesso a habitação e demais direitos também.

    3- Prova oral e escrita de Português, eu acho bem. E de passo, que a façam aos nacionais também de vez enquando. Mas pelo que li algures, até o Exame de Português no 12° querem fazer desaparecer... Já agora façam Matemática também... para que depois ao gerir a própria obra, não cometam erros de palmatória :) Mas bom bom, era que todos soubessem calcular o valor U, da transmissão térmica dos materiais, para conscencializar a malta no momento de escolher as janelas e os isolamentos... visto que parecem não olhar para os projectos. E numa altura de grave crise climática... em que continuámos a atirar para o mercado imóveis que só são eficientes no certificado... Talvez isso fosse mais útil, e só ocupa uns diazitos na disciplina de Física.
  14.  # 34

    Colocado por: Palhavapor causa do preço elevado dos terrenos urbanos.


    Se os terrenos fossem realmente caros, a malta não desperdiçava um terreno com uma casa apenas.
    Ainda que por vezes isso é imposição do municipio, muitas dessas vezes, era relativamente simples fazer um destaque ou loteamento afim de partilhar e diluir os custos com o terreno.

    Outro sintoma típico, é quando se implanta a casa mesmo a meio do lote, quando poderia porventura encostá-la a um dos lados deixando espaço suficiente para uma segunda casa ou edificio com outro uso.

    Na minha opinião, e apesar de agora custarem o dobro de há 10, 15 anos. Os terrenos continuam relativamente baratos. Há muitos outros locais no mundo em que o terreno vale mais que o próprio imóvel. Em Portugal, isso não é comum, ainda.

    Há cidades, e mesmo periferias, em que um lote tem geralmente 100m² ou pouco mais. E custam 100k€. Sem nada de extraordinário. Algo praticamente impensável em Portugal, em que um lote que tenha 300m² é visto como minúsculo...
  15.  # 35

    Por acaso o exemplo do setor farmacêutico é excelente. O governo regulamenta o preço de alguns medicamentos. O que origina com frequência quebras de stock, importação paralela...
  16.  # 36

    Colocado por: N Miguel OliveiraMas bom bom, era que todos soubessem calcular o valor U, da transmissão térmica dos materiais, para conscencializar a malta no momento de escolher as janelas e os isolamentos... visto que parecem não olhar para os projectos. E numa altura de grave crise climática... em que continuámos a atirar para o mercado imóveis que só são eficientes no certificado... Talvez isso fosse mais útil, e só ocupa uns diazitos na disciplina de Física.


    👍
    • AMG1
    • 3 janeiro 2025

     # 37

    Colocado por: dmanteigasPor acaso o exemplo do setor farmacêutico é excelente. O governo regulamenta o preço de alguns medicamentos. O que origina com frequência quebras de stock, importação paralela...


    O controlo de preços nos medicamentos existe em toda a UE, embora com diferentes formas. Não sei se ainda existe, mas no RU até havia uma espécie de controlo das margens (ou lucro) nalguns medicamentos.
    Nada mais compreensivo que exista esta regulação, porque: i) na UE os governos, directa ou indirectamente, são o maior cliente das farmacêuticas, ii) os medicamentos para algumas terapêuticas são quase monopólios de certas farmacêuticas.
    Agora nenhuma farmacêuticas está obrigada a vender seja que medicamento for na europa, se vendem é porque certamente continua a haver negócio, apesar desta regulação digamos que mais "apertada".
    Claro que um mercado sem estas limitações seria mais simpático para as farmaceuticas, mas talvez menos amigo da saúde da maioria da população
    De qualquer maneira, não me parece que a melhor forma de regular o mercado habitacional seja com limitações de preços ou de inibição do acesso a grupos específicos. A melhor forma que o estado tem de regular o mercado é intervir nele promovendo a construção e a disponibilização de um parque público. Nada que já não exista em muitos dos nossos parceiros europeus.
    Claro que para isso talvez precisemos de governos que não tenham complexos ideologicos quanto ao estado ser proprietário, nem quanto a necessidade do estado, sendo proprietário, tratar de gerir essa propriedade em favor de todos e não apenas em favor de quem habite essas casas.
  17.  # 38

    Os outros países europeus têm implementado medidas restritivas, que uma por uma têm surtido efeitos contrários ao esperado.
    Nada parece resultar.


    No Canadá proibiram estrangeiros de adquirir casa, por exemplo. Não sei se teve eficácia em melhorar a situação da escalada de preços e falta de habitação.
  18.  # 39

    "A propriedade é o roubo" ou "Propriedade é roubo!" (no original em língua francesa, La propriété, c'est le vol!) é uma famosa frase encontrada no livro O Que É a Propriedade? (1840) de Pierre-Joseph Proudhon: Pierre-Joseph Proudhon, autor da frase.

    😵‍💫
  19.  # 40

    A União Europeia e os seus países membros têm adoptado uma série de medidas para combater a falta de habitação e a subida dos preços de arrendamento e compra de casas. No entanto, as estratégias variam de país para país, dependendo das suas necessidades e contextos específicos.
    Visão geral das principais acções em alguns países da UE, discriminando as abordagens tomadas por cada um deles:

    1. Alemanha

    Construção de Habitação Pública: O governo alemão tem investido na construção de novos projetos habitacionais, especialmente para famílias de baixo rendimento. O país também tem incentivado a renovação de habitações mais antigas.

    Controle de Rendas: Em algumas cidades, como Berlim, foram implementadas medidas temporárias de controle de rendas para limitar aumentos excessivos, como o famoso "Mietendeckel" (tecto de aluguer), que foi temporariamente suspenso pelo Tribunal Constitucional em 2021.

    Subsídios de Habitação: A Alemanha oferece subsídios e apoio fiscal a famílias de baixos rendimentos para facilitar o acesso à habitação.


    2. França

    Regulamentação do Mercado de Arrendamento: Em Paris e noutras grandes cidades, o governo implementou políticas de controlo de rendas para evitar aumentos excessivos. Há também uma restrição de arrendamento de imóveis para turistas (como através de plataformas como Airbnb), para evitar a escassez de imóveis de longa duração.

    Habitação Social: O governo francês tem aumentado o número de habitações sociais e também incentivado a construção de habitações acessíveis, particularmente para famílias de baixos rendimentos.


    3. Espanha

    Regulação de arrendamentos: Algumas regiões da Espanha, como a Catalunha, implementaram limitações no aumento de preços de arrendamento e controlos de preços em bairros de alta pressão imobiliária.

    Habitação Pública: O governo espanhol tem promovido a construção de novas habitações públicas para enfrentar a escassez de oferta e os altos preços de mercado.

    Impostos sobre Propriedades Vagas: Algumas cidades impuseram impostos sobre imóveis vazios para incentivar os proprietários a alugá-los ou vendê-los.


    4. Portugal

    Apoios ao Arrendamento: Em Portugal, o governo introduziu o "Programa de Arrendamento Acessível" para ajudar as famílias com rendimentos mais baixos a encontrar arrendamentos com preços mais baixos do que o mercado normal.

    Regulação do Mercado Imobiliário: Houve discussões sobre a criação de medidas para combater a especulação imobiliária e garantir que as cidades não se tornem inacessíveis para os residentes permanentes.

    Impostos sobre Propriedades Devolutas: Portugal tem imposto taxas sobre imóveis não habitados para incentivar o uso dos imóveis em vez de deixá-los vazios.


    5. Reino Unido (apesar de ter saído da União Europeia, vale mencionar pela relevância)

    Controle de Preços de Arrendamento: Algumas cidades, como Londres, têm políticas para controlar os preços de arrendamento e a disponibilidade de propriedades acessíveis.

    Apoio ao Setor Habitacional Social: O governo tem incentivado a construção de habitação pública e implementado programas de apoio para famílias de baixo rendimento.

    Impostos sobre Propriedades Não Utilizadas: Foram adotados impostos sobre propriedades vazias para incentivar o mercado de aluguer.


    6. Países Baixos (Holanda)

    Habitação Acessível: A Holanda tem uma tradição de habitação pública e programas de arrendamento acessível, com um grande número de habitações sendo administradas por cooperativas de habitação.

    Impostos sobre Propriedades Vazias: Os municípios holandeses aplicam impostos sobre imóveis desocupados para reduzir o número de propriedades não habitadas.

    Regulamentação de arrendamento s: A regulamentação do mercado de arrendamento inclui controle de preços e apoio ao arrendamento acessível.


    7. Finlândia


    Abordagem “Housing First”: A Finlândia é conhecida pelo seu modelo “Housing First”, que garante que as pessoas sem-teto tenham acesso imediato à habitação sem pré-condições. Isso tem sido altamente eficaz na redução da falta de habitação no país.

    Construção de Habitação Social: O governo tem promovido ativamente a construção de habitações sociais e apoios para a compra de casa para famílias de rendimentos baixos.


    8. Suécia

    Habitação Pública e Acessível: A Suécia possui um sistema robusto de habitação pública e oferece uma vasta gama de opções acessíveis para famílias de baixa e média renda.

    Política de Regulação de arrendamentos: Embora o sistema de arrendamentos seja regulamentado, há uma grande escassez de imóveis em algumas áreas urbanas, o que gera desafios adicionais.


    9. Itália

    Apoios ao Arrendamento e Imóveis Sociais: Itália tem programas de habitação pública e subsídios de arrendamento para famílias de baixa renda. Além disso, o governo tenta combater a especulação imobiliária em áreas de alto turismo, com medidas que limitam o uso de imóveis para aluguer de curta duração.

    Taxação de Imóveis Vazios: Algumas cidades, como Roma, impuseram impostos sobre propriedades vazias para incentivar a sua utilização.


    10. Países Bálticos (Letónia, Lituânia, Estónia)

    Apoios à Construção de Habitação: Estes países têm adoptado uma abordagem centrada na construção de novos imóveis e no uso de fundos europeus para financiar projetos habitacionais de interesse público.

    Sistemas de Apoio à Habitação Social: Existem políticas de apoio à habitação social, mas a falta de recursos e de uma oferta suficientemente ampla é um desafio nestes países.


    Medidas a Nível da União Europeia:

    Além das acções individuais dos países, a União Europeia tem desenvolvido várias iniciativas para apoiar a construção e melhoria da habitação:

    NextGenerationEU: O plano de recuperação pós-pandemia da União Europeia alocou fundos significativos para a construção de habitação sustentável e de baixo carbono.

    Fundo Social Europeu (FSE): O FSE financia projetos de habitação social e melhorias nas infraestruturas urbanas.

    Iniciativas de Habitação Acessível: A União Europeia tem promovido a ideia de tratar a habitação como um direito social, incentivando os Estados membros a garantirem que todos tenham acesso a uma habitação digna.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
 
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