Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    luisvv, o que disse está certo. E como disse antes, também não acredito em milagres de crédito.
    Mas não invalida que, ao contrário do exemplo dado do mutualismo no Montepio, estes créditos não têm taxas de juros associadas (para o lado do cliente se preferir).

    Repare que não estou a defender este sistema, nem o conheço em detalhe para poder defender. Gosto do principio de ser um banco associativo, gosto da ideia de créditos sem taxas de juros (apesar de haver "despesas de funcionamento" aparentemente elevadas), e gosto da ideia de se ir criando uma poupança em paralelo com a amortização do crédito.

    Numa pequena simulação que fiz, com dados semelhantes ao meu crédito habitação, a pagamento mensal seria 30% mais elevado do que pago actualmente. Vantagem, quando terminasse o pagamento do crédito teria uma boa conta poupança, desvantagem, provavelmente não teria capacidade mensal para pagar o crédito.
  2.  # 2

    Colocado por: luisvvAcontece que o "milagre" dos empréstimos sem juros não existe.


    Eu até acredito que possa existir. Num mundo com valores diferentes, que não seja a selva actual de cada um por si.


    Colocado por: luisvvE depois de ler isto no site deles, nem sei o que dizer.. "We regard receiving money in exchange for labour as legitimate; however we do not consider it legitimate to earn money simply with money. In our opinion it is unethical to lend money against interest."


    Para quem compra obrigações Suecas isso mostra uma hipocrisia por parte do banco muito grande...
  3.  # 3

    "Impostos elevados afoguentam investidores estrangeiros"

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=523795

    De facto... Austeridade = + impostos, e pessoas sem dinheiro para consumir.
    Que incentivo têm as empresas para virem para os países Europeus?
    Como é que alguém acha que o caminho é este? Ou será que sabem o que estão a fazer, apenas têm uma "agenda" diferente daquela que dizem ter?
  4.  # 4

  5.  # 5

    luisvv, o que disse está certo. E como disse antes, também não acredito em milagres de crédito.
    Mas não invalida que, ao contrário do exemplo dado do mutualismo no Montepio, estes créditos não têm taxas de juros associadas (para o lado do cliente se preferir).


    E no entanto, os custos efectivos para o cliente do empréstimo são quase os mesmos dos empréstimos bancários (já para não falar da ideia de que é imoral cobrar juros..) . Makes you wonder, ahn?

    Repare que não estou a defender este sistema, nem o conheço em detalhe para poder defender. Gosto do principio de ser um banco associativo, gosto da ideia de créditos sem taxas de juros (apesar de haver "despesas de funcionamento" aparentemente elevadas), e gosto da ideia de se ir criando uma poupança em paralelo com a amortização do crédito.

    Vamos lá ver: eu gosto da ideia de os individuos se organizarem da forma que melhor entendem para prosseguir os fins que entendem. Não gosto é da treta eco-moral-socializante com que embrulham o produto, nem gosto que me atirem areia para os olhos.

    Numa pequena simulação que fiz, com dados semelhantes ao meu crédito habitação, a pagamento mensal seria 30% mais elevado do que pago actualmente. Vantagem, quando terminasse o pagamento do crédito teria uma boa conta poupança, desvantagem, provavelmente não teria capacidade mensal para pagar o crédito.


    Por outro lado, se tivesse capacidade para pagar esses 30% mais, provavelmente a sua prestação actual seria mais baixa. Ou, se quisesse aplicar esse capital extra, poderia obter rendimentos bem superiores aos da "poupança forçada" (que, by the way, no final do prazo estará desvalorizada na exacta proporção da inflação acumulada no tempo de vida do empréstimo).
    Concordam com este comentário: eu
  6.  # 6

    De facto... Austeridade = + impostos, e pessoas sem dinheiro para consumir.
    Que incentivo têm as empresas para virem para os países Europeus? Como é que alguém acha que o caminho é este? Ou será que sabem o que estão a fazer, apenas têm uma "agenda" diferente daquela que dizem ter?


    Correcção:

    Gastos excessivos ontem = necessidade de gastar menos hoje e amanhã = já comemos ontem o que tínhamos na despensa para a semana toda, por isso hoje vamos para a caminha só com uma sopita, sem almoço nem jantar.
    Concordam com este comentário: eu
  7.  # 7

    Colocado por: luisvvPor outro lado, se tivesse capacidade para pagar esses 30% mais, provavelmente a sua prestação actual seria mais baixa. Ou, se quisesse aplicar esse capital extra, poderia obter rendimentos bem superiores aos da "poupança forçada" (que, by the way, no final do prazo estará desvalorizada na exacta proporção da inflação acumulada no tempo de vida do empréstimo).


    Verdade, se tivesse uma taxa de esforço mais reduzida, o spread seria mais baixo, e por aí fora... E Também me parece que não convém iludir-nos, 10 000€ agora não são a mesma coisa que 10 000€ daqui a 10 anos.

    Colocado por: luisvvVamos lá ver: eu gosto da ideia de os individuos se organizarem da forma que melhor entendem para prosseguir os fins que entendem. Não gosto é da treta eco-moral-socializante com que embrulham o produto, nem gosto que me atirem areia para os olhos.


    Não sei estão a tentar atirar areia para os olhos de alguém, os bancos "normais" fazem isso diariamente e não os critico por isso. Cabe-nos a nós ter a capacidade de separar o trigo do joio (ou o joio menos mau do pior...).

    Colocado por: luisvvE no entanto, os custos efectivos para o cliente do empréstimo são quase os mesmos dos empréstimos bancários (já para não falar da ideia de que é imoral cobrar juros..) . Makes you wonder, ahn?


    Questões de moralidade são subjectivas. As taxas de juro tendem a que quem tem e empresta fique com mais, e quem não tem e pede fique com menos. A verdade é que se eu peço dinheiro emprestado é porque preciso/quero para algum fim. Quem empresta pode ditar em que condições o faz, seja com taxas de juro ou com outro tipo de custos.
  8.  # 8

    Colocado por: luisvvCorrecção:


    Não, não é uma correcção. É um complemento.
  9.  # 9

    Não sei estão a tentar atirar areia para os olhos de alguém, os bancos "normais" fazem isso diariamente e não os critico por isso. Cabe-nos a nós ter a capacidade de separar o trigo do joio (ou o joio menos mau do pior...).

    No entanto, os bancos normais não se apresentam como "sem juros porque é imoral".


    Questões de moralidade são subjectivas. As taxas de juro tendem a que quem tem e empresta fique com mais, e quem não tem e pede fique com menos. A verdade é que se eu peço dinheiro emprestado é porque preciso/quero para algum fim. Quem empresta pode ditar em que condições o faz, seja com taxas de juro ou com outro tipo de custos.

    A natureza do crédito é simples: quem tem capital disponível empresta, mediante promessa de remuneração. Abdica de consumo imediato, por troca de consumo futuro. Já quem pede emprestado faz o contrário. É de supor que quem pede emprestado avalia as vantagens e desvantagens - se avalia bem ou mal, isso é outra história. A história da transfe^rncia de capital é treta - apenas reflecte a preferência pela satisfação imediata de necessidades/desejos em detrimento da acumulação de poupanças.
  10.  # 10

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=523903

    Os tão "independentes" mercados a meterem-se em decisões políticas?
  11.  # 11

    Colocado por: luisvvNo entanto, os bancos normais não se apresentam como "sem juros porque é imoral".


    daí serem "normais"...

    Colocado por: luisvvA natureza do crédito é simples: quem tem capital disponível empresta, mediante promessa de remuneração. Abdica de consumo imediato, por troca de consumo futuro. Já quem pede emprestado faz o contrário. É de supor que quem pede emprestado avalia as vantagens e desvantagens - se avalia bem ou mal, isso é outra história. A história da transfe^rncia de capital é treta - apenas reflecte a preferência pela satisfação imediata de necessidades/desejos em detrimento da acumulação de poupanças.


    Sinceramente, treta é o que acabou de escrever. Quem empresta não abdica de consumo imediato, continua a consumir, e empresta para mais tarde poder ter mais dinheiro e mais poder.
  12.  # 12

    Sinceramente, treta é o que acabou de escrever. Quem empresta não abdica de consumo imediato, continua a consumir, e empresta para mais tarde poder ter mais dinheiro e mais poder.


    Terá percebido o que escrevi? Vamos lá de novo: quem empresta abdica de utilizar o seu capital agora, para o receber mais tarde, com uma remuneração. Fá-lo porque entende que é mais proveitoso do que gastar já. Continua a gastar? Talvez - mas, no imediato, sempre menos do que poderia gastar se não emprestasse o capital.
    Ao contrário, quem pede emprestado considera que é mais proveitoso gastar já, abdicando de gastos futuros (repare que "mais proveitoso" não é necessariamente apenas em termos financeiros).
    Nessa análise, entram inúmeros factores: as expectativas de retorno do gasto, por exemplo. As expectativas de rendimento futuro. A prevalência dos interesses imediatos sobre os interesses longínquos. Etc, etc, etc, etc....
    Concordam com este comentário: eu
  13.  # 13

    Não deixa de haver uma transferência de capital.
    Repare, quem empresta (o mais forte) impõe condições a quem pede (o mais fraco), é inevitável que haja uma canalização e centralização de capital por parte de quem empresta. Quem tem mais vai continuar a ter mais e mais do que antes de emprestar, o que implica que quem tem menos e pede, vai ficar com menos.
  14.  # 14

    Colocado por: luisvvquem empresta abdica de utilizar o seu capital agora, para o receber mais tarde, com uma remuneração


    Ou seja, está a "utilizar" o seu capital.
  15.  # 15

    Não deixa de haver uma transferência de capital. Repare, quem empresta (o mais forte) impõe condições a quem pede (o mais fraco), é inevitável que haja uma canalização e centralização de capital por parte de quem empresta. Quem tem mais vai continuar a ter mais e mais do que antes de emprestar, o que implica que quem tem menos e pede, vai ficar com menos.

    Isso é partir de vários preconceitos:
    Quem empresta não é necessariamente mais forte, nem impõe o empréstimo.
    O empréstimo pressupõe vontade das partes, e pressupõe que ambas encontram mais utilidade no que vão receber em troca.
    O que quem pede faz com o que recebe é problema dele. Se prefere ter o objecto X agora, em vez de acumular o capital e comprar daqui a 3 anos, por exemplo, é uma escolha livre.

    Ou seja, está a "utilizar" o seu capital.

    De certa forma, sim. Mas na essência, está a colocá-lo à disposição de outrem, mediante uma remuneração.
  16.  # 16

    Boas,

    Colocado por: luisvvO que quem pede faz com o que recebe é problema dele.


    ?!?!?!?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  17.  # 17

    Colocado por: luisvvIsso é partir de vários preconceitos:
    Quem empresta não é necessariamente mais forte, nem impõe o empréstimo.
    O empréstimo pressupõe vontade das partes, e pressupõe que ambas encontram mais utilidade no que vão receber em troca.
    O que quem pede faz com o que recebe é problema dele. Se prefere ter o objecto X agora, em vez de acumular o capital e comprar daqui a 3 anos, por exemplo, é uma escolha livre.


    Percebo que interprete o que eu disse como um preconceito, mas não é, é uma generalização. É um facto que, na grande maioria dos casos, quem pede é quem tem menos.
    Também não afirmei que quem empresta impõe esse empréstimo, disse que impõe as condições do empréstimo.
  18.  # 18

    Este ano Portugal acabou com uma sobra de 2 mil milhões de euros para ter o défice em 5,9%.
    Mas hoje foram emitir mil milhões de dívida a 3 meses com juros de 5%.

    Se sobraram 2 mil milhões porquê ir pedir emprestado mil milhões agora?

    Alguém percebe porque é preciso gastar dinheiro do contribuinte desnecessariamente para dar algum lucro a bancos e especuladores e agências etc...
    • eu
    • 7 dezembro 2011

     # 19

    Colocado por: bino_Este ano Portugal acabou com uma sobra de 2 mil milhões de euros para ter o défice em 5,9%.

    Não há sobra nenhuma. Vamos é gastar 2000000000 de euros dos pensionistas, dinheiro que terá que ser devolvido, claro...
  19.  # 20

    Claro que há um excedente. Se fosse todo colocado para pagar dívida o défice este ano seria inferior a 5,9%.
    De onde veio o dinheiro e como é que agora se vai pagar as pensões aos bancários (relembro que eles para o ano terão 14 pensões contrariamente aos restantes reformados e que eles continuam apenas a descontar 3% para a segurança social contrariamente aos outros que descontam 11%) isso é outra questão.

    O facto curioso é ver como as coisas são geridas e como o sistema está montado, em que é preferível pedir emprestado agora e pagar daqui a 3 meses com juros do que usar o dinheiro que existe agora na carteira sem pagar nada.
    É evidente que assim, quando acabar o dinheiro da troika em 2014 Portugal estará numa situação pior que agora e terá que sair do euro.
    Concordam com este comentário: eu
 
0.1420 seg. NEW