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  1.  # 241

    É curioso que os ordenados neste país são uma miséria,mas só alguns...
    Porque, os ordenados dos gestores das empresas públicas estão bem ao nível dos restantes na Europa... mas enfim... sou eu, uma reles e medíocre "plebeia" com tendências de esquerda.

    SOU SIM!!!
    Mas apartidária, porque para mim a classe política é toda a mesma M****.
  2.  # 242

    Colocado por: Pedro Azevedo78Este fórum "cai" para a esquerda que é uma coisa...
    Li assim meio na diagonal, e uma frase ficou:
    Salários como os que eu referi, e outras misérias que já aqui foram referidas são uma ofensa á dignidade....querem produtividade e lucros paguem para isso caramba.
    Será que não percebem que as coisas funcionam ao contrário??!! Para pagar bons ordenas é preciso PRIMEIRO a empresa ser produtiva e lucrativa. Os salários bons terão de ser uma consequência do bom desempenho da mesma. Se não o dinheiro vem de onde?

    Claro que os salários são baixos em Portugal. Claro que sim.
    Mas como alterar isso? Simplesmente começando a pagar mais? Como? De onde "nasce" o capital nas empresas para isso?


    tretas como diz o outro, ou seja o que o Pedro diz é até parece que só os tais gestores é que desempenham bem as suas funções e são por isso os únicos a ter direito a bons ordenados, tudo aquilo que recebe a miséria de menos 1000 são uma cambada de improdutivos, preguiçosos e incompetentes!!!
    de onde nasce o capital??? olhe se fosse mais equitativamente distribuído ( sim mas merecendo-o) coisa que não acontece agora num pais em que para uns estarem ao nível do topo a maioria tem que ter o cinto sempre apertado, ui que medo se fossemos todos uns pequenos burgueses já ninguém fazia nada de nós, ninguém trabalhava já não se podia explorar ninguém, ENFIM, esquerda???? eu cá sou tanto de esquerda como direita pois não acredito piamente em nenhum dos lados, acredito embora utopicamente ( pois o ser humano é muito imperfeito) no trabalho e na competência e na paixão que nos proporciona fazer aquilo que gostamos em termos de trabalho.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuisFigueiredo, maria carolina
    • LuB
    • 5 maio 2010 editado

     # 243

    tretas como diz o outro, ou seja o que o Pedro diz é até parece que só os tais gestores é que desempenham bem as suas funções e são por isso os únicos a ter direito a bons ordenados, tudo aquilo que recebe a miséria de menos 1000 são uma cambada de improdutivos, preguiçosos e incompetentes!!!


    Parece-me que não é isso que está em causa. Não é essa a leitura que deve fazer do texto do Pedro.
    As pessoas que ganham esses tais salários baixos (menos de 1.000 Euros, como refere) deveriam realmente estar a ganhar mais. Isso é incontestável!

    Mas qual o caminho que podemos apontar para acabar com esse facto?

    A tendência é dizer: "Baixem-se os salários de quem ganha mais e subam-se estes salários baixos".
    Embora haja salários escandalosos, que obviamente não deveriam existir, na verdade o mérito tem de ser premiado, senão não vamos a lado nenhum.
    Para acabar com os salários baixos era necessário que a economia progredisse (se não há dinheiro não se pode distribuir) e que as políticas sociais também fossem nesse sentido.

    Muita coisa está mal neste país:

    1.º - As pessoas em geral são pouco instruídas e assim estão sem ferramentas para o trabalho.

    2.º - Na escola e na família não se ensina que "é a trabalhar que lá chegamos". São tudo facilitismos, coitadinhas das crianças...

    3.º - Grande parte das empresas privadas são mal geridas, por gente mal preparada, que só pensa em fugir aos impostos, mesmo que tenha bons lucros.

    4.º - Na função pública o alheamento é total: desde que o ordenado apareça no fim do mês, mesmo que nada se tenha feito, o pessoal ja está satisfeito. Alguns, menos escrupulosos ainda aceitam umas luvitas para isto ou para aquilo.

    5.º - Os velhos, que não podem reindivicar nada, ficam a viver de pensões de miséria. Mas nem todos, atenção... Há quem tenha várias reformas e pensões.

    6.º- Os que nada fazem, encontram sempre um subsíozito que os mantenha mais um ou dois meses... Coitados, trabalhar faz calos!

    7.º- A justiça, é uma tartaruga, que não só anda lentamente como se assusta quando esbarra no caminho com ricos e poderosos.

    8.º...
    Infelizmente, neste país parece que A LISTA nunca mais acaba!

    QUE FAZER?

    - Termos coragem para denunciar e mudar o que está mal:
    Votarmos em políticos decentes. Vigiarmos, termos opinião. E, já agora trabalharmos e empenhar-mo-nos cumprindo a parte que nos cabe.

    L. Bart
    •  
      FD
    • 5 maio 2010

     # 244

    Colocado por: kosttaexplique lá em que sentido isto está a ser feito

    O estado tem refreado novas reivindicações e retirado alguns benefícios existentes de forma a não gastar tanto dinheiro com recursos humanos.
    Já por aí se disse, acho eu, que o estado gasta mais de 40% do seu orçamento com ordenados. É uma fatia considerável que pode ser optimizada.

    Por outro lado, por exemplo, apareceu o Simplex que mais não fez que simplificar-nos a vida e, eliminar do processo burocrático uma série de passos que apenas serviam ao próprio estado.
    Ainda neste Orçamento do Estado, como já falámos aqui no fórum, eliminou-se uma série de cobranças de imposto que não justificavam o tempo despendido com as mesmas.
    Na justiça tentou-se agilizar alguns processos comuns (citações, etc.), eliminaram-se as férias judiciais (que entretanto já voltaram mas...).
    Na Saúde tentaram-se as parcerias público-privadas. Encerraram-se centros de saúde e de urgência inadequados.
    Na educação está-se a tentar a avaliação para que seja mais eficaz e para que também se gaste menos dinheiro.
    Nas farmácias, tentou-se a unidose, os genéricos.

    Isto é tornar o estado mais eficiente, é gastar menos dinheiro. Claro que há muitas medidas que se tentam e que se mostram piores ou pouco melhores que as existentes. Mas, se não se tentar, como é que se saberia se eram ou não eficazes?

    Por exemplo, olhei um dia destes para as reivindicações dos enfermeiros. Podem nas ver aqui: http://www.seram.pt/docs/File/destaque/26_04_2010/Carr_Enf_Comunicado_desenvolv_cont_prop_Sindical_Abril_10.pdf
    Questões salariais à parte, reparei que pretendem criar um núcleo de enfermeiros para enfermeiros: apenas os enfermeiros contratam, apenas os enfermeiros podem avaliar os seus pares, apenas os enfermeiros gerem.
    Lá terão as razões deles mas, olhando de fora, mais não parece que a criação de um feudo blindado.
    É a tal coisa, na teoria se calhar as intenções são ou querem parecer as melhores... mas na prática já se está a ver o que iria acontecer, não?

    Com isto quero dizer que é claro que há contestação quando mexem connosco. Claro que se perguntarem a um qualquer funcionário (seja do estado ou não) se recebe o que merece, ele dirá que não. Mas, será que é ele que deve dizer isso?
    E porque é que ele não recebe o que merece? Que dados tem para afirmar isso?

    Em tempos trabalhei numa micro empresa. Ganhava 90 contos por mês. Tinha acesso a quase toda a contabilidade, sabia que podia ser melhor pago.
    Um dia, o contabilista aumentou-me para 120 contos. Fiquei contente. Falei com o meu patrão e ele disse que tinha sido um engano e que não me podia pagar aquilo. Podia ficar com o dinheiro mas, no mês seguinte voltava aos 90 contos.
    Aquilo aborreceu-me porque, com 3 ou 4 empregados, a empresa facturava 30 mil contos mês, sendo que a taxa de lucro bruta média era entre 20 a 30%.
    Pensei e algum tempo passado, pedi a demissão. Dois dias depois tinha uma oferta, de quem não podia pagar 120 contos, para ficar por 160 contos.

    Eu sabia que valia mais. Eu sabia que a empresa dependia muito de mim e do meu trabalho. Eu sabia que podia ser melhor pago. E fiz o que devia: não estou satisfeito? Saio.

    Agora, digam-me: como é que um enfermeiro sabe se merece 100 ou 200? Como é que uma cozinheira de uma escola sabe se merece 100 ou 200?
    Como é que alguns destes profissionais dizem que são mal pagos? Como é que eles sabem?

    É simples: não sabem. Mas sabem que se pedirem e fizerem finca pé, as probabilidades de conseguirem o que querem, são elevadas. Basta aparecer nas notícias, fazer greve.

    Por isso é que eu defendo a privatização ou a abertura à iniciativa privada de muitos serviços, para se saber exactamente o que é que se pode pagar.

    Um exemplo: os notários. Antes eram só públicos, demoravam meses para marcar uma escritura. Eram conhecidos por serem carrancudos e mal educados, atendiam toda a gente com ar de frete.
    Tentem hoje entrar num notário público. Entretanto, alguém lançou um escritório privado e, tendo que dar lucro, soube que valores podia e não podia pagar aos empregados.
    A partir daí há uma comparação possível: é possível dizer que, se A ganha X no privado, o público deverá ganhar pelo menos isso também.

    Voltando aos enfermeiros. Eles têm uma alternativa, o privado. Se ganham mal no público porque é que não fazem como eu fiz? Porque é que não saem?
    Porque sabem, penso eu, que ficariam pior. Ou porque não há vagas no privado? Sinceramente, não sei. Mas fico com a dúvida.

    Tudo faz parte de uma negociação necessária - como na feira, regateia-se, trocam-se coisas impossíveis de concretizar por outras mais reais. E lá se vai conseguindo mais e mais dinheiro...
    Por isto mesmo, e como disse antes, não tenho especial simpatia por greves de funcionários públicos - porque isso mexe com o meu bolso e porque tenho a sensação que muitas das vezes pedem porque podem pedir e não porque o mereçam.
  3.  # 245

    Colocado por: Pedro Azevedo78Este fórum "cai" para a esquerda que é uma coisa...
    Li assim meio na diagonal, e uma frase ficou:
    Salários como os que eu referi, e outras misérias que já aqui foram referidas são uma ofensa á dignidade....querem produtividade e lucros paguem para isso caramba.
    Será que não percebem que as coisas funcionam ao contrário??!! Para pagar bons ordenas é preciso PRIMEIRO a empresa ser produtiva e lucrativa. Os salários bons terão de ser uma consequência do bom desempenho da mesma. Se não o dinheiro vem de onde?

    Claro que os salários são baixos em Portugal. Claro que sim.
    Mas como alterar isso? Simplesmente começando a pagar mais? Como? De onde "nasce" o capital nas empresas para isso?


    Isto pode ser verdade nalguns casos, mas não generalize. Na zona do país de onde sou natural as empresas (micro e pequenas) são muitíssimo lucrativas e os empregados nunca passaram dos salários mínimos. Para onde foi o dinheiro? Para o bolso dos patrões, obviamente. Preocupações sociais? Só se for na mentalidade que nesta discussão já vi que ter emprego já é uma grande sorte, seja em que condições for. Bico calado e respeitinho, como em outros (?) tempos...
  4.  # 246

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: maria carolinaDe qualquer forma esse argumento não é justificação válida para o não cumprimento das obrigações de cada contribuinte.


    Aqui, balanço um bocado. Por um lado, o primado da lei, por outro o verdadeiro assalto e a asfixia.


    Quer dizer quando pode enganar o estado, (ou seja todos nós) engana, porque se acha no direito de se sentir asfixiado, os outros cumpridores que se lixem.
  5.  # 247

    E hoje que não me falem da enorme eficiência dos privados em relação às empresas estatais, que estou irritadíssima com o meu banco! Um funcionário algures lá dentro faz uma asneira e o cliente é que paga: o programa de computador calcula ao segundo o tempo que o cliente está em negativo, claro, mas para enviar as informações necessárias para resolver a situação, de repente os computadores desaparecem da paisagem e só pelo correio...

    Poderá dizer-se que a eficiência afinal é grande a bem do tal self-interest deles. Mas o facto é que o tal funcionário que faz asneira nem é responsabilizado, nem tem provavelmente capacidade para recuperar o seu erro. Exactamente como na tal administração pública ineficientíssima. E também não é por falta de concorrência! É evidente que posso mudar de banco, mas alguém é capaz de me indicar um que dê a garantia de que as coisas não se passam assim?
  6.  # 248

    Colocado por: FD
    Voltando aos enfermeiros. Eles têm uma alternativa, o privado. Se ganham mal no público porque é que não fazem como eu fiz? Porque é que não saem?
    Porque sabem, penso eu, que ficariam pior. Ou porque não há vagas no privado? Sinceramente, não sei. Mas fico com a dúvida.


    Não me parece linear que os enfermeiros (e médicos) decidam ficar no público ou no privado exclusivamente por uma questão de dinheiro. Assim como também não estou nada certa de que as parcerias publico-privadas dos hospitais vão no sentido da eficiência (percebo muito pouco destas coisas, mas se entendi bem o que por aí leio, as PP são uma das razões porque a nossa dívida pública é relativamente baixa e a dívida privada é muito elevada; por outras palavras, contabilidade criativa).

    Tanto quanto sei, os hospitais, e em particular os hospitais universitários, são os sítios onde todo o profissional de saúde empenhado, que gosta mesmo daquilo que faz, quer aprender e fazer o melhor possível o seu trabalho gostaria de trabalhar. E eu, como doente, não tenho qualquer dúvida que é aonde me dirijo quando procuro a maior competência.

    Há muitas coisas em que o Estado representa a excelência. Fora a Universidade Católica, diga-me quantas universidades competem com as públicas? O que é que vale, no mercado de trabalho, um canudo de uns e de outros?

    EDITADO: reconheço que nem sempre sei se os hospitais são públicos e priados porque é uma enorme confusão, nomeadamente quando se metem as Misericórdias ao barulho (vide o Alcoitão, que levei anos a perceber que era da Misericórdia).
  7.  # 249

    Colocado por: maria carolinaÉ curioso que os ordenados neste país são uma miséria,mas só alguns... Porque, os ordenados dos gestores das empresas públicas estão bem ao nível dos restantes na Europa... mas enfim... sou eu, uma reles e medíocre "plebeia" com tendências de esquerda.SOU SIM!!! Mas apartidária, porque para mim a classe política é toda a mesma M****.


    Só para esclarecer: quais são as empresas públicas de que fala ?
    • LuB
    • 5 maio 2010 editado

     # 250

    Há muitas coisas em que o Estado representa a excelência. Fora a Universidade Católica, diga-me quantas universidades competem com as públicas? O que é que vale, no mercado de trabalho, um canudo de uns e de outros

    Sim, existem serviços públicos que funcionam melhor que os seus congéneres privados. O ensino superior é um dos exemplos, e não será o único.
    Isto mostra que a "ineficiência" do trabalho não é um problema que possa ser abordado numa óptica de sector privado/versus público. É um problema nacional de falta de competência e laxismo que invadiu tudo ou quase tudo.

    Não é por acaso que os "Deolinda" são, neste momento, os melhores candidatos à nova versão do hino nacional...
    •  
      FD
    • 5 maio 2010

     # 251

    Colocado por: lobitoNão me parece linear que os enfermeiros (e médicos) decidam ficar no público ou no privado exclusivamente por uma questão de dinheiro.

    Um cirurgião vascular disse-me isso directamente por outras palavras... que ainda só estava no público por causa da reforma.

    Aliás, os profissionais de saúde até são pródigos é em fazer as duas coisas ao mesmo tempo: público e privado.

    Colocado por: lobitoHá muitas coisas em que o Estado representa a excelência. Fora a Universidade Católica, diga-me quantas universidades competem com as públicas? O que é que vale, no mercado de trabalho, um canudo de uns e de outros?

    No caso das universidades acho que há concorrência desleal por parte do estado... paga muito bem. Há uns anos fui receber umas verbas à Tesouraria do IST e até fiquei parvo com o que os assistentes ganhavam...
    Por outro lado: há quantos anos está o Instituto Superior Técnico em falência técnica?
    Assim, como o caso da RTP/RDP, SIC/TVI e demais rádios/televisões...

    Qualquer gestor privado que tivesse fundos ilimitados acho que também conseguiria a excelência. :)

    Mas tudo isto é muito variável, depende muito de muitas coisas pelo que é difícil estabelecer padrões ou regras.
  8.  # 252

    FD, quanto é um assistente ganha?
  9.  # 253

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: maria carolinaÉ curioso que os ordenados neste país são uma miséria,mas só alguns... Porque, os ordenados dos gestores das empresas públicas estão bem ao nível dos restantes na Europa... mas enfim... sou eu, uma reles e medíocre "plebeia" com tendências de esquerda.SOU SIM!!! Mas apartidária, porque para mim a classe política é toda a mesma M****.


    Só para esclarecer: quais são as empresas públicas de que fala ?


    Porquê Luis, trabalha em alguma e acha que ganha mal é?
    •  
      FD
    • 5 maio 2010

     # 254

    Colocado por: becasFD, quanto é um assistente ganha?

    Naquele tempo, há uns 6 ou 7 anos, estavam lá a receber uma média de 2.000~2.500€... já foi há algum tempo e não me recordo com exactidão mas sei que fiquei surpreendido.
    Claro que foi há 6 ou 7 anos e a minha ignorância na altura era maior que a de hoje. :)

    Entretanto fui ver, e pode ganhar no primeiro escalão de 2.291,56€ a 1.527,71€ base conforme tenha ou não exclusividade.
    Pelo que percebi do ECDU, são obrigados a dar entre 6 a 9 horas semanais lectivas (de aulas).
  10.  # 255

    Colocado por: FD
    Mas tudo isto é muito variável, depende muito de muitas coisas pelo que é difícil estabelecer padrões ou regras.


    Exactamente. É tão absurdo dizer que, por definição a gestão privada é melhor que a gestão estatal como o contrário. E mais ainda, que o serviço prestado por uma gestão privada é melhor do que o serviço prestado por uma gestão estatal. Ou até que o monopólio dá, por definição, pior resultado do que a concorrência. Há de tudo, por isso é que me dá vontade de rir ler artigos de fé num sentido ou noutro.

    Está a dizer que um assistente de uma universidade pública ganha melhor do que um assistente numa universidade privada?

    (Quanto aos profissionais de saúde, também há de tudo. E como muita outra gente, há cada vez mais descontentes com a maneira como os recursos humanos são geridos. Eu acho que isso tem muito a ver com o pêndulo se ter deslocado nos últimos anos para o lado do capital em detrimento do trabalho, mas isso é só uma teoria minha...)
    • LuB
    • 5 maio 2010 editado

     # 256

    FD:
    No caso das universidades acho que há concorrência desleal por parte do estado... paga muito bem. Há uns anos fui receber umas verbas à Tesouraria do IST e até fiquei parvo com o que os assistentes ganhavam...
    Por outro lado: há quantos anos está o Instituto Superior Técnico em falência técnica?

    O ensino superior público, depende realmente das verbas do estado e paga salários decentes ou mesmo bons a quem lá trabalha. Mas dado que é eficiente, até valerá o preço que nos custa. Além disso assume o ensino em áreas críticas, por vezes muito dispendiosas, (medicina, engenharia, agronomia, e tantos outros) fornecendo os técnicos de que o país necessita, isentando de propinas muitos cidadãos que de outra forma nunca teriam acesso ao ensino superior.
    É um daqueles serviços que se compreende que dependa dos bens públicos. Não devemos "chorar" o dinheiro que é dado a bons professores destas escolas superiores.
    Quanto ao ensino superior privado, até pode ser rentável, mas a ideia que eu tenho é que estão na maioria dos casos a dar cursos "fáceis" tipo independente, ou cursos de "letras" que custam muito menos, porque apenas dão aulas teóricas e contratam professores mais baratos.
    Daqui saem uns licenciados todos ufanos porque já têm um diploma de curso superior e, só depois se dão conta de que o mesmo foi tirado numa área que não têm nada a ver com as necessidades do mercado...
    Alunos com diplomas de certas universidades privadas, ninguem os contrata, nem cá dentro nem lá fora. Uma realidade triste, porque gastaram o dinheiro dos pais, e investem o seu tempo para adquirir uma mão cheia de nada.
  11.  # 257

    LuB

    o que no fundo eu atrás quis dizer é que, embora sejam empresas privadas ( mas lá está com as tais promiscuidades), se não há dinheiro, então tambem não há dinheiro para pagar a uns, tanto e a outros "seguir" a média nacional ( ordenado minimo). é esta disparidade que no fundo me leva a pensar que o tal mercado livre tal como está em Portugal não está a funcionar muito bem. Ou seja por um lado é : deixem os privados fazer a sua gestão e até pagar altos ordenados aos seus gestores e ter altos lucros e por outro no que se refere aos encargos com os seus empregados, deixa cá alinhar pela fasquia minima.
  12.  # 258

    Colocado por: LuB
    Alunos com diplomas de certas universidades privadas, ninguem os contrata, nem cá dentro nem lá fora. Uma realidade triste, porque gastaram o dinheiro dos pais, e investemo seu tempo para adquirirem uma mão cheia de nada.


    Aqui há uns 15 anos tive a prova provada disso ao fazer parte de um júri de um concurso para uma organização internacional, que tinha uma parte curricular e provas. A quantidade de gente que apareceu com diplomas do Instituto Superior Daqui e Dacolá, cuja experiência profissional se resumia a ser recepcionista, vendedora, etc, era confrangedor. Dos que tinham a experiência profissional exigida para ir a concurso, que me lembro não houve ninguém dos muitos com diploma de Relações Internacionais (outro curso favorito das universidades privadas) que passasse as provas. Fez-me mesmo muita impressão imaginar o que aqueles pais se sangraram para dar aos filhos um papel com tão pouca utilidade (há muita coisa que se pode ler numa candidatura e num CV...)
  13.  # 259

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: maria carolinaÉ curioso que os ordenados neste país são uma miséria,mas só alguns... Porque, os ordenados dos gestores das empresas públicas estão bem ao nível dos restantes na Europa... mas enfim... sou eu, uma reles e medíocre "plebeia" com tendências de esquerda.SOU SIM!!! Mas apartidária, porque para mim a classe política é toda a mesma M****.


    Só para esclarecer: quais são as empresas públicas de que fala ?


    Colocado por: maria carolinaPorquê Luis, trabalha em alguma e acha que ganha mal é?


    A Maria Carolina referiu-se a empresas públicas e seus gestores, e eu perguntei-lhe a quais se referia, apenas isso .
    • LuB
    • 5 maio 2010 editado

     # 260

    Não sei se já repararam que, regra geral, quem é bom a investir na sua formação e no seu trabalho tem melhores oportunidades de vencer e, "sempre se safa".
    Na minha família temos como lema investir na preparação dos mais novos, explicando aos garotos que na vida e, particularmente no mercado de trabalho, "ninguem dá nada a ninguém".
    Resultado: Nunca foi necessário meter uma cunha, para aparecerem boas oportunidades. As empresas só não os vêm buscar a casa...

    L. B
 
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