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  1.  # 101

    Boas,

    Colocado por: Jorge RochaEu já lhe tinha uma pergunta desse tipo que não me soube responder...se achava bem privatizar os tribunais!


    Até lhe posso chamar todos os nomes e mais alguns.
    Raramente estou de acordo com ele.
    Mas há uma coisa que não posso negar: ele sabe do que fala e sabe o que "quer".


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  2.  # 102

    Sabe?
    Como assim?
  3.  # 103

    Não, não são necessariamente gratuitos, para a maioria da população, e por vezes revelam-se mesmo excessivamente caros (o que todos lamentamos...) Entretanto retirá-los por completo da esfera pública, seria um rotundo disparate.

    Seria um disparate porque ... ?


    O que os torna incontornáveis é que elesestão efectivamente disponíveis quando deles necessitamos, e são normalmentefornecidos ao cidadão, quer ele possa, ou não, pagar o serviço.


    Não estão disponíveis quando necessita, e não lhe são fornecidos se não puder pagar. Ponto. Mais: são fornecidos em condições convenientes para o prestador do serviço, que não para o "consumidor".

    O problema é que não ridicularizei, (antes fosse esse o caso...) Fui muito realista, nos casos que apresentei que ilustram onde chegaríamos se não contribuissemos todos para o fornecimento à população de certos serviços básicos, e gratuitos se necessário, sem os quais regressaríamos à Barbárie...

    Realista porquê? A Lub é que tem o raciocínio embotado pela omnipresença do Estado, e acredita que só o Estado pode fornecer segurança e justiça.

    Nem vejo como é possível que uma "boa cabeça" como a sua ;))) consiga extremar-se nas suas teorias neo-liberais, ao ponto negar uma tal evidência, achando que se trata de pura chacota!
  4.  # 104

    está contra leis feitas pelo governo?


    Qual a alternativa? Cada um fazer as suas próprias leis ou privatizamos também a constituição?


    Se quiser dar-se ao trabalho de ler, há muito por onde escolher.
  5.  # 105

    Eu já lhe tinha uma pergunta desse tipo que não me soube responder...se achava bem privatizar os tribunais!


    Não lhe soube responder? Que giro...

    Tome nota: quando lhe digo que não há qualquer justificação para a existência de um Estado, pressupõe-se que as instituições que o compõem se dissolvem, ou passam a actuar em concorrência.

    Quando lhe digo que não há qualquer justificação para a existência de um monopólio da justiça e segurança, o que acha que isso significa?
    • LuB
    • 30 abril 2012 editado

     # 106

    Não estão disponíveis quando necessita, e não lhe são fornecidos se não puder pagar. Ponto.

    Não são fornecidos se não puder pagar?
    Se o Luis se estampar na sua moto, alguem lhe pergunta na altura, se vai pagar a conta?
    Primeiro atendem-no e depois vão ver se pode pagar... Acha que uma empresa privada, que visasse os lucros, faria o mesmo?

    Mais: são fornecidos em condições convenientes para o prestador do serviço, que não para o "consumidor".

    As empresas privadas tb procuram boas condições para si, e só secundariamente pensam no cliente...
    Poderiam actuar em concorrência? Não sei, (não vejo varios tribunais a concorrerem entre si, (nem a exercerem a justiça, em função da capacidade de pagamento dum cliente...)
    Infelizmente, já temos muito quem pague para conseguir "o que quer" dos tribunais...

    Seria um disparate porque ... ?

    Ver respostas anteriores...

    Realista porquê? A Lub é que tem o raciocínio embotado pela omnipresença do Estado, e acredita que só o Estado pode fornecer segurança e justiça.


    Gostaria que explicasse aqui à "embotada" como é que na prática isso poderia ser feito, na segurança, saúde, ou Justiça... Dê exemplos concretos, de saídas possiveis, para os casos que citei. (Aqueles que foram, pelo Luis tomados como chacota..)
    Não me vai dizer que quem não pode pagar, tem de desaparecer do mapa!
    (Malthus não teorizou outra coisa...)
    ...
  6.  # 107

    Não são fornecidos se não puder pagar?
    Se o Luis se estampar na sua moto, alguem lhe pergunta na altura, se vai pagar a conta?
    Primeiro atendem-no e depois vão ver se pode pagar... Acha que uma empresa privada, que visasse os lucros, faria o mesmo?


    São duas situações diversas, os cuidados médicos e os serviços de justiça e segurança. Noto que olvidou os segundos e se centra nos primeiros.
    Quanto a estes, a Lub imagina um mundo em que alguém estará indisponível para pagar cuidados médicos, e em que estes serão caros ou inacessíveis. Mais uma vez, porquê? Sendo cada um livre de determinar as suas prioridades, e na medida em que a concorrência seja possível, o que impediria a prestação de serviços médicos a preços razoáveis?

    As empresas privadas tb procuram boas condições para si, e só secundariamente pensam no cliente...

    Exactamente. Mas mesmo assim a LuB é capaz de fazer as compras num supermercado que lhe oferece produtos a preços baixos - não por uma especial preocupação com o seu bem-estar, mas tão só porque a concorrência assim o determina.
    E o mesmo é válido para a generalidade dos bens e serviços que adquire.

    Poderiam actuar em concorrência? Não sei, (não vejo varios tribunais a concorrerem entre si, (nem a exercerem a justiça, em função da capacidade de pagamento dum cliente...)

    Claro que não vê - então, sem o Estado estaríamos todos nas cavernas, a dar pauladas nas cabeças dos vizinhos.
    O Estado é nosso amigo e sem ele seria o caos.
    (já agora, há exemplos notáveis de concorrência legislativa - imagine-se, gente a escolher que leis prefere..- e da criação de leis sem actos legislativos, e até da existência de tribunais privados.. )

    Infelizmente, já temos muito quem pague para conseguir "o que quer" dos tribunais..

    Argumento demolidor. Para o Estado, claro.
  7.  # 108

    Gostaria que explicasse aqui à "embotada" como é que na prática isso poderia ser feito, na segurança, saúde, ou Justiça...

    Não é coisa para resumir aqui num par de linhas, mas podemos simplificar: tal como se pode fazer em qualquer outra área. A principal diferença é esta: desprovidas do poder de taxar(ou de roubar legalmente), as agências de segurança e ou justiça teriam que obter os seus rendimentos por meio de trocas voluntárias.

    Libertos do abraço carinhoso do Estado, os cidadãos teriam a faculdade de determinar os bens pelos quais estariam dispostos a pagar. E vá-se lá saber porquê, a Lub imagina que os cidadãos teriam outras prioridades.

    Dê exemplos concretos, de saídas possiveis, para os casos que citei. (Aqueles que foram, pelo Luis tomados como chacota..)


    Não me vai dizer que quem não pode pagar, tem de desaparecer do mapa! (Malthus não teorizou outra coisa...)
  8.  # 109

    Há coisas em que até estou com o nosso liberal residente. As câmaras têm o exclusivo do licenciamento de obras particulares e licenciamento de actividades e não me parece que a sua privatização pudesse piorar a situação. Cobram o que querem, demoram o tempo que querem e, ironicamente, as obras que são uma referência na arquitectura nacional nem sequer tiveram de passar por lá (e Casal de Cambra também não).
    Já na parte do ordenamento do território, não estou mesmo a ver como os particulares podem chegar a acordo sobre que áreas deverão ser urbanas e quais deverão ser REN ou RAN. Também poderia aqui argumentar sobre a importância de haver REN e RAN, mas agora não tenho tempo, que ontem obrigaram-me a comemorar no sofá.
  9.  # 110

    A principal diferença é esta: desprovidas do poder de taxar(ou de roubar legalmente), as agências de segurança e ou justiça teriam que obter os seus rendimentos por meio de trocas voluntárias.

    É aqui que fico confuso. A ver se percebo.

    Tenho um problema do tipo legal com alguém que, por acaso, dispõe de meios que eu não disponho. Vou então contratar alguém que me faça justiça a um preço que eu possa pagar - ou que aceite em troca aquilo que eu tenho para oferecer. Pelo que diz ninguém é obrigado a prestar-me esse serviço. Em última análise pode preferir prestar esse serviço ao meu oponente que até tem meios superiores aos meus. Conclusão: fico sem direito à justiça?
    Mas vamos supor que asseguro esse serviço por parte de alguém que o pode prestar. O meu oponente fará o mesmo, certamente - recorrerá a alguém que possa também prestar esse serviço. Quem irá "desempatar"?
    Só mais uma dúvida: quem estabeleceria as leis necessárias? Alguma deve ser precisa, afinal de contas até Deus precisou de 10 mandamentos ...
  10.  # 111

    Faço ainda notar que subjacente ao pensamento da Lub está a ideia de que somos todos uns monstros individualistas, incapazes de promover a solidariedade e de nos organizarmos para fornecer serviços a quem eventualmente não os possa pagar.
  11.  # 112

    Boas,

    Colocado por: luisvvFaço ainda notar que subjacente ao pensamento da Lub está a ideia de que somos todos uns monstros individualistas, incapazes de promover a solidariedade e de nos organizarmos para fornecer serviços a quem eventualmente não os possa pagar.



    .... que por muito que me custe, é para mim uma evidência ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: eu
    • Neon
    • 30 abril 2012

     # 113

    Colocado por: luisvvFaço ainda notar que subjacente ao pensamento da Lub está a ideia de que somos todos uns monstros individualistas, incapazes de promover a solidariedade e de nos organizarmos para fornecer serviços a quem eventualmente não os possa pagar.


    hehehe :) não me pareçe que a Lub esteja incorrecta.

    Caso não tivessem possibilidades de pagar por justiça, casos como Carlos Cruz, Casal Mccan, Violador de Telheiras, etc etc teriam poucas possibilidades de obter "simpatia" solidária ;).
  12.  # 114

    que por muito que me custe, é para mim uma evidência ...


    hehehe :) não me pareçe que a Lub esteja incorrecta.


    E no entanto, aparte do preconceito, a realidade desmente-nos - para além daqueles (e são tantos os que conheço..) que se aliviam de responsabilidades, alijando-as para o Estado (e que indubitavelmente numa sociedade sem Estado seriam seguramente os primeiros a dar o seu contributo, não é ? ) são inúmeras as organizações com fins solidários, os cidadãos que prestam trabalho voluntário, que financiam actividades das mais diversas naturezas.
  13.  # 115

    Gostava dum Estado que se cingisse ao essencial e para mim esse essencial é a Justiça e a Segurança.

    Pode-se invocar os vários sistemas privados de justiça e punição que têm existido ao longo dos tempos, mas era quase sempre uma justiça privada de corporações com fins disciplinares.

    A justiça penal (mas da mesma forma também a civil) cabe ao Estado e apenas a este. Um homicida ou um violador comete um crime contra o Estado, não apenas contra a vítima, significando isto que cometeu um crime contra todos nós, contra a comunidade.

    Num País em que o Estado tem farmácias, é accionista dum cabeleireiro (li num jornal há uns tempos), e mais mil um negócios, falar de justiça privada não é mais que um devaneio febril.
  14.  # 116

    luisvv

    "...de nos organizarmos...."

    o que propoe nesse sentido? uma comissão de festas? um comité? opa, mas os organizadores trabalham de graça? isso não tem custos logisticos? bem o melhor é contratar uma empresa privada para organizar a nossa organização. Será assim, este modelo??
    • LuB
    • 30 abril 2012 editado

     # 117

    Faço ainda notar que subjacente ao pensamento da Lub está a ideia de que somos todos uns monstros individualistas, incapazes de promover a solidariedade e de nos organizarmos para fornecer serviços a quem eventualmente não os possa pagar.


    Quanto a sermos "uns monstros", não sei... Na verdade, se não somos monstros, também não somos uma "espécie" assim tão solidária... cada um avaliará a sociedade à sua maneira.
    Não temos dado provas de muita abnegação ao longo da história...
    Mas adiante!

    Se, como comunidade, em dada altura nos organizamos para fornecer de forma gratuita serviços básicos imprescindíveis, caminhamos para a criação de estruturas não lucrativas suportadas por todos.
    Claro que o poderemos fazer de forma voluntária (caridadezinha) ou obrigatória.
    Ora o voluntariado não é assim tanto...
    Luis espera que, fruto da grande generosidade e abnegação da população, apareçam muitas "empresas" como a criada pela Madre Teresa de Calcutá?

    Não terá sido com o fim de garantir direitos básicos, sem recurso à caridade, que nasceu, ao longo da história, a ideia de implementar serviços públicos?
    Se eles funcionam ou não, se engordaram e se corromperam, já é outra estória...

    É por isso que sempre concordarei com a existência de alguns serviços públicos, desde que geridos por gente capaz, centrados em áreas, (ou situações) em que os privados não podem garantir os serviços, quanto mais não seja porque não darão qualquer lucro.
  15.  # 118

    o que me parece é que ainda existe a ideia do "estado" como no tempo de salazar, ou seja tem que estar envolvido em todos os aspectos da sociedade!!!
  16.  # 119

    Colocado por: luisvvTome nota: quando lhe digo que não há qualquer justificação para a existência de um Estado, pressupõe-se que as instituições que o compõem se dissolvem, ou passam a actuar em concorrência.

    Cá está um disparate a todo o tamanho...
    Enumere um estado privado existente nesse sentido pra eu ver!...e se funciona bem

    Colocado por: luisvvQuando lhe digo que não há qualquer justificação para a existência de um monopólio da justiça e segurança, o que acha que isso significa?

    Acho que significa um tremendo disparate porque a mente humana se não tiver algo que refreie o seu ímpeto materialista com o poder nas mãos;leva sempre a convulções sociais e nunca pode existir justiça...observe o que andam a fazer os tipos de colarinho branco e se a justiça funcemina com o poder que têm em pagar a advogados...veja se existe equilíbrio quando se tem dinheiro e quando não se tem,os desfavorecidos ainda têm a possibilidade que haja um pouco de neutralidade por parte da justiça,mas se esta for privada,será uma espécie de justiça do tempo da inquisição onde os mandaretes têm só eles o poder para condenar qualquer um sem a possibilidade de se defenderem!
    • eu
    • 30 abril 2012

     # 120

    Colocado por: J.FernandesGostava dum Estado que se cingisse ao essencial e para mim esse essencial é a Justiça e a Segurança.

    Qual é o País que mais se aproxima dessa utopia?
 
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