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  1.  # 41

    Boas,

    Mas não se pense que os problemas são exclusivos do Barclays. É certo que foi o primeiro a sofrer as penalizações, em dinheiro e em reputação, pela manipulação das taxas Libor e Euribor. Mas é apenas a ponta do icebergue e há mais uma dúzia de suspeitos. O que desperta o pensamento realmente assustador: tido por livre e regulado, afinal todo o mercado financeiro tem sido ajustado e combinado desde 2005.

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=566929&pn=1


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  2.  # 42

    Boas,

    A Alemanha, como maior economia da Zona Euro e da UE, encontra-se numa posição semelhante: regista superavits sucessivos, obriga os países devedores a ajustamentos dolorosos e depois responsabiliza-os por verem a dívida aumentada. Mas, como refere Martin Wolf, o "Modelo Alemão" precisa do "Club Mediterrannée" para sobreviver, a aritmética das trocas comerciais obriga a que, no contexto de uma união económica e monetária (ainda que incompleta, como é o caso), para que alguns registem supervits, outros tenham de suportar défices.

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=566855&pn=1

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  3.  # 43

    Acho que te perdeste: Uma família que não pague o seu CH não fica com o nome do BP "impossibilitando-a" assim de obter outros empréstimos?
    Então no mínimo em termos de empréstimos fica igual a um estado.

    Não. A diferença é extraordinariamente relevante: uma família que renegoceie o crédito com o banco não desencadeia um evento de crédito, como sucede com as dívidas soberanas....

    Uma família sem dinheiro consegue ir ao supermercado? Um estado consegue ir ao supermercado?Pelo menos o estado vai ao interno, a família nem isso.

    Uma família sem dinheiro vai à mercearia da esquina e pede fiado. Um Estado, vai às merceariazinhas todas, mas rapidamente descobre que arruinou umas, e ganhou má reputação noutras.

    Sim, e?

    E, não é uma coisa bonita de se ver. Os pormenores são imprevisíveis, em grau e extensão, mas a falta de pagamentos do Estado tem potencial para arruinar tudo e todos.
  4.  # 44

    Boas,

    Colocado por: luisvvuma família que renegoceie o crédito com o banco não desencadeia um evento de crédito, como sucede com as dívidas soberanas...


    Não percebi.

    Colocado por: luisvvUma família sem dinheiro vai à mercearia da esquina e pede fiado. Um Estado, vai às merceariazinhas todas, mas rapidamente descobre que arruinou umas, e ganhou má reputação noutras.


    A família pede fiado, mas pedir até o estado pode pedir, podem é ouvir um "vai-te catar".
    A família que pede fiado e não paga não ganha má reputação?

    Colocado por: luisvvE, não é uma coisa bonita de se ver.


    Nem eu disse que era, nem estou a discutir as implicações que isso traria.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    • eu
    • 9 julho 2012

     # 45

    Colocado por: oxelfeR (RIP)O que desperta o pensamento realmente assustador: tido por livre e regulado, afinal todo o mercado financeiro tem sido ajustado e combinado desde 2005.

    Esta crise, pelo menos demonstrou duas coisas sobre a alta finança mundial:
    -São tão aldrabões, vigaristas e incompetentes com muitas pequenas empresas de esquina;
    -Precisam de muita regulação;
    Concordam com este comentário: marco1, mog
  5.  # 46

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Não percebi.

    É fácil de perceber: se você renegociar a dívida com o banco para ter mais prazo, ou para ter um período de carência, por exemplo, esse facto não o classifica como incumpridor, ao contrário do que acontece com uma dívida soberana de um estado.
  6.  # 47

    Nao gosto muito da analogia do gordo, prefiro pensar que se está a obrigar o gordo a pagar a comida que comeu à custa doas outros.

    A grande porca está de facto muito gorda, e não gosta da ideia de ter de perder uns quilitos.
  7.  # 48

    Boas,

    Colocado por: J.FernandesÉ fácil de perceber: se você renegociar a dívida com o banco para ter mais prazo, ou para ter um período de carência, por exemplo, esse facto não o classifica como incumpridor, ao contrário do que acontece com uma dívida soberana de um estado.


    Não era bem isso, mas ok ...

    Então problema é de classificação?
    A seguir vais-me dizer que quem dá essa classificação são aquelas coisas que classificam (e muito bem) os clientes mediante o que estes lhes pagam.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8.  # 49

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Então problema é de classificação?
    A seguir vais-me dizer que quem dá essa classificação são aquelas coisas que classificam (e muito bem) os clientes mediante o que estes lhes pagam.

    Não, vou apenas dizer que essas são as condições que os Estados que precisam de dinheiro emprestado, têm que se sujeitar, goste-se ou não.
  9.  # 50

    Boas,

    Colocado por: J.FernandesEstados que precisam de dinheiro emprestado


    Mas o objectivo não é mesmo evitar isso?
    A ideia não é mesmo não pedir emprestado?
    Se eu não quero pedir emprestado para que é que preciso de condições para que me emprestem?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10.  # 51

    Boas,

    É verdade:

    Ainda não ouvi por aqui comentários dos defensores de todas as virtudes da concorrência e dos impolutos dos bancos sobre a Libor/Barclays.
    Agora até já se fala da manipulação de euribor metendo ate o deutsche bank pelo meio.

    Ah, já sei, a culpa é do estado, se não houvesse qualquer tipo de regulação isto não acontecia ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: eu
  11.  # 52

    Colocado por: oxelfeR (RIP)Se eu não quero pedir emprestado para que é que preciso de condições para que me emprestem?

    Agora sou eu que não estou a perceber nada. Se não precisa de dinheiro emprestado, óptimo, não precisa de pedir nem de se sujeitar às condições dos credores.
  12.  # 53

    Boas,

    Colocado por: J.FernandesAgora sou eu que não estou a perceber nada.


    Ok, agora estou um pouco na tanga, mas vê lá:

    Eu apenas respondi a isto
    Colocado por: mogreestruturar dívida = pregar o calote.


    com isto,

    Colocado por: oxelfeR (RIP)A reestruturação da dívida pode ser feita de três formas diferentes (mais as suas conjugações):
    1 - Alterar os prazos de pagamento (normalmente aumentar).
    2 - Alterar a taxa de juro (normalmente diminuir).
    3 - Alterar o montante em dívida (normalmente diminuir).

    Só um mero aparte:
    Vemos muitas vezes ser aconselhada a reestruturação da dívida. Quantas vezes não vemos ser aconselhado (ou até nós mesmos sugerimos) a reestruturação da dívida de quem está endividado?
    Quanto vamos (sugerimos, aconselhamos) a alguém ir falar com o banco por causa do seu CH para:
    - Diminuir o spread.
    - Aumentar o prazo do empréstimo.
    estamos a fazer (sugerir, aconselhar) uma reestruturação da dívida.


    E começaram logo a pensar que eu defendia a reestruturação e a dizer o que de mal pode acontecer com uma reestruturação.

    Eu apenas quis dizer que reestruturar pode ou não ser
    calote
    (francês culotte, perda importante no jogo ou nos negócios)
    s. m.
    [Informal] Dívida que não foi paga por falta de vontade ou por má-fé.


    Que aqueles que acusam os outros de desonestidade intelectual neste caso também o estão a fazer, porque a maior parte (dos que eu tenho lido) dos que defendem a reestruturação, fazem-no em relação ou aos juros ou aos prazos.

    E mais até, estou farto de colocar aqui as palavras do Álvaro:

    03 JUNHO 2011
    Portugal só conseguirá pagar o seu empréstimo se: 1) a economia nacional começar a crescer a taxas superiores a 3% nos próximos anos, 2) os governos alcançarem excedentes orçamentais primários, e 3) se houver uma reestruturação da dívida pública interna (ou seja, se houver uma renegociação das parcerias PPPs). Se estas condições não forem obtidas, temo que, infelizmente, uma reestruturação da dívida portuguesa se torna inevitável. No mínimo, é muito provável que tenha de ser feito um reescalonamento dos prazos da nossa dívida pública.


    08 JUNHO 2011
    EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL
    Independentemente de quem for o próximo Ministro das Finanças, é fundamental que o novo governo tenha o objectivo de alcançar o equilíbrio orçamental a médio prazo (dentro de 4 a 5 anos). Ou seja, défice zero até 2016, o mais tardar. Só assim é que poderemos credibilizar as nossas finanças públicas e só assim é que poderemos tentar evitar uma eventual reestruturação da nossa dívida. E só tínhamos a ganhar se anunciássemos esse mesmo objectivo já na cimeira europeia do final deste mês, pois o novo governo estaria a mostrar que se rege por critérios de exigência incomparavelmente mais elevados do que os governos anteriores, ganhando assim credibilidade aos olhos dos nossos parceiros europeus e dos próprios mercados financeiros.



    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    • mog
    • 9 julho 2012

     # 54

    Independentemente da forma de reestruturação de dívida de que estejamos a falar, a verdade é os seus defensores têm sempre subjacente a ideia de não pagar. Pode-se sempre falar em alargar o prazo, alterar a taxa de juro, mas basta ouvi-los falar em dívida legítima e ilegítima para se perceber que no fundo, no fundo, do que estamos a falar é de pregar o calote, a menos que se esgotem as tentativas de cumprir.
  13.  # 55

    Boas,

    Sabendo que o segredo é a alma do negócio...

    06/02/2012
    Governo desmente sondagem a peritos para reestruturar dívida portuguesa
    A história foi publicada logo de manhã pela agência Reuters: Portugal teria contactado informalmente vários especialistas sobre a possibilidade de avançar com uma reestruturação da dívida, seguindo o exemplo da Grécia. A sondagem tinha sido feita através de "contatos muito discretos", avançava a agência, e acompanhava as negociações dos investidores privados com Atenas, que devem ser concluídas esta semana.
    http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO033731.html?page=0


    Afinal o BE já têm seguidores em todo o mundo ..


    Domingo, 6 de novembro de 2011
    No entanto, para Nuno Monteiro, professor de Ciência Política na Universidade de Yale, perto de Nova Iorque, "algures em 2012 ou 2013", o país terá de renegociar a dívida com os credores. "Como já escrevi no Expresso e no The Guardian há mais de seis meses, a dívida pública portuguesa é demasiado grande para ser reembolsável. Mais tarde ou mais cedo, teremos de acordar com os credores - e com as grandes potências do euro - uma tal reestruturação, renegociando prazos de reembolso, taxas de juro, ou mesmo muito provavelmente um 'corte de cabelo' (hair cut). É uma questão de tempo".
    http://expresso.sapo.pt/reestruturacao-da-divida-portuguesa-no-horizonte=f685545


    03 Março 2011
    EX-ECONOMISTA CHEFE DO FMI
    "Reestruturação da dívida portuguesa é inevitável"

    Kenneth Rogoff considera que pode ser "inevitável" a reestruturação da dívida de Portugal, tal como o será da Grécia ou da Irlanda, considerou citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
    "Acho que a eventual reestruturação de dois ou três países - Grécia, Irlanda, Portugal - é inevitável", disse o professor da Universidade norte-americana num evento no Ministério das Finanças alemão, em Berlim, na quarta-feira à tarde, citado hoje pela Bloomberg.
    Para Rogoff uma operação de outro género "pode ser denominada de outro nome" que não reestruturação para "salvar a face" dos países.
    O antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) já tinha dito que alguns países da zona euro podem ter que reestruturar a dívida levando os obrigacionistas a assumir perdas de até 40 por cento. O responsável considerou mesmo que se a Espanha fizer uma reestruturação de dívida será difícil "ficar por aí" e provavelmente a mesma medida terá de ser tomada por outros países já que a Espanha é "simplesmente demasiado grande".
    Numa entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, a 10 de Fevereiro, o economista já tinha dito que países como a Grécia e Portugal devem ser instados a abandonar a zona euro durante 10 a 15 anos de modo a sanear as suas finanças públicas. Já na quarta-feira, sobre a possibilidade de a Grécia abandonar o euro, Rogoff disse que essa seria uma "solução sensata" mas acrescentou não acreditar que "tal vá acontecer".
    http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1797787


    2 de Fevereiro de 2012
    Investidores esperam reestruturação da dívida portuguesa - NYT
    Os mercados financeiros estão "preocupados com Portugal", e os investidores acreditam que a dívida portuguesa será reestruturada como a da Grécia, escreve o New York Times (NYT) num artigo publicado 'online' na quarta-feira.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 56

    Boas,

    Colocado por: mogdívidalegítimaeilegítima


    Isso já é outra história, que não têm tido muitos defensores.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  15.  # 57

    Pode ser inevitavel... Hahaha :-)
  16.  # 58

    A duvida nao e se vai haver reestruturação, andamos a brincar a ver quem fica com a batata quente na mão. A minha aposta é que será o BCE a ficar a arder com o grosso do prejuízo.

    Quanto a nunca mais nos emprestarem dinheiro, óptimo!
  17.  # 59

    Boas,

    Vejam em 2:28.
    Fantástico!



    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: GF
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Jorge Rocha
  18.  # 60

    Criei uma nova discussão: "Compre o que é Nosso".. Porque é uma forma de criar alternativas de consumo que fazem crescer a Economia.. Temos de ser rigorosos na nossa orientação de consumo, Produtos Portugueses iniciam código de barras por "560...". Tomo este factor de compra em consideração sempre que posso, isto já resolvia parte dos nossos problemas actuais. Só não quero debater este assunto aqui por saber que há empresas portuguesas muito boas e sólidas que não devem ser mencionadas nesta discussão. Abraço.
    Concordam com este comentário: Luis K. W., sancardoso
 
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