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1. • j cardoso
   • 5 maio 2010

    # 281

   Boas
   
   

   Quem é que está por detrás disso?

   
   
   Resposta oficial e politicamente correcta: Universidade Fernando Pessoa.
   O que eu acho (não posso dizer que sei): a Universidade Fernando Pessoa um grupo de ... f ... da p... (peço desculpa pela expressão, mas hoje é um daqueles dias em que prefiro sacrificar a forma ao conteúdo) com interesses obscuros. Na esperança que me chamem a clarificar esta afirmação: provavelmente (este provavelmente tem apenas funções de prevenção em relação a possíveis futuros actos jurídicos) alguém que, mercê de uma extraordinária evolução que poria Darwin aos saltos, é desprovido de coluna vertebral o que lhe permitiu uma carreira lucrativa fosse no exército, no futebol e na política.
   
   cumps
   José Cardoso
2. • lobito
   • 5 maio 2010

    # 282

   No futebol e na política há muitos. Já juntando a isso o exército...
3. • j cardoso
   • 5 maio 2010

    # 283

   Boas
   
   

   No futebol e na política há muitos. Já juntando a isso o exército...

   
   Fica só o lateiro das batatas. Muitos houve, mas só um é conhecido.
   
   cumps
   José Cardoso
4. • luisvv
   • 5 maio 2010

    # 284

   A Católica é uma excepção, devidamente reconhecida, por todos.
   mas atenção: Lá os professores são bem pagos. Lá pagam-se propinas. Aquilo tem de ser rentável e, por isso, é só para quem pode. A grande virtude da católica é que o dinheiro dos papás é ali bem empregue... o que não acontece com tantas outras. Contudo o custo duma licenciatura na católoca não é o mesmo que o custo dum curso no IST, ou no ISEG, por exemplo. Então, se o aluno for carenciado, só o estado lhe pode acudir, pois seremos nós que iremos pagar os estudos através dos nossos impostos.

   
   
   Cara Lub: eu não me referi ao preço pago pelo aluno mas sim ao custo desse aluno para a universidade. Isso é que importa comparar.
5. • luisvv
   • 5 maio 2010

    # 285

   Só por curiosidade, por que será que a Católica não tem o Curso de Medicina?

   
   Porque a Ordem dos Médicos não deixa.
   
   

   Por que será que a nova indústria do sector privado é a Saúde, com lucros fabulosos e sem qualquer custo para eles na formação?

   
   O MRui tem formação superior? Quem a pagou, se não for indiscrição ?
   
   

   Por que será que as urgências do Hospital da Luz estão ao nível (ou mesmo abaixo) dos hospitais públicos? Por que será que o Grupo ES Saúde fez um acordo de serviços com a ADSE?

   
   
   Boa pergunta. Será para vender os seus serviços a uma fatia considerável de utentes, como alguns outros milhares de médicos e/ou clínicas privadas ?
6. • becas
   • 5 maio 2010 ^editado

    # 286

   Colocado por: FD

   Colocado por: becasFD, quanto é um assistente ganha?

   
   Naquele tempo, há uns 6 ou 7 anos, estavam lá a receber uma média de 2.000~2.500€... já foi há algum tempo e não me recordo com exactidão mas sei que fiquei surpreendido.
   Claro que foi há 6 ou 7 anos e a minha ignorância na altura era maior que a de hoje. :)
   
   Entretanto fui ver, e pode ganhar no primeiro escalão de 2.291,56€ a 1.527,71€ base conforme tenha ou não exclusividade.
   Pelo que percebi do ECDU, são obrigados a dar entre 6 a 9 horas semanais lectivas (de aulas).

   
   
   
   A minha pergunta foi uma provocação...desculpe...porque eu sou professora do ensino superior e sei quanto é que um assistente ganha... É dentro dos valores que diz (com exclusividade e em regime de tempo integral), mas os escalões têm sido consecutivamente congelados. Ganham bem, concordo, como eu ganho bem, que já estou no quadro. Mas relativamente ao ensino superior existem 2 subsistemas: o universitário e o politécnico. E se o universitário, por tradição e por proteccionismo dos ministros, se habituou a viver "às largas", o politécnico teve sempre os tostões contados. O que se passa no Técnico em termos orçamentais seria impensável num Politécnico porque a tutela seria a primeira a intervir.
   Um assistente na instituição onde trabalho só muito excepcionalmente terá menos de 12 horas/semana, mais tudo o resto (investigação, cargos administrativo, tarefas delegadas pelas direcções), e essa é a regra pelo menos nos politécnicos. E até agora (a revisão do estatuto da carreira docente do ensino superior está agora a ser ultimado) o assistente (nos politécnicos), depois de 6 anos na carreira, passava a contratos bianuais sem qq garantia de continuidade e sem direito a subsídio de desemprego. Muitos foram dispensados assim, não porque não tivessem qualidade, mas porque as entradas no ensino superior diminuiram e foi preciso fazer cortes. O Ministério financia "à peça"...
   E se eu pareci, como já me chamaram, "virgem ofendida" quando se declarou que os dirigentes da função pública são todos uns incompetentes, é porque sou íntima de um que conseguiu poupar muito dinheiro para cumprir as metas orçamentais com uma gestão rigorosíssima do dinheiro público. Sabe o que aconteceu? as instituições que não quiseram saber e gastaram mais do que tinham tiveram um reforço de verba; a nossa ficou sem esse dinheiro (que obviamente seria bem empregue) porque não precisava...pune-se o cumpridor...
   Uma última nota: já que se falou de Relações Internacionais...a minha enteada fez esse curso na católica (nunca pagou propinas porque ganhou sempre a bolsa de mérito). Concorreu para um organismo público com milhares de outros candidatos de variados cursos, recém-licenciada, sem qq cunha. Foi ela que ficou e é o 2º ano que ganha os prémios de desempenho que agora existem na função pública. O mérito sobrepôs-se a tudo o resto... mas é ela mesma que diz que trabalham lá imensos familiares, gente que entrou meramente por conhecimentos. Há de tudo...não generalizemos...
7. • lobito
   • 5 maio 2010

    # 287

   Exactamente, não generalizemos. É fácil, mas muito pouco exacto.
8. •  
     FD
   • 5 maio 2010

    # 288

   Colocado por: becasE se eu pareci, como já me chamaram, "virgem ofendida" quando se declarou que os dirigentes da função pública são todos uns incompetentes, é porque sou íntima de um que conseguiu poupar muito dinheiro para cumprir as metas orçamentais com uma gestão rigorosíssima do dinheiro público. Sabe o que aconteceu? as instituições que não quiseram saber e gastaram mais do que tinham tiveram um reforço de verba; a nossa ficou sem esse dinheiro (que obviamente seria bem empregue) porque não precisava...pune-se o infractor...

   
   Por acaso já tinha lido sobre isto... é a mesma história do funcionário que chega a horas e que faz o trabalho todo que lhe compete - deixa os colegas mal na foto e é pressionado (para ser meigo) pelos seus pares para não alterar o status quo.
   E, em última instância, é o que se passa também com a subsídio-dependência: quanto mais desgraçadinhos parecermos mais recebemos... daí que podemos estar desempregados ou podemos ter lucro mas, as coisas nunca estão bem. Quem não chora, não mama.
   
   Já agora, acho que se trocou, pune-se o cumpridor. ;)
9. • becas
   • 5 maio 2010

    # 289

   Pois é, já corrigi :-))))
10. • luisvv
    • 5 maio 2010

     # 290

    Enfim é um curso muito exigente em recursos humanos e materiais, daí não haver oferta pública que chegue e privada só agora se começa a implantar.

    
    
    O problema não é tanto esse - a procura existe, tanto que há quem vá para Espanha, Rep.Checa, etc. O problema é que durante décadas o Estado exerceu o chamado veto de gaveta.
11. •  
      maria carolina
    • 5 maio 2010

     # 291

    é a mesma história do funcionário que chega a horas e que faz o trabalho todo que lhe compete - deixa os colegas mal na foto e é pressionado (para ser meigo) pelos seus pares para não alterar o status quo.

    
    
    Conheço muito bem esse "filme" :D e olhem que não é fácil. Porque ter mau ambiente com os colegas é péssimo. Mas se me permitem, esse tipo de comportamentos (no caso que conheço) era mais visível quando havia uma predominância de funcionários da "velha guarda". Agora, com as caras novas já não é tanto assim.
12. • LuB
    • 5 maio 2010 ^editado

     # 292

    
    Enfim é um curso muito exigente em recursos humanos e materiais, daí não haver oferta pública que chegue e privada só agora se começa a implantar.
    
    
    O problema não é tanto esse - a procura existe, tanto que há quem vá para Espanha, Rep.Checa, etc. O problema é que durante décadas o Estado exerceu o chamado veto de gaveta.

    
    
    Referia-me à "oferta pública de cursos" para os alunos que querem seguir medicina. Por isso, tantos vão tirar o curso a Espanha ou aos países de Leste.
    LB
13. •  
      MRui
    • 5 maio 2010

     # 293

    Colocado por: luisvvPorque a Ordem dos Médicos não deixa.

    
    Então é a OM que manda? O Governo está lá só para apanhar ar.
    
    

    Colocado por: luisvvO MRui tem formação superior? Quem a pagou, se não for indiscrição ?

    
    Quem pagou foi o povo. Por acaso andei a estudar para médico, mas tive de desistir na 4ª classe (tirada à noite) e fiquei por aí.
    
    

    Colocado por: luisvvSerá para vender os seus serviços a uma fatia considerável de utentes, como alguns outros milhares de médicos e/ou clínicas privadas ?

    
    Aqui na barraca há de tudo: crentes na qualidade da saúde privada, crentes em nada – mas pelo sim, pelo não – possuidores de seguro de saúde, e eu, qual teimoso, fundamentalista do SNS até à exaustão. Até agora tenho-me dado bem, com um Médico de Família excelente, cirurgias 5 estrelas no público, etc. Quando alguma coisa não me agrada e acho que tenho razão, costumo pronunciar a frase mágica: óh fazfavou... o livrinho de reclamações.
    Ainda aqui na barraca, azucrino a cabeça aos que não pensam como eu quando vamos às urgências do Hospital da Luz e nos enxotam de lá com a ameaça de 4 ou 5 horas de espera. Se eu pagasse um balúrdio por um seguro de saúde alguma vez admitia estar 4 ou 5 horas à espera nas urgências de num privado?!
14. •  
      FD
    • 5 maio 2010

     # 294

    Colocado por: MRuiAinda aqui na barraca, azucrino a cabeça aos que não pensam como eu quando vamos às urgências do Hospital da Luz e nos enxotam de lá com a ameaça de 4 ou 5 horas de espera. Se eu pagasse um balúrdio por um seguro de saúde alguma vez admitia estar 4 ou 5 horas à espera nas urgências de num privado?!

    
    Por acaso é coisa que nos últimos tempos tenho dito demasiadas vezes... a saúde privada começa a parecer-se muito com a pública, ou pelo menos com o que me lembro dela.
    Mas nós é mais com o Hospital das Descobertas - ao início justificava. Agora...
15. • LuB
    • 5 maio 2010 ^editado

     # 295

    Por acaso já tinha lido sobre isto... é a mesma história do funcionário que chega a horas e que faz o trabalho todo que lhe compete - deixa os colegas mal na foto e é pressionado (para ser meigo) pelos seus pares para não alterar o status quo.

    
    Acreditem se quizerem, mas isso já me aconteceu.
    Estava na altura,destacada num serviço do ME onde se fazia pouco, a meu ver. Ofereci-me para desempenhar certas tarefas, apoiando directamente alguns alunos que estavam aflitos, mas cujo atendimento não era bem visto pelo grupo, que não desejava ter de arcar com mais aquelas funções. Acabei por fazer esse trabalho, com todo o brio, deslocando-me ás escolas para contactar os alunos, fazendo horas extraordinárias não pagas.
    Resultado: O grupo ficou aborrecido, podiam-lhes exigir o mesmo no futuro, não era conveniente alargar o leque de funções atribuídas.
    Fiquei persona non grata e no fim do ano, procuraram substituir-me e eu sabendo disso também lhes fiz a vontade e afastei-me, embora com prejuízo pessoal e muita mágoa, pela injustiça...
    Hoje resta-me a consolação de ter tentado meter uma pedra pequenina na engrenagem...
    L. B.
16. •  
      MRui
    • 5 maio 2010

     # 296

    Colocado por: FDPor acaso é coisa que nos últimos tempos tenho dito demasiadas vezes... a saúde privada começa a parecer-se muito com a pública, ou pelo menos com o que me lembro dela.

    
    Não duvide. Como gosto muito de filmes, já há muito que percebi o script do Saúde em Portugal. Primeiro coze-se em lume brando o SNS, enquanto o privado lai levantando alicerces e o povo baixando o cabelo. Depois, arrasa-se de vez o SNS e só resta o privado para quem tenha ainda uns tostões. The End.
    Quando depois virem que o serviço do privado é igual ou pior do que antes havia no público, já será demasiado tarde. Vão pagar e não bufam, porque sabem ter contribuído para isso com o seu voto, com a sua passividade, com o seu deixa andar.
17. • lobito
    • 5 maio 2010

     # 297

    A minha ideia é que a saúde privada é boa para quem a tem... saúde, quero eu dizer. Consultas de rotina, coisinhas leves... Agora, quando a porca torce verdadeiramente o rabo, onde é que os doentes vão parar? Onde é que estão as capacidades, os meios, as competências?
    
    Ainda ontem li uma notícia qualquer sobre "urgências" privadas". Só 8 das 27 eram mais do que consultas com horário alargado.
18. • luisvv
    • 5 maio 2010

     # 298

    Colocado por: becasPor acaso já tinha lido sobre isto... é a mesma história do funcionário que chega a horas e que faz o trabalho todo que lhe compete - deixa os colegas mal na foto e é pressionado (para ser meigo) pelos seus pares para não alterar o status quo.

    
    
    Uma história: o meu sogro teve responsabilidades de chefia num serviço público. Saía a horas, mas entrava às 7h da manhã por sua iniciativa, para ter mais 2 horas de tempo útil de trabalho. Não vou aqui invocar competência, porque não a posso avaliar - sei apenas o que ele me conta. E o que ele me conta é que ganhava o mesmo que o colega do lado, que chegava ao serviço à hora que calhava e saía quando apetecia. E conta mais: dava tanto trabalho e chatice dar más notas nas avaliações dos funcionários do seu serviço, que desistiu de as dar. E que era visto como "o chato do chefe" que queria que os funcionários cumprissem o horário, e que nesse horário até trabalhassem. E conta muito, muito mais.
    
    
    

    E, em última instância, é o que se passa também com a subsídio-dependência: quanto mais desgraçadinhos parecermos mais recebemos... daí que podemos estar desempregados ou podemos ter lucro mas, as coisas nunca estão bem. Quem não chora, não mama.

    
    
    Se perguntar a alguém se recebe o que merece, todos lhe dirão que não. Se perguntar a alguém sobre o ordenado do colega, já encontrará quem diga que ganha muito para o que faz.
    Por outro lado, hei-de ter tempo para dar uma volta aqui no fórum e confirmar a sensação que tenho de que muitos dos que se queixam de que se paga mal em Portugal são capazes de simultaneamente reclamar do valor de um orçamento de obras,p.ex, por acharem o valor "exagerado" ou até "um roubo" como já tenho visto
19. • lobito
    • 5 maio 2010

     # 299

    Beeeem...
    
    http://eurowatch.blogspot.com/2010/05/spains-unemployment-problem.html
    
    Viva a internet!
20. • luisvv
    • 5 maio 2010

     # 300

    Colocado por: MRui Então é a OM que manda? O Governo está lá só para apanhar ar.

    
    Tem memória curta, ou é muito novo, o MRui. Não se lembra do que foi o carrocel de ministros da saúde, pois não?
    
    

    Quem pagou foi o povo. Por acaso andei a estudar para médico, mas tive de desistir na 4ª classe (tirada à noite) e fiquei por aí.

    
    E veja lá, deixaram-no tirar partido da formação que lhe deram, ahn? A sua entidade patronal pagou alguma coisa ao Estado para compensar a formação que você teve, ou essa sua teoria só se aplica a algumas profissões ?
    
    

    Aqui na barraca há de tudo: crentes na qualidade da saúde privada, crentes em nada – mas pelo sim, pelo não – possuidores de seguro de saúde, e eu, qual teimoso, fundamentalista do SNS até à exaustão. Até agora tenho-me dado bem, com um Médico de Família excelente, cirurgias 5 estrelas no público, etc. Quando alguma coisa não me agrada e acho que tenho razão, costumo pronunciar a frase mágica: óh fazfavou... o livrinho de reclamações.
    Ainda aqui na barraca, azucrino a cabeça aos que não pensam como eu quando vamos às urgências do Hospital da Luz e nos enxotam de lá com a ameaça de 4 ou 5 horas de espera. Se eu pagasse um balúrdio por um seguro de saúde alguma vez admitia estar 4 ou 5 horas à espera nas urgências de num privado?!

    
    
    Desculpe, mas acha que os cuidados de saúde prestados pelo Estado são baratos?