É bom para Portugal ter mais tempo para descer o défice? É bom para Portugal ter défices de 8% em vez de 4,5%? A esmagadora maioria dos comentadores dirá que sim. Dirá ainda que o Memorando da Troika é uma imposição externa que só nos vem estragar a vida. Não é um exclusivo da esquerda. A direita também acha que mais tempo (e portanto mais dívida) é que resolve os problemas do país.
O problema de mais tempo e mais dívida é que o tempo joga contra os sobreendividados. Quanto mais tempo, e logo mais dívida, mais difícil se torna gerir a dívida, mais longe se fica de uma solução suave para a dívida.
O seu dinheiro e dos outros não me é entregue para eu desenvolver o meu negócio como o é para os bancos privados desenvolverem seus negócios!
Não tem comparação possível!Tente convencer-me de outra forma!
Colocado por: j cardosoChega?
Colocado por: luisvvhttp://blasfemias.net/2012/06/11/mais-tempo-mais-divida/
Apesar de tudo há grandes diferenças entre a empresa do Jorge e a banca:
- Qualquer um pode abrir uma empresa de serralharia, pergunto: qualquer um pode ser banqueiro? Não.
Não conheço nenhuma serralharia que tenha sido levada ao colo por sucessivos regimes, incluindo o da “outra senhora”, mas conheço banqueiros.
Não conheço nenhuma serralharia em que os administradores passem pelo governo, onde aprovam procedimentos favoráveis aos antigos (e futuros) patrões e voltem à serralharia depois dessa “comissão de serviço”, mas conheço bancos onde isso acontece.
- Não conheço nenhuma serralharia envolvida nas PPP onde se fazem negócios em que o risco fica por conta do Estado e os lucros para o “fornecedor”, mas vejo os bancos envolvidos nisso.
- Não conheço nenhuma serralharia que seja financiada a juros de 1% para poder financiar o estado com juros bem superiores, embolsando a diferença, mas conheço bancos que o são.
- Não conheço nenhuma serralharia que pague cerca de 8% de IRC, mas conheço bancos que o fazem.
Não conheço donos de serralharias que sejam chamados a dar opiniões e conselhos ao Primeiro Ministro, mas conheço banqueiros que o são.
- Não conheço serralharias investigadas por actividades ilícitas que lesam gravemente o Estado, mas conheço bancos que o são.
Já vi um governo aprovar no último dia de exercício leis à medida que beneficiem os bancos ou empresas desses mesmos bancos, mas nunca vi isso acontecer com alguma empresa de serralharia.
Nunca vi nenhum Jacinto Leite Capelo Rego serralheiro a financiar um partido do governo, mas já vi alguém com o nome idêntico a financiar o CDS-PP e estou capaz de garantir que deve ser o “nome artístico” de algum mandatário da banca.
Chega?
Colocado por: luisvvque 3 ou 4% das empresas pagam 80% ou próximo disso, do IRC
Tudo o que referes têm o estado pelo meio, logo: se o estado não existisse ...
Os ladrões estão sempre do lado do estado, e não é ironia, as "falcatruas" são feitas por quem representa o estado, os outros apenas aproveitam.
Colocado por: luisvvDe facto, a corrupção decorre da mera existência do Estado e dos poderes que este conquistou.
Taxas adicionais visam acautelar queda de receita
Esta foi uma das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ainda antes da apresentação da proposta do OE/2012 no Parlamento. No debate quinzenal, Passos Coelho deu conta da criação de uma taxa adicional para as empresas com maiores lucros, que segundo fiscalistas visa acautelar a quebras de receita de IRC na sequência da recessão económica que será de 2,8% em 2012. O fiscalista Samuel Almeida considera ainda que esta taxa adicional de IRC mais não visa do que "compensar" a previsível quebra de receita de IRC no próximo ano com a retracção económica, tendo em conta, diz, que o Governo parte da garantia que "há um grupo de cerca de 100 empresas que contribuem com 80% da receita fiscal". Uma garantia de receita fiscal que é, afirma, essencialmente assegurada pelas empresas cotadas que, por terem um controlo maior e por questões de imagem e reputacionais, não arranjarão mecanismos para escapar a esta taxa adicional. O que não é o caso, antecipa, para um conjunto de outras empresas em que esta tributação especial funcionará como "um incentivo a arranjarem, em 2012, mecanismos mais ou menos complexos para reduzirem o apuramento do lucro tributável".
O fiscalista Rogério Fernandes Ferreira partilha da opinião de que "é uma norma, cujos destinatários o Fisco sabe, à partida, quem são, que se deverão poder contar facilmente, e que visa angariar receita e garantir o crescimento do IRC". Este fiscalista conclui ainda que há um "aumento do imposto, por via da revogação das taxas reduzidas (da interioridade e de 12,5%), da nova derrama estadual de 3% e 5%, consoante o lucro tributável e das novas regras de reporte de prejuízos fiscais", o que, diz, "desvirtua a sua estrutura conceptual e aproxima o IRC de um imposto progressivo".
Colocado por: luisvvNo debate quinzenal, Passos Coelho deu conta da criação de uma taxa adicional para as empresas com maiores lucros, que segundo fiscalistas visa acautelar a quebras de receita de IRC na sequência da recessão económica que será de 2,8% em 2012.
Mais razão me dá: para ser banqueiro é necessário passar um escrutínio apertado, e ser considerado idóneo.
Não, porque não alterou uma vírgula às razões aduzidas por mim e pelo Jorge para nacionalizar uma empresa.
Tenho a certeza que não. Serralheiros e metalúrgicos não financiam partidos, Deus nos livre
Já tive oportunidade de lhe resumir as razões porque os bancos pagam taxas reais mais baixas que outras empresas.
Colocado por: j cardosocertos sectores estratégicos