Colocado por: luisvvAcontece que o "milagre" dos empréstimos sem juros não existe.
Colocado por: luisvvE depois de ler isto no site deles, nem sei o que dizer.. "We regard receiving money in exchange for labour as legitimate; however we do not consider it legitimate to earn money simply with money. In our opinion it is unethical to lend money against interest."
luisvv, o que disse está certo. E como disse antes, também não acredito em milagres de crédito.
Mas não invalida que, ao contrário do exemplo dado do mutualismo no Montepio, estes créditos não têm taxas de juros associadas (para o lado do cliente se preferir).
Repare que não estou a defender este sistema, nem o conheço em detalhe para poder defender. Gosto do principio de ser um banco associativo, gosto da ideia de créditos sem taxas de juros (apesar de haver "despesas de funcionamento" aparentemente elevadas), e gosto da ideia de se ir criando uma poupança em paralelo com a amortização do crédito.
Numa pequena simulação que fiz, com dados semelhantes ao meu crédito habitação, a pagamento mensal seria 30% mais elevado do que pago actualmente. Vantagem, quando terminasse o pagamento do crédito teria uma boa conta poupança, desvantagem, provavelmente não teria capacidade mensal para pagar o crédito.
De facto... Austeridade = + impostos, e pessoas sem dinheiro para consumir.
Que incentivo têm as empresas para virem para os países Europeus? Como é que alguém acha que o caminho é este? Ou será que sabem o que estão a fazer, apenas têm uma "agenda" diferente daquela que dizem ter?
Colocado por: luisvvPor outro lado, se tivesse capacidade para pagar esses 30% mais, provavelmente a sua prestação actual seria mais baixa. Ou, se quisesse aplicar esse capital extra, poderia obter rendimentos bem superiores aos da "poupança forçada" (que, by the way, no final do prazo estará desvalorizada na exacta proporção da inflação acumulada no tempo de vida do empréstimo).
Colocado por: luisvvVamos lá ver: eu gosto da ideia de os individuos se organizarem da forma que melhor entendem para prosseguir os fins que entendem. Não gosto é da treta eco-moral-socializante com que embrulham o produto, nem gosto que me atirem areia para os olhos.
Colocado por: luisvvE no entanto, os custos efectivos para o cliente do empréstimo são quase os mesmos dos empréstimos bancários (já para não falar da ideia de que é imoral cobrar juros..) . Makes you wonder, ahn?
Colocado por: luisvvCorrecção:
Não sei estão a tentar atirar areia para os olhos de alguém, os bancos "normais" fazem isso diariamente e não os critico por isso. Cabe-nos a nós ter a capacidade de separar o trigo do joio (ou o joio menos mau do pior...).
Questões de moralidade são subjectivas. As taxas de juro tendem a que quem tem e empresta fique com mais, e quem não tem e pede fique com menos. A verdade é que se eu peço dinheiro emprestado é porque preciso/quero para algum fim. Quem empresta pode ditar em que condições o faz, seja com taxas de juro ou com outro tipo de custos.
Colocado por: luisvvNo entanto, os bancos normais não se apresentam como "sem juros porque é imoral".
Colocado por: luisvvA natureza do crédito é simples: quem tem capital disponível empresta, mediante promessa de remuneração. Abdica de consumo imediato, por troca de consumo futuro. Já quem pede emprestado faz o contrário. É de supor que quem pede emprestado avalia as vantagens e desvantagens - se avalia bem ou mal, isso é outra história. A história da transfe^rncia de capital é treta - apenas reflecte a preferência pela satisfação imediata de necessidades/desejos em detrimento da acumulação de poupanças.
Sinceramente, treta é o que acabou de escrever. Quem empresta não abdica de consumo imediato, continua a consumir, e empresta para mais tarde poder ter mais dinheiro e mais poder.
Colocado por: luisvvquem empresta abdica de utilizar o seu capital agora, para o receber mais tarde, com uma remuneração
Não deixa de haver uma transferência de capital. Repare, quem empresta (o mais forte) impõe condições a quem pede (o mais fraco), é inevitável que haja uma canalização e centralização de capital por parte de quem empresta. Quem tem mais vai continuar a ter mais e mais do que antes de emprestar, o que implica que quem tem menos e pede, vai ficar com menos.
Ou seja, está a "utilizar" o seu capital.
Colocado por: luisvvO que quem pede faz com o que recebe é problema dele.
Colocado por: luisvvIsso é partir de vários preconceitos:
Quem empresta não é necessariamente mais forte, nem impõe o empréstimo.
O empréstimo pressupõe vontade das partes, e pressupõe que ambas encontram mais utilidade no que vão receber em troca.
O que quem pede faz com o que recebe é problema dele. Se prefere ter o objecto X agora, em vez de acumular o capital e comprar daqui a 3 anos, por exemplo, é uma escolha livre.
Colocado por: bino_Este ano Portugal acabou com uma sobra de 2 mil milhões de euros para ter o défice em 5,9%.