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  1.  # 1

    O RCCTE tem falhas e em determinadas situações prejudica a classificação do CE ( um tópico com este título dá pano para muitas mangas)

    Perguntei ao Eng.º o motivo para a minha casa de madeira (Rusticasa) não ter tido classificação de A no certificado energético. Resposta: " A casa tem muitos e grandes vãos envidraçados e a caixilharia não tem classificação." Estou a morar na casa desde Agosto do ano passado e durante o inverno práticamente nunca tive de ligar o aquecimento (tecto radiante). Quando chegava a casa entre as 19 e as 20.00 enquanto a temperatura no exterior era de um dígito, dentro de casa estavam quase sempre 20 ou mais graus. (em anexo 1 foto da casa). Quanto à inércia térmica fraca das construções em madeira ou LSF, o RCCTE também é muito prejudicial.......(acho que está lançado o debate, venham daí comentários de todas as frentes como por exemplo: j.cardoso vs alv ......e tantos outros
    Estas pessoas agradeceram este comentário: SofiaPaula
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  2.  # 2

    O que tem como apoio para aquecer águas?
    Que máquina tem para aquecer a casa?
  3.  # 3

    Antes de mais, que casa tão gira, parabéns!
    Quanto aos certificados energéticos não sou entendida no assunto, mas também já detectei várias inconsistências no meu (comprei apt novo em Dezembro de 2010) para as quais ainda não obtive explicação, em parte porque também ainda não aprofundei o assunto. Pode ser que com este tópico possa vir a esclarecer algumas das minhas dúvidas. Obrigada pelo tópico!

    O meu apt tem classificação C, no entanto uma das coisas que notei logo, durante o Inverno, foi o conforto térmico, quase nunca usámos aquecimento. O Verão foi a mesma coisa... Só colocámos AC na sala e foi usado 2 ou 3 vezes durante este Verão, e só quando tivemos visitas... E a sala está para poente!
    Também diz lá que as janelas não têm classificação, sugerindo a troca de todos os vãos por outros! Note-se que no CE diz que as janelas são de correr, quando na realidade são de abrir, oscilobatentes.
    As minhas janelas aqui:
    https://forumdacasa.com/discussion/8652/2/janelas-de-aluminio-a-face-da-parede-interior/
    (#28 a #33)

    Quanto à inércia o CE diz que é forte.

    Enfim, fico com a sensação que, fora os erros óbvios, as sugestões de melhoria passam sempre pelo belo do painel solar e termoacumuladores, caldeira, essas coisas. Mas o que realmente mais confusão me faz são os erros, coisas mesmo obvias que não correspondem à realidade. Será nabice do técnico ou será que o construtor fez alterações após emissão do CE? Custa-me a crer...
    Concordam com este comentário: raulschone
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
  4.  # 4

    O que tem como apoio para aquecer águas?
    Que máquina tem para aquecer a casa?
    Sim eu sei que o apoio eléctrico e a tela radiante eléctrica também contribuem para piorar a classificação do CE. Estando a morar sózinho (divorciei-me e filhos só ao fim de semana de 15 em 15) o apoio para AQS e o aquecimento praticamente não têm utilização e o investimento nos painéis solares (obrigatório) só irá estar pago lá para 2040 (se lá chegar terei 73 anos!!!). Se não as novas obrigações teria pago menos cerca de 16 mil euros (4000 paineis solares CF, 10 000 estores exteriores orientáveis que passam a vida recolhidos, instalações para gás natural (que provavelmente nunca irá chegar a esta aldeia), CE, Técnicos especializados, contratos manutenção sistema solar, etc. etc. e restantes lobbies ( o mais ridículo é o facto de ter sido obrigado a tomadas para telefone, TV em quase todas as divisões quando não tenho e não quero TV e telefones (chamem-me de esquesito de conservador de anti social que eu não me importo)..... enfim também nesta área mudámos de 8 para 80(regras/obrigações).....
  5.  # 5

    Colocado por: raulschoneSim eu sei que o apoio eléctrico e a tela radiante eléctrica também contribuem para piorar a classificação do CE


    Ora ai está o motivo de não ter A.
    Se está bem ou mal não sei,mas uma coisa é certa, para atribuição de A,não é com resistências eléctricas que vai lá....
    Se ainda fosse gás... Dão muito valor ao gás no CE, e claro às bombas de calor...
  6.  # 6

    Colocado por: nandogoncaSe ainda fosse gás... Dão muito valor ao gás no CE, e claro às bombas de calor...


    Pois é por essas e outras que afirmo que, o RCCTE está feito para "obrigar-nos" a optar por gás para que "amanhâ" (são nunca à tarde!!!) haja suficientes "dependentes" do gás "natural" (expliquem-me o que tem de natural?) que iremos comprar aos argelinos. Sou filho de mãe alemã e conheço muito bem a realidade germânica, pelo que afirmo peremptoriamente que, um dia havemos de sofrer da mesma dependência que eles têm do gás russo. Recordo o que se passou no inverno de 2008 quando os meus primos ficaram a "rapar frio" (levaram por tabela) só porque os ucranianos se desentenderam com os russos e "fecharam a torneira" (pipeline) para o ocidente. Sendo o nosso país o que mais aptidões naturais tem para aproveitar os recursos naturais do sol, vento e mar para a produção de energia, faz-me imensa confusão ver que os nossos governantes se comportam como os burros (mas a esses coitados colocam umas palas laterais para não verem para os lados) quando bastava olharem para o centro/norte da Europa e verem o que eles estão a fazer. Lembro que a Alemanha, agora que decidiu acabar com as centrais nucleares, tem como prioridade, entre outras, investir biliões em aerogeradores gigantes no mar do norte.
    Concordam com este comentário: Expat, DOGMA
  7.  # 7

    Quando conto aos meus familiares alemães que fui "obrigado" a ter pré instalação para gás natural, a resposta deles é qualquer coisa como: "Mas isso faz lembrar a "besta aqui da aldeia" que foi buscar a droga à cidade e ofereceu aos filhos da vizinhança. Passado pouco tempo, são esses filhos que agora se tornaram dependentes e tudo o que ganham/roubam é para pagar à "besta" para satisfazer o vício..."
    • eu
    • 3 setembro 2011 editado

     # 8

    O RCCTE precisa urgentemente de ser mudado, pois tem muitas incoerências técnicas. De qualquer forma, é algo positivo pois antes do RCCTE não havia qualquer preocupação com a eficiência energética das casas...

    No meu caso, desceu de A para B- só porque substituí o apoio do painel solar de um esquentador a gás natural para a resistência eléctrica. E reparem que esta mudança acarreta menos custos para mim e é uma solução mais ecológica, pois aqueço a água durante a noite, quando existe excesso de energia eléctrica vinda dos geradores eólicos.
    Concordam com este comentário: raulschone, Expat
    • eu
    • 3 setembro 2011

     # 9

    Colocado por: raulschoneLembro que a Alemanha, agora que decidiu acabar com as centrais nucleares, tem como prioridade, entre outras, investir biliões em aerogeradores gigantes no mar do norte.

    Uma das poucas coisas acertadas do anterior governo foi a aposta em força na energia eólica.
    Concordam com este comentário: raulschone
  8.  # 10

    Por muito que tente ainda estou à espera que alguém me consiga fazer entender a vantagem da inércia! A energia produzida devia ser para ser utilizada. Logo apenas de produzia para se usar, ao revés a formula da inércia é produzir para poupar e eventualmente consumir ou desperdiçar.
    • eu
    • 3 setembro 2011

     # 11

    Colocado por: pc saldanhaPor muito que tente ainda estou à espera que alguém me consiga fazer entender a vantagem da inércia!


    A grande vantagem da inércia é que suaviza as variações térmicas internas e acumula calor ou frio vindo do exterior. Por exemplo, no verão, é possível arrefecer o interior da casa, ventilando-a durante a noite. Depois, se a fechar durante o dia, esta mantém-se fresca, sem necessidade de refrigeração forçada.

    Posso dizer-lhe que no meu caso (tenho uma casa com inércia forte), nos últimos meses, a temperatura interior teve uma variação máxima de temperatura de apenas 3 graus! E isto sem qualquer aquecimento/refrigeração activa.
    Concordam com este comentário: system32, Anonimo16062021, SofiaPaula
  9.  # 12

    De facto, tem-me acontecido ter feedback de clientes indignados, que a casa nem é assim tão mal isolada e levaram com um C ou um D. O RCCTE está para ser revisto, mas para já é o que temos.
    Também concordo que a medida de melhoria sugerida mais frequentemente passa pela aquisição de equipamentos, não porque o perito tenha alguma comissão, mas porque é a que consegue alterações na classificação. Quando estudo alterações em janelas, normalmente os prazos de amortização ultrapassam os 30 anos. E partindo do princípio que os habitantes mantêm sempre uma temperatura superior a 20º no inverno e inferior a 25º no verão. No fundo, é como dizer a uma pessoa que vai a pé para o emprego que poupa dinheiro se comprar um Prius.
    Concordam com este comentário: raulschone
    Estas pessoas agradeceram este comentário: SofiaPaula
  10.  # 13

    Caro Raulschone eu tenho um apartamento com painéis solares que só aquecem a água no verão e pouco mais, e no entanto por ter esses ditos painéis o apartamento tem a classificação "B".

    Há coisas que eu não compreendo, há coisas ridiculas que para mim não fazem sentido, há coisas que nos fazem lembrar que estamos em Portugal, país com uma legislação que vem em grande parte de Bruxelas. Às vezes o que faz sentido no norte e centro da europa faz muito pouco sentido no sul.
  11.  # 14

    Mas penso também que, por vezes, os peritos se esquecem de explicar às pessoas que estão a classificar um edifício e não a utilização que cada um dá ao edifício. Ou seja, o RCCTE calcula a energia necessária para um edifício se manter a 20º no inverno, a 25º no verão, e a consumir 40l de AQS por ocupante por dia, por m2. E também parte do princípio que as pessoas só climatizam a casa 10% desse tempo. E qual o peso que os factores de conversão em energia primária têm.
    E enquanto o anterior RCCTE era da autoria de eng. civis, este foi cozinhado por mecânicos...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: SofiaPaula
  12.  # 15

    O RCCTE é um modo de manter artificialmente a produção e venda de determinados interesses instalados. Então relativamente à utilização de lenha nem sequer está previsto no dito regulamento... por isso está apresentado.

    PS Está prevista para a minha futura habitação a classificação de "B-". Se optasse por uma bomba de calor teria uma classificação de "A". Sem mais alterações...
    Concordam com este comentário: rui moreira, raulschone
  13.  # 16

    Caro eu (nao da para citar)

    De certeza que:
    vive na orla costeira ocidental, pois no interior a amplitude termica nao e muito grande,
    Tem sim um bom isolamento termico
    O seu sangue nao apela os mosquitos, para dormir com a janela aberta

    Tinha logica se aproveitasse o frio do inverno e o acumulasse no verao e vice-versa.

    Esta questao faz-me lembrar o IRS, descontamos para que nos devolvam, mas nunca devolvem tudo, perde-se sempre uma parte.
    Concordam com este comentário: alv
  14.  # 17

    Pelo que tenho visto a classificação energética, apesar de depender do isolamento térmico para o seu cálculo em nada define o isolamento existente.
    Eu posso ter uma casa sem isolamento térmico nenhum e toda a energia que vou gastar (teoricamente), para ter as temperaturas padrões definidas no regulamento e o aquecimento das águas (os tais 40l por ocupante por dia), ser provir toda de energias renováveis garantidas todo o ano, e terei classificação A (corrijam-me se estiver errado).
    O que se está a medir é o impacto da energia que utilizamos no ambiente e a independência energética.
    Concordam com este comentário: AugstHill
  15.  # 18

    É verdade, para construções existentes. Até pode ter uma tenda atulhada de painéis solares e bombas de calor, que consegue o A. Nas novas, há requisitos mínimos para o isolamento e para o factor solar dos envidraçados.
    Concordam com este comentário: kuGu_eLu
  16.  # 19

    Concordo.
    O regulamento é um documento geral a ser aplicado de uma forma expedita facilitando o trabalho de todos. É obrigatório cumprir os limites indicados através da soluções indicadas.
    Mas, não tendo a certeza, se eu conseguir justificar que consigo atingir esses mesmos objectivos de uma outra forma, a que indiquei por exemplo, um sistema de controlo da temperatura potente o suficiente e todo movido a energia renovável garantida todo o ano (situação hipotética, talvez utópica) penso que não há como "chumbar" o projecto.???
    é que caso contrário, a necessidade de um eng civil começa a ser irrelevante, entre muitos outros, já que basta seguir as regras indicadas e fica o problema resolvido, o que daqui a poucos anos estará à distância de um clique.
    Eu continuo a defender que os regulamentos são apenas um meio para acelerar o processo de conformização com o requerido (neste caso a diminuição do consumo de energia poluente e finita).
    Num mundo perfeito teríamos um regulamento apenas com um mapa e para cada zona do mapa um valor limite de "gkgep/kWh" por habitante. E seria a partir daqui que o engenheiro iria trabalhar....deixava de existir os ditos lobbis.
  17.  # 20

    O regulamento apresenta requisitos mínimos, não só para o consumo, mas também para o conforto.
 
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