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    •  
      MRui
    • 11 novembro 2011

     # 641

    Colocado por: luisvv(e antes que se levante o coro dos socialistas, não, a inversa não é verdadeira)

    Claro que não. Faltou acrescentar que devemos mansamente abrir alas ao PREC de direita que se está a instalar. Sem coro, nem decoro.
  1.  # 642

    no fim do dia os direitos custam dinheiro - e que os direitos dos funcionários públicos são pagos pelos privados, e que no dia em que não houver privados para o sustentar, não há Estado(e antes que se levante o coro dos socialistas, não, a inversa não é verdadeira).
    Portanto, que o Estado limite o que gasta, de forma a que a galinha possa continuar a pôr ovos.

    E que o Estado explique que na verdade não é legítimo reduzir vencimentos - mas que pelo contrário, é preciso transferir recursos do Estado para os sectores produtivos.


    A este propósito, um artigo, que não subscrevo inteiramente, mas que explica alguma coisa:

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=517491


    Como disse? Os impostos que pago há 21 anos não contam para nada?
    Esquece-se de um pormenor muito simples...os FP também contribuem para sustentar os privados e nos próximos anos muitas empresas fecharão por causa do roubo que está a ser feito aos FP. E gostaria que esclarecesse porque o setor público não entra nos setores produtivos.
    Se eu tivesse a certeza que este abaixamento do meu salário em 40% trazia um país melhor para os meus filhos, andava de cara alegre. Mas não acredito minimamente nisso, e o Luisvv também não.
  2.  # 643

    Claro que não. Faltou acrescentar que devemos mansamente abrir alas ao PREC de direita que se está a instalar. Sem coro, nem decoro.


    Vemo-nos no Campo Pequeno.
  3.  # 644

    Vemo-nos no Campo Pequeno.


    Uma resposta ao mesmo nível poderia ser:

    Uma arena? Pensei que era seu costume marcar os encontros nos estádios. Lembra-se deste estádio? O tal de que os seus amigos liberais gostavam muito?
      Chile.jpg
    • luisvv
    • 11 novembro 2011 editado

     # 645

    Como disse? Os impostos que pago há 21 anos não contam para nada?

    Faça o seguinte exercício: somos todos FP. Qual a taxa de imposto que terá que pagar sobre o seu rendimento para pagar o funcionamento do Estado?

    Esquece-se de um pormenor muito simples...os FP também contribuem para sustentar os privados e nos próximos anos muitas empresas fecharão por causa do roubo que está a ser feito aos FP. E gostaria que esclarecesse porque o setor público não entra nos setores produtivos.

    Os serviços que o Estado presta, são genericamente prestados de forma ineficiente, porque são prestados em regime de monopólio. Ao contrário dos privados, o Estado não compete com outros agentes pelos recursos. O Estado não tem forma de saber se o serviço que presta é prestado em condições adequadas, seja em quantidade, seja em preço - porque não tem concorrência. A oferta é não tem que se adequar à oferta, os custos podem aumentar sem grandes constrangimentos, etc. A falência é uma opção longínqua (era..), e em caso de necessidade é só publicar um Diário da República. Assim se consegue criar monstros como a FP - que ganhou tal dinâmica que é impossível reduzi-la sem violar a Constituição, Bíblia sagrada... .
    Posto isto, não vejo qual o serviço que a FP presta que não possa ser prestado em concorrência por outros operadores.

    Se eu tivesse a certeza que este abaixamento do meu salário em 40% trazia um país melhor para os meus filhos, andava de cara alegre. Mas não acredito minimamente nisso, e o Luisvv também não.


    Acho que o ponto de comparação é errado. A redução do seu salário, embora ilegal, é apenas inevitável (a alternativa é impensável hoje, provável daqui a 2 anos: a redução de mais de 100.000 FP, parte através de reformas e não-renovação de contratos, o restante através de despedimentos.. .) - e não por uma questão de melhorar o futuro, apenas para garantir que ainda tem presente.
    Parece que não foi ainda suficientemente explicado que o Estado português, como os de outros países europeus, esteve muito próximo de não ter dinheiro para pagar ordenados e pensões. Ponto.

    Portanto, se me pergunta se os seus filhos vão viver melhor que há 3 anos, eu diria que deve perguntar se os seus filhos viverão melhor do que viveriam se o Estado não voltar a níveis comportáveis.
  4.  # 646

    Colocado por: j cardoso

    Uma resposta ao mesmo nível poderia ser:

    Uma arena? Pensei que era seu costume marcar os encontros nos estádios. Lembra-se deste estádio? O tal de que os seus amigos liberais gostavam muito?
      Chile.jpg


    Assim para o mais recente, sugiro que nos fiquemos por Sao Otelo e a santa casa das fp-25 e a sua preocupação com o bem comum. E até podemos ficar pelo campo pequeno, onde o grande timoneiro se antiga confortável.
  5.  # 647

    Boas,

    Colocado por: luisvvSugiro que o Estado seja pessoa de bem e não gaste sem ter como pagar.


    Concordo.
    Mas, só o estado?

    Colocado por: luisvvMelhor: que não gaste o que não lhe pertence. E que não faça seu o que é meu.


    Qual é essa parte?

    Colocado por: luisvvE que explique, de uma vez por todas, queno fim do dia os direitos custam dinheiro - e que os direitos dos funcionários públicos são pagos pelos privados, e que no dia em que não houver privados para o sustentar, não há Estado(e antes que se levante o coro dos socialistas, não, a inversa não é verdadeira).


    E quantos privados anda o estado a sustentar?
    Ah, já sei, não acredita nisso, são histórias da carachinha.
    Mas olhe que a "história" dos subsídio-dependentes não é só para os que recebem o rendimento mínimo, há outra "classe" em portugal que é muito mais subsídio-dependente que os que recebem o rendimento mínimo, sabe qual é?


    Colocado por: luisvvPortanto, que o Estado limite o que gasta, de forma a que a galinha possa continuar a pôr ovos.


    De acordo.
    Só espero que pense também nos ovos grandes e não só nos pequenos.

    Colocado por: luisvvFaça o seguinte exercício: somos todos FP. Qual a taxa de imposto que terá que pagar sobre o seu rendimento para pagar o funcionamento do Estado?


    E porque não o contrário?
    Seria o mundo mais justo?
    Se tudo, mesmo tudo, fosse exclusivamente em prol do lucro.

    Colocado por: luisvvPosto isto, não vejo qual o serviço que a FP presta que não possa ser prestado em concorrência por outros operadores.


    Muitas dessas "coisas" já foram "ensaiadas" na América do sul:
    http://www.jornalmudardevida.net/?p=1045

    Colocado por: luisvve não por uma questão de melhorar o futuro, apenas para garantir que ainda tem presente.


    Eu aqui até concordo, mas resta saber se seria a única alternativa e se seria a melhor.
    (não gosto mesmo nada quando me dizem/justificam que este é o único caminho a seguir, que não há alternativas)

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  6.  # 648

    Boas,

    Hospital fechado também tem médicos a receber salário
    O antigo Hospital de Cascais está desactivado desde Fevereiro de 2010, após ter sido substituído por um novo, mas não só continua a ter um conselho de administração de dois elementos no activo como ficou com 16 médicos e técnicos de diagnóstico e terapêutica que o grupo privado que o substituiu não quis e que continuaram a ser remunerados sem exercerem funções.
    http://www.publico.pt/Sociedade/hospital-fechado-tambem-tem-medicos-a-receber-salario-1520530

    Administradores de hospital fechado há quase dois anos ainda recebem salário
    http://www.publico.pt/Sociedade/administradores-de-hospital-fechado-ha-quase-dois-anos-ainda-recebem-salario_1520351

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  7.  # 649

    Cara becas:
    Nao só o estado. Acontece que o estado nao sofre as consequência dos seus actos. Se nao pago o que devo, Os meus bens respondem por isso. Em ultima analise, as consequências recaem sobre mim ou sobre o credor. No caso do Estado, recaem sempre sobre os contribuintes.

    Por outro lado, se o estado sustenta privados é porque é da suanatureza tirar a uns para contentar outros

    Nao espondeu a pergunta: quanto do seu rendimento seria tributado se todos fossemos fp?
    A aversão ao lucro chegaa ser patológica. Já os antigos sabiam que o padeiro nao faz pão para nos matar a fome, mas para obter o seu sustento...

    E sobre privatizações e bens essenciais, nao confunda: um monopólio é sempre indesejável seja privado ou publico. Apresentar como suposta vantagem o facto de o publico cobrar menos é esquecer que o verdadeiro preço é o custo e produção acrescido do custo do capital imobilizado...
  8.  # 650

    Continuando: única alternativa? Nao. Pode asfixiar um pouco mais a fonte dos impostos.
  9.  # 651

    Boas,

    Colocado por: luisvvContinuando: única alternativa? Nao. Pode asfixiar um pouco mais a fonte dos impostos.


    Vive em portugal?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    • luisvv
    • 11 novembro 2011 editado

     # 652

    ?Como pode um país que precise de desenvolver-se ao nível dos demais ter que olhar para um défice?Não deveria ser o contrário?Gastar para desenvolver e só depois pensar-se em défice?por nao estaremos a ser levados e de que maneira?

    Dizem que na Grécia deu um resultadão... Desenvolveram-se tanto que agora estão a voltar atras com medo de serem desenvolvidos demais...

    Vou experimentar isso lá na minha xafarica: vou pedindo crédito atrás de crédito, a ver quem chega primeiro, a falência ou o desenvolvimento.

    PS: o défice nao é falado só porque apetece. O défice é dinheiro que o estado nao tem mas ja gastou. Uma chatice: alguém lhe emprestou, e depois tem a esquisitice de o querer receber de volta... E como 30 anos ainda nao chegaram para "desenvolver", lá teve que vir o tio rico emprestar mais uns trocos e ensinar a gerir as contas de casa...
    • luisvv
    • 12 novembro 2011 editado

     # 653



    Vive em portugal?



    Pego na sua deixa: Outra coisa que me irrita solenemente, é ouvir tanta gente queixar-se de que são sempre os mesmos a pagar impostos...
    E irrita-me porque, sendo verdade, quem o costuma dizer nao tem bem a noção de quem serão esses "mesmos".
    Assim, de cada vez que ouço ou leio isso, vem-me a ideia os números cruéis:
    85% do irs é pago por 15% dos contribuintes. 2% dos contribuintes pagam cerca de 30%...
    No IRC, postei há tempos dados que Apontam para realidade semelhante : 4% das empresas, 80% do irc.


    Em 2011 Os impostos directos(basicamente estes) representaram 42% da receita fiscal.

    Talvez esteja na hora de rever a lengalenga do costume.
  10.  # 654

    Boas,

    Colocado por: luisvvPego na sua deixa: Outra coisa que me irrita solenemente, é ouvir tanta gente queixar-se de que são sempre os mesmos a pagar impostos...


    A mim nunca mo ouviu dizer.

    Colocado por: luisvv85% do irs é pago por 15% dos contribuintes. 2% dos contribuintes pagam cerca de 30%...



    Colocado por: luisvv85% do irs é pago por 15% dos contribuintes. 2% dos contribuintes pagam cerca de 30%...


    E estes? Conhece ou prefere omitir?

    - 23% da população em risco de pobreza
    - Portugal é o segundo país da união europeia com maior desigualdade social
    - Em Portugal, os 10% mais ricos consomem 29,8% da riqueza do País. Os 10% mais pobres apenas 2%.
    - 13% têm rendimentos anuais abaixo de 5.000€
    - 42.6% têm rendimentos anuais abaixo de 10.000€
    - 9.1% têm rendimentos anuais acima de 40.000€
    - 1% têm rendimentos anuais acima de 100.000€

    Como aparte:
    Um estudo do próprio FMI estabelece um paralelo entre o aumento das desigualdades sociais e as crises económicas.



    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: becas
  11.  # 655

    Colocado por: luisvvCara becas:
    Nao só o estado. Acontece que o estado nao sofre as consequência dos seus actos. Se nao pago o que devo, Os meus bens respondem por isso. Em ultima analise, as consequências recaem sobre mim ou sobre o credor. No caso do Estado, recaem sempre sobre os contribuintes.

    Por outro lado, se o estado sustenta privados é porque é da suanatureza tirar a uns para contentar outros

    Nao espondeu a pergunta: quanto do seu rendimento seria tributado se todos fossemos fp?
    A aversão ao lucro chegaa ser patológica. Já os antigos sabiam que o padeiro nao faz pão para nos matar a fome, mas para obter o seu sustento...

    E sobre privatizações e bens essenciais, nao confunda: um monopólio é sempre indesejável seja privado ou publico. Apresentar como suposta vantagem o facto de o publico cobrar menos é esquecer que o verdadeiro preço é o custo e produção acrescido do custo do capital imobilizado...


    Foi o Oxelfer que respondeu e não eu, mas não importa porque subscrevo tudo o que ele disse.
    O Estado sustenta privados, é certo, mas eu pensava num plano bem mais comezinho: a quantidade de lojas, restaurantes, cafés, oficinas, etc, que vão fechar devido ao abaixamento brutal do rendimento dos funcionários públicos. Numa cidade deprimida do interior como aquela em que eu vivo, e que vive sobretudo de serviços (públicos), isso significa muito - acredito que nos meios em que o Luísvv vive e trabalho isso signifique muito pouco. O que vejo é que eu, que tinha um rendimento acima da média, deixo de consumir numa percentagem muito significativa e que por isso aqueles que ganhavam o 500 euros vão deixar de ganhar seja o que for (mas vão custar ao Estado subsídios de desemprego). Não é alta economia, mas é o que o que conversamos aqui na santa terrinha, onde se passa nas ruas comerciais e está tudo às moscas.
    Quanto à pergunta que me fazia, obviamente não respondo porque é uma pergunta sem sentido.
    E também não sei onde está a aversão ao lucro. Certamente nem faz ideia da ginástica que uma instituição como aquela em que eu trabalho faz para captar receitas próprias (que depois a tutela não deixa gastar) e poupar dinheiro. Hoje trabalhei 4 horas (sábado de manhã), não ganhei nem mais um cêntimo por isso. Os privados não têm o monopólio da gestão eficiente.
    O resto... é a lengalenga do costume...já sabe que aqui pelo fórum andam uns lunáticos que se revoltam contra as injustiças sociais e se comovem com a pobreza do povo...dá-nos para isto...
  12.  # 656

    Cara becas, o dinheiro que os fp recebem tem 2 origens: os Privados ou o credito (que a bem dizer significa os privados no futuro). Reduzir esse valor acaba por significar: deixar mais rendimento disponível nos privados.
    Continuar a gastar o que o estado gasta significa asfixiar ainda mais os Privados. Asfixiar privados significa ter que cortar no estado....

    Porque e que a minha pergunta nao faz sentido? Será porque intuiu que são necessários privados para que haja fp?
    Quanto a gestão eficiente, nao basta captar receitas. O seu produto é produzido a preços competitivos?

    Quanto a injustiças e pobreza, nada a dizer, excepto que muita da pobreza pode ser explicada pela predominância de ideias certamente bem intencionadas mas cujo resultado pratico é a atrofia da economia, e que depois se espanta com os resultados.
  13.  # 657

    Boas,

    Colocado por: luisvvCara becas, o dinheiro que os fp recebem tem 2 origens: os Privados ou o credito (que a bem dizer significa os privados no futuro).


    Ok, parece-me que está a fazer um pouco de confusão, mas:
    O dinheiro que os funcionários de empresas privadas recebem têm 3 origens: os privados, crédito e .. o estado!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 658

    Boas,

    Caro luis:
    Deixe-me lá ver se consigo entender a sua linha de raciocínio.
    Defende que atrofiamento da economia é causado pelo estado?
    Pelas regras impostas pelo estado?
    Pelos impostos cobrados pelo estado?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    • Neon
    • 12 novembro 2011

     # 659

    Boas.

    O Luisvv é a reencarnação do Milton Friedman...não vale a pena argumentar :) deixem-no xoxegado :)

    abraços
  15.  # 660

    Boas,

    Colocado por: Neonnão vale a pena argumentar


    Discordo completamente.
    Uma discussão não é uma tentativa de convencer a outra parte.
    Eu pessoalmente detesto discutir com quem têm a minha opinião, deixa de ser discussão e passa a ser "masturbação" intelectual.
    (nada contra a masturbação, como diria o allen: a masturbação é a oportunidade de fazer amor com alguém que realmente amo.)
    Uma discussão com alguém que não têm os nossos pontos de vista, permite aprender e/ou reforçar a argumentação do ponto de vista.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: nbastos
 
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