Coisas da tropa
Colocado por: rjmsilvaExercício Dragão 2013, as Pandur na aldeia de Curros.
Colocado por: maria rodrigues
Este tópico é quase, ou é mesmo, um exclusivo de comentadores masculinos.
Vou abrir uma excepção para comentar uma piada de caserna.
O meu relato é autêntico e foi vivenciado por um familiar que cumpria o serviço militar na Guiné.
Este familiar tinha um companheiro de armas, que deixou de dar notícias à família.
Preocupados, esforçaram-se junto da Marinha (estavam nos fuzileiros) para saber
informes dele. Foi verbalmente repreendido por não escrever aos familiares.
Não teve quaisquer hesitações, escreveu à família apenas isto: "agora não digam que eu não vos escrevo"
Na volta do correio recebeu a resposta de uma das irmãs: "agora não digas que não te respondo"!
Esta não é uma anedota. Era o alvo de troça dos companheiros, naturalmente!
Colocado por: branco.valter
Alguma avariou? É que cá baixo dizem que elas são meio para o fraquitas na fiablidade. As Pandur ali se tiverem algum condutor mais destemido mandam abaixo uma casa ou duas. LOL
Na tropa apanha-se de tudo!
Colocado por: utvptrcaQuando fui à inspeção havia excesso de contingente, pelo que não queriam ninguém com 12º ano feito. Houve quem se tivesse voluntariado (pelo menos um colega do secundário que também lá estava) para as tropas especiais e outros ramos e mesmo assim nada.
Eu não queria ir. Bem, na realidade queria, mas era para piloto-aviador e de jatos de combate. Achava que o resto era para meninas. Como a FAP na altura acho que já nem tinha jatos (lembram-se dos A7 que cairam - e isto foi antes de chegarem os F16) não havia vagas para a FAP. Eu estava a estudar e já estava a trabalhar em part-time para pagar o curso e queria terminar, pelo que na altura achei que ter que fazer tropa era uma chatice e uma perda de tempo.
E tive algum receio, porque em Coimbra, onde fui fazer a inspeção, houve um Tenente-Coronel das BAI que me "marcou" para ingresso, quer quisesse, quer não. Lembro-me dele me aparecer várias vezes de surpresa, estávamos nós numa qualquer fila, me dar uma grande palmada nas costas - até caia para cima do tipo à frente - e dizer que eu tinha "bom cabedal" e que estava à minha espera para "fazer de ti um homem". Ainda hoje me lembro dele.
Hoje, com o distanciamento e espero maturidade da idade, considero que estava errado. Tenho pena de não ter tido a experiência, mesmo que não fosse piloto-aviador e o Tenente-Coronel tivesse conseguido engajar-me. Certamente se fazem lá bons amigos para a vida e se aprendem/reforçam - espero que ainda se aprendam/reforcem - valores essenciais à sociedade.
Acredito que as Forças Armadas podiam ser uma daquelas muitas "coisas" em que Portugal, se quisesse, podia ser o melhor do mundo.
Colocado por: branco.valterTinha os A-7 P Corsair, mas pilotos nesse tempo era algo que não faltava.
Colocado por: DOGMA
e os botes?
Colocado por: branco.valterTem a certeza da patente desse senhor?
Colocado por: DOGMAe os botes?
Colocado por: utvptrca
Não tenho a certeza. Lembro-me vagamente de me terem dito isso. Qualquer coisa tipo "tás lixado pá... o tenente-coronel engraçou contigo". Sargento não devia ser porque o distico (não sei se é assim que se chama) de patente eram barras e não os "^" dos sargentos. Mas não tenho certeza da patente. Lembro-me que tinha o mesmo tipo de constituição que eu e era mais ou menos da minha altura. E lembro-me que tinha cabelo e bigode grisalho. E da voz "vou fazer de ti um homem" :-).
Sempre que o vi estava com uma farda camuflada. Não me recordo da cor da bóina.
Enfim foi à muito tempo. Se pudesse, tinha ido, nem que fosse pela experiência. Agora só me resta ir fazer um curso de páraquedismo. Fica a faltar o armamento :-)