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  1.  # 1

    Colocado por: SkinkxEsse é o vidro base que eles metem em orçamento, a MC Murta tem um procedimento similar, se não estou em erro. É o que acontece em todas as caixilharias de alumínio, para ganharem obras muitas vezes até metem é vidros 4/-/4 e siga para bingo.

    A Maciça, a pedido (tal como a MC Murta), fornece qualquer tipo de vidro, obviamente.


    O que é que se poderá dizer sobre o profissionalismo de toda e qualquer empresa que faça isso?

    Seja madeira, alumínio, pvc ou uma mistura destes materiais. Se não levar um vidro baixo emissivo vai dar bronca. Isto é brincar com os clientes.

    Se o cliente não perceber de caixilharias leva com o barrete, pois se só colocam vidros em condições sob pedido, é o mesmo que dizer que não vai dar bom resultado.

    Colocado por: SkinkxPor acaso o perfil da Maciça não é muito adequado para albergar vidros de elevadas espessuras, pois acho que só recebe vidros até cerca de 32 ou 34 mm de espessura total. E pelo que tenho visto, este é um problema comum a quase todos os fabricantes de caixilhos em madeira, a pouca amplitude em termos de espessura máxima dos vidros.

    Quanto à opção por vidro baixo emissivo, totalmente de acordo, é meter uma capa planitherm num desses 2 vidros e fica muito mais bem servido, seja que caixilharia for.


    Com 32 ou 34mm já se metem vidros "engraçados" até porque a térmica não depende das espessuras. Até um vidro 4 + 16 + 4 consegue uma boa prestação térmica, estaria na mesma mal aconselhado, mas por outros motivos que não a térmica.

    Colocado por: SkinkxNota pessoal: "casa em cima do mar" cheira-me a casa orientada a Poente, com especial usufruto na época alta. Eu pensava seriamente, mesmo que leve estores ou portadas exteriores, em meter vidro de controlo solar nesse quadrante Poente. Acho que o preço entre baixo emissivo e controlo solar deve ser desprezável, mas não posso confirmar isto.


    100% de acordo, bem como para Sul, caso pretenda ter os estores/portadas abertos à vontade.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
  2.  # 2

    Obrigado pelos comentários e sugestões!

    A casa é no Algarve e voltada a Sul / Nascente - a maioria das janelas tem bastante exposição solar.

    O bloco voltado a nascente tem vãos maiores e acaba por estar menos exposto ao sol no Inverno (está numa zona mais sombria) pelo que vai necessariamente haver climatização neste modulo, devo optar por controlo solar (panitherm na face interior do vidro exterior) e baixo emissivo nos demais, é isso / concordam?

    Com as tempestades de inverno / sueste, todas as fachadas / janelas voltadas a nascente são fustigadas pela chuva / agua do mar / salitre, por outro lado o sol é "agressivo" no verão => o revestimento exterior a "Esmalte Branco Becker Acroma" será suficiente? De quanto em quanto tempo é que será necessário manter / repintar? Com tanto salitre não é recomendável um revestimento exterior a alumínio, certo?!

    Recomendam alguma alternativa a este fornecedor?

    Obrigado de antemão.
  3.  # 3

    Colocado por: fmratoO bloco voltado a nascente tem vãos maiores e acaba por estar menos exposto ao sol no Inverno (está numa zona mais sombria) pelo que vai necessariamente haver climatização neste modulo, devo optar por controlo solar (panitherm na face interior do vidro exterior) e baixo emissivo nos demais, é isso / concordam?


    Se é pouco exposto ao sol deverá ser apenas baixo emissivo (planitherm ou similar).

    Se for exposto ao sol deve ser baixo emissivo com controle solar (planistar ou similar).

    Colocado por: fmratoCom as tempestades de inverno / sueste, todas as fachadas / janelas voltadas a nascente são fustigadas pela chuva / agua do mar / salitre, por outro lado o sol é "agressivo" no verão => o revestimento exterior a "Esmalte Branco Becker Acroma" será suficiente? De quanto em quanto tempo é que será necessário manter / repintar? Com tanto salitre não é recomendável um revestimento exterior a alumínio, certo?!


    Quanto à pintura das paredes não sei.
    A nível de alumínio recomendo-lhe anodizado a 25 microns, e limpar todos os meses com pano húmido. O salitre depositado no alumínio vai reduzir a sua vida útil, mesmo sendo o alumínio um material resistente e que não oxida, mas terá sempre de ser limpo. Isto é recomendado em todas as habitações a 2 kms da costa, muito mais nesse caso.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
  4.  # 4

    o revestimento exterior a "Esmalte Branco Becker Acroma" será suficiente? => referia-me ao revestimento exterior dos vãos / do perfil de madeira das janelas.
    • pds
    • 24 novembro 2016

     # 5

    Tenho estado a assistir a esta discussão com muito interesse e já descobri muita coisa que não fazia ideia que existia. Já percebi que vidros baixo emissivos e com tecnologia de controlo solar é algo muito importante para manter o conforto térmico de uma casa. Existe uma grande diferença de preços entre vidros com e sem estas tecnologias?

    Por exemplo, para uma janela/porta de correr com as dimensões de 2m x 2.1m (dois paineis de 1m x 2.1m), qual seria a diferença de preço expectável entre usar vidros com e sem estas tecnologias?
  5.  # 6

    Colocado por: pdscom tecnologia de controlo solar

    Corrijam-me se estiver enganado, mas isto só é importante se o sol incidir diretamente nos vidros no verão, certo?
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 24 novembro 2016

     # 7

    Colocado por: two-roksendo o alumínio um material resistente e que não oxida

    Na realidade, o alumínio oxida. E é precisamente o óxido de alumínio que se forma à superfície que o protege da corrosão...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
  6.  # 8

    Colocado por: mhpinto
    Corrijam-me se estiver enganado, mas isto só é importante se o sol incidirdiretamentenos vidros no verão, certo?
    Concordam com este comentário:eu


    Não, mesmo com palas e com estores há sempre radiação difusa ou momentos em que os estores estão abertos... em edifícios com elevada proporção de vidro, para mim é imperativo o recurso a vidro de controlo solar. Mesmo quando tenham protecções solares exteriores ou palas...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
  7.  # 9

    Colocado por: SkinkxNão, mesmo com palas e com estores há sempre radiação difusa ou momentos em que os estores estão abertos... em edifícios com elevada proporção de vidro, para mim é imperativo o recurso a vidro de controlo solar. Mesmo quando tenham protecções solares exteriores ou palas...

    Ok, mas colocando vidro de controlo solar, no inverno desaproveita-se parte do calor que se poderia obter por via solar, certo?
    Pesando as duas coisas, creio que prefiro suportar essa radiação difusa no verão (terei palas) a ter de gastar em aquecimento para compensar aquilo que perco no inverno.
    Se estiver a pensar mal, agradeço esclarecimento.
    Concordam com este comentário: sousa tavares
  8.  # 10

    Colocado por: Bricoleiro

    Casa dos meus pais, 40 anos alumínio = como novo, nunca teve manutenção.
    Minha casa, pvc Shuco = 10 anos garantia do instalador.
    Concordam com este comentário:two-rok


    Casa com 16 anos, janela aluminio/madeira, maior erro.
    Daqui a uns anos vou substituir e por tudo em aluminio, nada de misturas de materiais.

    Existem empresas que passam certificado garantia digamos 15-25anos em janelas de aluminio em zonas muito longe da costa?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
    • pds
    • 25 novembro 2016

     # 11

    Relativamente ao preço dos vidros, alguém consegue dizer a diferença entre vidros com e sem os diferentes tipos de tratamentos? Estamos a falar de vidros que custam o dobro do preço? 50% mais? 25% mais?
  9.  # 12

    Colocado por: mhpinto
    Ok, mas colocando vidro de controlo solar, no inverno desaproveita-se parte do calor que se poderia obter por via solar, certo?
    Pesando as duas coisas, creio que prefiro suportar essa radiação difusa no verão (terei palas) a ter de gastar em aquecimento para compensar aquilo que perco no inverno.
    Se estiver a pensar mal, agradeço esclarecimento.
    Concordam com este comentário:sousa tavares


    Os desgraçados dos nórdicos, que passam meses sem ver a luz do sol, usam e abusam de vidros de baixa emissividade, perdendo com isso cerca de 1/3 da radiação que incide sobre o vidro.
    Mas se mesmo lá, onde o sol não bate, eles os usam, acho que está tudo dito.

    Parece-me que você toma muitas decisões baseadas em algo que já pré-determinou antes de sequer discutir o tema. Eu posso-lhe explicar as mil e uma maneiras pelas quais os vidros de baixa emissividade e até controlo solar são mais adequados a inúmeras situações ou mesmo todas, mas se você estiver pouco receptivo para as absorver, de que valem essas explicações?
  10.  # 13

    Colocado por: SkinkxOs desgraçados dos nórdicos, que passam meses sem ver a luz do sol, usam e abusam de vidros de baixa emissividade, perdendo com isso cerca de 1/3 da radiação que incide sobre o vidro.

    As minhas desculpas se me expliquei mal, mas a minha oposição, e isto para o meu caso em particular, era à opção de controlo solar, não a opção de baixa emissividade, ou estou a confundir conceitos? Se bem percebi a coisa, baixa emissividade faz sempre sentido na medida que o calor que entra a menos é compensado pelo que é retido a mais.

    Colocado por: SkinkxParece-me que você toma muitas decisões baseadas em algo que já pré-determinou antes de sequer discutir o tema.

    Verdade. As minhas decisões são baseadas na premissa de resistir ao máximo a tudo o que seja "novidade", "moderno", "toda a gente agora faz assim", "por pouco mais fica muito mais bem servido" etc, ou seja, recusar por princípio todos os "grãozinhos" que, somados no final, fazem com que no final gaste mais 20, 30, 50% ou mais do que aquilo que inicialmente se estipulou que se iria gastar para fazer a casa.
    Apenas cedo quando vejo uma clara mais-valia financeira, seja no imediato seja a médio ou longo prazo, ou então que é um investimento com elevado retorno em termos de conforto ou comodidade, sempre e quando seja em aspetos que eu valorize, claro está.

    Colocado por: Skinkxmas se você estiver pouco receptivo para as absorver, de que valem essas explicações?

    O que refiro atrás não significa que não estou recetivo, longe disso. Significa apenas que os argumentos usados terão de ser inquestionáveis, ou perto disso.
    Argumentos como "em edifícios com elevada proporção de vidro, para mim é imperativo o recurso a vidro de controlo solar" pouco ou nada me dizem, pois há inúmeras questões que ficam por responder, como por exemplo:
    1 - Imperativo porquê?
    2 - Quais os ganhos energéticos do vidro de controlo solar, em valores que alguém pouco informado consiga perceber?
    3 - Existe grande diferença nesses ganhos em relação a vidros sem essa opção? De quanto?
    4 - A existir uma diferença significativa, até que ponto justifica o investimento? Ou seja, quanto se gasta a mais por optar por controlo solar vendo aquilo que terá de se gastar para atingir o mesmo grau de conforto por outros meios? Por exemplo, vale a pena o investimento, por pequeno que seja (e vocês já sabem que eu meço tudo em potenciais mariscadas) quando, se calhar, para eliminar o calor que entrou a mais em casa no Verão me basta arejá-la por mais 5 ou 10 mins, ou melhor ainda, me basta fazer uso do forte potencial de arejamento que o arquiteto teve em atenção quando definiu a colocação das janelas?
    5 - Não será esse mais um investimento que apenas fará verdadeira diferença naqueles muito poucos dias por ano (e isto quando os houver) em que, na zona onde vou construir, o calor é de facto tanto que mesmo arejando a casa não se consegue obter uma temperatura confortável?

    Só obtendo resposta a estas questões (e outras me poderão surgir) é que considerarei estar o suficientemente informado para optar por essa solução.
  11.  # 14

    Colocado por: mhpinto
    As minhas desculpas se me expliquei mal, mas a minha oposição, e isto para o meu caso em particular, era à opção de controlo solar, não a opção de baixa emissividade, ou estou a confundir conceitos? Se bem percebi a coisa, baixa emissividade faz sempre sentido na medida que o calor que entra a menos é compensado pelo que é retido a mais.


    Verdade. As minhas decisões são baseadas na premissa de resistir ao máximo a tudo o que seja "novidade", "moderno", "toda a gente agora faz assim", "por pouco mais fica muito mais bem servido" etc, ou seja, recusar por princípio todos os "grãozinhos" que, somados no final, fazem com que no final gaste mais 20, 30, 50% ou mais do que aquilo que inicialmente se estipulou que se iria gastar para fazer a casa.
    Apenas cedo quando vejo uma clara mais-valia financeira, seja no imediato seja a médio ou longo prazo, ou então que é um investimento com elevado retorno em termos de conforto ou comodidade, sempre e quando seja em aspetos que eu valorize, claro está.


    O que refiro atrás não significa que não estou recetivo, longe disso. Significa apenas que os argumentos usados terão de ser inquestionáveis, ou perto disso.
    Argumentos como "em edifícios com elevada proporção de vidro, para mim é imperativo o recurso a vidro de controlo solar" pouco ou nada me dizem, pois há inúmeras questões que ficam por responder, como por exemplo:
    1 - Imperativo porquê?
    2 - Quais os ganhos energéticos do vidro de controlo solar, em valores que alguém pouco informado consiga perceber?
    3 - Existe grande diferença nesses ganhos em relação a vidros sem essa opção? De quanto?
    4 - A existir uma diferença significativa, até que ponto justifica o investimento? Ou seja, quanto se gasta a mais por optar por controlo solar vendo aquilo que terá de se gastar para atingir o mesmo grau de conforto por outros meios? Por exemplo, vale a pena o investimento, por pequeno que seja (e vocês já sabem que eu meço tudo em potenciais mariscadas) quando, se calhar, para eliminar o calor que entrou a mais em casa no Verão me basta arejá-la por mais 5 ou 10 mins, ou melhor ainda, me basta fazer uso do forte potencial de arejamento que o arquiteto teve em atenção quando definiu a colocação das janelas?
    5 - Não será esse mais um investimento que apenas fará verdadeira diferença naqueles muito poucos dias por ano (e isto quando os houver) em que, na zona onde vou construir, o calor é de facto tanto que mesmo arejando a casa não se consegue obter uma temperatura confortável?

    Só obtendo resposta a estas questões (e outras me poderão surgir) é que considerarei estar o suficientemente informado para optar por essa solução.


    A opção de controlo solar faz particular sentido em edifícios muito expostos a Nascente ou Poente, julgo que até se falou em ocupação sazonal e em Portugal isso significa normalmente litoral ou costa atlântica, o que quer dizer fachadas predominantemente a Poente, com ocupação privilegiada no verão. Ora, se a ocupação é maioritariamente no verão, onde é que está o segredo? Em dotar a casa do maior conforto possível no verão, obviamente. Se mesmo numa casa noutra localização haveria sempre um equilíbrio anual (o que perde no inverno ganha a mais no verão), numa casa de férias então quase só há ganho.

    No que toca aos "grãozinhos financeiros", eu faço uma análise completamente diferente da que você faz. Primeiro, porque para mim uma boa mariscada é efémera. Depois de a comer e depois de a digerir, se tudo correr bem e não tiver uma desordem intestinal, nada sobra para amostra. Nesse sentido, prefiro investir em algo que sei que me serve melhor no imediato e que vai desempenhar melhor a sua função durante toda uma vida. E se me meter a fazer contas, se calhar não como mariscadas durante 10 anos para pagar esses "grãozinhos", mas ao fim de 10 anos são as poupanças proporcionadas por melhores materiais e sistemas que me pagam as mariscadas a mim - afinal, dinheiro poupado ao fim do mês significa dinheiro no bolso para gastar noutras coisas. Seja marisco ou outra coisa qualquer.
    Uma coisa é certa, entre comer marisco ou viver mais confortavelmente numa casa mais bem concebida e executada... parece-me uma decisão cabalmente fácil de tomar.

    Quanto aos seus pontos, vou seguir a sua ordem:
    1 - É imperativo porque você não sonha a dificuldade que é controlar o sobre-aquecimento em edifícios com muito vidro e mesmo com protecções solares exteriores. E como é hábito em Portugal, ser arquitecto é usar 50% de vidro e depois meter-lhe uns blackouts por dentro, que é algo que vai contra todo e qualquer bom senso ou mesmo percepção de arquitectura bioclimática/solar passiva. Há muito bom projecto de arquitectura neste aspecto, mas há tanto ou mais que é porcaria autêntica, mal orientado, desproporcional em termos de vidro, mal protegido. Pelo menos com vidro decente uma boa parte dessa burrada (borrada?) é corrigida.
    2 - Pode por exemplo reduzir em 50% os ganhos de calor através dos envidraçados. Comparado com um vidro duplo corrente, temos 1/3 das perdas e 1/2 dos ganhos solares, pelo que continua a ser vantajoso. Ora, com casas com muito vidro e muita exposição solar, o factor de protecção solar (ou factor solar, em termos técnicos) é ainda mais importante que numa situação corrente.
    3 - Respondido anteriormente.
    Vidro normal, U=2.70, g=0.78;
    vidro de baixa emissividade, U=1.10, g=0.60/0.55
    vidro de controlo solar, U=1.10, g=0.45/0.35
    Por norma, um vidro de baixa selectividade é mais equilibrado que um vidro de controlo solar, pois tem as mesmas perdas de calor e permite mais ganhos solares. Todavia, a maior parte dos projectos de arquitectura actuais têm um problema de excesso de ganhos solares e não o contrário, pelo que muitas vezes a melhor opção é diminuir esses ganhos solares e não potenciá-los.
    4 - Se o seu arquitecto tem muitos vidros na sua habitação e se pensa que consegue controlar os ganhos solares dos mesmos bastando para isso "fazer uso do forte potencial de arejamento que o arquiteto teve em atenção quando definiu a colocação das janelas"... sugiro-lhe que troque de arquitecto.
    5 - Se fosse possível obter conforto com recurso apenas a arejamento das habitações, todas as firmas de ar condicionado iam à falência. Há muito poucos sítios onde é possível manter o conforto o verão quase inteiro (90/95% do tempo e nunca 100% do tempo) sem arrefecimento mais ou menos activo. Em cima disso, é mais fácil aquecer do que arrefecer uma casa.
    Pior, não conheço nenhum projecto de arquitectura chamada "moderna" que não tenha sempre alguns problemas de controlo do aquecimento, precisamente por causa das dimensões generosas de vidro. Antigamente usávamos menos vidro, vidro mais pequeno e quase sempre vidro protegido e em cima disso tínhamos paredes de pedra com 801 cm de espessura.
    Hoje em dia a escola de arquitectura evoluiu para envidraçados generosos, muita luz solar (e com isso radiação), ausência de protecções solares, proliferação de palas de sombreamento (mas nos sítios errados, há aqui um edifício ao lado com palas a norte e ausência delas a Sul - épico!), palas mal dimensionadas, paredes leves ou revestimentos de baixa inércia (tipo pladur) e por aí fora, o que potencia brutalmente estes sobre-aquecimentos.
    Ouvi há dias 2 arquitectos, velhotes, a darem uma palestra sobre arquitectura solar passiva e dava gosto ouvir aquelas pessoas a falar, tinham solidificados conhecimentos que ainda hoje os livros demonstram como verdadeiros em modelos computacionais ou estudos de campo. E porque percebiam e dominavam esses conceitos, eram também eles grandes críticos de algumas coisas que hoje em dia se tipificaram, sem o devido espírito crítico.

    Para finalizar, eu não conheço a sua solução em concreto, para dizer que está tudo bem ou que está tudo mal, e mesmo o tudo bem ou tudo mal depende do lugar onde está prevista a obra. Mas há aí algumas ideias que me parecem um pouco ilusórias e que inevitavelmente vão produzir em obra resultados diferentes dos idealizados nesta fase.
    Tudo aquilo que eu comentei foi sempre em termos genéricos, atendendo à minha experiência profissional e aos meus (mais ou menos limitados) conhecimentos teóricos nesta ala. Mas digo e repito que estes conhecimentos foram cabalmente suportados pela opinião de 2 arquitectos que, juntos, teriam cerca de 100 anos de experiência, grande parte dela nesta área. Ora, ainda que isto sejam balizas genéricas e teóricas, podem ser estudadas e materializadas por software, com estudo dos custos de investimento, das poupanças e do payback de cada medida, e é para isso que existem projectistas, pelo que você deve suportar-se nos seus para avaliar o impacto de toda e qualquer medida ou alteração que entenda por pertinente.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: skypt, mhpinto
  12.  # 15

    Colocado por: fmratoo revestimento exterior a "Esmalte Branco Becker Acroma" será suficiente? => referia-me ao revestimento exterior dos vãos / do perfil de madeira das janelas.


    Não trabalho com caixilharias de madeira, muito menos pintadas.

    Colocado por: pdsTenho estado a assistir a esta discussão com muito interesse e já descobri muita coisa que não fazia ideia que existia. Já percebi que vidros baixo emissivos e com tecnologia de controlo solar é algo muito importante para manter o conforto térmico de uma casa. Existe uma grande diferença de preços entre vidros com e sem estas tecnologias?

    Por exemplo, para uma janela/porta de correr com as dimensões de 2m x 2.1m (dois paineis de 1m x 2.1m), qual seria a diferença de preço expectável entre usar vidros com e sem estas tecnologias?


    Depende sempre bastante das películas escolhidas e do que é necessário para cada vão devido à orientação e exposição solar, mas num vão desses conte sempre com uns 70€ (podendo ser bem mais até, mas na maioria dos casos, para essa medida, entre 70€ a 110€).

    Colocado por: mhpintoCorrijam-me se estiver enganado, mas isto só é importante se o sol incidirdiretamentenos vidros no verão, certo?


    Certo.

    Colocado por: euNa realidade, o alumínio oxida. E é precisamente o óxido de alumínio que se forma à superfície que o protege da corrosão...


    Estamos a falar de caixilharias, caro eu. Alguma vez viu uma caixilharia de alumínio em bruto? Eu já vi muita coisa mal feita, mas isso nunca vi. ;)

    Colocado por: SkinkxNão, mesmo com palas e com estores há sempre radiação difusa ou momentos em que os estores estão abertos... em edifícios com elevada proporção de vidro, para mim é imperativo o recurso a vidro de controlo solar. Mesmo quando tenham protecções solares exteriores ou palas...


    Isto depende muito do uso que cada um dê à habitação. Se colocar vidros de controle solar em todos os vãos o certificado energético pode sair prejudicado na nota atribuída, pois eles têm em conta os ganhos energéticos extra no inverno.

    Colocado por: mhpintoOk, mas colocando vidro de controlo solar, no inverno desaproveita-se parte do calor que se poderia obter por via solar, certo?
    Pesando as duas coisas, creio que prefiro suportar essa radiação difusa no verão (terei palas) a ter de gastar em aquecimento para compensar aquilo que perco no inverno.
    Se estiver a pensar mal, agradeço esclarecimento.


    Está a pensar bem, especialmente tendo palas.
    Aí, o que lhe posso aconselhar é colocar vidros temperados (além de baixo emissivos) para prevenir quebras por choque térmico, que podem ocorrer nos vidros quando estão parcialmente à sombra e parcialmente ao sol. Sendo temperados serão muito mais resistentes nestas situações.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: mhpinto
  13.  # 16

    Colocado por: two-rok

    Não trabalho com caixilharias de madeira, muito menos pintadas.



    Depende sempre bastante das películas escolhidas e do que é necessário para cada vão devido à orientação e exposição solar, mas num vão desses conte sempre com uns 70€ (podendo ser bem mais até, mas na maioria dos casos, para essa medida, entre 70€ a 110€).



    Certo.



    Estamos a falar de caixilharias, caro eu. Alguma vez viu uma caixilharia de alumínio em bruto? Eu já vi muita coisa mal feita, mas isso nunca vi. ;)



    Isto depende muito do uso que cada um dê à habitação. Se colocar vidros de controle solar em todos os vãos o certificado energético pode sair prejudicado na nota atribuída, pois eles têm em conta os ganhos energéticos extra no inverno.



    Está a pensar bem, especialmente tendo palas.
    Aí, o que lhe posso aconselhar é colocar vidros temperados (além de baixo emissivos) para prevenir quebras por choque térmico, que podem ocorrer nos vidros quando estão parcialmente à sombra e parcialmente ao sol. Sendo temperados serão muito mais resistentes nestas situações.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:mhpinto


    Sim, pode até ser o caso, mas volto a dizer que quando temos muito vidro, mas mesmo muito, nunca temos problemas de falta de ganhos solares, a não ser que se metam a inventar com Cool-Lites e assim. Por curiosidade, já tive uma moradia assim onde tive mesmo que meter Cool-Lite para cumprir o verão e foi à rasquinha - ora, ainda que o tenha feito, não o recomendo a ninguém, pois é uma opção péssima para habitação, só que aquilo o projecto era tão desequilibrado que só mesmo o Cool-Lite me permitia cumprir o verão (e à rasca) e o inverno, não havia mais vidro nenhum (aquilo só levava blackouts por dentro) que me conseguisse cumprir o regulamento da térmica...

    Mas um Planistar a Poente não é a mesma coisa que um Cool-Lite na casa toda...
    Concordam com este comentário: two-rok
  14.  # 17

    Carissimos,

    Volto ao forum para mais um esclarecimento:

    [O CONTEXTO]
    Para resumir:
    1) casa no Algarve, 2 módulos em V com alguns vãos: o (A) mais envidraçado voltado a norte, o outro (B) voltado a sudoeste - fazendo sombra / actuando como pala sobre o (A) à tarde;
    2) utilização sazonal - principalmente no verão, mas com ocupação significativa no outono e primavera, pontual no inverno.
    3) estimativas de custo em arrefecer maiores do que em aquecer (i.e. objectivo => optimizar para ser fresco, não descurando manter ameno no inverno);
    4) fornecedor e projectista propõem: SGG Securit Planilux 6 + 14 + Planilux 4 (em Vãos de Madeira)
    5) colegas no forum sugerem: SGG Securit Planitherm XN 6mm + 16 (se tecnicamente possivel) + Planilux 4mm

    [A MINHA QUESTÃO]
    Ao questionar o projectista sobre a alternativa sugerida pelo forum, obtive:
    1) "(...) o vidro proposto já contempla alguma componente de 'protecção solar' (...)" => confirma-se?
    2) "(...) essas películas dão sempre uma certa 'tonalidade' / 'cor' ao vidro e por isso estão fora de questão do ponto de vista da arquitectura (...)" => confirmam a cor?
    3) "(...) vamos ter que usar cortinas (...)" => não me convinha nada, mas já li aqui no forum acerca deste hábito: vão 'desprotegido' + blackout

    O que me sugerem?

    Sendo que, do ponto de vista económico / analise de longo prazo, o foco é em manter fresco devo privilegiar a "baixa emissividade" e desconsiderar qualquer "controlo solar" é isso?

    Obrigado de antemão.
  15.  # 18

    Colocado por: fmratoCarissimos,

    Volto ao forum para mais um esclarecimento:

    [O CONTEXTO]
    Para resumir:
    1) casa no Algarve, 2 módulos em V com alguns vãos: o (A) mais envidraçado voltado a norte, o outro (B) voltado a sudoeste - fazendo sombra / actuando como pala sobre o (A) à tarde;
    2) utilização sazonal - principalmente no verão, mas com ocupação significativa no outono e primavera, pontual no inverno.
    3) estimativas de custo em arrefecer maiores do que em aquecer (i.e. objectivo => optimizar para ser fresco, não descurando manter ameno no inverno);
    4) fornecedor e projectista propõem: SGG Securit Planilux 6 + 14 + Planilux 4 (em Vãos de Madeira)
    5) colegas no forum sugerem: SGG Securit Planitherm XN 6mm + 16 (se tecnicamente possivel) + Planilux 4mm

    [A MINHA QUESTÃO]
    Ao questionar o projectista sobre a alternativa sugerida pelo forum, obtive:
    1) "(...) o vidro proposto já contempla alguma componente de 'protecção solar' (...)" => confirma-se?
    2) "(...) essas películas dão sempre uma certa 'tonalidade' / 'cor' ao vidro e por isso estão fora de questão do ponto de vista da arquitectura (...)" => confirmam a cor?
    3) "(...) vamos ter que usar cortinas (...)" => não me convinha nada, mas já li aqui no forum acerca deste hábito: vão 'desprotegido' + blackout

    O que me sugerem?

    Sendo que, do ponto de vista económico / analise de longo prazo, o foco é em manter fresco devo privilegiar a "baixa emissividade" e desconsiderar qualquer "controlo solar" é isso?

    Obrigado de antemão.


    As películas tipo Planitherm são imperceptíveis ao meu olho. Os Cool-lites talvez se notem, os outros não consigo perceber a diferença.

    Usar cortinas no Algarve para manter fresco? Bons projectistas.
  16.  # 19

    Colocado por: fmratoCarissimos,

    Volto ao forum para mais um esclarecimento:

    [O CONTEXTO]
    Para resumir:
    1) casa no Algarve, 2 módulos em V com alguns vãos: o (A) mais envidraçado voltado a norte, o outro (B) voltado a sudoeste - fazendo sombra / actuando como pala sobre o (A) à tarde;
    2) utilização sazonal - principalmente no verão, mas com ocupação significativa no outono e primavera, pontual no inverno.
    3) estimativas de custo em arrefecer maiores do que em aquecer (i.e. objectivo => optimizar para ser fresco, não descurando manter ameno no inverno);
    4) fornecedor e projectista propõem: SGG Securit Planilux 6 + 14 + Planilux 4 (em Vãos de Madeira)
    5) colegas no forum sugerem: SGG Securit Planitherm XN 6mm + 16 (se tecnicamente possivel) + Planilux 4mm

    [A MINHA QUESTÃO]
    Ao questionar o projectista sobre a alternativa sugerida pelo forum, obtive:
    1) "(...) o vidro proposto já contempla alguma componente de 'protecção solar' (...)" => confirma-se?
    2) "(...) essas películas dão sempre uma certa 'tonalidade' / 'cor' ao vidro e por isso estão fora de questão do ponto de vista da arquitectura (...)" => confirmam a cor?
    3) "(...) vamos ter que usar cortinas (...)" => não me convinha nada, mas já li aqui no forum acerca deste hábito: vão 'desprotegido' + blackout

    O que me sugerem?

    Sendo que, do ponto de vista económico / analise de longo prazo, o foco é em manter fresco devo privilegiar a "baixa emissividade" e desconsiderar qualquer "controlo solar" é isso?

    Obrigado de antemão.


    Pela sua saúde, troque de projectista.

    Os vidros que ele lhe propõem não têm qualquer componente térmica, nem sequer dá uso da melhor câmara de ar possível (16mm ou mais), e vidros planilux ou planiclear são vidros normalíssimos. Quem lhe disser que este tipo de vidros já têm alguma componente térmica está a enganá-lo e você estando informado só se deixa enganar se quiser.

    A tonalidade existe sim, mas só nota se lhe misturarem películas umas ao lado das outras, senão não se nota.

    E a cereja no topo do bolo é, para uma casa que sublinham quererem que seja fresca, usam protecção solar interior em vez de exterior (estores ou algo do género). Essa casa nunca será fresca no verão, e com os vidros propostos pelo projectista, arrisco a dizer que será uma sauna/estufa.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: fmrato
  17.  # 20

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