Iniciar sessão ou registar-se
  1. "Não, rotundamente não", disse Marta Currás, questionada pelos jornalistas em Santiago de Compostela sobre notícias que dão o pedido como certo.
  2. Boas,

    A leitura de relatórios sobre as tristemente célebres SCUT, como os que o Tribunal de Contas produz, apenas permite concluir que, se estas empreitadas alcançaram sucesso, foi no cumprimento do objectivo que não podia ser enunciado. Concessionários e instituições financeiras conquistaram o direito a embolsarem rendas elevadas, sem risco e durante prazos generosos, tudo garantido por contratos inexpugnáveis, em que renegociar para baixar os encargos excessivos é como atravessar um campo minado. Evitar o desastre não é só uma questão de vontade ou de boa vontade.
    É possível olhar para os pesados compromissos que os contribuintes portugueses têm - e terão - que suportar por conta das parcerias público-privadas e ver na questão somente incompetência e irresponsabilidade de quem negociou em seu nome. Em todo o processo, houve doses pantagruélicas destes dois ingredientes. Mas, algures entre o financiamento dos partidos e a tentação para colocar a mão na massa com o objectivo de garantir um futuro confortável, deverá haver uma explicação mais convincente.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561463&pn=1

    No discurso de "festejo", o primeiro-ministro elogiou a "extrema paciência" do povo português - tem toda a razão. A paciência dos portugueses já está ao nível da dos chineses. Os ordenados ainda não, mas estão quase.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561555

    D. Januário está legitimado e inspirado pela história recente, nomeadamente por esse documento que deveria estar emoldurado nas paredes de todas as escolas públicas em Portugal, que é a carta de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, a António Oliveira Salazar, redigida a 30 dias das eleições de 1958, que, depois de falsificadas, conduziriam ao posterior assassinato de Humberto Delgado. É uma carta sobre a desumanidade da fome e da subjugação, que Pedro Passos Coelho deveria ler, ao invés de nos tentar alimentar com amendoins e bananas; poupava-se assim a essa figura prazenteira e frágil de, como um provinciano, olhar para dentro de uma jaula e achar que já percebeu a selva por detrás das grades.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561553

    O primeiro-ministro tem sido mais contido. Também esta semana Passos Coelho afiançou que "não é política do Governo apostar em nenhuma desvalorização adicional dos salários portugueses. E, portanto, o Governo não está a preparar baixas dos salários em Portugal", disse na sequências das declarações do seu conselheiro António Borges.
    Será mesmo assim? Vamos aos factos: no último ano, Passos Coelho reduziu em 20% os salários dos funcionários públicos e as pensões acima de 1.000 euros; baixou a remuneração paga nas horas extraordinárias; cortou nas indemnizações por despedimento; reduziu o subsídio de desemprego (forçando, assim, os desempregados a aceitar salários mais baixos); reduziu dias de férias e feriados, aumentando o número de dias de trabalho para o mesmo rendimento; e prepara-se para limitar as portarias que estendem a todos os trabalhadores de um mesmo sector direitos e actualizações salariais negociados em contratação colectiva.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561455&pn=1


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  3. Colocado por: marco1"Não, rotundamente não"

    Não amanhã, sábado, fica para domingo ou segunda-feira.
  4. Não amanhã, sábado, fica para domingo ou segunda-feira.


    Toda a gente sabe que essas coisas se fazem ao fim-de-semana. Aliás, todas as 6ªs são um susto, porque são altura propícia para a Grécia desencadear a operação logística de substituição do euro pelo neuro.
  5. Boas,

    Colocado por: luisvvneuro


    Então não era gueuro?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  6. neu-ro parece-me mais apropriado, por ressoar quer a "neuen euro" quer a "neo euro".
  7. http://www.dinheirovivo.pt/Artigo/CIECO048328.html


    A última frase que ouvi atribuída a António Borges deixou-me alarmado. É uma coisa antiga, do tempo do escudo (a moeda), mas muito atual e que vale a pena transcrever. A propósito dos transportes públicos, dizia ele: "Em primeiro lugar, devia começar-se por cobrar o preço justo por determinados percursos paisagísticos que, em qualquer parte do mundo, valem milhões. [No cacilheiro que atravessa o Tejo] podia cobrar-se os preços atuais e ainda um 'suplemento transporte pitoresco' em vias de extinção."
    Calma: a frase não saiu da pena de António Borges. A frase é roubada a um livro do Miguel Esteves Cardoso. No entanto, agora que Borges está a levar no lombo - até o oportuno Cavaco Silva lhe deu umas caneladas -, achei que também eu devia juntar uns patrióticos cascudos. Assim, atirei-lhe para cima mais umas quantas culpas. Não interessa se as tem ou não. Realmente, dr. Borges. Sinceramente, dr. Borges. Francamente, dr. Borges.
    Agora que já lavei a alma, agora que ninguém olhará para mim com desconfiança (ontem, Baptista Bastos falava aqui em comentadores a soldo - livra!) posso dizer o que penso. Não quero limpar o dr. Borges de tantos outros dislates que já cometeu. Devo no entanto transcrever a frase que ele realmente disse ao Diário Económico: "A diminuição de salários não é uma política, é uma urgência, uma emergência, não pode ser de maneira nenhuma uma perspetiva de futuro." Afinal, não indicou um Portugal achinesado e achinelado como musa económica. Disse até o contrário. É sabido: excessos de interpretação assim há muitos - e até dão politicamente muito jeito. Nos anos 60, Marshall McLuhan escreveu um livro que ganhou grande relevância. Na primeira edição, o editor cometeu um erro e o título na capa saiu gralhado: "O Meio é a Massagem", em vez de "O Meio é a Mensagem". Quando viu a asneira, McLuhan deixou-o estar. Na verdade, até fazia algum sentido - era a verdade.
  8. Boas,

    Colocado por: luisvvhttp://www.dinheirovivo.pt/Artigo/CIECO048328.html


    Com esta fiquei à rasca :/
    Também li, mas não tenho por hábito ter o dinheirovivo.pt e não descubro onde li isso :(

    "Com Borges podemos dizer o mesmo. No Diário Económico ele não fez um prognóstico errado; descreveu, sim, a atualidade. A queda dos rendimentos já está a acontecer por causa dos cortes dos subsídios de férias e de Natal; por causa das reduções dos salários nas empresas; por causa do efeito da inflação associado ao congelamento das remunerações; por causa do desemprego que torna o emprego um bem escasso e frágil. "

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  9. New York Times: Portugueses são os mais "complacentes" com austeridad
    "Talvez em nenhum outro lado, contudo, as pessoas estão tão submissas como em Portugal. Mês após mês, o governo implementou cortes orçamentais, aumentos de impostos e leis laborais mais flexíveis exigidas pelos seus credores internacionais, com poucos protestos dos portugueses", escreve o jornalista do "New York Times".
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561629

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10. Porque somos cobardes e comodistas!...isto vai dar igual ou pior que a Grécia!

    Cada vez mais vejo dizerem bem dos portugueses e isso para mim é uma preocupação visto que a dívida pública galopa cada vez mais,e a despesa pública também!
  11. Boas,

    Governo contraria troika e vai pagar salários mais altos no IGCP
    De acordo com a tutela, essa decisão só foi tomada quarta-feira, tendo sido atribuída a classificação do grupo A, o que permitirá remunerar o novo presidente do IGCP (João Moreira Rato, que substitui Alberto Soares) ao nível do primeiro-ministro, ou seja, 6850,24 euros por mês, incluindo despesas de representação.
    As Finanças referem que isto "não acarreta qualquer aumento de remuneração". No entanto, se o IGCP se mantivesse como instituto e face à ausência de classificação, estava obrigado a respeitar a lei-quadro, que atribui como remuneração máxima 4512 euros por mês. Só quando forem publicados os novos estatutos é que esta decisão será pública.
    http://economia.publico.pt/Noticia/governo-contraria-troika-e-vai-pagar-salarios-mais-altos-no-igcp-1549559#Comentarios

    Água. Factura dos municípios aumenta quando chove mais
    Como muitas cidades ainda possuem contentores unitários de água, que recebem águas domésticas e águas das chuvas indiscriminadamente, o município é obrigado a pagar à Águas de Portugal o tratamento da água da chuva. Se a ETAR trata 1000 m3 de água e chovem 500 m3, a câmara tem de pagar 1500 m3 – em casos raros há acordo para pagar apenas parte da água da chuva.
    http://www.ionline.pt/dinheiro/agua-factura-dos-municipios-aumenta-quando-chove-mais


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  12. Boas,

    O Diabo perdeu a sádica jogada. Toda e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, já que nem os portugueses são ricos, nem Passos Coelho é Deus, nem Merkel o Diabo, mas parece que o primeiro-ministro está convencido de que se tirar tudo aos cidadãos, salários, bens, escola, saúde e até a dignidade, eles aguentam com paciência de Jó. Sim, só pode ser esse o sentido das suas palavras: admitir que as suas políticas têm sido violentas, injustas e estéreis e que, mesmo assim, os portugueses tudo aguentam. Caso contrário, a que propósito elogiaria a sua paciência? Só não se percebe muito bem a radical mudança de opinião do PM. Afinal, há poucos meses, considerava o seu povo piegas, queixinhas, lamechas, e, agora, entende que somos muito tolerantes e submissos. Talvez o problema maior seja mesmo esse – Passos não tem a mais pálida ideia de quem são os portugueses. É um primeiro--ministro que ignora os que governa. E isso sim, é de tirar a paciência a um santo.
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/joana-amaral-dias/santa-pachorra

    Graças ao ministro Santos Pereira, o aumento da produtividade descentrou-se da organização do trabalho, da inovação e da tecnologia e regressou ao modelo ‘manchesteriano’ do aumento das horas de trabalho, um primarismo de novo em vigor. A tentativa de dar cabo da influência dos contratos colectivos e a incultura política demonstrada na questão dos feriados obrigatórios terão o seu devido lugar na história do restauracionismo anti-OIT. Santos Pereira olha agora para 2013 como o ano da descida da contribuição patronal para a TSU como o último grito do aumento artificial da competitividade à custa dos cofres do Estado, uma posição comodamente liberal.
    O governo de Passos Coelho segue a troika naquilo que lhe dá jeito, mas devia antes cortar nas rendas excessivas, sobretudo no sector da energia, e nas PPP, nomeadamente nas pontes e auto--estradas. Assim poderia encetar uma política de redistribuição de rendimentos na exangue sociedade portuguesa. Este governo não consegue alterar os pagadores da austeridade? Arranje-se outro, senhor Presidente da República
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/jose-medeiros-ferreira/governo-troiko


    Actuação idêntica, aliás, poderia ser recomendada para Portugal. A política portuguesa é um panelão onde todos se combatem e todos se abraçam, onde a direita e a esquerda se digladiam publicamente, mas apertam a mão nos interesses e nos negócios, e onde os conluios entre o Estado, a banca e a iniciativa privada têm prosperado, como o caso das PPP (para me ficar por aqui) evidencia.
    Fechar os líderes nacionais numa sala, de preferência à vista de todos, talvez permitisse que a verdade fosse menos maltratada e os corredores do Poder sofressem desinfestação salutar. Ganharia folga o bolso dos contribuintes e reforçar-se-ia a transparência democrática, ao mesmo tempo que se eliminaria muito videirinho que, à conta da política, acumula poder, influência e dinheiro. Pena que tudo isto não passe de uma irrealizável proposta gerada pelo alienante clima do Euro e contagiada pela falta de paciência da francesa que comanda o FMI.
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/jose-eduardo-moniz/coisas-de-meter-do

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13. Colocado por: oxelfeR (RIP)A política portuguesa é um panelão onde todos se combatem e todos se abraçam, onde a direita e a esquerda se digladiam publicamente, mas apertam a mão nos interesses e nos negócios, e onde os conluios entre o Estado, a banca e a iniciativa privada têm prosperado, como o caso das PPP (para me ficar por aqui) evidencia.

    Isto faz-me lembrar o que Medeiros escreveu sobre as PPP...(dito pelos vespertinos espanhóis!)neste artigo que li hoje de manhã no café!
    http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/jose-medeiros-ferreira/governo-troiko
  14. Boas,

    Colocado por: Jorge RochaIsto faz-me lembrar o que Medeiros escreveu sobre as PPP...(dito pelos despertinos espanhóis!)neste artigo que li hoje de manhã no café!


    Que por acaso também está ai citado: é o segundo texto.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  15. Boas,

    Espanha já pediu intervenção externa para recapitalizar a banca
    Espanha avançou com um pedido de intervenção externa, numa teleconferência que contou com a participação dos ministros das Finanças da Zona Euro e da directora-geral do FMI, noticia o "El País". São 100 mil milhões de euros o valor que a Europa vai emprestar a Espanha, sob supervisão do FMI. Espanha escapa a um programa de austeridade.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=561675

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  16. Até um determinado montante?Pois isso sabemos todos que foi o estado que assegurou os erros do BPN/BPP e outros...


    Issoé falso. O estado (o seu querido sócrates) nacionalizou o BPN.
    Quanto ao BPP, já que a memória o atraiçoa, vá reler notícias da época: o estado fez o favor de impedir que os credores do banco fossem ressarcidos. Começou por obrigar os restantes bancos a financiar o BPP e depois criminosamente foi arrastando o problema - falindo muita gente pelo caminho.
    No fim, arranjou um imbróglio, que há tempos andava em tribunal, para decidir se podia ser utilizado o fundo de garantia...
  17. Não me diga que irei encontrar accionistas absolutamente diferentes entre vários bancos privados!


    As listas de accionistas com participações relevantes nos bancos são de conhecimento publico. Como o Jorge parece nao saber, aproveito para o informar: há regras na detenção de participações qualificadas simultâneas em empresas concorrentes.
    Em resumo, sim, as dezenas de bancos e instituicoes financeiras que operam em Portugal são detidas por inúmeros accionistas de origens diversas.
  18. Colocado por: luisvvas dezenas de bancos e instituicoes financeiras que operam em Portugal são detidas por inúmeros accionistas de origens diversas.

    Onde está a lógica afinal dos bancos serem privados?Apenas servem os interesses desses mesmos acionistas não é?

    A haver accionistas porque não o próprio estado?As coisas a meu ver seriam mais limpas!
  19. Colocado por: Jorge Rocha
    Onde está a lógica afinal dos bancos serem privados?Apenas servem os interesses desses mesmos acionistas não é?

    A haver accionistas porque não o próprio estado?As coisas a meu ver seriam mais limpas!

    A mesma lógica de os Aluminios e caixilhos nao serem do estado: as empresas são dos seus accionistas. Os interesses de terceiros são salvaguardados pela concorrência e pelo funcionamento do mercado.
  20. Colocado por: luisvv
    A mesma lógica de os Aluminios e caixilhos nao serem do estado: as empresas são dos seus accionistas. Os interesses de terceiros são salvaguardados pela concorrência e pelo funcionamento do mercado.

    O seu dinheiro e dos outros não me é entregue para eu desenvolver o meu negócio como o é para os bancos privados desenvolverem seus negócios!

    Não tem comparação possível!Tente convencer-me de outra forma!
    http://www.youtube.com/watch?v=dFtijO8qM6A
 
1.0205 seg. NEW