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    • luisvv
    • 25 dezembro 2011 editado
    A liberalização é sempre boa, veja-se o caso da gasolina!


    Depende do ponto de vista - se tiver em conta que o preço da gasolina era tabelado e o que variava era essencialmente o imposto ( que descia para absorver o aumento da gasolina propriamente dita), podemos dizer que sim, que foi bastante vantajosa a liberalização - assim, nao é preciso aumentar outros impostos para compensar o isp ...
  1. O problema não foi a liberalização dos preços dos combustíveis...o problema foi ter-se privatizado a Galp ao Amorim.
    Embora os preços altos dos combustíveis devido à liberalização em nada ajuda ou ajudou a economia.
  2. Boas,

    100% de acordo!

    Greve dos maquinistas da CP: não é a lei do mais forte?

    Há uma enorme indignação com a greve dos maquinistas da CP. No caso, fizeram uma greve total para impedir os processos disciplinares contra alguns dos que aderiram à greve anterior. A CP não pode ficar refém dos maquinistas, diz-se. E os maquinistas podem ficar reféns do autoritarismo da administração da CP?

    Confesso que não me deixo de espantar com a esquizofrenia argumentativa que se instalou no nosso País. Quando se fala de leis laborais, abandona-se o discurso moral e ético. As coisas são como são e nós temos de ser competitivos. Quando se fala da dívida também só há pragmatismo. Devemos a quem devemos e eles têm a faca e o queijo na mão. Quando se fala da Europa é a lei do mais forte que conta: eles mandam e nós obedecemos. Quando se fala dos mercados não vale a pena tentar negar a realidade. Quando se fala dos trabalhadores o discurso moral aparece como por milagre. E já interessa saber não apenas o que é mas o que devia ser.

    Vou usar a mesma lógica que parece ser aceite como indiscutível: sem maquinistas os comboios não andam. Como é uma profissão que exige especialização, não podem ser substituídos de um dia para o outro por um qualquer avençado a recibos verdes. Tudo isto dá-lhes força. E eles usam esse poder em seu favor. Não é assim que as coisas funcionam?

    Claro que sou dos que acham que os sindicatos não devem representar corporações profissionais dentro de uma empresa. Independentemente da razão que assiste aos maquinistas, defendo um sindicalismo de classe. Ou seja, em que a solidariedade faz com que os trabalhadores, com mais ou com menos peso negocial, lutem juntos por todos os grupos profissionais de uma mesma empresa ou sector. Até porque as lutas isoladas de trabalhadores com mais peso negocial tendem a criar injustiças e desigualdades dentro de cada empresa. Mas eu tenho autoridade para o escrever. Quem defende a inevitabilidade da lei do mais forte só tem de aguentar. Não gostam da luta dos maquinistas? Aprendam a conduzir comboios.

    http://aeiou.expresso.pt/-greve-dos-maquinistas-da-cp-nao-e-a-lei-do-mais-forte=f696500


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Estas pessoas agradeceram este comentário: José Pedro Nunes
  3. Boas,

    É particularmente irritante, e socialmente perigoso, que acrescentem à miséria uma lição moral do género "têm o que merecem porque viviam acima das suas posses", todos contentes com a purga moral do país pelo empobrecimento. O empobrecimento pode ser inevitável, mas deixem de lhe atribuir qualquer valor catártico e vender como nova propaganda que, no dia em que estivermos mesmo muito pobres, vai começar a nova aurora económica, a ascensão de uma economia de sucesso, livre do Estado, competitiva e dirigida por uma "nova geração" liberal e desempoeirada.
    Sim, sim, tretas. Sem mão-de-obra qualificada, com mercado interno deprimido ao limite, sem classe média, sem capacidade de poupar e com o país cheio de tretas. Sim, sim, tretas.


    DEZ DESGRAÇAS

    Primeiro: acabou o tempo, a distância, a velocidade.
    Acabou o fim do túnel onde devia haver luz, ou seja a distância é infinita, não adianta medi-la. Como já escrevi, não é túnel, mas poço sem fundo. Acabaram os prazos de austeridade, já não foi em 2010, já não é em 2011, já não será em 2012, nem em 2013, nem em 2014 e, milagre, em 2015 diminuem os impostos. Como a diminuição dos impostos em Portugal é da ordem do sobrenatural, milagre nunca acontecido nem em Fátima, resta-nos ou ter muita fé, ou para os incréus, passar para 2016 e 2017 e ao “médio prazo” que é, como sabem os cientistas sociais, quando já estamos todos mortos. Acabou a velocidade. Não adianta pensar que o PEC1 resolvia qualquer problema, nem o PEC2, nem o PEC3. O PEC4 ficou defunto antes de existir, por isso não saímos do sítio. Pensamos que aceleramos com mais um PEC e logo os efeitos perversos do mesmo PEC na economia retiram valor ao que se poupou na austeridade. Aceleramos mas não ganhamos velocidade e não saímos do sítio.

    Segundo: a Europa que nós conhecemos acabou. Na verdade, já acabou há algum tempo, muita gente não deu por ela, mas é só uma questão de tempo para dar. A Europa que vai suceder à que acabou é uma confederação dos aflitos liderados, a toque de caixa, pelos fortes. Os mais fortes também já não são o que eram e os aflitos não contam para nada, servem de pano de fundo aos fortes.

    Quarto: quem tem vícios deve ser exterminado para se poder instituir o princípio de “quem não tem dinheiro não tem vícios”. Esta frase é o voo ideológico mais complexo a que chega a nossa vida pública situacionista, enquanto a oposicionista também não voa mais alto do que o “não pagamos”. Os maiores “viciosos” são, o Estado, as empresas públicas, os “socratistas”, os ricos, os políticos, os maquinistas da CP, os pilotos da TAP, os magistrados, os reformados com “reformas de luxo”, os ciganos, e os portugueses em geral. Cada grupo tem um outro grupo “vicioso” como alvo, mas os portugueses em geral acabam sempre por entrar, ou de frente ou pelas traseiras, na lista dos culpados. Uma sociedade a empobrecer soçobra habitualmente numa cultura de culpa e os culpados são sempre os outros.

    Quinto: Salazar dizia que aquilo que parece é. Sócrates também, e deixou o país pintado daquilo que “parecia” e não daquilo que era. Mas o reino das aparências continua pujante. Por exemplo, os partidos políticos continuam a ser o mecanismo mais seguro de empregabilidade para jovens, adultos e seniores em Portugal. Nenhum outro funciona tão bem em termos de ausência de qualificações profissionais, oportunidades de emprego e carreira. O partido hoje no poder fez mais uma vez o mesmo que fez o que estava antes. Durante meio ano endromina, é a palavra correcta, a opinião pública com decisões de transparência, novas leis, exigência de concursos, imparcialidade politica na escolha das “competências”, e, depois desta imagem estar estabelecida, faz o mesmo que todos fizeram antes. Já passaram seis meses, o escrutínio é menor, a imagem está feita, tudo pode continuar como habitual. Nos assessores, nas escolas, nas artes e cultura, nos hospitais, nos escritórios de consultores ou de advogados, etc., etc. Quem é que disse que a tradição já não é o que era?

    Sexto: a corrupção é estrutural, e como as estruturas não mudaram, continua tudo na mesma. O preço dos corruptos baixou de um modo geral, após um período de glória dos “negócios”, reflectindo a crise da economia. Mas a corrupção da alta esfera continua cara e impune e a escola dos anos noventa do século XX continua com praticantes dedicados. Eu costumava dizer que mais cedo ou mais tarde, a coisa dava para o torto, tanta era a ganância. E para algumas personagens principais deu mesmo para o torto. Mas nem para todos, nem para muitos dos seus dedicados colaboradores e encobridores, que esses andam por aí como homens de muito sucesso empresarial. Bem vistas as coisas, não sei se, no essencial, vai mesmo dar para o torto.

    Oitavo: há quem do lado do poder entenda que a austeridade é uma virtude moralizadora e ascética. Do “emagrecimento” que ela provoca só resultam benefícios. Isso era se a austeridade fosse pensada, preparada e conforme com outros objectivos de deslocação de recursos de uma parte da sociedade improdutiva e gastadora, para outra mais capaz e produtiva. Ora não é isso que se passa. O que se passa é o retrocesso em todos os azimutes, como uma retirada do campo de batalha sem ordem. É verdade que é possível que assim se salvem mais pessoas individuais, mas fica-se sem exército para a batalha seguinte.

    Nono: um povo sem esperança, sem expectativas que não sejam negativas, cansado, pouco desenvolvido e pobre, presta-se a tudo. Presta-se tanto à violência como se presta à anomia e à indiferença depressiva. Uma e outra coisa são más conselheiras.

    Décimo: não é por acaso que os governantes nos dizem para emigrar. É das poucas verdades, ou das poucas frases reveladoras de verdade, que por aí se dizem. É outra maneira de nos dizer que por cá não há nada para fazer, para trabalhar, para viver.

    http://abrupto.blogspot.com/

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista

  4. 100% de acordo!

    Greve dos maquinistas da CP: não é a lei do mais forte?
    Há uma enorme indignação com a greve dos maquinistas da CP.(..)Quando se fala dos mercados não vale a pena tentar negar a realidade. Quando se fala dos trabalhadores o discurso moral aparece como por milagre. E já interessa saber não apenas o que é mas o que devia ser.

    Vou usar a mesma lógica que parece ser aceite como indiscutível: sem maquinistas os comboios não andam. Como é uma profissão que exige especialização, não podem ser substituídos de um dia para o outro por um qualquer avençado a recibos verdes. Tudo isto dá-lhes força. E eles usam esse poder em seu favor. Não é assim que as coisas funcionam?
    (..) Quem defende a inevitabilidade da lei do mais forte só tem de aguentar. Não gostam da luta dos maquinistas? Aprendam a conduzir comboios.


    Mas ao Daniel faltou pensar na verdadeira alternativa: empresas que não geram receitas para financiar a sua actividade falem. E empresas falidas não operam comboios. E sem comboios, não há maquinistas - ou melhor, até há, mas desempregados, ou a trabalhar noutros sectores.

    Moral da história: adeus CP. E já vai tarde.
  5. Boas,

    Há alguns dias, tive conhecimento detalhado de uma discussão entre directores de duas empresas. Procurava-se um acordo sobre o preço a fazer, em 2012, para o serviço que uma dessas empresas subcontrata à outra. Achavam os compradores que o preço pedido era alto, apesar de no ano em curso terem gasto um valor que era, mais ou menos, superior em um terço ao valor que agora estava em cima da mesa. Retorquia o fornecedor, o subcontratado, ser a verba admitida pelos compradores impraticável para o serviço que pediam.
    Às tantas, dois interlocutores da empresa compradora argumentaram: o serviço podia ser mais barato se a outra empresa despedisse funcionários do quadro e os substituísse por trabalhadores a recibo verde. "Faça isso e tem o seu problema - que aliás não é nosso - resolvido!", concluiu, cáustico, um dos defensores da ideia.
    http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=2207203&seccao=Pedro%20Tadeu&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  6. Boas,

    iliteracia
    nome feminino
    1. dificuldade em ler, interpretar e escrever
    2. falta de conhecimentos considerados básicos; analfabetismo
    (Do inglês illiteracy, «idem»)
    http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/iliteracia

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  7. Boas,

    O Orçamento para 2012 ainda não entrou em vigor e o primeiro-ministro já admite que não será cumprido o défice de 4,5% estabelecido com a troika. Isto apesar de ter sacrificado de uma forma brutal (e até inconstitucional) os funcionários públicos, a quem foi retirado em dois anos 25% do vencimento. Parece que os novos encargos com os hospitais-empresa e com os pensionistas da banca são os responsáveis por esta derrapagem.
    É inacreditável que isto tenha acontecido. Os hospitais-empresa não têm obrigação de manter a sua despesa sob controlo? E o governo não sabia que, ao acordar a transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado, iria ter de assumir os encargos com esses pensionistas? Que sentido faz conseguir, à custa de receitas extraordinárias, reduzir o défice em 2011 se a mesma operação implica que ele suba já em 2012?
    http://www.ionline.pt/opiniao/fracasso-anunciado

    As medidas do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012) não são suficientes para cumprir o défice orçamental de 4,5% do PIB no próximo ano, admitiu o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, esta semana, na reunião do Conselho Nacional do PSD. Novos encargos com hospitais-empresa e pensionistas da banca são os responsáveis por nova derrapagem nas contas públicas.
    http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=36998

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8. Ouça lá, mas você só mete aqui " desgraças" , e ainda tem a lata de no fim ....

    Divirtam-se....
  9. Boas,

    Colocado por: nbastosOuça lá, mas você só mete aqui " desgraças" , e ainda tem a lata de no fim ....


    Cátia faz sexo oral a Marco
    A casa já estava em silêncio absoluto quando Cátia foi ao quarto de Marco e, inesperadamente, começou a fazer sexo oral e a masturbar o pasteleiro.
    http://www.vidas.xl.pt/a_ferver/detalhe/catia_faz_sexo_oral_a_marco.html

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10. Colocado por: oxelferBoas,



    Cátia faz sexo oral a Marco
    A casa já estava em silêncio absoluto quando Cátia foi ao quarto de Marco e, inesperadamente, começou a fazer sexo oral e a masturbar o pasteleiro.
    http://www.vidas.xl.pt/a_ferver/detalhe/catia_faz_sexo_oral_a_marco.html

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista

    Pronto, ok
    esta ver, eles divertiram-se....
  11. Boas,

    Colocado por: nbastosPronto, ok
    esta ver, eles divertiram-se....


    E então?
    Qual é a dúvida?
    É só fazer igual ;)

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  12. Divertam-se
    Nbastos e a sua cátia bro......ta
  13. Segundo: a Europa que nós conhecemos acabou. Na verdade, já acabou há algum tempo, muita gente não deu por ela, mas é só uma questão de tempo para dar. A Europa que vai suceder à que acabou é uma confederação dos aflitos liderados, a toque de caixa, pelos fortes. Os mais fortes também já não são o que eram e os aflitos não contam para nada, servem de pano de fundo aos fortes.
    http://www.youtube.com/watch?v=UjEXJ5q6tMc&feature=related
    •  
      MRui
    • 27 dezembro 2011
    Colocado por: luisvvPodíamos medir currículos,

    Boa ideia. Também posso entrar no concurso? E também podemos medir outras coisas?
  14. Que tal medir umas boas mocas?
  15. Colocado por: MRui
    Boa ideia. Também posso entrar no concurso? E também podemos medir outras coisas?


    Podíamos, mas não o vamos fazer porque eu não entro em idiotices, e o MRui também não, que eu sei.
    Medir outras coisas...estão à vontade... mas como se sabe, o tamanho não é o mais importante...o Luisvv até pode ter uma cabeça muito grande mas o que vai lá dentro...pois...
  16. Hehe
    •  
      MRui
    • 27 dezembro 2011
    Oh becas, agora que podíamos aproveitar a quadra natalícia para entoar cânticos aos nossos queridos líderes liberais que nos hão-de guiar ao precipício sagrado, agora que podíamos aproveitar para colher os ensinamentos dos amanhãs que cantam nos mercados os nossos grandes líderes liberais, agora que podíamos... é que a becas vem com um corte desses?! Deixou-me sem... enlevo.
  17. Medir a competêcia é o mesmo que ser-se medido por mentecapto.
 
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