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    • AMG1
    • 3 janeiro 2025

     # 41

    Colocado por: Palhava"A propriedade é o roubo" ou "Propriedade é roubo!" (no original em língua francesa, La propriété, c'est le vol!) é uma famosa frase encontrada no livro O Que É a Propriedade? (1840) de Pierre-Joseph Proudhon: Pierre-Joseph Proudhon, autor da frase.

    😵‍💫


    Só mesmo o Palhava para, nos dias que correm, desencantar uma das figuras de proa do anarquismo do séc XIX. O facto é que se lhe deve a teorização do mutualismo, que sempre foi a base do pensamento económico e social do anarquismo e que infelizmente tem sido muito esquecido.
    Ainda há pouco, ao ler algo que o Nuno Miguel Oliveira escreveu sobre as vantagens da partilha de espacos e serviços comuns, me veio à memoria outro anarquista, um principe russo (era mesmo!): Kroptkin, que escreveu as teses mais entusiastas que conheço sobre as vantagens da partilha e da cooperação.
    Mas convenhamos que a anarquia, mesmo a original, tinha muito pouco de realista. Não terá sido por acaso que alguns (como este Kroptkin) acabam proximos do marxismo, ou como se dizia na altura no anarco-comunismo.
  1.  # 42

    Precisamos de re-conhecer os pioneiros experimentalistas, para conhecermos as agudezas daquilo que já não é novo, foi esquecido pelo grosso da população e não deu resultado em termos absolutos.
    No entanto todo esse saber serviu de base para a realidade do HOJE.
  2.  # 43

  3.  # 44

    Colocado por: AMG1ao ler algo que o Nuno Miguel Oliveira escreveu sobre as vantagens da partilha de espacos e serviços comuns, me veio à memoria outro anarquista


    Fogo, que relação...
    A partilha de espaços não é nada demais.
    Quando saio de casa, partilho o passeio com outros peões, partilho a estrada quando conduzo, no supermercado uso um carrinho de compras, que uns minutos antes alguém usou.

    Em casa, todos queremos privacidade e controlo, porém... há níveis e prioridades.

    Se vivo num apartamento e deixo o carro na rua... ou num estacionamento comum... porque é que há força tenho que ter uma garagem independente quando faço uma casa? Mesmo quando são casas em banda, é bastante comum, as pessoas deixarem o carro fora, pela chatice da rampa, das garagens pequenas, etc... partilhar garagem, mesmo vivendo numa casa, a mim não me faz confusão nenhuma.

    Jardins... entre ter um badameco de 50 ou 100m2... que é preciso cuidar e nunca está perfeito... é uma simples relva e um limoeiro e tá... só dá trabalho, e que só desfruto dele alguns meses do ano... ou ter um super jardim, de 1000, 2000, 3000m2 comum ao condomínio onde até dá para dar um passeio, com diversas especies botânicas, diversos espaços de sol, de sombra... em que há um jardineiro dedicado... onde me cobram um X ao mês... mas nem me preocupo com nada... é só mesmo desfrutar, e socializar com os vizinhos... eu tampouco tenho dúvidas qual escolheria.

    Lavandarias... idem. Em muitos países europeus, é comum haver uma lavandaria para todo o prédio. É tão mau assim?

    Arrumação... coisas como os Skis, a árvore de natal, as jantes para a neve, a bicicleta que o filho já não usa... toda essa tralha, não pode estar numa cave ou sótão comum a todo o edificio? Com pequenas separações e cadeados?

    Piscinas, ginásios, espaço para jogos, polivalente, espaço de home office, etc etc etc...

    Arquitectónicamente, há muitas ideias de partilha... que além de por vezes até ajudar a criar comunidade e proximidade com os vizinhos, permite poupar espaço... e sobretudo, no contexto actual, poupar uns valentes euros!

    Nada disto tem que ver com o governo. Depende da mentalidade do promotor ou dono de obra. Em Portugal, continuámos em 1143. Cada senhor, com o seu castelo isolado, e amuralhado... Uma pena. Mas pronto, são gostos. O chato é mesmo ouvir a típica choradeira de que está tudo caro, mas não mudam uma palha no modo de idealizar a sua casa, ou empreendimento imobiliário...
    Concordam com este comentário: hangas, socio
  4.  # 45

    AMG1, em Portugal as margens de lucro de certos medicamentos também são regulamentadas. Não é por acaso que as farmácias nos dias que correm mais parecem centros de estética...
    Enfim, o setor farmacêutico não é exemplo para nada no que toca a habitação. Primeiro porque devido às suas especificidades, faz sentido ter muito mais regulação. Mas por outro essa mesma regulamentação exemplifica bem as consequências de se querer controlar preços.
    Como não quero transformar isto numa tese fico por aqui, mas que ninguém caia na burrice de olhar para aqui e achar que é na regulação dos preços que está a solução. Isso ia agravar o problema 10x.
    Como se viu, aliás, em Barcelona
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  5.  # 46

  6.  # 47

    • AMG1
    • 4 janeiro 2025

     # 48

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Fogo, que relação...
    A partilha de espaços não é nada demais.
    Quando saio de casa, partilho o passeio com outros peões, partilho a estrada quando conduzo, no supermercado uso um carrinho de compras, que uns minutos antes alguém usou.

    Em casa, todos queremos privacidade e controlo, porém... há níveis e prioridades.

    Se vivo num apartamento e deixo o carro na rua... ou num estacionamento comum... porque é que há força tenho que ter uma garagem independente quando faço uma casa? Mesmo quando são casas em banda, é bastante comum, as pessoas deixarem o carro fora, pela chatice da rampa, das garagens pequenas, etc... partilhar garagem, mesmo vivendo numa casa, a mim não me faz confusão nenhuma.

    Jardins... entre ter um badameco de 50 ou 100m2... que é preciso cuidar e nunca está perfeito... é uma simples relva e um limoeiro e tá... só dá trabalho, e que só desfruto dele alguns meses do ano... ou ter um super jardim, de 1000, 2000, 3000m2 comum ao condomínio onde até dá para dar um passeio, com diversas especies botânicas, diversos espaços de sol, de sombra... em que há um jardineiro dedicado... onde me cobram um X ao mês... mas nem me preocupo com nada... é só mesmo desfrutar, e socializar com os vizinhos... eu tampouco tenho dúvidas qual escolheria.

    Lavandarias... idem. Em muitos países europeus, é comum haver uma lavandaria para todo o prédio. É tão mau assim?

    Arrumação... coisas como os Skis, a árvore de natal, as jantes para a neve, a bicicleta que o filho já não usa... toda essa tralha, não pode estar numa cave ou sótão comum a todo o edificio? Com pequenas separações e cadeados?

    Piscinas, ginásios, espaço para jogos, polivalente, espaço de home office, etc etc etc...

    Arquitectónicamente, há muitas ideias de partilha... que além de por vezes até ajudar a criar comunidade e proximidade com os vizinhos, permite poupar espaço... e sobretudo, no contexto actual, poupar uns valentes euros!

    Nada disto tem que ver com o governo. Depende da mentalidade do promotor ou dono de obra. Em Portugal, continuámos em 1143. Cada senhor, com o seu castelo isolado, e amuralhado... Uma pena. Mas pronto, são gostos. O chato é mesmo ouvir a típica choradeira de que está tudo caro, mas não mudam uma palha no modo de idealizar a sua casa, ou empreendimento imobiliário...
    Concordam com este comentário:hangas


    Não se amofine por eu me ter lembrado do Kroptkin, porque o anarquismo do sec. XIX, no meio daquele romantismo todo, até tinha algumas ideias bem interessantes. Depois lembrei-me dele sobretudo para concordar consigo. Eu também nunca percebi como é que não são obvias as vantagens da partilha de muitos desses equipamentos. Aliás, nalguns casos aceder a eles para a maioria das pessoas só é mesmo viável economicamente se em sistema de partilha, mas por cá isso faz comichão a muita gente.
    Aqui vai um exemplo simples. Na Suécia grande parte dos predios de habitação têm lavandarias comuns, o que liberta espaço nos apartamentos e na carteira de quem lá vive. Nalguns casos são ao nivel de bairro/quarteirão, muitas vezes junto ao jardim/parque infantil comum que está quase sempre presente.
    Lembrei-me do Kroptkin, porque os exemplos dele são do sec. XIX e muito próprios de intelectuais ricos como ele. Recordo p.e. o engraxar diario dos sapatos, que se fosse centralizado resultaria numa poupança enorme de tempo e meios para todos.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  7.  # 49

    Colocado por: AMG1Recordo p.e. o engraxar diario dos sapatos, que se fosse centralizado resultaria numa poupança enorme de tempo e meios para todos.


    Às vezes imagino como seria viver em "serviced apartaments" em que em baixo haveria uma recepção, uma sala de refeições buffet e em cima apartamentos.
    Mas tudo a custos controlados.😂🤣😂

    Isto não resulta nem em grande escala, nem em pequena escala pelo advento dos tempos modernos, simplesmente não há quem tenha espírito de missão.

    Veja-se que os serviços públicos, delegam/atribuem contratualmente a privados as mais pequenas actividades: recolha de lixo, catering, limpeza, distribuição de produtos de escritório, manutenção informática...etc etc

    Se por um lado a especialização é um benefício, a diversidade produz gastos supérfluos ou poupança?


    Tem de haver HONESTIDADE para haver poupança. E quem quer ganhar dinheiro 💰💰💰💰 não olha a isso.

    Daí a sociedade estar doente, com gastos supérfluos crónicos, associados ao esvaziamento dos cofres públicos para pagar subrepticiamente amiúde situações criminosas .
    Veja-se o negócio dos fogos florestais e o pagamento milionário de meios privados de combate,por exemplo, toda a gente percebe o que se passa e nada se consegue provar...
    Ou a recapitalização criminosa da banca
    ...
    Todos sabem e ninguém faz nada...
    • AMG1
    • 4 janeiro 2025

     # 50

    Colocado por: dmanteigasAMG1, em Portugal as margens de lucro de certos medicamentos também são regulamentadas. Não é por acaso que as farmácias nos dias que correm mais parecem centros de estética...
    Enfim, o setor farmacêutico não é exemplo para nada no que toca a habitação. Primeiro porque devido às suas especificidades, faz sentido ter muito mais regulação. Mas por outro essa mesma regulamentação exemplifica bem as consequências de se querer controlar preços.
    Como não quero transformar isto numa tese fico por aqui, mas que ninguém caia na burrice de olhar para aqui e achar que é na regulação dos preços que está a solução. Isso ia agravar o problema 10x.
    Como se viu, aliás, em Barcelona


    Foi o dmanteigas que deu o exemplo da regulação do sector farmacêutico, que óbviamente vai muito além da fixação de preços que, como sabe, tem muito mais que ver com a necessidade dos estados reduzirem a dimensao da factura que pagam do que com qualquer outra coisa.
    Óbviamente que a fixação administrativa de preços num sustema de mercado livre, tende quase sempre a ter efeitos perversos, afinal o mercado vive de expectativas que se frustadas tem consequencias nas decisões dos agentes.
    Agora, como diz o proverbio: "há muitas maneiras de apanhar moscas e usar vinagre não é a melhor". O estado tem muitas formas para intervir no mercado habitacional, se considerar que ele não está a cumprir o fim ultimo de providenciar habitação à população. Desde logo utilizando toda a sua capacidade economica, logistica e legislativa para providenciar, quando necessário, oferta de habitação em regime de concorrência com os privados.
    Talvez com isso prejudique os interesses de alguns operadores, mas convém não esquecer que, sem essa intervenção, o mercado não estava a cumprir uma parte significativa da sua função. Afinal, até para os mais liberais, os mercados não existem para providenciar lucros a ninguém, esses são só o justo resultado da actividade ultima que é providenciar bens e serviços aos consumidores.
    • AMG1
    • 4 janeiro 2025

     # 51

    Colocado por: Palhava

    Às vezes imagino como seria viver em "serviced apartaments" em que em baixo haveria uma recepção, uma sala de refeições buffet e em cima apartamentos.
    Mas tudo a custos controlados.😂🤣😂
    ...


    Sugiro a leitura de Kroptkin, em especial "A Conquista do Pão", cujo titulo apesar de sugestivo, muito em consonância com a época, não faz qualquer justiça ao conteúdo.
    Divertimento garantido!
  8.  # 52

    Colocado por: AMG1Kroptkin


    Sim, eu apenas usei-o como mote para o que escrevi. Até porque nem sei quem foi, confesso.
    Muito mais que ideias de partilha e ideias de comunidade, a mim, enquanto Arquitecto interessa-me mais ver as vantagens disso no espaço e no orçamento. Sendo ambos finitos, e quase sempre apertados... qualquer m² que se poupe, qualquer euro que não se gaste, merece pelo menos a reflexão.

    Quanto ao exemplo sueco... Acredito. Na Suíca, a minha lavandaria e a cozinha eram as mesmas para mais outras 90 pessoas. No México, o meu jardim e estacionamento são comuns a outras 49 casas. Em Espanha, era o escritório, zona de estudo e trabalho que era comum a todos os que viviamos no mesmo sítio. Nos USA, além do jardim e do estacionamento, também eram comuns a piscina, o ginásio, o espaço de home office, o salão de festas, o salão de jogos, etc etc... Por serem comuns, estavam sempre arrumados, extraordinariamente limpos, bem equipados, sem avarias de nenhum tipo... e pelo caminho, foi o pretexto de conhecer muitos dos meus vizinhos, que hoje são amigos para a vida. Incluindo aquela que é a minha esposa, que fui conhecendo na cozinha comum helvética.

    Sendo a vida tão curta, é uma pena cada um viver isolado no seu castelo... aquela empatia e espaço social para com o vizinho, vai se perdendo paulatinamente, muito graças às Netflix e Playstation desta vida. Os muros, o entrar em casa de carro... também contribuiu muito para isso. Uma pena.

    No campo da Arquitectura, um dos elementos que mais venero é aquele banquinho de pedra junto à porta de entrada, tipico em Portugal, Grécia, Espanha, Itália... Era a coisa mais carinhosa e humana que tínhamos... que Saudade.
    Concordam com este comentário: AMG1
  9.  # 53

    Colocado por: PalhavaÀs vezes imagino como seria viver em "serviced apartaments" em que em baixo haveria uma recepção, uma sala de refeições buffet e em cima apartamentos.
    Mas tudo a custos controlados.😂🤣😂

    Isto não resulta nem em grande escala, nem em pequena escala pelo advento dos tempos modernos, simplesmente não há quem tenha espírito de missão.


    Tem que sair de casa um bocado.
    Isso existe e resulta sim... aliás, quantos mais vizinhos tiver, mais "amenidades" e serviços poderá ter. Pois o custo é diluído por muitíssima gente... tornando o custo do serviço relatovamente controlado.

    Nos USA por exemplo, temos desenvolvido alguns edificios assim, mais voltados para a terceira idade por exemplo. Viúvos, divorciados, estudantes, etc.
    Você aluga um T1, ou T0... e tem à disposição um lugar de estacionamento e um monte de amenidades. Você pode perfeitamente cozinhar em casa... como pode descer ao rés-do-chão e comer a preços reduzidos, junto dos demais vizinhos. Nada tem que ver com estar acamado ou o conceito de lar que conhecemos em Portugal. Na Suíça, no exemplo que dei... além da cozinha ser comum... nalguns edificios, havia uma cozinha por piso... ou seja, em vez de partilhar com 90 pessoas, partilha só com 20 ou 30... e além disso, havia uma cantina, que servia quem lá quisesse comer. Se fosse residente, pagava muito menos. Algo como fazem alguns hoteis.

    Em Portugal, estas coisas podem até nem funcionar... mas não encontro outra explicação que não seja o simples facto de que, apesar de nos queixarmos muito, ainda conseguimos fazer e pagar certas coisas sozinhos... aliando a isso uma mentalidade que não vislumbra a partilha como opção.

    A juntar a isso, o tipo de tipologias é muito restrito aos T3 e T4. Quando cada vez mais são necessárias tipologias mais pequenas, T0, T1 e T2... É isso que nos faz falta. Ter casas à medida das necessidades. E se a necessidade muda, mudámos de casa. Não é o fim do mundo.

    Claro que tudo isto depende muito mais dos nossos promotores, do que do Dono de Obra comum, que faz, no máximo, uma moradia unifamiliar. Ainda assim, ninguém os impede de se associarem com outros casais e pensar em algo maior, mais eficiente, e sobretudo, mais barato.
  10.  # 54

    Colocado por: N Miguel OliveiraTem que sair de casa um bocado.
    Isso existe e resulta sim... aliás, quantos mais vizinhos tiver, mais "amenidades" e serviços poderá ter. Pois o custo é diluído por muitíssima gente... tornando o custo do serviço relatovamente controlado.


    Estou a viver no Panamá e aqui seguem esse modelo, mas é necessário escala. O meu prédio tem 55 andares mais o terraço. Temos 11 pisos de estacionamento comum, 3 subt e 8 elevados, logo após o último piso de estacionamento temos a piscina exterior aquecida, o ginásio muito bem equipado, salão de eventos, parque infantil exterior coberto, 2 pontos para bbq, no piso seguinte temos sala de cinema (contrato de netflix, disney etc etc e iptv com canais de diversos países), salão de yoga/actividades, sala de jogos, sauna e banho turco, 2 salas de massagem, sala de cabeleireiro e escritório comum. Seguem-se os pisos com apartamentos e no terraço há mais um salão de actividades com cozinha, sofas, tv (com os mesmos contratos referidos antes), mesa de bilhar, mesas, e no exterior um terraço com mesas e cadeirões por diversos cantos. O modelo pareceu-me exagerado quando me mudei mas acabei por perceber a proximidade que se cria entre vizinhos, é quase como uma aldeia onde nos encontramos nas "ruas" e acabamos por falar e combinar eventos em conjunto, seja filmes com as varias criancas juntas, seja um bbq, seja umas bebidas no ultimo piso entre vizinhos, à noite, com uma vista porreira sobre a baía de Panamá city. Em poucos meses já havia um contacto entre vizinhos e crianças que não se consegue em Portugal. Como os vários prédios são assim, volta e meia os convites entre prédios acaba por existir, até pelo contacto das crianças a caminho da escola no mesmo autocarro que faz a recolha pelos vários prédios que ao fds querem visitar o amiguinho do autocarro e là se consegue arranjar sempre um programa. Aliás, a vida social da minha filha tem sido de tal forma intensa que mal temos viajado.

    Foi algo que pensei, pq não se consegue em Portugal, e o N Oliveira tem razão, a individualidade das habitações, a inexistência de espaços comuns (publicos ou nao) com infraestrutura adequada para as nossas criancas cria grandes dificuldades no contacto entre jovens e nao jovens. O planeamento das nossa cidades e espaços comuns está miserável, mas infelizmente ainda há quem aplauda e ache que está tudo bem.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  11.  # 55

    Colocado por: treker666mas é necessário escala


    Sim, quanto maior, mais "amenidades" se consegue, e menor o custo que cada vizinho paga.
    Voltando a Portugal, se temos dois vizinhos que têm piscina lado a lado... bastava conciliar esforços, para que construindo apenas uma se conseguisse já uma poupança no espaço, na carteira... e posteriormente na manutenção. Talvez não precisemos de construir aos 300 apartamentos de cada vez, até porque para isso é preciso muito capital... Mas se não temos o 80, não precisamos de resignarmo-nos ao 8.

    Mesmo com apenas 4-6 casas, num condomínio relativamente pequeno, já se conseguiria ter certas valências comuns, como ginásio ou escritório, salão polivalente para aniversários, etc. Mesmo o jardim... em vez de ter 6 jardins de 70m2 cada, privado e isolado... eu sinceramente preferia ter um de 200-250m2, em que cada vizinho "trata" à vez, ou pagam a um profissional e ninguém se chateia. Nem é preciso haver 6 corta-relvas em cada casa. Fico com um jardim muitíssimo maior, e que ocupa menos espaço (considerando: 70m2 x 6 = 420m2). Ou seja, teria um jardim com o triplo do tamanho, que ocuparia metade do espaço.

    Enfim, são ideias... que estão longe de serem novas.
    Concordam com este comentário: treker666
  12.  # 56

    Colocado por: N Miguel OliveiraEnfim, são ideias... que estão longe de serem novas.


    Sim, é verdade, ganhava-se mais qualidade de vida por um custo mais bem mais baixo.

    Em tempos ouvi uma entrevista em qie alguém referia que twmos limitação na altura que se pode construir em Portugal, é verdade?

    Penso que com a crise na habitação que se faz sentir, era a altura de alyerar tal paradigma e planear adequadamente onde colocar tais edifícios.
  13.  # 57

    Colocado por: treker666Em tempos ouvi uma entrevista em qie alguém referia que twmos limitação na altura que se pode construir em Portugal, é verdade?


    Regra geral, o PDM estipula uma altura máxima para cada zona. Nas periferias é relativamente comum ter um limite de altura nos 7m, que limita a construção a apenas dois pisos acima da cota de soleira... Uma tristeza.

    Mesmo no estrangeiro é normal haver restrições de altura em todo o lado. Nos centros das cidades é algo normal também que a altura seja dada pelas normas aeroportuárias... em função da proximidade dos aeroportos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: treker666
  14.  # 58

    Não digo que a solução seja termos algo como o Panamá... ou cidades americanas, latino-americanas, etc... Mas parece-me perfeitamente adequado à realidade portuguesa e à necessidade de habitação se tivessemos mais edificios entre os 15 e os 25 pisos, nalgumas zonas.

    Ainda que acima de 7-8 pisos, é preciso ter certo cuidado... para não estragar a vivência ao nivel da rua. É preciso ver que lidamos com uma herança de vários séculos de património. Mas podemos ver o que fazem os Alemães, os Espanhóis, os Franceses, Suíços, Italianos... constroem mais alto... e têm esse património também...
    Concordam com este comentário: treker666
  15.  # 59

    Colocado por: PalhavaÀs vezes imagino como seria viver em "serviced apartaments"


    Meu caro, estão a nascer como cogumelos em Lisboa e em vários pontos do país os chamados APARTAMENTOS TURÍSTICOS , uma forma que o governo anterior encontrou para dar a grandes investidores o negócio do Airbnb mas tirando-o da mão de centenas de particulares que têm o negócio do Alojamento Local, normalmente a funcionar em edifícios multifração.
    Ao mesmo tempo, investir nestes FUNDOS IMOBILIÁRIOS dá direito a vistos de permanência em Portugal e na Europa, a quem tem dinheiro 💰 💰 💰 e pretende beneficiar deles.
    Ou seja, quem investe neste negócio, paga o investimento do primeiro e ainda tem direito à residência em Portugal e depois poder andar livremente na Europa.
    Foi uma modalidade que arranjaram para substituir os vistos gold.

    Vários edifícios outrora públicos têm sido passados (muitos deles sem anúncio de venda nem anúncio de valores de escrituras públicas de venda ou permuta!!!)a estes Fundos para este negócio ter lugar onde se realizar, tirando milhares de M2 de espaços potenciais de habitação, dando lugar a camas para turismo.

    Portanto é tudo uma grande hipocrisia a juntar a outras...


    Vide

    https://www.utopia-projectos.com/licenciamento/tipos-de-usos/turismo/apartamentos-turisticos/
    Concordam com este comentário: marco1, N Miguel Oliveira
  16.  # 60

    Antes de se promulgar a "Lei dos Solos" seria muito mais avisado, proceder-se à requalificação do parque habitacional devoluto, público e privado. Dando incentivos reais a essa acção urgente.
    Concordam com este comentário: marco1, Contratempo, N Miguel Oliveira, AMG1
 
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