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  1.  # 1

    Caros amigos,
    Tenho um terreno em Alcantarilha e queria construir, mas parece que mesmo com a "crise" isto está difícil!
    Os arquitetos do Algarve pedem pelo projeto completo de 80m2 de implantação e 125m2 habitáveis + cave, entre 6 e 8.000.- os do centro, mesmo tendo que se deslocar ao Algarve pedem metade deste preço.
    Alguém me sabe indicar:
    - contactos de arquitetos (para orçamentos)
    - empresas de construção (sérias)
    - uma ideia de custo de m2,
    obrigado
    Concordam com este comentário: Nuno AMS
  2.  # 2

    jacmatos

    tente que o preço do projecto não seja um factor imperativo na escolha da equipa de projecto para a sua casa.
    esse preço pode dizer muita coisa ou como diz ser excessivo, por isso pesquise bem que o barato por vezes sai caro.
  3.  # 3

    Elá.... 8.000 mil euros por um projecto? sabem quanto ganha por mês, um Arquitecto/a numa Câmara Municipal ??? cerca de 1500€ brutos e falo de técnicos com 10 e mais na entidade e quando foram já traziam experiência de outros lados. Quero com isto dizer, que um técnico superior, para ganhar 8 mil euros, tem de trabalhar meio ano. Como se pode justificar tão elevado valor para um projecto de uma casa. Naturalmente, o processo envolve outros projectos a serem elaborados por técnicos de outras áreas mas haja consciência... Quem tudo quer tudo perde...
    Isto faz-me lembrar quando vou ao Restaurante, há menos gente a ir mas como querem facturar o mesmo, tenho de pagar o valor daqueles que não foram......
  4.  # 4

    cinderela

    não vou ser politicamente correcto, assim apenas lhe digo: não fale do que não sabe, a sua comparação ao salario de uma arquitecto da camara é ridiculo e mostra que não percebe como se estrutura o trabalho de um gabinete de projectos.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Rodrigo Cruz
  5.  # 5

    Percebo alguma coisa marco...
    Os gabinetes foram criados e equipados quando a época da construção estava em alta, com a conjuntura actual, alguns gabinetes já fecharam e os que vão resistindo, cobram preços elevados, de forma a conseguir mantê-los.... Contudo, quem se mete a fazer uma casa, para que ela fique a preços de mercado, tem de pensar bem nos custos, e esses custos, começam logo no projecto, sob pena de obter obra feita, com um preço que se torna invendável, se porventura a quiser vender...
    Concordam com este comentário: Paramonte
  6.  # 6

    Colocado por: jacmatosCaros amigos,
    Tenho um terreno em Alcantarilha e queria construir, mas parece que mesmo com a "crise" isto está difícil!
    Os arquitetos do Algarve pedem pelo projeto completo de 80m2 de implantação e 125m2 habitáveis + cave, entre 6 e 8.000.- os do centro, mesmo tendo que se deslocar ao Algarve pedem metade deste preço.
    Alguém me sabe indicar:
    - contactos de arquitetos (para orçamentos)
    - empresas de construção (sérias)
    - uma ideia de custo de m2,
    obrigado


    Acho os valores altos... estamos a falar grosso modo de quê? 80 + 80m2 =160m2, ou de 80 +45= 125m2
    De uma maneira geral, para uma habitação até 150m2 de Ab, concerteza arranjará proposta de honorários para todos os projectos inlcuindo levantamento topográfico, entre 4500 a 6000€ (já incluindo o IVA)
    Até porque a Câmara de Silves não é das mais complicadas... se fosse Loulé... tem mesmo de se majorar 20% para suprimir os "precalços" administrativos que estes arranjam.

    Procure... No Algarve, no alentejo...
  7.  # 7

    Cara Cinderela,

    Não conhecendo o caso em questão, voltamos à mesma questão de sempre relativamente ao suposto elevadíssimo preço dos projectos.
    6000 / 8000€ não é caro nem é barato, depende do serviço que se pretende prestar, e honestamente fazer projectos em tempos de crise ao contrário do que se possa pensar não é mais fácil/barato, pelo contrário, tem que existir um controlo de despesas muito mais apertado e um maior esforço na racionalização de custos para manter uma qualidade equivalente.
    Repare neste vídeo parte 3 minuto 1:05
    http://www.youtube.com/watch?v=hzgtTbbtLLQ&feature=relmfu
    Como é possível pagar um processo de experimentação de 100 plantas com 6000€ ?

    Em vez de se olhar para o projecto como uma despesa de 6000€ dada por meia dúzia de papeis para o licenciamento pense no seguinte.
    Os 8000€ quase de certeza que incluem as especialidades, consideremos 3000€ para as mesmas (que já não é muito). O nível de exigência legal e técnico de um projecto de uma moradia exige cerca de 10 especialidades, logo 300 euros para cada. Se os engºs cobrarem 5 euros/hora (uma fortuna) dá 60 horas a dividir por 8h/dia são 7 dias e meio. Ou seja os engºs que irão tratar da estrutura, térmica, águas, eletricidades e comunicações, etc, etc terão 7 dias e meio para analisar o processo, reuniões sem fim com arquitectos e cliente, pesquisar soluções à medida, realizar estudos e testar várias soluções (nem se exige as 100 do arquitecto, mas no mínimo 3/4) mapas de quantidades, uma molhada de peças escritas, uma molhada ainda maior de peças desenhadas, impressas cortadas e dobradas pelo menos meia dúzia de vezes (só para imprimir, cortar e dobrar tudo ao longo do processo um dia não chega). Bom, 7dias e meio é tudo o que cada engenheiro de especialidades pode oferecer.

    Sobraram 5000€ para a arquitectura. Vamos imaginar que por solidariedade um arquitecto também cobra 5€/hora. Isto dará 1000 horas de trabalho /8horas diárias dará 125 dias (5,68 meses).
    Ora considerando um mês para o tal processo de experimentação de estudo prévio, definição de programa, reuniões com os clientes (que mudam frequentemente de opinião) organização espacial, execução de visualizações (cada uma a custar 200 a 300€ no mínimo), peças desenhadas das diversas soluções e afins até se encontrar uma solução adequada (Rever o vídeo onde se descobre que para o Souto Moura 100 versões bastam).
    Considere outro mês para finalizar o licenciamento, dar resposta a todas as questões legais, coordenar especialidades, peças desenhadas e escritas e versões digitais de tudo vezes um número ridículo de cópias.
    Mais 2 meses e meio para um projecto de execução sério, a considerar um bom número de soluções e materiais que estão constantemente a evoluir, reunir inúmeras vezes com cliente e representantes de materiais, considerar várias hipóteses, fazer uma infinidade de peças desenhadas, desenhos gerais, de toscos, mapa de acabamentos, mapa de vãos, mapa de wc, escadas, mobiliário, guardas, detalhes, cortes constructivos, etc etc.caderno de encargos, medições detalhadas, termos de referência...eu sei lá o que mais. em mais uma montanha de papel e cópias digitais para pedir orçamentos a empreiteiros.
    Mais um mês para deslocações e acompanhamento à obra, esclarecer dúvidas, realizar alterações, fazer telas finais, dar resposta a dezenas de ofícios e tantos outros pedidos que vão chegando. Posso informar que já contei por curiosidade só a quantidade de emails relativos a um processo desta natureza e andam entre os 300 e os 500.

    Neste fantástico cenário ganhámos todos 5€/hora brutos, agora retire depesas de aluguer de espaços de trabalho, material informático e consumíveis, comunicações impostos, formação, deslocações (combustível está ao preço da chuva como se sabe),comunicações (nunca consegui contar...mas devem facilmente passar o número de emails),
    Ora tudo isto irá reduzir os 5€ para metade...o que dá uma verdadeira fortuna.

    Posto isto não há muitas alternativas.
    1 - Ou nos transformamos em mártires a trabalhar 12 a 15horas por dia a 2/3 euros/hora (estes estão a emigrar porque descobriram que os arquitectos portugueses até são muito considerados fora do país e conseguem salários adequados às mais valias que oferecem)
    2 - Explora-se uma série de seres chamados de estagiários que trabalham 6 a 9 meses por zero e levam um pontapé no rabo mal acabe o período de estágio.
    3 - Leva-se uma vida de marginal a negociar comissões e trafulhices várias nas costas dos clientes para repor por via menos própria o dinheiro que não se cobrou ao cliente pela generosidade dos descontos. (os clientes costumam adorar estes, exibindo orgulhosamente aos profissionais mais caros o fantástico desconto que obtiveram, evitando à última hora um pretenso roubo de trabalhar por 2/3 euros/hora)
    4 - pura e simplesmente transformamo-nos em péssimos profissionais oferencendo muita conversa e pouca qualidade e inteligência (também há uma grande solicitação deste tipo de "profissionais"), reduzindo o projecto À primeira meia dúzia de soluções que aparece (ás vezes já estão feitas e basta mudar a etiqueta e adaptar a martelo ao terreno), com soluções espaciais e funcionais degradantes, estruturas caríssimas e desproporcionadas (muros de contenção incríveis, pilares por todo o lado, aço aos molhos (também está ao preço da água)), tudo sem qualquer controlo antes e ao longo da obra, sem projecto de execução real, acompanhamento, etc, com a eterna fezada de que se tem um amigo que irá fazer tudo por quase metade do preço de mercado. Ainda ontem estava em discussão um projecto de um colega aqui;

    https://forumdacasa.com/discussion/26330/2/construcao-com-1-piso-vs-2-pisos/#Item_14

    Onde as intenções de todos os intervenientes até podem ser as melhores, mas as versões apresentadas, não só não têm nada a ver com a referência construída lá colocada, como aponta claramente para soluções de uma pobreza espacial e funcional evidentes, como para gastos adicionais largamente superiores a 50.000€, numa intervenção que não tem em conta o relevo do terreno sequer.

    É portanto uma questão quase eterna, mas cara cinderela, projectar em tempo de crise não é mais fácil, não dá menos trabalho, nem pode ser mais barato. Em vez de se olhar para os projectos como uma despesa, deveria olhar-se como um processo de experimentação e definição de soluções que visam obter o melhor resultado possível na aplicação dos recursos disponíveis.
    Infelizmente não somos um povo de grandes mudanças e os preconceitos continuam. Em vez de se perceber que na generalidade não temos possibilidade (nem necessidade) de continuar a construir habitações insustentáveis com áreas desmesuradas e artifícios decorativos desnecessários, as pessoas continuam a aparecer querendo cometer muitos dos erros do passado, mas agora absolutamente convencidas de que é possível cometê-los por metade do preço...porque estamos em crise.

    Fica a esperança de que faltando o dinheiro, surja num destes dias o bom senso. Não é pedir muito!
    Concordam com este comentário: cinderela, Rodrigo Cruz
  8.  # 8

    tiago, concordo com o que escreveu...
    No entanto, quanto aos custos "operacionais"...( rendas, software, hardware, consumiveis, etc...) depende, nesse ponto é possivel ter tudo legal, haver autonomia e ao mesmo tempo serem pautados por custos relativamente baixos.

    É verdade que o jacmatos, não explicou para que tipo de serviço é que recebeu honorários, o que está ou não incluido... e não menos importante, quais são as suas espectativas e orçamento disponível (vão condicionar o projecto... e de que maneira)

    EDIT: uma coisa importante... os preços praticados são regulados pelo mercado... se o mercado (alguns) não os querem/ podem pagar... e o prestadores de serviços não querem ficar sem clientes, há que arranjar um valor que sirva a ambos, esse valor é dificil de aferir... No entanto é importante os Gabinetes reflectirem acerca dos seus custos, sejam eles fixos ou não. A concorrência também é um factor a ter em conta.

    Na escolha do gabinete, é importante haver alguma afinidade com o coordenador de projecto, especialmente se este for o arquitecto. A proposta não se pode resumir a números, tem de ter componentes de relacionamento pessoal e técnico, de forma a levar o projecto a bom porto... não é fácil, há "partos" dificeis.
    Concordam com este comentário: cinderela, Rodrigo Cruz
  9.  # 9

    Enfim... estamos todos de acordo... O custo de um processo para uma moradia, pronto a licenciar, poderá até ter um preço de 8 mil euros e os respectivos técnicos não cobraram nenhuma fortuna. O pior, é que todos ganhamos cada vez menos e também o valor dos imóveis baixou. Se não se tiver em linha de conta as despesas inerentes à construção, temos o exemplo que já citei....Um imóvel pronto com um custo muito acima dos valores de mercado.
    Tenho plena consciência que um projecto bem concebido, diminui o custo de construção e fica mais apelativo e só bons profissionais têm essa capacidade mas eu, nesta altura, não pagaria oito mil euros por um projecto, tal como não queria um projecto, nem que fosse de "borla" como o que tenho de momento sobre a minha secretária, feito por engenheiro, com curso feito recentemente, ao mesmo tempo construtor e responsável pela obra.... Infelizmente ainda há quem vá caindo nestas....
    Também me passou pelas mãos recentemente, um em que a filha do construtor é Arquitecta e fez o projecto, o filho é engenheiro civil e fez todos os projectos que lhe foram possíveis e ainda é o responsável pela obra.... Há com cada aberração....
  10.  # 10

    Tudo verdade Cinderela,

    Não é o facto de se ser Arquitecto, ou Engenheiro, ou Amigo, ou Vizinho, ou Filho que garante por si só a qualidade de um projecto. Se bem que à partida sejam os Arquitectos os que poderão oferecer mais garantias à partida, naturalmente.
    O factor comum que fala é de facto a baixíssima exigência que se coloca na escolha dos executantes dos projectos. A certa altura parece que todos os argumentos/factores são de extrema importância menos o da qualidade.
    E que não haja dúvidas, que um bom projecto de arquitectura e especialidades permite para além de poupar imenso dinheiro, obter intervenções muito mais sustentáveis e valiosas no futuro.
    O imobiliário tem desvalorizado imenso...e irá continuar a desvalorizar porque para além do desiquilíbrio crescente entre a procura e a oferta, a generalidade do que existe, tem uma qualidade insuficiente.
    Tudo começa no urbanismo inexistente, ruas e espaços urbanos pouco interessantes, implantações mal orientadas pelo país inteiro, etc...
    Infelizmente as pessoas convenceram-se que por o apartamento do vizinho ter uma anúncio de venda por 120.000€ que o seu também os vale...e não é bem assim.

    Logo o melhor que o Jacmatos poderá fazer, é informar-se sobre o que é um processo de projecto do princípio ao fim, toda a informação é pouca, investir bastante na procura dos profissionais que lhe apresentem as suas ideias e processos de trabalho.
    Tentar obter o máximo de garantias de valorização do seu investimento, para não correr o risco de construir mais uma moradia mal orientada, mal organizada, mal construída que 10 anos depois se estará a degradar valendo pouco ou nada.
    De facto é muito complicado para alguém que não seja do sector conseguir orientar-se no meio de tanta opinião, mas é essencial informar-se o melhor possível sobre todo o processo e evitar a sua redução à comparação simplificada de valores globais de orçamentos.

    Como alguns saberão existia uma tabela de honorários para obras públicas (que não está em vigor) que era tomada como referência para a elaboração de honorários dos projectos de arquitectura. É normal nos dias que correm tomar ainda a tabela como referência considerando uma percentagem de desconto no final...mas é preciso cuidado com descontos de 50% / 60%/ 70% ...porque milagres ainda não vi ninguém fazer!

    http://www.oasrn.org/upload/apoio/legislacao/pdf/ichop.pdf

    Cpts.
    Concordam com este comentário: cinderela, Rodrigo Cruz
  11.  # 11

    [pub]Bom Dia Sr. Jacmatos

    Eu sou Eng. Civil de uma empresa, responsável por orçamentação e direção de obra.
    Somos uma empresa fiável e séria e estariamos interessados em colaborar consigo.
    Deixo aqui o meu contacto

    Pedro Paulo Silva Construções
    Eng. Nuno Lourenço
    [email protected]
    Tlm: 918702506[/pub]
  12.  # 12

    Aquitecto:

    https://www.facebook.com/CelsoBorgesArquitecto?ref=hl
    M. 917 580 410 | E. [email protected]

    ou

    . http://architectsalgarve.com/

    ou

    ana alves pinto, arquitecta
    Rua Dr. Ernesto Cabrita, Edifício Vales, Loja C
    8400-387 Lagoa
    Tlf|Fax: 282 381 050 | Tlm: 918 107 800
    E-mail: [email protected]

    Construção:

    Sigarvela - Soc. Imobiliaria, Lda.
    Rua dos Pescadores, 131 - Loja 1
    Praia do Carvoeiro
    T. 282 357 839 | M. 969 023 743 | E. [email protected]

    ou

    http://www.silver-shore.com/index.php?lang=pt
 
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