Penso que as primeiras organizações seriam do tipo tribal, o mais forte era o chefe. Haveria quiçá uma noção de que o bem comum passaria pela submissão ao tipo que caçava melhor.
Não. O Estado pressupõe monopólio da coerção legítima num determinado território.
Bem comum é uma abstracção, geralmente equivalente a "benefício para uma maioria", mas também "benefício para determinado grupo".
Lá está: o critério da eficiência na satisfação do “bem comum”.
Sem querer ser desagradável: que parte é que não percebe? Aceite? Por todos? Não percebo a usa dúvida.
Não, não pressupõe: bem pelo contrário, na minha opinião o poder político é uma emanação do poder económico.
Muito romântico. Explique-me que desejos, vontades e aspirações exprimem neste momento os milhões de operários chineses (por exemplo) que trabalham não sei quantas horas por dia em condições inenarráveis. A vontade de não morrer de fome?
Não sei porque diz que não são capazes de conhecer toda a informação relevante. A não ser que sejam escolhidos em função da sua estupidez congénita, não estou a ver porque hão-de ser mais ou menos falhos de informação que qualquer interveniente no mercado.
No caso português então é flagrante: Saltam das empresas para os ministérios de onde voltam às empresas. Em boa parte são exactamente as mesmas caras que hoje assinam contratos como governantes e amanhã estão nas empresas privadas a gerir esses contratos – e vice-versa.
Isso é adivinhação? Uma maldição do estado? Mesmo que o estado tome as medidas necessárias e alcance o efeito pretendido cairão consequências indesejadas? Só porque é o estado a tomar essas medidas? Vai ter de explicar isto muito melhor.
Mais uma vez esta é uma afirmação gratuita. Em que fundamenta esta conclusão?
Um gajo porreiro disse uma vez algo como isto: A masturbação é a oportunidade de fazer amor com alguém que eu realmente amo!
Continuo a não perceber como é que fornecedores privados de segurança e justiça podem substituir o Estado. A não ser que se considere que os comportamentos de cada um, numa sociedade sem Estado, não têm de obedecer a uma escala de valores morais, sendo tudo relativo, deixando de haver a necessidade de noção de crime e consequentemente da sua repressão.
Mais uma vez: a quem recorro se sou vítima dum energúmeno que atenta contra a minha liberdade? Se posso recorrer a um fornecedor privado, quem dá autoridade a este para actuar contra a liberdade do suposto criminoso?
A frase referia-se ao homem primitivo mas ainda assim o raciocínio mantém-se: a caverna seria o território desse "estado".
Não concordo, mas reconheço que pode ser subjectivo. Retomando o exemplo da caverna: é evidente que qualquer membro do clã ocupante da caverna teria de se submeter a algumas regras - por exemplo, ser-lhe-ia vedado roubar a alimentação a outro. De facto isto constitui uma limitação ao seu comportamento - ou "direitos", mas em contrapartida partilhava a segurança que a pertença a um grupo lhe concedia, evitando dormir à mercê das feras. Convém ao grupo e convém ao indivíduo mesmo que por algum preço: as vantagens são maiores que as desvantagens.
Bom…afinal sou mesmo muito burro.
Não sei se esta a ver! Perguntam-lhe onde se encontra materializada (pelo menos de forma aproximada) a sua corrente de pensamento. E responde de uma forma que me parece um pouco sumida ou pouco segura.
Repare, que quando diz que “de uma forma geral o som da palavra “liberal” evoca imediatamente os EUA…” a leitura que faço è que parece estar a imputar a outros essa afirmação. Ou seja, parece que esta a dizer “Os EUA são liberais mas não sou eu que digo, são os outros”. E depois refere que o liberalismo não tem só uma componente económica (estou totalmente de acordo), e por fim aos seus olhos nos EUA há uma mistura de liberdade com intervencionismo.
Baralhando e voltando a dar.. eu apenas consigo entender das suas palavras que os outros classificam o EUA como modelo liberal, mas para si não o são.Também de acordo com as suas palavras, em Portugal as várias componentes do modelo liberal passam pelas várias ideologias politicas.
Bom, entendemos que por aqui as várias componentes do liberalismo não se dão bem, ou seja são antagónicas.
E remata com referências clubisticas dos 3 “grandes” …ah mas falseando a questão. Pois refere que perguntar a alguém que sugere a abolição do estado (até aqui eu percebi …esse alguém é o Luís)… qual o estado que mais lhe agrada è como perguntar a um “zbortinguista” se prefere o SLB ou o “Folcuporto” (e aqui é que falseia a questão pois não lhe perguntaram qual o que mais lhe agrada. Repare lá em cima “Qual o estado que mais se aproxima da sua perspectiva liberal que defende. Independentemente de gostar ou não, afinal os EUA, ou Portugal são ou não alguma aproximação da sua filosofia.?
Será assim tão difícil dizer NENHUM, ESSE MODELO NÃO SE CONSEGUE MATERIALIZAR. È APENAS E SÓ UM MODELO EMPIRICO. Como vê há uma resposta simples
Veja que eu também tenho dias que acho o estado ilegítimo…acho simpática a ideia do liberalismo, agrada-me deveras mas não acredito nela. Penso que já se apercebeu disso.
Reitero que os liberais falham redondamente na materialização da sua corrente filosófica e na explicação de como se articulam as tão almejadas liberdades individuais. Esta è a minha pedra de bater.
Se o que tem a argumentar è a conotação com os tais pontos 3,9 e 10…Pois então aceito-os assumidamente e sem vergonha alguma. Aliás acho que são argumentos bem válidos para o caso em questão.
Eu sei, que o luís sabe, que eu sei que você è um digno e ilustre devorador da retórica e da persuasão de Aristóteles e Platão. Como tal a utilização de argumentos legítimos ou não legítimos, comigo não pegam De forma alguma vou alterar as minhas teorias ou a minha conduta, por esse caminho
Não foi isso que eu disse..repare bem
“O liberalismo, também parte de um pressuposto de fé e de crença no funcionamento de uma série de comportamentos.”
A palavra mudança é sua, não minha. Reitero o liberalismo faz fé no funcionamento, ou entenda-se na articulação de comportamentos individuais.vírgula, no pressuposto de que cada um prosseguirá o que entende ser o seu interesse.
Nada contra, eu sei que se sente desconfortável fora do raciocínio da lógica, os tais zeros e uns, tudo ou nada, 0 ou 100, etc etc. Mas como lhe digo para mim há 50 , 34, há talvez, meio termo. Percebe? A minha intervenção não é no sentido de dizer o luís está totalmente errado, ou o liberalismo é diabólico e deve ser exorcizado…
Nada disso.
Não. O critério de self-interest.
o que é ou poderá ser um sistema de justiça aceite por todos?
o seu raciocínio crítico supõe que seria possível de outra modo. Supõe no fundo uma omnipotência da vontade política.
Os chineses que refere trabalham nas condições que resultam das suas escolhas e dos seus compatriotas.
A economia em particular, mas uma sociedade humana em geral é demasiado complexa para ser prevista em todas as suas ramificações e relações. Uma acção gera mais que uma reacção.
Mas se a organização foi voluntariamente aceite, não se trata de um Estado. Se o Estado resultar da submissão voluntária de um grupo de individuos, não é um Estado.
Colocado por: luisvv
O relativismo é um mal intimamente ligado à noção de Estado.A lei é boa porque é lei, ou é lei porque é boa?
Diga-me então: quem deu a autoridade ao Estado?
Colocado por: luisvv...a liberdade é como a virgindade (é difícil ser "só um bocadinho")
Colocado por: luisvvCreio que o neon ainda está preso na ideia de que o Estado existe porque sempre existiu. É ilegítimo? Não importa, existe e a gente aguenta-se..
Colocado por: luisvvE porquê para este e não para a escravatura, por exemplo?
Colocado por: luisvvo liberalismo aceita a ideia de que os individuos são bons e maus, alternada ou simultaneamente.
Colocado por: luisvvApenas me espanta a forma como se aceita ser "um bocadinho virgem"
Colocado por: luisvvO resto fica para amanha,
A ver se entendo: A "caverna" não é um estado porque a "adesão" é voluntária, no entanto quem lá entra têm de obedecer a um conjunto de regras (que são impostas "coercivamente" por que já lá está).
Se não quiser obedecer às regras? Simples, não entra lá (não faz parte da comunidade/estado).
Portugal é um estado porque "obriga" as pessoas a cumprirem determinadas regras. Aceito. Mas obriga alguém a cá estar? Não nos dá a hipótese de fazermos como o homem das cavernas? Não aceitar as regras e não entrar na caverna? O estado obriga-nos a ficar por cá? Por mera curiosidade, neste momento até nos aconselha a fazer o contrário. Não vejo onde é que a "organização" estado não é voluntariamente aceite, todos nós temos o poder de escolha de cá estarmos (seguirmos as regras) ou não.
Podemos andar por aqui a colocar definições, tiradas ou não da wikipédia, a definir o que é um estado, mas: Onde haja mais do que uma pessoa a viver num mesmo espaço, haverá sempre regras a que todos devem obedecer. Na "elaboração" das regras participam ou não todos os elementos da comunidade. Esta regras são impostas com ou sem a concordância de todos, mas todos as devem aceitar/cumprir ou deixam de pertencer à comunidade.
Não será (mais ou menos) isto o conceito mais "básico" de estado?
Haverá hipótese de termos uma comunidade sem regras? Havendo regras, alguém têm de as elaborar e fazer cumprir. Mesmo que esse alguém sejam todos os elementos da comunidade, isso não é um "estado"? Podemos dar-lhe um outro nome qualquer, mas as funções não são as mesmas?