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  1. Jorge: desculpe mas não vou discutir isso consigo. Em todo o caso, se quiser, pode consultar bibliografia sobre a acção de Costa Gomes enquanto comandante da ZML, tem muita coisa por aí à disposição.
  2. essa de ir contra o mpla não é verdade!

    Até dói ler isto.
  3. zml?O que é isso?
  4. Colocado por: j cardosoAté dói ler isto.

    Porquê?
  5. Costa Gomes foi comandante da Zona Militar Leste - ZML de Angola(*). Foi aí que, através dos madeireiros portugueses que trabalhavam na zona, a UNITA entrou em contacto com as forças portuguesas e foi estabelecido o "modus vivendi": os portugueses não perseguiam a UNITA; em contrapartida esta informava os portugueses sobre as movimentações do MPLA na zona (que pretendia estabelecer uma rota de abastecimento entra a zona leste, por onde entravam vindos da Zâmbia, e o norte de Angola cujo acesso lhes era difícil por ser zona do outro movimento, a FNLA, que vinha do Zaire e tinha o apoio do Mobutu).

    PS: este "modus vivendi" teve um fim macabro - já depois do 25 de Abril a UNITA fez uma emboscada a uma coluna militar portuguesa que viajava já com o "espírito" pós-25 de Abril, sem grandes preocupações. Morreram, se não estou enganado, 22 soldados portugueses.

    Jorge: acredite que eu sei - não é para me armar, sei mesmo.

    (*) Editado: foi comandante da Região Militar de Angola onde deu espacial atenção à frente leste.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Jorge Rocha
  6. Ok.irei ler sobre isso
  7. Boas leituras
      P3080019.JPG
  8. Estado pagou duas vezes à Lusoponte
    O Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro,autorizou o pagamento de 4,4 milhõesde euros à Lusoponte para compensar a empresa pela não cobrança de portagens na Ponte 25 de Abril. Isto, apesar de saber que a isenção em Agosto neste trajecto acabou o ano passado e que a Lusoponte ficou com o dinheiro das portagens- as receitas de todas concessões rodoviárias são das Estradas de Portugal. Assim, a empresa recebeu duas vezes.


    http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/4783975.html


    Nuno Morais Sarmento fez hoje, para o jornal das 22 horas da SicNotícias, o trabalho jornalístico que os «jornalistas-pé-de-microfone», também ditos «que-emprenham de ouvido», não quiseram fazer. Consultando Lusoponte e Governo, Morais Sarmento poude dar uma descrição clara e definitiva sobre o acontecido. Foi como segue:
    1. Existe entre Estado e Lusoponte um contrato sobre compensações financeiras, que não autoriza excepções em caso algum. As compensações são devidas sem excepções e em datas precisas. O contrato foi renegociado 8 vezes, a 8.ª durante o primeiro governo Sócrates.
    2. Em Setembro, altura em que vencia a compensação relativa ao não-pagamento de portagens em Agosto, no entanto, a Estradas de Portugal -- constatando que deveria pagar 10 milhões à Lusoponte, mas que a Lusoponte já cobrara, no terreno, o equivalente à compensação pela suspensão de portagens em Agosto (4,4 milhões de euros) --, a Estradas de Portugal resolveu fazer compensação e pagar apenas 6 milhões.
    3. Consultada a Entidade Reguladora (provavelmente por iniciativa da Lusoponte), porém, essa entidade foi de parecer que o contrato não permitia a compensação feita pela EP, e que o Estado deveria pagar e ressarcir-se mais tarde.
    4. Tendo em conta a decisão do regulador, o governo realizou, então, o pagamento, para não infringir os termos do contrato. Mas esse dinheiro será, obviamente, devolvido.
    5. O governo tem quase completa uma 9.ª renegociação do contrato com a Lusoponte que não ficou completa a tempo de evitar o pagamento de Setembro, mas que acolherá a excepção necessária para casos semelhantes de manutenção de portagens em Agosto, neste ano e em outros.
    É assim.
    Vejamos agora se outros jornais e noticiários preferem os factos -- estes -- ou as versões mal informadas mas mais insinuantes de antes. O extremo nervosismo e antagonismo do pivot da SicN perante os factos exaustivamen te expostos por Morais Sarmento não auguram nada de bom. É aliás tristemente notório que muitos jornalistas portugueses perfilham aquela máxima segundo a qual «nunca se deve deixar a verdade interpor-se no caminho de uma boa história».
  9. Portagens nas SCUT são ilegais
    Comissão Europeia ameaça levar o Estado português a tribunal se não alterar as normas que violam o direito comunitário no que respeita às cobranças nas antigas autoestradas "Sem Custo para os Utilizadores"


    http://www.dinheirovivo.pt/Estado/Artigo/CIECO036845.html
    Governo: Portagens nas SCUT são legais, descontos é que não
    Para a Comissão Europeia a cobrança de portagens nas ex-Scut é legal, mas o modelo de descontos vai contra a legislação comunitária, adiantou o ministério da Economia ao Dinheiro Vivo.
    A Câmara de Aveiro disse, hoje que a Comissão adevertiu o Estado português para alterar normas nacionais relativas à introdução de portagens nas ex-SCUT que são contrárias à legislação comunitária, após a análise de uma queixa da autarquia.
    Fonte oficial do ministério da Economia, confirmou a resposta de Bruxelas à queixa da Câmara de Aveiro, mas salientou que a "União Europeia não está contra o pagamento de portagens nas ex-Scut. O problema existe em realção aos descontos para os residentes. Este critério não é considerado ilegível, mas sim o do utilizador frequente que tanto pode ser um espanhol ou um holandês", explicou o ministério de Álvaro Santos Pereira.
    O ministério não quis adiantar se já estão a preparar a resposta para Bruxelas e qual será o conteúdo da mesma.
    • becas
    • 9 março 2012 editado
    Colocado por: luisvvEste critério não é considerado ilegível


    Não o conseguiram ler?
  10. Não o conseguiram ler?


    Pelos vistos conseguiram: deduz-se a contrario que se não é considerado "ilegível", é legível..
  11. esta noticia não abona nada nada mesmo em especial para os doutos arquitectos e outros demais doutos intervenientes no assunto.
    em relação á arquitectura penso que não é esse o objectivo nobre da arquitectura ainda por coma que hoje em dia tanto se fala em sustentabilidade e gestão de recursos.
    http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=43625
    Concordam com este comentário: j cardoso
  12. Assunto: Alemanha: Ingratidão, falta de memória (e não só)

    Assunto: FW: FW: Alemanha: Ingratidão, falta de memória.


    Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência,
    ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade
    económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

    A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que
    entraram em incumprimento na década de 30 após o
    colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado
    pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.

    Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA
    no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs
    (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil
    milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase
    impacto na crescente economia alemã.

    O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a
    Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a
    Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o
    Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino
    Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.

    As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda
    Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e
    outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às
    empresas. Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou
    qualquer pagamento da dívida.

    Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido
    invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou
    participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível
    bancarrota em que se encontrava.

    Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados
    em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou
    de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados,
    durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia
    grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação.

    As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960
    executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105
    mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de
    fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos
    gregos de valor incalculável.

    Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas
    financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender
    terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua
    dívida.

    Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no
    sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender
    algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef
    Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois
    responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas
    gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.
    "Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos
    seus credores", disseram ao jornal "Bild". Depois disso, surgiu no
    seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a
    fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

    O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics,
    recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país
    devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica
    dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

    "No século XX, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que
    há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que
    injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda
    Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e
    hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto,
    lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.

    O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras
    mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus
    inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou
    adiaram-nas.

    A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica
    a outros países.

    Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a
    contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte
    o que a Grécia deve actualmente.

    Sérgio Soares, jornalista
  13. Colocado por: j cardoso
    Tem razão, não me lembrava desse. O tal "golpe" que levou Salazar a assumir a pasta da defesa e a ordenar "Para Angola e em força". Foi outro que ficou democrata de repente, parece que foram os americanos que lhe meteram isso na cabeça (e ao Costa Gomes).

    Em 1949 Costa Gomes faz uma visita a Macau...
    Aí constactou a realidade de que não seria possível defender esse território em caso de ataque externo...

    Pois confirmou e bem que os relactórios do general Gomes da Costa em 1923 referia que qualquer das três colónias de Timor,Macau e Goa eram indefensávéis militarmente...
    Nesta época já tinha real noção que teriam que ceder autodeterminação aos autócones...(em todas as províncias ultramarinas)

    Enquanto Chefe do Estado Maior entre 1941/1951;Costa Gomes procedeu à diminuição das tropas(menos 3 mil homens)em Macau...
    Depois mais tarde já como sub-secretário de estado do exército;retirou quase metade da guarnição da Índia...

    Por aqui depreende-se a sua avançada formação politico/militar...sabendo que não teria a mais pequena hipótese de resistir a qualquer ataque da união indiana,da China ou da Indonésia...
    Pensou sempre no mesmo sistema em Africa...

    Concluo assim que o que o J. Cardoso diz da influência que os americanos tiveram para a desconolização não faz sentido porque estes oficiais superiores(Botelho Moniz/Costa Gomes)já sabiam e bem há muito tempo com que linhas se cosiam!
  14. Esses, como outros oficiais, foram influenciados pelos americanos e não só; a entrada de Portugal na NATO proporcionou a muitos oficiais o contacto com militares de países com sistemas democráticos e com uma visão sobre as colónias muito diferente da visão então vigente em Portugal.

    PS: uma coisa é entender que não há meios para defender uma colónia, outra bem diferente é defender a auto determinação ou a independência. Deu o exemplo de Gomes da Costa: foi ele o suporte militar do golpe que acabaria por levar Salazar ao poder. Sempre defendeu a soberania portuguesa nas colónias e lutou por elas, é um sobrevivente do desastre militar de 1904 que foi a batalha do Vau do Pembe (*), em Angola, onde exerceu várias funções.

    (*) Salvo erro também esteve na campanha de 1907 onde finalmente os portugueses derrotaram Cuanhamas e Cuamatos e asseguraram a posse do território até ao Cunene.
  15. Refere-se a Costa Gomes ou a Gomes da Costa?

    Com a impossibilidade da defesa dos territórios ultramarinos mais o conhecimento a nível internacional as autonomias teriam que estar na mesa e na sua agenda...mais tarde ou mais cedo.
  16. Colocado por: j cardosoPS: uma coisa é entender que não há meios para defender uma colónia, outra bem diferente é defender a auto determinação ou a independência. Deu o exemplo de Gomes da Costa: foi ele o suporte militar do golpe que acabaria por levar Salazar ao poder. Sempre defendeu a soberania portuguesa nas colónias e lutou por elas, é um sobrevivente do desastre militar de 1904 que foi a batalha do Vau do Pembe (*), em Angola, onde exerceu várias funções.

    ?
    http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=93711
  17. Um artigo de Jacques Amaury, sociólogo e filósofo francês, professor na Universidade de Estrasburgo.


    Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.

    Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.

    Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

    Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

    A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

    Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

    Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.

    Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as Televisões as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.

    Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

    A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes foi notória.

    Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.

    Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.
  18. Secretário de estado (1):

    Faz um pagamento indevido à Lusoponte; a acreditar nas afirmações do 1º ministro no parlamento, o mesmo secretário de estado forneceu informação falsa ao chefe do governo. Consequências: o governo vai negociar com a Lusoponte a restituição da verba; numa posição que os próprios parecem achar de grande firmeza, o governo ameaça (?) exigir o pagamento de juros.
    O secretário de estado continua impávido e sereno em exercício de funções - até o dia em que se sentará numa cadeira executiva da Lusoponte.

    Secretário de estado (2):

    O secretário de estado da energia preparava-se para, de acordo com instruções da troika, "mexer no bolso" da EDP poupando ao erário público alguns milhões e ao consumidor alguns tostões. Mexia não gostou e os chineses mostraram má cara; Consequências: o secretário de estado vê-se a braços com "questões pessoais" e abandona o governo. O nosso primeiro assiste impávido e sereno - quem sabe um dia não terá assento no conselho executivo da Three Gorges?

    Não seria mais fácil nomear o Mexia 1º ministro e algum qualquer neto do Deng Xiaoping para ministro da energia?
    Concordam com este comentário: adan, branco.valter, oxelfeR (RIP)
  19. http://blasfemias.net/2012/03/13/rendas-das-renovaveis-foram-desejadas-pelas-elites-e-pelo-povo/

    Quando Soares dos Santos mudou a holding para a Holanda ainda houve algumas pessoas a defendê-lo. Afinal, reconhecia-se, a instabilidade fiscal prejudica os negócios. Será interessante saber quantas dessas pessoas querem agora que o Estado mude as regras no sector da energia a meio do jogo prejudicando quem participou em investimentos que o próprio Estado quis estimular. Será ainda interessante saber quantos dos entusiastas das eólicas e de outras energias intermitentes e inviáveis defendem agora que as empresas que foram induzidas a investir em Portugal nesse sector devem ser roubadas daquilo que é seu por direito.
    .
    Note-se que a ideia de que o Estado está infiltrado por lóbis não colhe neste caso. As energias intermitentes que estão na base destes investimentos subsidiados continuam a ser extremamente populares. Não há registo de grandes contestações a estes subsídios antes de 2010. Nem hoje se vê grande contestação às energias intermitentes. As pessoas não querem é pagá-las, mas apoiaram todas as palermices que geraram este problema. As rendas das energias intermitentes não resultam da acção de lóbis perniciosos que manipulam a população. Resultam da vontade democrática, tiveram amplo apoio das elites e do povo. E quem as contestou foi ridicularizado e tido como ignorante.
 
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