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  1.  # 141

    Agora também me vou repetir. O que me dói na história do BPN, é o facto do governo ter responsabilizado todos os contribuintes pelos prejuízos de um caso que deveria apenas continuar como sendo de polícia e de justiça.

    Com as devidas diferenças, se uma ourivesaria é roubada e tem um prejuízo de alguns milhares de euros e se o governo a nacionaliza para você e eu contribuirmos para esse prejuízo, naturalmente, que nenhum de nós concordará com isso. Num caso desses você vai culpar quem? Os ladrões ou quem a nacionalizou?
  2.  # 142

    Colocado por: J.FernandesAgora também me vou repetir. O que me dói na história do BPN, é o facto do governo ter responsabilizado todos os contribuintes pelos prejuízos de um caso que deveria apenas continuar como sendo de polícia e de justiça.

    Concordo.

    Colocado por: J.FernandesCom as devidas diferenças, se uma ourivesaria é roubada e tem um prejuízo de alguns milhares de euros e se o governo a nacionaliza para você e eu contribuirmos para esse prejuízo, naturalmente, que nenhum de nós concordará com isso. Num caso desses você vai culpar quem? Os ladrões ou quem a nacionalizou?

    Irei culpar os ladrões e pedir que a justiça funcione condenando...e nunca irei culpar quem nacionalizou,apenas os culpo por má gestão.
  3.  # 143

    Colocado por: Jorge RochaIrei culpar os ladrões e pedir que a justiça funcione condenando...e nunca irei culpar quem nacionalizou,apenas os culpo por má gestão.

    Ai sim?! Essa é uma opinião muito original, porque tenho quase a certeza que 99% das pessoas iria dizer que não tinha nada a ver com o fulano que foi roubado por sicrano, nem com os prejuízos daquele.

    E mesmo que a justiça funcione bem e condene os culpados, fica ainda o buraco financeiro para tapar, porque não acredite que o Oliveira e Costa tem 5000M€ escondidos na Suiça e que a investigação os vai descobrir.

    No plano judicial as coisas podem correr bem ou mal, mas no plano político já não podem correr bem, a má decisão já foi tomada, a dívida está aí para a pagarmos.
  4.  # 144

    Colocado por: J.Fernandesfica ainda o buraco financeiro para tapar, porque não acredite que o Oliveira e Costa tem 5000M€ escondidos na Suiça e que a investigação os vai descobrir.

    Está então a referir-se apenas a um problema de justiça né?

    Colocado por: J.FernandesNo plano judicial as coisas podem correr bem ou mal,

    Num estado que seja de direito(que não é o caso)funcionaria.

    Colocado por: J.Fernandesmas no plano político já não podem correr bem, a má decisão já foi tomada, a dívida está aí para a pagarmos.

    Concordo consigo nesta posição,mas porque não temos um sistema de justiça competente,e um sistema onde continuam a imperar interesses nestes sectores financeiros ligados ao poder.
  5.  # 145

    Vejamos o problema de outra perspectiva. O que, na minha opinião, devia ter acontecido:

    Deixava-se o banco abrir falência, os depositantes recorriam ao fundo de garantia de depósitos, credores e devedores sujeitavam-se a um normal processo de insolvência, no respectivo tribunal.

    Paralelamente, os responsáveis da roubalheira e do consequente descalabro, espero que sejam devidamente punidos e que se consiga recuperar o que for possível, do dinheiro desviado para proveito próprio.

    Deste modo, eram menos 5000M€ a pesar nos contribuintes.
  6.  # 146

    Colocado por: J.FernandesParalelamente, os responsáveis da roubalheira e do consequente descalabro, espero que sejam devidamente punidos e que se consiga recuperar o que for possível, do dinheiro desviado para proveito próprio.

    Cá está...(impossível)por causa das lacunas de justiça em Portugal,compadrios entende?

    Colocado por: J.FernandesDeste modo, eram menos 5000M€ a pesar nos contribuintes.

    Tem a certeza que com o que o estado gasta em tribunais iria a algum lado?Observe alguns casos mediáticos que não quero falar,e pondere um pouco sobre o assunto,e observaria que ficava em águas de bacalhau.
    • ram
    • 25 abril 2011

     # 147

    Colocado por: J.Fernandes
    Os offshores não são uma questão nacional, existem em muitos países e não adianta acabar com uns se noutros países continuam - os capitais não tem pátria.

    Os capitais podem não ter pátria mas os donos dos capitais tem. Aquilo que chamam de "offshore" é também chamado de "tax haven", uma expressão que alguém que não tinha um grande domínio do inglês interpretou como "tax heaven" e subsequentemente traduziu literalmente para "paraíso fiscal". Entretanto a tradução exacta de "tax haven" é "refúgio fiscal", e recebe esse nome devido à sua finalidade: uma forma dos detentores de capitais refugiarem-se das suas obrigações fiscais. Ou seja, quem recorre a um refúgio fiscal fá-lo para evitar que os seus bens sejam tributados e assim se esquivem ao seu dever de contribuir para o funcionamento da sociedade e do privilégio de se apoiar nela para usufruir da sua riqueza.

    É verdade que a eliminação de "offshores" não resolve o nosso problema. Contudo, o seu único propósito é a concessão a sociopatas da capacidade de realizar crimes económicos. A eliminação desses refúgios fiscais é uma medida de combate à fraude fiscal, o que leva ao aumento da receita fiscal. Portanto, apesar de não resolver os nossos problemas pelo menos contribui para a sua mitigação e torna o mundo um pouco melhor. Acho que todos nós temos a ganhar com isso.
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  7.  # 148

    Eh pá... q discussão de grande nível ... os meus parabéns aos participantes deste forum ... têm demonstrado q sabem muito mais que apenas de assuntos relacionados com construção ou algo parecido... tem sido muito interessante e enriquecedor acompanhar o "ping-pong" de comentários... sem falta de educação ou agressividade exagerada.

    Gostei dessa do "tax haven" e da tardução para "paraíso fiscal"

    Fico muito satisfeito com esta longa discussão pq revela q afinal que a conversa sobre o "dumbing down" of society é capaz de ser um pouco exagerada.

    Qual fim das ideologias ou fim da HIstória como vaticinou o FUkuyama ... longe disso ... ainda bem que muitos continuam com grande capacidade de reflexão e são incapazes de ficar indiferentes ou se resignarem perante as tumultuosas transformações a que estamos a assistir ...

    É sempre difícil e arriscado julgar porque não temos conhecimento de todos os factos e podemos estar a partir de falsos pressupostos, mas normalmente as decisões q tomamos revelam muito sobre o nosso carácter.

    Despedir um senhor daquela idade, daquela maneira, naquela situação sem dó, nem piedade é indecente e irreflectido. Por muitas voltas q se dê e que o mundo dê ... n se pode justificar o injustificável. Ficar indiferente ao sofrimento do próximo é demasiado pós-moderno para mim ... mas é um sinal dos tempos q correm.

    A meu ver isto só pode dar para o torto... por isso eu digo ... O Marx continua mais actual q nunca ... quase duzentos anos depois ... n é por acaso q sem tem redescoberta as suas teorias e voltado a reexaminar os seus modelos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Jorge Rocha
 
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